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ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE O ETANOL DE CANA

DE AÇÚCAR E O ETANOL CELULÓSICO

 Glaucia Barbosa Cabral

 Guilherme de Andrade Lopes

 Juliano Bragatto

Disciplina: Biocombustíveis e Mudanças Climáticas


CENA-USP
ETANOL - HISTÓRICO
ETANOL - HISTÓRICO

 Primeiras experiências com a utilização do etanol em motores do Ciclo


Otto - início do século XX - 1912 - caráter experimental.

 1931: produção maior que consumo:

 Governo estabelece mistura compulsória do álcool à gasolina


de 2 a 5%.
 1930 - Criação do IAA.
 Aumento para a taxa de 5 a 10% em 1961.
ETANOL - HISTÓRICO

 Década de 70: crise do petróleo:

 Prospecção de petróleo em águas profundas.


 Programa Nacional do Álcool (Pró-Álcool):

 10% de álcool anidro sem alteração dos motores.


 100% etanol hidratado (95°GL) - com modificação nos
motores ciclo Otto.
ETANOL - HISTÓRICO

 Em 1980: Governo Federal decreta que o álcool seja vendido aos


consumidores por 60% do valor da gasolina, estabelecendo
paridade vantajosa na relação preço-poder calorífico.

 Entre 1983 e 1988, mais de 90% dos veículos novos


comercializados eram movidos a álcool.

 Dinamismo do aprendizado tecnológico, aumento das áreas de


plantio sem comprometimento da produção de açúcar e melhoria
da eficiência dos motores.

 Em 1986, o preço do petróleo


começou a cair abruptamente,
baixando da média superior a US$
27,00/barril em 1985, para menos de
US$ 14,00/barril.
ETANOL - HISTÓRICO

 1990: Crise de abastecimento do álcool:


 Perda de confiança da população nos carros à álcool.
 Vendas despencaram de 52,5% para 11,55% em um ano.
 Em 1996 as vendas caíram para menos de 1%.
 Governo promulga lei elevando para 20-25% o teor
de álcool anidro na mistura com gasolina.
ETANOL - HISTÓRICO

 Entre 2000 e 2002 a cotação do petróleo volta a subir(US$ 25,00/barril).

 Com preços mais elevados e maior carga tributária sobre o combustível


fóssil, o álcool recuperou atratividade.

 Indústrias investem nos carros bi combustíveis (flex fuel)

 A flexibilidade de abastecimento desses veículos eliminava os riscos de


desabastecimento, combinada com os preços atrativos do álcool,
redirecionou o mercado .
ETANOL - PRODUÇÃO

2. PRODUÇÃO DE ETANOL NO BRASIL

SP maior produtor (60%)

Maior produtividade =
84 - 87 t/ha
EXPORTAÇÕES ANUAIS DE ETANOL PELO BRASIL

2006-2008 correspondeu a 20% do etanol total produzido

Fonte: Secretaria de Comércio Exterior (Secex)


Elaboração: UNICA
EXPORTAÇÃO DO ETANOL POR PAÍS DE DESTINO

VOLUME (milhões de
PAÍS litros)
2006 2007
Países ordenados
Total 3.416,6 3.530,1
de acordo com o ranking
Estados Unidos 1.749,2 849,7
Países Baixos 344,5 800,9 da quantidade exportada
Japão 227,7 367,2 para o ano de 2007
Jamaica 133,0 312,1
El Salvador 182,7 226,8
Costa Rica 92,2 172,2 Fonte: Secretaria de
Trinidad e Tobago 72,3 160,5 Comércio Exterior (Secex)
Suécia 201,3 128,5 Elaboração: UNICA
Nigéria 43,1 124,2
Coréia do Sul 93,4 67,4
Virgens, Ilha am. 52,7
México 50,7 50,2
Reino Unido 26,7 47,1
Emirados Árabes 38,7
Gana 6,1 33,2
Finlândia 19,7
PAÍSES QUE USAM ETANOL COMO COMBUSTÍVEL

Brasil, EUA, UE, México, Índia, Argentina, Colômbia e, mais


recentemente, Japão. ETANOL ANIDRO

Seu uso exclusivo como combustível ocorre no Brasil.


ETANOL HIDRATADO
CUSTO DE PRODUÇÃO DO ETANOL

Fonte: Jaime CTC

AUMENTO DA COMPETITIVIDADE

1 L etanol de cana-de-açúcar = US$0,28


1 L etanol de milho = US$0,45
1 hectare de cana-de-açúcar produz 7.080 litros de etanol,
1 hectare de milho produz 3.750 litros de etanol
(World Bank, Annual Report, 2007).
BRASIL

VENDA DE AUTOMÓVEIS E COMERCIAIS LEVES POR TIPO DE


COMBUSTÍVEL
Número de veículos.

Fonte: Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores - ANFAVEA.


Elaboração: UNICA.
Nota: 1) Os dados até 2004 referem-se a vendas internas no atacado.
Os dados a partir de 2004 fazem referência ao número de veículos licenciados.
2) Inclui somente os veículos do Ciclo Otto (não estão contabilizados os comerciais
leves movidos a diesel).
CENÁRIO

• Aumento do consumo interno de etanol devido ao aumento


das vendas dos carros tipo flex;

• Aumento das exportações

• O preço da produção do etanol brasileiro é competitivo.

• Meta do país de produzir 40 bilhões de litros de etanol


Combustível em cinco anos.
ETANOL - PERSPECTIVAS

BP apressa União Européia a cortar tarifa e ampliar


importação de etanol brasileiro
03/12/2008

A britânica British Petroleum (BP), segunda maior empresa


de petróleo da Europa, propõe que a União Européia (UE)
reduza a tarifa e outras barreiras comerciais para estimular
as importações de etanol de cana-de-açúcar do Brasil e de
outros países para, assim, atingir suas metas de consumo.

Reduzir o offset de C???


ETANOL - PERSPECTIVAS

BREAKTHROUGHS
O ETANOL CELULÓSICO: JUSTIFICATIVAS

 Aumento do preço do petróleo que


atingiu patamares que inviabilizam o
crescimento auto-sustentado da nações.

 Crescente interesse por fontes


alternativas de energia.

 Necessidade de se agregar valor às


biomassas contidas em resíduos agro-
florestais, cuja geração tende a crescer.

 Possibilidade de se aumentar a produção


de etanol sem a necessidade de
expansão no uso de terras agricultáveis.
FONTES DE LIGNOCELULOSE

CANA-DE-AÚCAR: bagaço e palha


(~100 milhões de t/ano)
FONTES DE LIGNOCELULOSE

MADEIRA: cavacos, resíduos e casca


(~150 milhões de t/ano)
FONTES DE LIGNOCELULOSE

MILHO: sabugo e palha


FONTES DE LIGNOCELULOSE

ARROZ e TRIGO: palha


GERAÇÃO BRASILEIRA DE RESÍDUOS AGRO-INDUSTRIAIS

400

345,4
350

308,2
300,4
292,3
Produção de resíduos

300
(milhões de t)

245,9
250 236,9
226,3 226
215,5
207,4
195,6
200 182,5
188,6
171,9 173
154,8
150

100

50

0
90/91

91/92

92/93

93/94

94/95

95/96

96/97

97/98

98/99

99/00

00/01

01/02

02/03

03/04

04/05

05/06
Safra

Resíduos da cana, algodão, aveia, milho, trigo, arroz, soja, feijão, sorgo e cevada

Fonte: CONAB (2006), MAPA (2006); KIM & DALE (2004) e de EIA (2006)
CENÁRIO BRASILEIRO DA CANA DE AÇÚCAR

 Brasil - 34% da produção mundial.

 304 Usinas e Destilarias.

 Safra 2006/2007 426 milhões de toneladas de cana de açúcar.

 Gerando aproximadamente 102 milhões de toneladas de bagaço.

 São Paulo maior produtor:


 264 milhões de t de cana e 63 milhões de t de bagaço.

Fonte: Macedo (2007), UNICA (2007)


PRODUÇÃO X CONSUMO (BAGAÇO DE CANA)

excedente bagaço (2004) = 6.604.000 ton

100.000
PRODUÇÃO
CONSUMO
90.000
10 ton

80.000
3

70.000

60.000

50.000
2000 2001 2002 2003 2004
ANO
PRODUÇÃO DE CANA E SUBPRODUTOS EM SÃO PAULO

Estima-se que para cada tonelada de cana


moída aproximadamente 240 kg seja bagaço
O COMPLEXO LIGNOCELULÓSICO

LIGNINA

CELULOSE HEMICELULOSE

Composição básica:

 Celulose (40-
(40-60%)

 Hemicelulose (20-
(20-40%)

 Lignina (10-
(10-25%)
CICLO DO BIOCOMBUSTÍVEL

LIGNINA
PRODUÇÃO DE ETANOL

Lavoura
de Cana
de açúcar
BIORREFINARIA: PRODUTOS DA CELULOSE

POLIÉSTERES BORRACHAS
POLI--HIDROXI-
POLI HIDROXI-ALCANOATOS

VITAMINA C
PLÁSTICOS BUTANOL
NYLON ACETONA
RESINAS ÁC. LEVULÍNICO BUTADIENO GLICEROL
ÁC. CÍTRICO
ÉSTERES
ÁC. BUTÍRICO
ETILENO ÁC. GLUTÂMICO
CELULOSE ÁC. LÁTICO
ENZIMAS
REGENERADA HIDROXIMETIL ÁC. GLUCÔNICO
FURFURAL SORBITOL ETANOL SCP ÁC. SUCCÍNICO
ÉTERES

ÉSTERES GLICOSE

CELULOSE

BIOMASSA
LCF: Lignocelulose Feedstock
DESAFIOS PARA A PRODUÇÃO DO ETANOL CELULÓSICO

 Toda a indústria brasileira de etanol é baseada hoje no caldo de


cana, que contém somente 1/3 da energia da planta.

 Os outros 2/3 estão no bagaço (metade do qual é queimado para


produzir energia) e na palha da cana (geralmente queimada ou
deixada no campo), que poderiam servir como fone de celulose.

 O uso desse material para produção de etanol seria uma alternativa


para aumento da produção de álcool sem aumentar a área plantada
de cana.

 O aproveitamento dessa biomassa contribuirá para eliminar o


problema das queimadas uma vez que que hoje apenas algumas
usinas aproveitam parte do bagaço para geração de energia em
geradores específicos.

O Estado de São Paulo (23/06/2008)


DESAFIOS PARA A PRODUÇÃO DO ETANOL CELULÓSICO

 Informações do projeto Bioetanol apontam que uma destilaria que


produz atualmente 1 milhão de litros de etanol/dia do caldo da cana
poderia produzir um adicional de 150 mil litros de etanol do bagaço
com a atual tecnologia.

 As estimativa para 2025 é que esse montante possa chegar a 400


mil litros.

 A estimativa desse aumento dependerá dos novos avanços


científicos e tecnológicos incorporados aos processos de hidrólise
da celulose para obtenção do etanol.

O Estado de São Paulo (23/06/2008)


PERSPECTIVAS PARA O ETANOL CELULÓSICO

 Os Estados Unidos estão apostando pesadamente na rota de


transformação da celulose em etanol.

 Lá se extrai o álcool do sabugo e da palha de milho, resíduos


descartados do aproveitamento do grão usado para obtenção de
etanol, além de outros resíduos agro-florestais.

 Uma das diferenças entre a produção norte-americana e a


brasileira é que aqui o etanol de celulose vai agregar milhões ou
bilhões de litros ao álcool produzido da sacarose que já é
distribuído nos postos de combustível.

 Outra diferença a favor do Brasil está no custo de produção do


etanol entre os dois países. Enquanto o do milho dos Estados
Unidos fica em US$ 0,39 o litro, o do caldo de cana custa US$ 0,21.
Biotecnologia Agrícola (03/04/2007)
TECNOLOGIA PARA PRODUÇÃO DO ETANOL

Brasil Custo:
0,35 R$/l
Caldo de
Fermentação Destilação
Cana--de-
Cana de-Açúcar

USA e outros
Amido de
Cocção EH + Fermentação Destilação
Milho

Custo:
0,64 R$/l

PRÉ-TRATAMENTO
Celulose + Celulases +
Biomassa Hidrólise com Hidrolisado Hemicelulósico
Ácido Diluído Destilação
Lignocelulósica
FERMENTAÇÃO

Custo estimado (NREL) 1,20 R$/l


Meta para 2010: 0,27-0,54 R$/l
Fonte: Gírio (2005)
PERSPECTIVAS PARA O ETANOL CELULÓSICO

 O domínio das técnicas de quebra da molécula de celulose, via


processo enzimático ou químico fará a diferença num futuro
próximo, e quem detiver esse domínio sairá na frente.

 Pesquisas que pareciam abstratas começam hoje a ser


compreendidas e podem ser utilizadas dentro de um outro
contexto.

 A Longo prazo, não se pode desprezar a possibilidade da produção


do etanol celulósico não somente de resíduos agro-florestais, mas
de uma produção sustentável direcionada para essa finalidade.

 O domínio da tecnologia da hidrólise reduzirá os custos de


produção do etanol celulósico e pode tornar essa alternativa viável.

Biotecnologia Agrícola (03/04/2007)


OBRIGADO !

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