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Trabalho de Usinagem

Avaliação da potência de corte em usinagem para aumento de eficiência energética.

João Felipe Chueh Beja


Departamento de Engenharia Mecânica
Universidade Federal do Paraná
Curitiba, Brasil
joaofelipebeja@gmail.com

Resumo—Para melhorar a eficiência das máquinas de denteamento de engrenagens), utilizando um valor médio ℎ𝑚 .
usinagem, a potência consumida pelo equipamento deve se Entretanto a fórmula não leva em consideração fatores
manter perto da potencia nominal do motor elétrico acoplado. externos, gerando uma situação de inconfiabilidade nos
Para realizar esse controle é interessante trabalhar com a resultados, podendo resultar em redução de eficiência da
potência de corte, que pode ser alterada mudando os parâmetros operação.
do processo. Para estimar esses parâmetros, a maneira mais
comum é utilizar a fórmula de Kienzle, porém essa fórmula não Para poder mensurar o erro da equação, foi medida a
leva em consideração alguns fatores externos, o que pode induzir potência de corte em um processo, com o uso de Wattímetro,
ao cálculo errado da potencia, reduzindo assim a eficiência do tacômetro e por meio de programação computadorizada para
processo. Foram realizados dois experimentos, com o uso de analisar a potência efetiva do torneamento e comparado com o
Wattímetro, tacômetro e programação computadorizada, valor previsto pela fórmula de Kienzle.
monitorando a potência de corte do aço DIN ST52 no torno
mecânico do laboratório de usinagem da UFPR. Um primeiro É de extrema importância estimar a potência de corte
experimento com rotação de 612 rpm e um segundo de 900 rpm. corretamente para calcular valores aproximados da velocidade
O resultado da potência medida foi comparado ao resultado da de avanço e profundidade de corte ideal para o perfeito
aplicação da fórmula de Kienzle com os parâmetros devidamente funcionamento da maquina, sendo possível escolher os
introduzidos. Foi possível perceber uma diferença nos valores melhores parâmetros e estratégia de usinagem para redução do
considerável, evidenciando a consequência de fatores externos tempo de usinagem e aumento da produtividade.
não previstos na formula.
II. FORÇAS E PONTÊNCIAS DE CORTE
Usinagem; pontência de corte; eficiência energética; Kienzle;
pressão específica de corte A. Força
Em um processo de usinagem, existe a força de
I. INTRODUÇÃO usinagem (𝑃𝑈 ), que é força total que atua sobre uma cunha
A grande maioria dos processos de usinagem tem sua cortante durante a usinagem. Dessa força é possível derivar
energia motriz, vinda de forma elétrica. Quando trabalhamos todas as forças restantes do processo, basicamente
com energia elétrica é muito comum tratar da eficiência decompondo 𝑃𝑈 , nos planos da ferramenta.
energética, visto que é muito fácil de ser calculada, e de A força que será investigada nesse artigo é a força de
extrema importância no mundo atual. O volume de peças corte (𝑃𝐶 ), que é a projeção da força de usinagem 𝑃𝑈 sobre
usinadas no planeta é muito grande, e ele tende a aumentar a direção de corte (dada pela velocidade do corte).
conforme a demanda da indústria.
B. Potência
Essa eficiência pode ser definida pela razão da energia útil,
ou seja, a energia que de fato irá transformar o produto, ou a As potências necessárias para a usinagem são produtos das
peça em questão, pela energia total demandada, que é a energia componentes da força de usinagem pelas respectivas
consumida, que será cobrada pela distribuidora de energia, por componentes da velocidade de corte.
exemplo. E a potência estudada e avaliada será a potência de corte
Através de métodos empíricos, sabemos que a eficiência de (𝑁𝐶 ), que é o produto da força de corte 𝑃𝐶 com a velocidade de
uma máquina ferramenta convencional varia em função da corte (𝑣).
rotação selecionada e do carregamento (potência de corte) 𝑃𝑢 ∙ 𝑣
aplicado. Por esse motivo a determinação da potência de corte 𝑁𝑐 = [𝑘𝑊] (2.1)
é uma tarefa muito importante, e ainda deve se levar em 60 ∙ 103
consideração as diversas variáveis dos processos, deixando
essa tarefa mais complicada. Para obter a velocidade de corte podemos utilizar a seguinte
São varias as formas de se obter um valor adequado para equação:
um determinado trabalho, utilizando os mais variados 𝜋∙𝑑∙𝑛
parâmetros de corte. Entretanto a equação de Kienzle é mais 𝑣= [𝑚⁄𝑚𝑖𝑛 ] (2.2)
utilizada nos processos de usinagem, pois ela se mostrou válida 1000
no cálculo da força de corte nos diversos processos de
usinagem com espessura ℎ constante do cavaco (tornear,
plainar, furar, brochar) como também nos processos de Onde 𝑑 é o diâmetro da peça em milímetros e 𝑛 é a
usinagem com espessura variável (fresagem, serramento, velocidade de rotação do torno em rotações por minuto.
A força de corte pode ser expressa pela seguinte relação: III. EXPERIMENTO
Para realizar o experimento, o material escolhido foi um
tarugo cilíndrico de aço DIN ST52 e a máquina utilizada foi o
𝑃𝑐 = 𝑘𝑠 ∙ 𝑠 torno mecânico universal de pequeno porte. Esse aço possui as
(2.3)
seguintes constantes:

Onde 𝑠 é a área da secção de corte, e 𝑘𝑠 é a pressão 𝑘𝑠1 = 220 𝑁⁄𝑚𝑚2


específica de corte, ou seja, a força de corte para a unidade de 1 − 𝑧 = 0,7
área da secção de corte.
E é esse 𝑘𝑠 que é o cerne da questão, pois
experimentalmente foi verificado os fatores que influenciam a
pressão específica, e poder controlar esse parâmetro significa
redução de custos do processo. Por esse motivo será abordado
aqui, alguns desses fatores.
C. Pressão específica
Material da peça: quanto maior a teor de carbono do aço,
maior será a pressão específica de corte, porém maiores teores
de fósforo diminui o valor de 𝑘𝑠 . Com o aumento da área da
secção de corte a pressão específica decresce, devido ao
aumento do avanço.
Basicamente todos os ângulos envolvidos exercem
influencia no valor do 𝑘𝑠 , alguns de maneira mais discreta, e
outros, mais incisiva, entretanto essas relações não serão
dissertadas, pois não é o ponto do artigo. A afiação da
ferramenta também tem uma influencia notável sobre o 𝑘𝑠 .
Figura 1 – torno utilizado no experimento.
Se for analisada a faixa da velocidade de trabalho de vários
metais com ferramenta de metal duro, a conclusão empírica é
que a pressão específica de corte diminui com o aumento da
E a ferramenta tem as seguintes propriedades:
velocidade de corte. A escolha de uma velocidade de corte
implica em diversas consequências no processo de usinagem. Código Porta-ferramentas MWLNR2525
Quando temos velocidades muito baixas, os valores médios das
forças de usinagem permanecem constantes e posteriormente Código Pastilha WMMG060408
diminuem com o aumento de 𝑣. Nesta região o cavaco é em Ângulo de Saída (𝛾) 5º
principio lamelar, passando a cavaco contínuo com formação
da aresta postiça de corte. Aumentando 𝑣, as forças de Ângulo de Folga 5º
usinagem chegam a um valor mínimo, e atualmente não há Ângulo de Ponta 80º
uma explicação definitiva a cerca desse fato. Logo após esse
declínio das forças, acrescendo a velocidade, tem-se um Ângulo de Posição (𝑘) 95º
aumento sensível de 𝑃𝑈 , devido ao aumento da dureza do
material do cavaco. No final da curva de 𝑃𝑈 × 𝑣, as forças de Raio de Ponta 0,4 mm
usinagem declinam, graças à diminuição do grau de recalque e Tabela 1 – propriedades da ferramenta.
da dureza do material do cavaco com a temperatura.
O laboratório de usinagem da Universidade Federal do
Existem várias fórmulas para o cálculo de 𝑘𝑠 , uma das mais Paraná dispõe do sistema Fieldbus, que é uma rede de
conhecidas é a de Kienzle, que mantem uma precisão comunicação industrial para controle em tempo real. Na prática
interessante, que será medida e ponderada nesse artigo. Na isso é realizado com o emprego de um par de cabos trançados,
fórmula de Kienzle o 𝑘𝑠 , é uma função da espessura de corte ℎ. o qual propicia a conexão de vários instrumentos com o
O aumento de 𝑘𝑠 com a diminuição de ℎ é uma propriedade sistema de controle/supervisão, por meio de interfaces RS232
geral, que vale para todas as operações de usinagem. A ou RS485. Esse sistema foi desenvolvido em meados de 60, e
equação fica assim: hoje é relativamente de ser encontrado em instalações
industriais.
𝑘𝑠 = 𝑘𝑠1 ∙ ℎ−𝑧
(2.4) Para realizar a aquisição de dados, o laboratório possui uma
interface na linguagem MS Visual Basic em um
Onde 𝑘𝑠1 e 𝑧 são constantes do material. A equação de força de microcomputador PC (Pentium II 300MHz) equipado com um
corte fica assim: conversor RS485/RS232. O wattímetro avaliado foi da marca
Kron, modelo Mult-K 120, cuja transferência de dados é feita
𝑃𝑐 = 𝑘𝑠1 ∙ ℎ1−𝑧 ∙ 𝑏 via interface RS485 e protocolo Modbus RTU.
(2.5)
No primeiro experimento realizado, foram adotados os
seguintes parâmetros:
𝑏 Sendo a largura de corte.
Diâmetro inicial (𝑑) 86 mm
Profundidade de corte (𝑎𝑝 ) 1 mm
Percurso de corte (𝑙𝑓) 50 mm
Percurso em vazio na 20 mm
entrada (𝑙𝑓𝑧𝐸 )
Percurso em vazio na saída 20 mm
(𝑙𝑓𝑧𝑆 )
Avanço (𝑎) 0,1 mm/v
Rotação (𝑛) 612 rpm
Velocidade de corte (𝑣) 165,3483 m/min Figura 2 – Gráfico das potências medidas na primeira operação.
Tempo de corte (𝑡𝑐 ) 49,01961 s
Tempo em vazio (entrada) 19,60784 s
Tempo em vazio (saída) 19,60784 s
Velocidade de avanço (𝑣𝑎 ) 61,2 mm/v
Área removida (𝐴) 267,0354 mm²
Taxa de remoção (𝑄) 16342,56 mm³
Tabela 2 – parâmetros utilizados na primeira operação.

E os parâmetros para o segundo experimento:


Diâmetro inicial (𝑑) 84 mm
Figura 3 – Gráfico das potências medidas na primeira operação.
Profundidade de corte (𝑎𝑝 ) 1 mm
Percurso de corte (𝑙𝑓) 50 mm
É possível distinguir três fases em ambos os gráficos, essas
Percurso em vazio na 20 mm fases correspondem a três estágios diferentes no processo do
entrada (𝑙𝑓𝑧𝐸 ) corte: na primeira fase a peça estava girando e o avanço
automático da ferramenta estava ativo; na segunda fase além
Percurso em vazio na saída 20 mm
dos consumos de energia já citados, a ferramenta havia iniciado
(𝑙𝑓𝑧𝑆 )
a usinagem da peça; e na terceira fase a usinagem havia
Avanço (𝑎) 0,1 mm/v cessado, assim como o avanço automático, restando apenas o
giro da peça, em vazio.
Rotação (𝑛) 900 rpm
Assim, para obter a potência consumida para retirar
Velocidade de corte (𝑣) 237,5044 m/min material da peça é descontada a media da segunda fase com a
Tempo de corte (𝑡𝑐 ) 33,3333 s média da primeira fase. Os pontos discrepantes no gráfico,
oriundos do tempo de estabilização do equipamento de
Tempo em vazio (entrada) 13,3333 s medição, foram retirados das contas para melhorar a precisão.
Tempo em vazio (saída) 13,3333 s Rotação (rpm) 612 900
Velocidade de avanço (𝑣𝑎 ) 90 mm/v Potência média da 1795,86 2126,74
primeira fase (W)
Área removida (𝐴) 260,7522 mm²
Potência média da 2246,001 3136,202
Taxa de remoção (𝑄) 23467,7 mm³ segunda fase (W)
Tabela 3 – parâmetros utilizados na segunda operação.
Potência consumida 450,14 1009,46
IV. RESULTADOS E DISCUSSÕES (W)
Com os dados obtidos, a interface compila um arquivo .txt, Tabela 4 – Resultados medidos para as duas operações.
onde teremos as medições de potências realizadas pelo Para mensurar a força de corte será utilizada a equação 2.5,
Wattímetro em função do tempo de usinagem. Com esses porém com uma correção do ângulo de saída (𝛾). Ficando
dados foi possível traçar um gráfico, através do programa assim:
Microsoft Excel, para cada uma das operações.

𝑃𝑐 = (1 − 0,01 ∙ 𝛾) ∙ 𝑘𝑠1 ∙ ℎ1−𝑧 ∙ 𝑏


(3.1)
É possível observar que quando aumentada a rotação
de 612 rpm para 900 rpm, há um acréscimo vultoso da
potência de corte no processo de usinagem. O que corrobora o
A largura de usinagem (𝑏) e a espessura de usinagem (ℎ) que foi desenvolvido na segunda secção deste artigo: a rotação
podem ser obtidas através das seguintes equações: é diretamente proporcional à velocidade de corte que tende a
majorar a potência de corte consumida.
𝑎𝑝
𝑏= (3.2) O erro da fórmula de Kienzle foi maior do que o
sen 𝑘 esperado. Existem condições onde essa fórmula haverá mais
problemas ou não, porém no caso do primeiro ensaio o erro
ℎ = 𝑎 ∙ sen 𝑘 chegou à casa dos cinquenta por cento. Isso possivelmente
(3.3) deve se dar a falta da precisão da medição, o que acarreta em
valores errados, tirando credibilidade das médias de potências
das fases da usinagem. Porém uma considerável porção desse
Cujas variáveis já foram apresentadas anteriormente.
erro se deve pela deficiência da fórmula de Kienzle corrigida,
Calculando a potência de corte, com a fórmula (2.1) e
comparando com a potência teremos os seguintes resultados: pois a equação não leva em conta as perdas existentes
causadas por fatores externos. Como: perdas mecânicas,
sistema correia-polia, transmissão ou perdas por efeito joule
Rotação (rpm) 612 900 do motor elétrico. Juntamente a isso, a pressão especifica de
corte (𝑘𝑠1 ) e o fator 1 − 𝑧 podem não estar de acordo com o
Velocidade de 165,3483 237,5044 que foi material que foi utilizado.
corte (m/min) Esse erro evidência a necessidade da indústria em
Potência de corte 889,03 1276,99 medir frequentemente suas operações, visto que o esse erro
calculada (W) acarreta diretamente em um decréscimo de eficiência
energética.
Potência de corte 450,14 1009,46
mensurada (W) VI. REFERÊNCIAS
Erro percentual 49,36 20,95
(%) [1] DINIZ, A. E.; MARCONDES, F. C.; COPPINI, N. L. Tecnologia da
Usinagem dos Materiais. 7ª edição, São Paulo: Artliber, 2011.
Tabela 5 – Resultados teóricos e medidos para as duas operações. [2] FERRARESI, Dino. Usinagem dos metais. São Paulo: Blucher : USP,
1970 751p.
[3] Fitzpatrick, Michael. Introdução aos processos de Usinagem - Série
Tekne. 7. ed. Mcgraw Hill, 2013.
V. CONCLUSÕES
[4] CIMM. Centro de Informação Metalmecânica.Usinagem Como
Através desse experimento foi possível entender um Referencial Pré-histórico. Disponível
pouco mais da contribuição de cada fator e parâmetro em:<http://www.cimm.com.br/portal/noticia/material_didatico/3347>
Acesso em 4 jul 2017.
escolhido no resultado final do processo. O volume de
variáveis no meio de usinagem é alto, por isso essa tarefa deve
ser feita com o devido cuidado.

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