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CURSO DE GESTÃO
AMBIENTAL
CENTRO EDUCACIONAL DE UBERABA - CEU
APOSTILA DE Gestão de
Resíduos
Índice
Como se pode notar nos gráficos acima há uma disparidade entre a geração de
resíduos e sua reciclagem, há uma série de fatores associados a este fenômeno,
entre eles podemos destacar a ausência de uma política de educação voltada
para a comunidade e empresas esclarecendo a importância de sua participação
em programas de coleta seletiva para reciclagem.
Cabe comentar que através da Resolução CONAMA nº 275, de 25 de abril de
2001, que define as cores utilizadas para acondicionar os resíduos, temos;
I - Azul – Papéis
II- Amarelo – Metais
III - Verde – Vidros
IV - Vermelho – Plásticos
V - Marrom - Resíduos Orgânicos
• Caso não seja procedida a reciclagem, poderá ser utilizada a cor preta.
Os currículos escolares estão se adaptando a esta nova realidade, buscando uma
ação mais participativa da sociedade organizada, através da inclusão da matéria
"meio ambiente" como conteúdo transversal em todas as disciplinas curriculares.
Hoje já se observa um maior de número de jovens interessados nas questões
ambientais, mais preocupados com a preservação do planeta e a conservação do
meio em que vivem.
No setor empresarial já se observa a prática da gestão ambiental, onde se procura
evoluir em políticas de controle, com a implementação e inserção, de ações
relacionadas ao gerenciamento ambiental, introduzindo práticas que maximizem o
uso de matérias-primas menos poluentes, e, tentando reduzir a geração de
resíduos
A) Desinfecção
• autoclave
• microondas
• tratamento químico
• radiação ionizante
B) Redução de volume
• incineração
• pirólise
• plasma térmico
As técnicas de disposição final dos resíduos serão descritas em item próprio onde
estudaremos os processos e sua importância para a gestão ambiental.
1.7.2. Pneus
Devido a importância dos pneus, que estão presentes na maioria dos meios de
transporte usados pelas populações de todo o mundo os órgãos governamentais
tem buscado através da legislação estimular o destino adequado de seus
resíduos. A Resolução nº 258, de 26/8/1999 CONAMA, determina que as
empresas fabricantes e importadoras de pneus fossem as responsáveis pela
destinação final, iniciando com um pneu inservível para cada quatro novos a partir
de 1º/01/2002 e crescendo ano a ano a proporção até chegar a cinco para cada
quatro a partir de 1º/01/2005, a mesma define como inservíveis aqueles que não
mais se prestam a sofrer processos de reforma que permitam condições de
rodagem adicional. Um pneu é construído, basicamente, com uma mistura de
borracha natural e de elastômeros (polímeros com propriedades físicas
semelhantes às da borracha natural), também chamados de "borrachas
sintéticas". A adição de negro de fumo confere à borracha propriedades de
resistência mecânica e à ação dos raios ultra-violeta, durabilidade e desempenho.
A mistura é espalmada num molde e, para a vulcanização - feita a uma
temperatura de 120-160ºC - utiliza-se o enxofre, compostos de zinco como
aceleradores e outros 37 compostos ativadores e antioxidantes. Um fio de aço é
embutido no talão, que se ajusta ao aro da roda e, nos pneus de automóveis do
tipo radial, uma manta de tecido de nylon reforça a carcaça e a mistura de
borracha/elastômeros é espalmada, com uma malha de arame de aço entrelaçada
nas camadas superiores. Estima-se que a produção mundial de pneus esteja ao
redor de um bilhão de unidades/ano.
Os pneus são considerados materiais especiais, pelas dificuldades apresentadas
no reaproveitamento, principalmente pela irreversibilidade da reação de
vulcanização de seus componentes. A destinação final para aterros torna-se
inviável em função da baixa compressibilidade apresentada pelos mesmos, bem
como, a lenta degradação de seus componentes.
A destinação clandestina dos pneus acarreta uma série de problemas ambientais,
dentre eles, a disposição a céu aberto, que propicia uma fonte de proliferação de
inúmeros vetores, principalmente formas imaturas (larvas) de insetos como os
mosquitos transmissores da dengue e da febre amarela. As larvas destes
mosquitos se desenvolvem nas águas que se acumulam em seu interior,
completando seu ciclo até a fase adulta nestes locais. Quanto às formas de
reaproveitamento de pneus, podemos citar:
• reuso: através do processo de recauchutagem, onde a banda de rodagem é
raspada, ganhando uma nova banda sobre a carcaça, sendo, posteriormente,
vulcanizado;
• na forma original: podem ser usados em obras de contenção nas margens de
rios para evitar desmoronamentos, recifes artificiais, construções de quebra-
mares, balanços (brinquedos) em parques infantis e também para o controle de
erosão, e outros;
• cortados e triturados: após várias operações de separação dos diferentes
materiais
(processo de regeneração), ou da digestão (através de vapor e produtos químicos)
o produto é refinado até a obtenção de uma manta uniforme, ou um material
granulado, que poderá ter diversas aplicações, como em misturas asfálticas,
revestimentos de quadras, pisos (com a finalidade de agir como isolantes
térmicos), pistas de esportes, na fabricação de tapetes automotivos, adesivos etc.
• energético: nos fornos de cimento e em usinas termoelétricas. Nas fábricas de
cimento, o produto da moagem, com partículas de 1 a 6mm, podendo chegar a 50-
500 micras, é incinerado no forno como combustível e a fumaça (gases
produzidos pela queima) é incorporada ao cimento.
• misturas asfálticas: são adicionadas partículas finas de borracha ao cimento
asfáltico, produzindo um ligante denominado "asfaltoborracha". A mistura com
asfalto serve para a pavimentação de vias, pátios de estacionamento entre outros.
Segundo a Petrosix (São Mateus do Sul – PR.) sua usina de reprocessamento,
utiliza o conjunto de pneus descartados (inservíveis) para produção de óleo e gás
combustível, durante o processamento têm-se as seguintes proporções entre seus
componentes:
1.7.3. Lâmpadas
As lâmpadas presentes na
maioria dos lares, comércio,
indústria e em quase todas
modernas, apesar da
comodidade que nos oferece,
contém metais pesados que
podem provocar sérios
problemas ao meio ambiente.
Podem ser encontradas, no
mercado, lâmpadas contendo:
vapor de mercúrio, de vapor de
sódio, luz mista e também as
lâmpadas fluorescentes.
Quando inservíveis ou
“queimadas” não devem ser descartadas junto com os demais resíduos do lixo
doméstico, pois há a necessidade da descontaminação das mesmas, para
neutralizar as substâncias químicas nocivas, a fim de que, seus componentes
possam ser reciclados após tratamento adequado.
As lâmpadas fluorescentes, enquanto intactas, não oferecem perigo, porém,
quando quebradas ou rompidas, liberam mercúrio, que se evapora no meio
ambiente, é importante ressaltar que este é um metal pesado muito tóxico, capaz
de se acumular no organismo e produzir desde sinais discretos de alterações no
sistema nervoso até morte súbita. O mesmo acontece com o termômetros de uso
domiciliar, estes quando quebrados liberam grandes quantidades de mercúrio
líquido, que é facilmente absorvido caso entre em contato com a pele. Todos os
materiais que compõem as lâmpadas são reaproveitáveis. Através de etapas de
separação e descontaminação das lâmpadas, pode-se recuperar o vidro, metal e
os componentes químicos existentes para isso estes materiais devem ser
descartados em separado e ser encaminhados aos centros de reciclagem através
da coleta seletiva.
Uma das formas mais utilizadas pelos municípios brasileiros para disposição dos
resíduos urbanos, são os chamados lixões a céu aberto, que agridem
violentamente ao meio ambiente natural e à legislação vigente, pois nestes locais,
não são aplicados quaisquer metodologias ou monitoramento, servindo como
fonte extraordinária para a proliferação de vetores e agentes oportunistas, como
ratos, insetos, fungos e bactérias, que, certamente, acarretam danos à saúde
pública e ao meio ambiente natural.
Dentre as alternativas para o tratamento adequado para a disposição final dos
resíduos sólidos urbanos, destacamos as seguintes técnicas;
a) Aterramento sanitário
b) Triagem e Compostagem
c) Incineração
d) Tratamento com Microondas
e) Plasma térmico
f) Recuperação energética
Com a concentração da população brasileira nas grandes cidades, surgiram
dúvidas, do que fazer com toneladas de lixos gerados diariamente pela população.
O Brasil possuía, no ano de 2002, a quantia de 5.564 municípios, com a seguinte
distribuição de faixa por habitantes; visando buscar alternativas, para solucionar a
disposição final inadequada dos resíduos na maioria dos municípios os estados
brasileiros têm lançado mão de leis e decretos voltados ao controle e destinação
dos resíduos urbanos, com maior ênfase para os resíduos sólidos na maioria dos
deles.
Temos como exemplo o Estado do Paraná que, no ano de 1999, aprovou e
sancionou pioneiramente uma lei específica para resíduos sólidos urbanos (LEI
ESTADUAL Nº 12.493 DE 22/01/99 - ANEXO I), que estabelece que todos os
municípios do Estado do Paraná terão até 04/12/2003 para disponibilizar áreas
e/ou reservar áreas futuras, isoladamente ou de maneira associada, para destinar
seus resíduos; elaboração do projeto executivo e implantação das obras
necessárias para destinação adequada de seus resíduos sólidos urbanos e até
04/12/2007 para recuperação de áreas degradadas anteriormente utilizadas com
disposição inadequada dos resíduos urbanos.
1.9.3. Incineração
Apesar de ser uma das tecnologias térmicas mais simples para o tratamento de
resíduos, esta forma de disposição final não é utilizado em grande escala no
Brasil, devido seu custo elevado e potencial poluidor.
Consistem basicamente em um processo de combustão controlada, com
temperaturas, em geral, acima de 900ºC, para transformar resíduos sólidos,
líquidos e gases combustíveis, em dióxido de carbono, cinzas, outros gases e
água, reduzindo significativamente o volume e peso iniciais. O processo da
incineração produz um resíduo inertizado com cerca de 10% do volume inicial. De
acordo com as características apresentadas após o processo de incineracão, os
resíduos poderão ser dispostos em aterros sanitários ou até mesmo serem
reciclados. O tratamento dos resíduos através do processo de incineração deve
atender à Resolução do CONAMA nº 316 de 29/10/2002 (Anexo I), que dispõe
sobre procedimentos e critérios para o funcionamento de sistemas de tratamento
térmico de resíduos, para que não apresentem resíduos deletérios à saúde, tanto
nos efluentes sólidos, gasosos, como nos líquidos, durante o processo. Para
atender a essas exigências o equipamento tem um custo bastante elevado, não só
no investimento inicial, mas na sua constante manutenção, além exigir mão-de-
obra especializada.
O ciclo a gás, assim como o ciclo a vapor necessita de baixo investimento inicial
em equipamentos, é de fácil operação apresentando maior eficiência entretanto
apresenta como desvantagem a maior sensibilidade e fragilidade dos
equipamentos (as turbinas podem ser prejudicadas devido a impurezas dos
materiais). O vapor gerado tem baixa pressão e em parte é perdido para o
ambiente, o que sugere a necessidade de otimização.
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