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II Seminário Oportunidades

para as Indústrias Moveleiras

Curitiba, 21 de fevereiro 2008


Vemos o prefixo BIO
associado a vários
produtos, como biojóias,
bioartesanato, biodiesel,
e porque não associá-lo
ao móvel, junto com todo
o seu conceito?
Caro Ari Bruno:
Afirmei em sua revista que considero enganoso e
marqueteiro o termo “Biomóvel". Agora, lendo o Especial
Sustentabilidade da Móveis de Valor, soube que o termo foi
cunhado por você, profissional que respeito e admiro. Porém,
minha opinião não mudou. Continuo acreditando que o
termo Biomóvel engana aqueles consumidores que
relacionam o prefixo "bio" à vida natural, entendendo que o
ciclo de vida deste produto não agride a natureza.
Depois de ler sua palavra sobre o Biomóvel continuo
considerando o termo marqueteiro, mas entenda como um
elogio, já que seu objetivo era mesmo vender uma idéia.
Estou torcendo para que o projeto Biomóvel tenha Sucesso!!
ILVIA GRILLI
“O que nós sabemos é que a sustentabilidade
requererá uma mudança profunda na cultura
industrial. Nas próximas décadas nós teremos que
aprender como viver contando com menos 10%
dos recursos ambientais que usamos hoje. Uma
mudança radical de padrões de produção e
consumo tem de ocorrer.
Não acredito que apenas as inovações tecnológicas
Carlo Vezzoli, serão suficientes. Temos que inovar também nos
professor de nossos padrões de consumo, o que significa que o
sustentabilidade projeto tem de adotar um enfoque de ciclo de vida.
ambiental da E isso não é somente um re-projeto dos produtos
Universidade
Politécnica de existentes. O que é preciso é que a nova geração
Milão de produtos e serviços confie em valores e padrões
de qualidade mais coerentes com o padrão de uma
sociedade sustentável.”
Os princípios da Biomarcenaria
No setor de móveis, a escolha ambiental deve
estar sempre vinculada à utilização de materiais e
tecnologias naturais: madeiras não tropicais e
provenientes de plantios sustentáveis, tratamentos
e acabamentos não nocivos à saúde, colas
atóxicas, juntas por encaixe. São os princípios da
biomarcenaria que baseia a sua filosofia na
recuperação de critérios e técnicas do passado.
Os princípios da Biomarcenaria
O Padrão do Móvel Ecológico (Biomóvel)
pretende promover a melhoria qualitativa dos
produtos no setor do mobiliário, com base na
redução da utilização de recursos não renováveis
e das emissões por unidade de produto, em
relação aos direitos das pessoas, a partir das
comunidades que vivem nas áreas de interesse
florestal e no respeito à saúde e segurança dos
trabalhadores e usuários finais.
Guia Verde do Consumidor
“Antes de comprar um móvel (camas, armários,
mesas, cadeiras, mobiliário de jardim) certifique-se
de que não seja feito de madeira tropical. Entre as
alternativas, é particularmente indicada a madeira
de eucalipto ou pinus para os móveis de interiores,
de bambu e vime para os de jardim. Assegure-se
de que o móvel que comprou não foi tratado com
produtos químicos perigosos para o ambiente”
Guia Verde do Consumidor
“Um problema muito sério é o da madeira dos
móveis de cozinha componíveis, quase sempre
aglomerado com resinas e colas que contêm
formaldeído. Trata-se de um gás que pode provocar
irritação nos olhos e na garganta, náuseas e
dificuldades respiratórias. Está demonstrado que
tem efeito cancerígeno nos animais e é suspeito
de ser cancerígeno também para o homem”
Eco-compatibilidade: um
problema complexo
A realidade é bem mais complexa. Como em
qualquer outro setor, também no do móvel o
fato de uma empresa empreender uma política
orientada para a sustentabilidade, implica o
envolvimento de uma série muito mais ampla de
fatores e necessita de uma análise do impacto
ambiental de todas as fases do processo
Critérios ecológicos prevalecentes
Muitas vezes pensamos que é ecológico o
retorno aos materiais naturais, madeira, cortiça,
(...) Não é verdade que o que mais parece
natural, é mais ecológico (...) Devemos pensar
na origem do material, no seu desperdício, no
consumo de energia e pensar no prolongamento
da vida dos produtos, na qualidade, na
possibilidade de substituir as peças, nas peças
de reposição e na montagem
Experiências produtivas
Para encontrar experiências significativas no setor do
móvel eco-compatível deve-se olhar sobretudo a
Alemanha, país onde a sensibilidade sobre este tema
existe há algum tempo: Entre os critérios de escolha
(dos móveis) emerge a preocupação com a saúde e o
ambiente. Para móveis com tais características, quase a
metade dos entrevistados estaria disposta a gastar mais.
Muitos evidenciam o problema da recuperação dos
móveis usados - e uma boa quantidade de empresas já
empreendeu o caminho de uma produção sustentável.
O exemplo da Wilkhahn
Os princípios de base da filosofia da Wilkhahn são:
redução das emissões; redução do consumo de
materiais e de energia; reciclagem de materiais; evitar
desperdícios. Em particular, para as peças
recuperadas é previsto: a reutilização para a mesma
função ou para elementos de menor qualidade; a
transformação do material para um novo produto; a
reciclagem para outros objetos. Nos casos em que não
seja possível reutilizar a peça, o material de que é
composto é enviado às empresas para a sua
reciclagem.
O exemplo da Wilkhahn
A Wilkhahn oferece também aos seus clientes uma
vasta gama de serviços: controles dos produtos
vendidos (o último depois de 5 anos), certificação,
fichas técnicas, reparação e substituição de peças
gastas (é prevista inclusive a possibilidade de
atualizar, a pedido do cliente, os modelos antigos),
recuperação e reciclagem.
A cadeira Picto, uma das mais
conhecidas do catálogo Wilkhahn,
por exemplo, é feita com metais não
cromados, tecidos de lã e poliéster
de grande resistência, sem a
utilização de colas ou soldas; todos
os materiais podem ser reciclados e
facilmente desmontados e as peças
maiores trazem a indicação do
material de que são compostas.
A empresa também programou um
serviço de recuperação das cadeiras
usadas, cujas peças em bom estado
são reutilizadas na produção,
enquanto as outras são recicladas.
A Schlüter, produtora de poltronas e sofás, utiliza em
substituição à espuma de borracha, a palha de centeio
proveniente de cultivos controlados, não tratados com
inseticidas e pesticidas e completamente esterilizada (um
material natural e saudável também nas fases de
produção, muito duradouro e que permite, após a
utilização, uma fácil eliminação através da compostagem,
com criação de energia usada para a produção de novos
sofás, e reutilização como isolante) e outros materiais
todos naturais e regeneráveis como madeira de faia, lã
de ovelha, juta, linho, prevendo também, no momento
da eliminação, a reutilização de cada componente.
Produtos Sustentáveis: mobiliário
Linhas guia do RMIT
O Centro de Design do Instituto Tecnológico de Royal
Melbourne (RMIT) da Universidade de Melbourne (Austrália),
publicou um guia específico para o setor do móvel. A atenção
é focalizada mais nos impactos ambientais distribuídos ao
longo de todas as fases do ciclo de vida de um produto (da
pré-produção à eliminação) e nas estratégias projetuais.
Os impactos ambientais de um móvel e da sua embalagem
podem ser reduzidos através de estratégias projetuais.
Linhas guia do RMIT
9 reduzir o uso de materiais diferentes, simplificando o
processo interno, aumenta as oportunidades para a
reciclagem dos resíduos de produção e a reutilização dos
componentes no fim de vida;
9 otimizar o número de componentes e de peças;
9 integrar várias funções num componente, ou projetar um
componente útil para mais de uma finalidade, reduzindo a
utilização de material e poupando trabalho e energia;
9 escolher materiais e processos de baixo impacto e evitar
processos que utilizem materiais tóxicos.
Linhas guia do RMIT
O projeto/design deve incluir a avaliação dos cenários do fim
de vida para minimizar ou eliminar os resíduos no fim da vida
do produto. As estratégias-chave incluem:
9design para a durabilidade pode ser obtido identificando e
eliminando os potenciais pontos fracos no projeto
9design para a reutilização. O projeto deve considerar a
reutilização e reparação; os componentes ou os acabamentos
danificados devem ser substituídos: o objetivo é prolongar ao
máximo a primeira vida do produto
9design para a desmontagem. Tal estratégia facilita a
reparação e a manutenção. É preferível substituir um único
componente do que o produto todo
9 design para a reciclagem. Isto significa que os materiais
usados podem ter um uso secundário, com a mesma
função ou função diferente. Considerar o uso de um
único material ou de materiais compatíveis com a
reciclagem. Avaliar métodos de construção e procurar
evitar colas e materiais incompatíveis
9 design para uma eliminação segura. Assegurar que todos
os materiais com componentes tóxicos, produtos que
contêm colas e acabamentos superficiais, estejam
corretamente rotulados. Os impactos serão diversificados
em relação à duração do produto e ao próprio percurso
do seu destino final.
E por falar em design...
Quando se pensa em eco-design logo vem à
cabeça determinados projetos de móveis nem
sempre de bom gosto.
Ao contrário, os móveis sempre podem ter
excelente design, independentemente da
matéria-prima, dos componentes, acessórios,
acabamentos, tipos de uso, etc.
Vejam alguns exemplos de idéias criativas:
O selo de certificação na Itália
ANAB – Associação de Arquitetura Bioecológica e o ICEA –
Instituto para a Certificação Ética e Ambiental – elaboraram um
padrão de ecologia no setor do móvel.
O Padrão do Móvel Ecológico (Biomóvel) pretende promover a
melhoria qualitativa dos produtos no setor do mobiliário e
decoração, com base na redução da utilização de recursos não
renováveis e das emissões por unidade de produto, em relação
aos direitos e aos interesses das pessoas sensíveis, a partir das
comunidades que vivem nas áreas de interesse florestal e no
respeito à saúde e segurança dos trabalhadores e usuários finais.
O padrão ANAB-ICEA para o Móvel Ecológico propõe um projeto que:
Garanta o respeito à utilização de madeira de florestas ou
plantações geridas com critérios de Boa Gestão Florestal
Permita realizar produtos de baixo impacto ambiental em sintonia
com os seguintes objetivos específicos:
9Redução das substâncias perigosas para a saúde e o ambiente
9Redução da quantidade de material utilizado
9Redução do consumo energético
9Maior durabilidade do objeto
9 Introdução, onde possível, dos conceitos de modularidade
e decomposição finalizados para garantir a flexibilidade
de utilização e a adaptação aos espaços.
9 Facilidade das condições de uso
9 Desmontagem e Reciclagem
9 Eliminação segura
9 Utilização de embalagens em material reciclado ou
redução/reutilização/reciclagem da embalagem
9 Redução das dimensões máximas na fase de transporte.
O varejo quer participar
O varejo também fará a sua parte neste processo. Já
está fazendo, mas vai ampliar muito nos próximos
anos. E não por ser bonzinho, não. Porque as pessoas
estão exigindo produtos ecologicamente corretos.
O Wal-Mart lançará um grande esforço para melhorar os
padrões ambientais, éticos e sociais dos fornecedores.
Favorecerá aqueles que aceitarem o desafio e se
comprometerem com a qualidade e sustentabilidade
de seus produtos, mesmo que represente pagar mais.
O varejo quer participar
O varejo também fará a sua parte neste processo. Já
está fazendo, mas vai ampliar muito nos próximos
anos. E não por ser bonzinho, não. Porque as pessoas
estão exigindo produtos ecologicamente corretos.
O Wal-Mart lançará um grande esforço para melhorar os
padrões ambientais, éticos e sociais dos fornecedores.
Favorecerá aqueles que aceitarem o desafio e se
comprometerem com a qualidade e sustentabilidade
de seus produtos, mesmo que represente pagar mais.
Conforme a revista Exame, mais de 2000 green buildings
Empreendimentos imobiliários sustentáveis
estão sendo construídos nos Estados Unidos. No Brasil já
existem vários empreendimentos como os 2 projetos da
Petrobras em Vitória e no Rio de Janeiro, além dos
edifícios Eldorado, Rochaverá e Ventura.
A previsão é de que em menos de 5 anos a demanda será
muito alta. Os edifícios não sustentáveis irão se
desvalorizar.
O desafio de todos é desenvolver fornecedores regionais
capacitados, comenta Roberto Orange responsável pelo
desenvolvimento do projeto do primeiro empreendimento
certificado no Brasil, a agência bancária do ABN em
Cotia/SP.
Fórum acontece em São Paulo
Nos dias 17 e 18 de JUNHO de 2008 acontecerá em
São Paulo o 1º Forum de Empreendimentos
Imobiliários Sustentáveis. O público alvo:
9 Construtoras e Incorporadores
9 Arquitetos e Decoradores
9 Designers de Produtos, Interiores
9 Engenheiros
9 Fabricantes de Móveis
9 Tecnologia & Equipamentos
9 Profissionais ligados ao setor
A questão da
sustentabilidade
chegou também à
cozinha, o carro-chefe
da marcenaria. Uma
discussão ampla vai
acontecer este ano
em São Paulo e
Recife.
SUSTENTABILIDADE
chegou para ficar e
isso é uma ótima
notícia para quem
usar os conceitos da
BIOMARCENARIA
Consumidores mais conscientes
Não só o planeta agradece como também muitos
consumidores ficam satisfeitos em comprar produtos e
serviços de empresas preocupadas com o
desenvolvimento sustentável. Uma pesquisa realizada
pelo Instituto Akatu revelou que 33% dos compradores
brasileiros adotam atitudes conscientes na hora das
compras.
Além disso, 37% dos entrevistados afirmam pagar mais
por materiais não-nocivos ao meio ambiente e oito em
cada 10 consumidores que manifestaram disposição a
pagar mais, aceitariam um sobre-preço de 25% a 35%
pela mercadoria com selo ambiental.
Com a biomarcenaria todos ganham
O Ecodesign - para criar o biomóvel -, aparece como uma forma
nova de projeto de produto, tendo por base a questão
ambiental.
Projetar um móvel ambientalmente correto é uma tarefa que
será sempre implementada considerando peso, reciclagem,
reutilização, embalagem e processo mais limpo.
Com esse processo se dá ao ambiente o mesmo status dos
valores industriais mais tradicionais, como: faturamento,
qualidade, funcionalidade, estética, ergonomia e imagem.
A disputa pelo mercado consumidor está cada vez mais intensa
e apostar na biomarcenaria é o melhor que podemos fazer.

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