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Nelsivaldo de Jesus Bargas2
INTRODUO
Para se entender a Cincia Jurdica se faz necessrio entend-la no isoladamente, como
algo neutro, com um vnculo apenas centrado em leis e/ou normas. Isoladamente, a Cincia
Jurdica poder at ter um enfoque cientfico. Contudo, mesmo cientfico, a anlise se faz
totalmente claudicante.
Marques Neto (2001), em seu prefcio nos ensina que estudar o Direito pela via
cientfica entrelaando com a realidade social, gerado, gestado e transformado, fundamental.
De outro lado, existem autores que que tentam dar um enfoque cientfico ao Direito, mas
desconexos de tal realidade (e sem a menor interferncia de outros campos tericos como, por
exemplo, a economia). O choque entre os que querem ampliar o campo de viso do Direito e os
que no querem tem preocupado todos aqueles que de algum modo lidam com o fenmeno
jurdico e no so desprovidos de um mnimo de conscincia crtica (MARQUES NETO: 2001,
p. 8).
Desta forma, percebe-se que o Direito enquanto cincia no pode e no deve ser
colocado como um Deus olimpiano, acima do bem e do mal, onde a Justia no falha.
Ora, quando a Cincia Jurdica, ao se afastar das conexes sociais, finca ps apenas em normas
jurdicas (e por isso afasta-se de seu contedo), o Direito passa a buscar sua eficcia em
princpios intangveis formulados a priori, alm de qualquer experincia, ou atribui norma o
poder quase miraculoso de validar-se por si mesma (MARQUES NETO: 2001, p. 8).
No se pode dar total e irrevogvel crdito ao princpio da pureza de Kelsen, onde em
seu mtodo e objeto apenas o enfoque normativo. Em outras palavras, para Kelsen os
operadores do Direito no deveriam se preocupar com as relaes foram do campo da Cincia
Jurdica, o Direito deveria ser encarado como norma (COELHO: 1995, p. 15). Se quanto mais
dissociado da realidade social, mas a tendncia de se ver firmado os princpios jurdicos,
tornando-se verdades absolutas, irrefutveis cujo processo transpassa o prprio desenvolvimento
histrico humano (MARQUES NETO: 2001, p. 8).
(...) No mais admissvel que o Direito a mais antiga das cincias sociais seja
paradoxalmente a que mais dificuldades encontra, ainda hoje, para estabelecer seu estatuto
cientfico (MARQUES NETO: 2001, p. 12).