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Titulo original: Miliew et techniques (Evoluion et Techniques) Editions Albin Miche Tradugio de Emanuel Godiaho Reviso de Pedro Castro Henriques Capa de Alberto Lopes, a panir de desenbio do autor Reservalos todos os direitos para os paises da Lingua Portuguesa edicoes 70 Avenida Duque de Avila, 69-r/e. Esq. — 1000 Lisboa Tels. $5 68 98 / $7 20 01 Delegagio no Porto; Rua da Fabrica, 38-2.° — Sala 25 — 4000 Porto Tel. 38 22 67 Distribuidor no Brasil: LIVRARIA MARTINS FONTES. Rua Conselheio Ramatho, 330-340 — Sao Paulo EVOLUCAO E TECNICAS IO MEIO E AS TECNICAS ANDRE LEROI-GOURHAN Spbiosa, mas tive que a limitar por varias razoes: os aubncen las, holandesas, japonesas ou Tussas apenas teriam iimerdsse’ cn curiosidade tipografica ae scules conselhos aftetuosos tantas veces me apatarn sen eee auonal de ta Recherche Scientifique, que garantiu a independone, seguranga no dominio da pritica ni iste em Paris nas em © 0 contacto visual 0. Um trabalho como, 20 Capitulo 1 ESTRUTURA TECNICA DAS SOCIEDADES HUMANAS, © conhecimento do homem fisico esti estreitamente I cigncias naturais. Visto pelo paleontélogo, o homem € um mamifero proveniente da lenta evolucio de uma série de outros mamiferos que 0 ligam, ao longo de mais de um milhao de anos, nao aos macacos (que estavam ja diferenciados como tais), mas sim a uma série de primatas ja bipedes, de céreb-o todavia ainda primitivo (*). Como mamifero, 0 homem ndo levanta mais problemas do que o cavalo ou o rinoceronte, desde que consideremos que os fosseis que se encadeiam para constituir a linha genealégica no séo obrigatoriamente antepassados directos uns dos outros, antes constituem uma reuniao logica de formas cada vez ma's antigas. Nao se chega assim ao estabelecimento de um quadro histérico, mas sim a uma reconstituicao cujo elevado grau de verosimilhanga equivale praticamente & verdadeira genealogia, inacessivel devido @ escassez dos documentos. No respeitante a0 homem intelectual, nao scjam os da actividade teenie recentes, fisicamente tao proximas de nés que o probk na integra. A presungao de que os Antropideos. primi caracterizavam por ama certa coesao social nao é fundamentada em qualquer facto indiscutivel; trata-se de um argumento puramente “ao de que um grande numero de animais, mente entre os primatas, apresenta uma elevada coesio Tudo 0 que se possa dizer quanto 2s outras instituigoes € da na se mantém, vos ja se (OA. Leroi-Gourhan: 0 Gesto ¢ a Patavra, I~ Técnica e Linguagem, Badiges 70, Lisboa, 198 propriamente humano da evolucdo. Ser que este testemunho aponta no mesmo sentido que 0 dos restos Gsscos ¢ € passivel das mesmas restrigdes? Por outras palavras: poderemos admitir um desenvolvi mos falar de uma evolugao continua das técnicas, construit-o seu quadro cronoldgico, fazer a partir delas historia propriamente dita, tracando vias de difusao, determinando centros de inovacao. talvez mesmo designando grupos humanos, andnimos mas definidos? Se nio exigirmos mais dos objectos do que exigimos dos esqueletos. a expectativa sera desde logo amplamente recompensada. Com efeito, através dos utensilios de pedra talhada que, praticamente so os nossos Gnicos testemunhos, sabe-se que em todas as culturas que precederam © homo sapiens os utensilios seguiram, no seu conjunto, uma linha de evolugao progressiva comparivel 4 que seguiram as formas humanas, dos remotos Australantropos aos Pitecantropos e uo Homem de Neandertal. De um period para outro, cada forma de utensilio apresenta-se como se tivesse tido por ascendente a forma que a precede. Assim como nao se encontra um tipo muito aperfeigoatio de equideo que tenha precedido as formas ancestrais dos cavalos, também do se encontram incoeréncias na sucessio das obras humanas: os utensilios encadeiam-se na escala do tempo segundo uma ordem que, de modo geral. surge como simultaneamente légiea e cronolégica, preciso todavia nao ignorar que se esta ainda longe de satisfazer 0 rigor hist6rico: © pormenor é ainda fugidio e, na verdade, atendendo a que 95 utensilios sao milhoes de vezes mais numerosos qué“os crinivs, poder-se-ia esperar obter uma visio mais pormenorizada dos factos, Embora em menor grau. a tecnologia pré-historica ou historica encontra-se na mesma situacdo que a palcontologia. Se. para uma dada caracteristica técnica, supusermos séries de variagoes dispostas cro- ¢nto paralelo e sincrénico dos homens ¢ dos seus produtos, podere- nologicamente, poderemos imaginar trés modos de explorseao: FORMAS dda série mais antiga ABCD ate AUB CD 8 série mais recente An Bee pe ABO © primeiro ¢ imepreensivel: ABCD origem de A‘B°C'D', etc. pressupde 0 conhecimento completo das formas entre dois limites de tempo € sobre um ponto preciso; s6 muito raramente a tecnologia tem oportunidade deo aplicar a problemas suficientemente gerais para larecer utilmente a historia humana O segundo modo consiste em considerar A como origem de A‘ de A”, de A’, ete.; embora pareea idéntico ao primeiro, comporta uma importante fonte de erros: a distancia de evolugio entre Ac A" é muitas vezes inferior & distancia de evolugio entre A’ e B', 0 que suscita, por exempl ro modo errado: )protstipo suposto) origem de A, de B te Estes trés métodos foram claramente explorados pela paleontologi we pode permitirse 0 risco de tracar drvores senealégicas; cinologia, a5 poucas teories de conjunto actuaram com menor pr Sho. em virude di grande confusio dos documentos. maior parte das vezes fica-se reduzido a supor que um facto siberiano (A""") € vestigio de uma forma ‘ancestral comum a. varios povos. asidt (A'B'C™...); que Factos bretoes, russos, iranianos (ABC) sa0 sobrevivéncias de um estado indo-europeu antigo (A), 0 que confere a reconstrugao um cardcter duplamente hipotético, uma vez que, A causa de erro. propria cas variacoes acima mencionadas, acrescenta-se. a atribuiga arbitria do facto a um nivel cronologico mais ou menos Piste facto nfo representa qualquer obstéculo pars’o itéeats, quese debruga sobre os deslocamentos dle formas entre o nivel ABCD e 0 nivel ABCD", mas paralisa 0 historiador, que tem que relerenciar a posicio de cada elemento no tempo © no espace. Nao podemos., pois, equivocar-nos no que respeita a0 Valor absolute dos conhecimentos historicos que possuimos sobre as téenicas huma- nas. O nosso capital € constituido por uma massa enorme de documentos muite variados, de que a maioria € muito recente, e que no representa senio a centésima parte daguilo que precisariamos para Teconstituir a nossa historia destes cem tltimos séculos. No respeitante 4 segunda metade do século XIX e ao século XX, ainda nos falta muito. Do século XV ao séeulo XIX, as informa extraidas de narrativas de Viajantes nao preparados para uma tarefa cientifiea, Mais para tris, é a arqucologia, feita de versiculos da Biblia, excertos de autores gregos ou latinos, alusoes chinesas, escavagdes que permitem geralmente descobrir um esqueleto sem mobilidrio, um timulo sem esqueleto, alguns tijolos. bronzes ¢ artefactos de silea. E com estes materiais ingratos que o einologo reconstitui a historia, Se ele abordar um plano filoséfico muito geral, ‘ou se permanecer dentro dos limites de um feixe que coordena a raga. industria material eas manifestagdes intelectuais ou sociais, talver nao ie muito da realidade, mas nao poder avangar wOes seguras tornam-se rapidamente muito dif ae hathar sobre um fonto preciso (a agricultura, por exemplo). ii ter, pelo contririo, uma surpreendente facilidade em atingir progressive. ente zonits cada vez mais amplas, em passar de um continente para outro, © perspectiva dourada de uma teoria de conjunto, com migracées e infiltragoes de longo alcance, surgira sem dificuldade Isto explica por que razio subemos to pouco da histéria dos povos c. inversamente, porque € a cigncia to rica em visdes de conjunto sobre as técnicas e as instituigées. Esta riqueza aumenta a medida que nos afastamos das técnieas materiais, ¢ culmina nas teorias religiosas ou no folclore Tendéncia e facto Este duplo aspecto levar-nos-ia a distinguir, na actividade humana, duas ‘especies de fenomenos de natureza diversa: fendmenos ae idancias, relatives 4 propria natureza da evolugao, e de factos, que esto indissoluvelmente ligados ao meio em que se verificam A tendéncia tem um cardcter inevitivel, previsivel, rectilineo: é ela due leva 0 silex scguro na mio a adquirir um cabo, 0 fardo arrastade Sobre duas varas a munir-se de rodas. Por o adoro ser uma tendéncia.c que o homem se pinta com terra colorida, seguindo para tal as linha Raturais do seu corpo: nada ha de surpreendente em encontrar, ean Exttemos opostos do globo, os mesmos desenhos a0 longo das pernas oud volta dos seios: cle vai inevitavelmente fixar ornamentos eth toda & dayte onde seja possivel suspendé-los e enfiar espinhas ou fragmen: 105,88 880 nos lobulos das orelhas, nos labios, nas narinas. porgee assim fica bem a vista © € realizével sem ser muito dolowea, san Teka sfusdo de ssngue nem grande incémodo unatémico, A presence de pedras suscita a existéncia de um muro, ¢ a erecedo do mua implica @ alavanca ou a roldana. A roda acurreta o aparecimente de manivela, da correia de transmissio, da desmultipl No terreno das tendéncias todas as extensOes sao possiveis: quando v vivinho wae O,aperfcicoamento que, na ordem lgica, se segue ao estado em que vc Sncontra © povo visado, este ltimo’ adopla-o sem estoryel eo {aneloge, sem Pano de fundo hist6rico, deixa de controlar aquilo que tanto Pode ser uma invengio local como uma adopgio recente wa milendria, Ao contririo da tendéncia, o facto é imprevisivel e purticular. Tanto £ @ encontro da tendéncia com as mil coincidéncias do meio iswee, dno Ngae = como € a adopgiio pura e simples de um outro pov, E linico, inextensivel, € um compromisso instivel que se eskabel caus as tendencias ¢ o meio. A forja, por exemplo, éum compromises fou Tialmente \plastico entre virtualidades inutilizdveis na. pratics fogo, metal. combustio, fusdo, comércio, moda, religiio, ¢ aut aucessivamente, até ao infinito. A permanéncia da actividade metalin, sei aastceurada pela realidade, independente do tempo e do espace, se ouaclos estes factores imateriais. A evolugao é 0 tempo que hoe Prova 0 equilibrio do compromisso expresso pelo facto fora: JNéo hi tendéncia -forja», mas sim um facto que sure como universal, mo de tendéncias simples se tallirgica. Entre os extremos do temo ¢ do espaco, entre a forja dos egipcios e a dos malaios, erie Frlasdes na medida em que as tendéncias se retnem de modo Klenton. Fragecontraese uma diversidade que aumenta na medida em que os tnekge meglndarios se acrescentam: diversidade que desembocs prt) eet {008 sudanesa ou tonguse e depois, definitivamente, na feria de determinado artesio em determinada aldein 24 ma vez que a evolugio marca, no mesmo sentido. © homeni fisico € os produtos do seu cérebro e da sua mao, € normal que o resultado de conjunto se traduza pelo paralclismo entre a curva da evolucio fisiea e a curva técnica do progresso (*). A tendéncia implica, nos seus resultados, tanto a invengao local como a adopsto provenienre das mais remotas paragens (basta pensarmos nos portugueses ¢ nos holandeses que, no século XVI, levaram directa mente da Europa pura 0 Japao um’certo ntimero de objectos, que em quatro séculos se tornaram verdadeiramente japoneses), permitindo, no plano filosofico, uma reconstituigao do movimento’ progressivo, mas ni conduzindo a uma reconstituigao historica exacta, Esta SO pode provir da continuidade dos factos no espago e no tempo. Embora mais prosaica © menos espectacular do que a tecnologia das ten cias, SO a recolha dos factos (que tém que ser coligidos em grande niimero para que sc tornem continuos) pode conduzir & abordagem do problema da origem e ao tragar de possiveis rotus de difusio. se trata de negar a realidade de todas as construgoes histori existem factos cuja filiagao € irrefutével, e 6 perfeitamente vialista descubra numa Gnica série de armas ou de utensilios os vestigios seguros dos lagos que uniram um grupo de povos: mas toda a reconstituigao deste género comporta riscos © N30 pode aleangar valor de verdade sem que outros especialistas tenham, chegado as mesmas conclusdes a partir de séries muito diferentes poi possivel que 0 es] Graduagées do facto A acgao de controlo apenas pode ser exercida sobre factos bem preparados e aprupaios ein feines o mais substanciais possieers, Enos feixes esclarecerto tanto melhor a hist6ria dos povos. quanto mais diversos forem os temas que os compuserem Gd que nae'e possieel lidade da ‘etividade ‘do. povo considerado). Tomar estudo as ferramentas agricolas, a economia agraria, strumento englobar to como terreno de ou a morfologia rurl.€ ter. desde logo. 4 disposigao um de investigagao ttl. Quando este quado é cotejado. em varios urupes, com outros quadros estabelecidos conjuntamente sobre Outras eemfeas de fabrico e de aquisicio, imediatamente se oblem uma série de imagens multidimensionais eujo confronto, embora nem sempre per mita estabelecer a historia das relagoes dos diferentes grupos entre pelo menos delimita claramente os problemas historicos. Uma ver que crams iponsidos de estaba, para cata pov, tim quatro completo que permita comparagdes infaliveis, julgo ser preferivel este segundo metodo, que nao prejudica 0 desenvolvimenta da caycesle CVA. Leroi.Gourhan: 9 Geno € a Patuvra, 1 - Técnica € Linguagem, Edigoes 70, Lisa, IORI, Tigs. 64 © segs 25 dade © mantém a uma distincia segura aS tentagdes demasiado aliciantes dos frescos monumentais. ‘Como ja dissemos, © controlo nao pode exer clos bem preparados; tal como um animal nao classificado com rigor senao depois de dissecado © preparado no laboratério, assim também o facto carece de valor enquanto os seus pormenores nao forem aparentes. Dado o método dos feixes de factos nao ser aplicavel sendo a povos bem conhecidos: toda a investigacio comega pelo estudo de factos isolados. Podemos conterir a esses factos isolados consisténcia suficiente para os tratar individualmente como feixes, evidenciando os seus caracteres acessérios: a comparagio entre plainas ou entre limas provenientes de diferentes povos s6 é proficua se se estabelecer para cada objecto uma lista que parta do trago dominante (pliina ou lima) se estenda aos caracteres mais aparentes (trabalho da madeira ou do metal, lamina de ferro ou de pedra) e, seguidamente, aos pormenores mais particulares (fixacd0 do cabo. ataduras, sentido simbolico da ferramenta). As pegas isoladas de uma mesma adquirem entdo um real valor comparativo, ¢ a melhor Prova obtém-se quando se constata que as séries nao vio j4 abarcar todo o globo terrestre mas sim inscrever-se honestamente em zonas bem delimitadas. Uma vez que se aleancem tais resultados, constata-se que os factos apresentam diferentes graus de valor © que nao a0 0 caracteres do primeiro grau, geralmente ligados a tendéncia, que sao os mais interessantes, mas antes os de segundo € de terceiro grau, especificamente relacionados com 0 povo ou grupos de povos donde provém o facto estudado. Para ilustrar este processo, tomemos © exemplo do propulsor (figuras 1a 9), uma simples prancheta ou vareta terminando em. gancho ou olhal, que se destina a prolongar © brago do langador no arremesso de langas ou arpdes. O seu plano é uniforme e simples: em todos os casos encontramos uma extremidade para a preensao. outra extremidade em que se apoia a arma a arremessar, ¢ um corpo mais ou menos alongado. Além disso, seu mecanismo ¢ invariavel e encontramo-nos deste modo nas melhores condigdes possiveis para inventariar e graduar as caracteristicas especi Primeiro grau: instrumento destinado a aumentar a forga de propulsao de uma arma de arremesso. Segura-se por uma extremidade com a mao direita, apoiando-se a outra extremidade na arma a projectar (ABC), artigao: Europa da Idade da rena, Australia e Melanésia actuai é . América pré-colombiana 2. grau ] 3.° grau / 4." grau | 5.° grau: A) Vateta cilindricdterminada pat um pancho: Europa da tdade da rena, Melanésia, Peru Fs sendo sobre node ser conhecido fs propulsores da Idade da Rena, mal conbecidos ornam-se inutilizavels para alem do 2" pra : apendice de apoio para'a mao: Peru (1). lpendice de apoio par a Langa canelude: Melanesia (2). 26 ‘irec¢i0 ao punho: Australia setentrional (3 la em direcgao a0 Bancho: Australia meridional (3 Sub-rectangular comm ganchos e canclado: America ‘sem entathes para os dedos: Mexico (4) com argos para os dedos: Estados Unidos (4°) ‘com entalhes para os dedos: esquimds ocidentals © centrais, costa do noroeste 27 prancheta estrets: esquimés ocidentais, ¢ Entalhes simétricas: costa do novoeste (5), bordos parilelos: Alasca do sil (6), entalhes profundos: Alasea Centrale do norte (7) Drancheta larga: esquimds centrals © orientais (8) Com olhal emt vez do pancho: esquimcs orientats (9) As subdivisdes foram levadas até ao quinto grau apenas no caso do propulsor estreito com entalhes, a fim de nao alongar inutilmente este quadro, mas o conjunto é ja suficiente para mostrar o mecanismo de individualizagdo progressiva dos factos. Foi com base na aplicagio deste mecanismo que agrupei, com um minim. de intervengao Pessoal, os materiais deste livro. Embora s6 incidentalmente se volte fazer referéncia ao processo, este permanece subjacente i totalidade das divisdes a sepuir propostas. Acompanhando as etapas da proses, sio, poderemos verificar que 0 proptlsor surge. no primeito. srau, como um facto praticamente “universal. pois. abarca a. Europa, Australia, a América e estende-se desde a Idade da Rena até ao seeulo XX. Se ‘ficéssemos $6 por ai, poderfamos estabelecer_inimer relagées histéricas. No segundo grau (0 primeito estédio que penso ser utilizével) desenham-se centros bem delimitados: Europa pré-historica, Auste lia, América. Enquanto o primeiro grau apenas assinala uma tendéncia realizada (a de aumentar a forca de propulsao de uma armna alongando antificialmente 0 brago humano), j4 0 segundo grau delimita zonas weograticas. Se, a partir de agora, quisermos estabelecer. relay histGricas possiveis entre os centros, ser necessirio recorrer a um feine de factos novos extraidos dos graus seguintes © terceiro grau € 0 dos grandes cortes no interior dos grupos étnicos. As principais divisdes das tribos australianas materializam-se nas variagdes do propulsor 2 ocidente, a norte ¢ a sul do seu habitar nire 0s esquimds, os dois tipos — propulsor com espera e propulsor com olhal — marcam hem a separagio entre os urupos Orientals ¢ 5 do este. Os propulsores da América India, que desapareceram antes 0u pouco depois do descobrimento, sdo muito mal conhecides para que seja possivel extrair deles informagdes muito pormenorizadas para além ‘do terceiro grau. As informagoes detalhadas dos viajanes permitem todavia trabalhar, neste grat, sobre feixes bastante conside~ raveis, 0 mesmo ja fornecendo uma possibilidade de controlo serio is construgdes historicas O quarto grau (podemos acrescentar outros quando a informagio & suficientemente ampla) conduz a descrigao pormenorizada do facto ¢ 3 sua fixacao num grupo estrito, e pode ser um indicador de vestigios de relagoes mantidas entre factos de terceiro grau. A partir do. quarto gray, 6 extremamente raro que os factos ultrapassem 0 ambito da tibo ou da confederacao de tribos: isso 6 se verifica com os objectos de troca, tais como as marmitas de pedra dos esquimds, ou os copos dos sabres japoneses (que se infiltraram, na qualidade de oriamentos, em 28 toda @ costa setentrional do Pacifico, até ao Alasca) ou as armas de fogo — bem como, de modo geral, todos os objectos que ultrapassam, as possibilidades keeais de falrice ae : E indtil insistir no perigo que representa, para o futuro de uma teoria, 0 emprego de factos no primeiro grat, caso alias bastante rare, tendo poucos tedricos conseguido construir teorias monumentais sobre © povoumento geval do globo a partir de documentos tio débeis Menos raro é encontrarem-se ilhotas de factos de segundo ou terceiro rau, interligadas or pontes de factos de primeiro grau: é 0 artificio Ne Permite associarem-se dois povos que se querem unidos por relagdes hist6ricas. Vemos assim que 0 primeiro grau do facto corresponde & sua fungao: martelo, apao, propulsor — enumeracao esta que implica a identificacao do primeiro grau do facto com a tendéncia, uma ver que esta corresponde estritamente a divisées l6gicas da actividade humana E possivel representar as relagdes de conjunto por um quadro: TENDENCIA, Facto id Poe 1 grau 20 gry. gra 2.9 gra matar um animal um ARPAO com ponta de oss0 € Mutuador de hexiga ‘maninho com a Universo inteito Oceano Pacifico / Esquimés do Alasea A partir de uma tal constatacio, toma-se bem evidente que se justfica a nossa desconfianga quanto ao valor hisirico de pate arau do facto: aquilo que diz respeito 3 tendencia nko eee Subdivisdes cOmodas quc a nossa logica introdus na. actividede den homens) — spends esta Hilo ao. mei, que dizer substinea bistoriea, através de uma palavra. Este primeite grav é todonpedones sempre que se trate de ordenar os facios em caeporias, © pe eee arguitectural€ precieso e ulilirélo-emos neste livio. que tae ease de uma projeccao logica da meada intrincada dos factor obserriees one cada ponto do tempo © do espago. Todavia, na aucncte de aaten limites, recuso-me desde ji fazer qualquer constaugto histvicg, Hierarquia das técnicas A insisténcia com que se apresenta a0 espirito dos autores 0 problema da origem € de molde a mantermo-nos bem. atentos Kdemificémos ja um indubitavel vicio de construgao: 0 tedrico passa 29

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