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Revista Eletrônica de Materiais e Processos, v.5.1 (2010) 43-48


ISSN 1809-8797

Estudo da obtenção de espuma de alumínio via Metalurgia do



P. O. Bonaldi1*, L. Schaeffer1
1
Laboratório de Transformação Mecânica - Departamento de Metalurgia - Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, Av. Bento Gonçalves, 9500, CEP 91501-970, Porto Alegre – RS

(Recebido em 08/03/2010; revisado em 15/04/2010; aceito em 06/05/2010)


(Todas as informações contidas neste artigo são de responsabilidade dos autores)
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Resumo:

Espumas de alumínio são materiais de estrutura porosa que combinam as propriedades de materiais
celulares com materiais metálicos. Atualmente essa nova classe de material vem ganhando maior campo
de aplicação e mais interesse por parte da indústria. A espuma de alumínio pode ser produzida através da
mistura de pó de alumínio com um agente espumante que posteriormente é expandido através de um
processo termicamente ativado. Este trabalho apresenta o método de obtenção de espuma de alumínio
através da metalurgia do pó, onde foi variada a quantidade do agente espumante (TiH2) em: 0,8, 1,0 e
1,2% em massa e também a temperatura de espumagem, em: 680, 710 e 740oC. Fixando o tempo de
espumagem em 10min. As melhores condições encontradas foram de 1,0% de TiH2 com temperatura de
espumagem de 710oC, apresentando poros com aspecto arredondado, distribuição e tamanho homogêneo.

Palavras-chave: Espuma metálica; metalurgia do pó; hidreto de titânio.


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Abstract:

Aluminium foams are porous materials that combine the properties of cellular materials and metallic
materials. Nowadays this new class of materials has gained greater scope and more interest from industry.
The aluminium foam is produced by mixing aluminium powder with a foaming agent which is
subsequently expanded through a thermally activated process. This paper presents the method for
obtaining foam aluminium by powder metallurgy, varying the amount of the foaming agent (TiH2) at 0.8,
1.0 and 1.2 wt% and also the temperature at 680, 710 and 740oC, setting the time of foaming in 10min.
The best conditions found were 1.0% of TiH2 and foaming temperature of 710oC, obtaining round pores,
with homogeneous size and distribution. *

Keywords: Metallic foam; powder metallurgy; hydride titanium.


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*
E-mail: patrik.bonaldi@ufrgs.br (P. O. Bonaldi)
P. O. Bonaldi , L. Schaeffer / Revista Eletrônica de Materiais e Processos / ISSN 1809-8797 / v.5.1 (2010) 43-48 44

1. Introdução

Espumas de alumínio são estruturas As espumas metálicas podem ser produzidas


metálicas porosas as quais combinam de diversas formas [7-9]. Um método promissor
propriedades típicas dos materiais celulares com é o processo de compactação de pós e posterior
os de metais [1]. A rigidez elevada em relação a formação de espuma. Onde uma mistura de pó
massa e boa capacidade de dissipação de de alumínio e um agente de expansão são
energia em caso de impacto, levaram a uma compactados. Em seguida aquecida acima do
variedade de aplicações [2-4], especialmente na ponto de fusão da liga [10]. Acima do limiar da
indústria automóvel [5]. Dois exemplos de decomposição do agente de expansão de
aplicação de espuma metalica são mostrados na hidrogênio são liberadas bolhas que se forma na
Figura 1. As propriedades das espumas liga. O hidreto de titânio (TiH2) se mostra ser
metalicas dependem muito das características um agente adequado para formação de espumas
morfológicas, como a distribuição de tamanho de alumínio, embora outros hidretos também
dos poros, a curvatura da parede celular e pode ser utilizado [11]. A liberação de
defeitos [6]. hidrogênio do TiH2 começa em torno de 400°C,
que é claramente inferior ao ponto de fusão de
ligas de alumínio mais comerciais [10]. Neste
(a) trabalho será apresentado um estudo sobre a
obteção de espumas de aluminio através da rota
de matalurgia do pó. Apresentando melhores
parâmetros em cada etapa do processo.
Variando a quantidade de agente espumante na
mistura e temperatura do processo térmico.
Esses fatores influenciam diretamente na
qualidade final da espuma metálica.

2. Materiais e Métodos

(b) 2.1. Matérias-Primas

Os materiais utilizados foram o pó de


Alumínio fornecido pela Alcoa e o pó de hidreto
de titânio fornecido pela Brats. As
características dos pós são apresentadas na
Tabela 1.

As formas dos pós foram analisadas por


microscopia eletrônica por varredura e são
Figura 1 - Exemplos de aplicação de espumas mostradas na Figura 2.
metálicas, (a) sistema de absorção de
impactoMEtcomb Nanostructures) , (b) tubos
preenchidos com espuma metálica (IFAM).

Tabela 1: Características dos pós utilizados.


Pó Grau de Pureza Tamanho µm(D90) Forma
Al 99,9% 64,55 arredondada
TiH2 99,97% 52,28 Irregular
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(a)

(b)

Figura 3 - Processo de obtenção da espuma


de alumínio pela via M/P.

Figura 2 – (a) micrografia do pó de TiH2, (b) 2.3. Equipamentos/Ferramentas


micrografia do pó de alumínio.
A matriz de compactação das amostras é
2.2. Processo mostrada na Figura 4. O diâmetro da cavidade é
de 19mm. A expansão da amostra ocorre no
O processo utilizado via metalurgia do pó, interior de um tubo de um sistema desenvolvido
conforme Figura 3, ocorre primeiramente pela para formação de espuma, como mostra a
mistura de 3 composições diferentes dos pós de Figura 5, que por sua vez é colocado no em um
alumínio e hidreto de titânio (0,8, 1,0 e 1,2% forno.
TiH2 em massa) em misturador do tipo duplo V
por duas horas com velocidade de 20 RPM.
Posteriormente foram compactados axialmente
com pressão de 450 MPa, melhor condição de
acordo com estudos anteriores. Em seguida
passa pelo processo térmico de espumagem em
um forno do tipo mufla com a amostra dentro de
um sistema de espumagem. Onde o tempo foi
fixado em 10 minutos para todas as amostras e a
temperatura variou em três níveis (680, 710 e
740oC). Todas as amostras foram resfriadas
rapidamente em água após o tratamento. Para
cada situação foram utilizadas cinco amostras.

Figura 4 – Matriz de compactação de amostra


cilíndrica.
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± 0,05, valor também encontrado por Rabiei


[12]. Após o processo térmico de espumagem
as amostras foram avaliadas a fim de obter os
melhores parâmetros para fabricação de espuma
de alumínio.
Os quadros 1, 2 e 3 apresentam uma amostra
que representa o resultado de cada condição do
experimento. Os quadros mostram a expansão
linear da amostra e sua seção transversal. Assim
possibilitando a visualização da morfologia dos
poros, que tem grande influencia nas
propriedades finais da espuma. A Tabela 2
mostra a densidade média de cada condição,
medida pelo método de Arquimedes. Todas as
amostras obtidas com a temperatura de
expansão de 740oC apresentaram colapso,
Figura 5 – Sistema de obtenção de espuma. atingindo uma temperatura muito alta
provocando o surgimento de alta quantidade de
2.4. Caracterização Amostras fase líquida [13] e por esse motivo essa
condição não foi favorável para obtenção de
As amostras foram avaliadas conforme a espumas de alumínio, sendo descartada essa
expansão linear, pela morfologia dos poros condição. Nas condições de 0,8 e 1,0% TiH2
(tamanho, aspecto e distribuição) e pela com temperatura de espumagem de 680oC, não
densidade final da espuma. apresentaram bons resultados, pois a expansão
não foi suficiente para obter poros
3. Resultados e Discussão consideráveis, apresentando uma densidade
média alta de 1,240 e 1,097g/cm3
Após compactação todas as amostras ficaram respectivamente.
com altura de 15mm e densidade de 2,45g/cm3

Quadro 1: Espumas obtidas com 0,8% de TiH2.


o
T, C 0,8% TiH2

680

710

740 X

Provavelmente isso ocorreu devido à sólida que seja possível a formação de poros
temperatura baixa, não sendo suficiente para consideráveis. Nas condições com 1,2% de TiH2
ocorrer o surgimento de uma condição semi- e temperatura de espumagem a 680 e 710oC
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apresentaram boa expansão linear e densidade, expansão linear e a distribuição e tamanho dos
porém pela avaliação da secção transversal poros foram homogêneos, com aspecto esférico
apresentou poros muito grandes e não e com poucos defeitos. Essas condições são
homogêneos, devido ao coalescimento destes. favoráveis para obter boas propriedades finais.
Muito provavelmente causado pelo alto teor de A densidade média nessa condição foi de
agente espumante, provocando vários pontos de 0,717g/cm3. Esses parâmetros de processo
surgimento de poros e facilitando o posterior divergem um pouco com outros autores [11],
coalescimento. pois a obtenção de espumas metálicas é
O melhores resultado encontrados foram na particular a cada situação, dependendo do tipo
condição de 1,0% de TiH2 com temperatura de de forno utilizado e sistema de espumagem.
espumagem de 710oC, onde ocorreu uma boa

Quadro 2: Espumas obtidas com 1,0% de TiH2.


o
T, C 1,0% TiH2

680

710

740 X

Quadro 3: Espumas obtidas com 1,2% de TiH2.


T,oC 1,2% TiH2

680

710

740 X
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Tabela 2: Densidade média das espumas em cada situação em g/cm3.


% TiH2
T, oC 0,8 1,0 1,2
680 1,240 1,097 0,806
710 0,911 0,717 0,652
740 X X X

4. Conclusões space applications. Acta Astronautica. V.


61, n. 1-6, p. 326 – 330, 2007.
Neste trabalho foi possível observar os [5] Banhart J. Aluminium foams for lighter
melhores parâmetros para obtenção de espuma vehicles. International Journal of Vehicle
de alumínio via metalurgia do pó. A melhor Design, v. 37, p. 114–125, 2005.
condição encontrado foi utilizando o 1,0% em [6] Daxner T., Böhm H.J., Seitzberger M.,
massa de TiH2 como agente espumante, Rammerstorfer F.G.. Modelling of cellular
misturado com pó de alumínio por 2 horas, metals. In H.-P. Degischer and B. Kriszt,
compactado a 450MPa e espumado a 710oC por editors, Handbook of Cellular Metals, p.
10 minutos, apresentando uma boa expansão 245–280. Wiley-VCH, Weinheim,
linear e distribuição e tamanho de poros Alemanha, 2002.
homogêneo com aspecto esférico, fator muito [7] Banhart J.. Manufacturing routes for
importante nas propriedades da espuma metal foams. Journal of Metals. V. 52, p.
metálica. Essa condição pode ainda se mudada 22-27, 2000.
pela liga de alumínio utilizada, alguns [8] Banhart J., Manufacture, characterisation
elementos como: magnésio e silício diminuem o and application of cellular metals and
ponto de fusão da liga, teoricamente diminuindo metallic foams. Progress in Materials
também a temperatura de espumagem. Outros Science,v. 46, p. 559–632, 2001.
estudos ainda podem ser realizados, como a [9] Wadley, H. N. G., Cellular Metals
variação do tempo e temperatura, fixando a Manufacturing. Advanced Engeneering
quantidade do agente espumante. Materials. V. 4, n. 10, p. 723-733, 2002.
[10] Baumgärtner F., Duarte I., Banhart J.,
Agradecimentos Industrialisation of P/M foaming process.
Advanced Engineering Materials, v. 2, p.
Os autores agradecem as empresas Alcoa e 168–174, 2000.
Brats pelo fornecimento de matéria-prima e ao [11] Zeppelin F., Hirscher M., Stanzick H.,
CNPq. Banhart J., Desorption of hydrogen from
blowing agents used for foaming metals.
Referencias Composite Science and Technology, v. 63,
p. 2293–2300, 2003.
[1] Ashby M.F., Evans A.G., Fleck N.A.,
[12] Rabiei A., Vendra L.J. A comparison of
Gibson L.J., Hutchinson J.W., Wadley
composite metal foam's properties and
H.N.G.. Metal foams — a design guide.
other comparable metal foams. Materials
Butterworth-Heinemann, Londres, 2000.
Letters, v. 63, n. 28, p. 533–536, 2009.
[2] Banhart J. Functional applications. [13] Duarte I., Banhart J., A study of aluminium
Handbook of Cellular Metals: production, foam formation – kinetics and
processing, application, Editores: H.-P. microestructures. Acta Materalia, v. 48, n.
Degischer, B. Kriszt, 313-320, Wiley-VCH, 9, p. 2349-2362, 2000.
Weinheim, 2002.
[3] Haijun Y., Guangchun Y., Xiaolin W.,
Yihan L., Hongbin L. Sound insulation
property of Al–Si closed-cell aluminum
foam sandwich panels. Applied Acoustics.
V. 68, n. 11-12, p. 1502–1510, 2007.
[4] Schwingel D., Seeliger H. W.,
Vecchionacci C., Alwes D., Dittrich J.,
Aluminium foam sandwich structures for

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