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Silvio Sanchez Gamboa Projetos de pesquisa, fundamentos légicos: a dialética entre perguntas e respostas A UNOCHAPECO Vie Recs de asin, Ragin Extnso Moin ‘Stu Ake me Vicar de Adainiragho Ditstors de Regi «Po Graduns Siro Semen “aoa aa rn ee Satip neji cane ie dic, Enonatnornes eg deren. 2. Peis Saas iat po oni Nom TE Shiai Sec tet poten ora Marcita, nos seus sete meses de idade. A filha que com sua presenca recria rossas vidas eestimule nossa curiosidade e nossa capacidade de perguntar. ‘Maceié, 20 de margo de 2013 a6 ‘uma tnidade entre momentos ou polos contrérios €@ um ‘movimento de afirmagio, negagio e negagdo da negagio, tragando um caminho de ida e de volta, da pergunta (pon to de parti) & resposta (ponto de chegada), e desta, de eegunta, ‘Assim, os proximos doie capftulos serio dedicados 0 aprofundamento dos conteidos zelativos a esses dois, ‘grandes momentos dos projtos. rsntos de psa, fundamentor ics Capitulo 2 A construcao das perguntas [As perguntas so. as locomotivas do conhecimento daa sua importincia nos projetos de pesquisa. E poss- ‘el afirmar que o essencial de um projeto de pesquisa €@ ‘roblematizacio da necessidade e a sua transformacaoem questes © perguntas. Gostariamos de trazer uma passagem da literatura in fant para ilustrar simportincia que o ato de pergunta em para flosofia e para a pesquisa cientifia, Tratase de uma passagem do liveo Fi, Toms alguém ait, de Gaarder (1997) Mas ogo oe inant de et” ‘dean eu vec" rpicos ee, an- ie ena verte undone ins pp con E uo ae rst (dice paper gets Quand et wins vot psapen”, conti "Ee ent on deve ar Arey ep um tc caine unt ais de tS prune ‘Sou ocimiobo pa ec Foote: Gaseer (1997, p. 27-28) 88 ‘Trate-se de um personagem vindo de outro mando ‘que pousa no jardim de uma casa e estabelece um dislogo ‘com uma erianga que, curiosa com o estranko vistante, peroebe que, além das perguntas e das respostas, utiliza & expressio corporal © referido personagem, denominado Mika, se inci- na cada vez que escuta uma pergunta. Dependendo da qualidade da pergunta 0 pessonagem faz uma inclinagio mais ou menos profunda. Indagado sobre os gestos, ele ‘esponde: “Li de onde eu venho,nés sempre fazemos uma reveréncia a algném que faz waa pergunta interessante € ‘quanto mais profunda for a pergunta, mais profundamen- fea gente se inclina.” Certamente,o autor quer destacar 0 significado das perguntis qualifcadas; das perguntas para 88 quais no se tem uma resposta imediatae simples, cxjo valor esti em exigirem o ato de pensar e de consteui wma nova resposta © autor, na mesma passegem, confronta ot mésitos das perguntase das respostas, Segundo ele: “Uma resposta, nunca merece uma reveréacia mesmo que fosseinceligen- te ecorreta, nem assim, deve se curvar para ela.” E ainda justtica a diferenga: “Quando vocé se inclina dé passagem ‘ends nunca devemos dar passagem a uma resposta.” A cexigéncia radical e critica com relagio as respostas leva o ‘logo ao campo da filosofa «da pesquisa cientifca, que exige, para propiciar o avango da burea do conhecimento, ‘o-exercicio da dévida com relagio as resposta conheci- das ou encontradas. Em outras palavras,o autor convida para o ceticismo salutar ¢ necessério que acompanha a evolugdo daflosofa eda cineia, Nio acreditay, no inli- rnara cabeca, “alo dar passagem a uma reposta” significa cenfrentar com a davida as indagagBes afrmagies tas ou enconteadas no universo dos saberes canbecidos. Projets de pean, fandamentos cos © autor ainda dé um valor histrico as respostas en contradas como trechos do caminho jf percorridos e que servem de refeacias para novos passose percursos que se colocam na linha do tempo futuro. “A resposta& sem. pre um trecho do caminho que esté atrés de voc8.” Na perspectiva de avangas, de ir além das respostas encontra- as, de novo a pergunta tem a forga de levar o caminho adiante. “S6 uma pergunta pode apontar o caminho para frente.” A capacidade heuristica da pergunta destaca-se como a parte dinimica que potenciaiza a construgio his- ‘6riea dos conbecimentos, ssa estorinha tem duas palavras-chave: “pergunta” “resposta™, stuadas uma junto com a outra, uma contra ‘outra, em uma relagio dialética de mitua implicincia, de afirmacio ede negacio ede projesio no tempo; 0 passtdo representado nas respostas,o presente na dvida ea pos- tua critica perante o passado ¢ furaro na abertara que a forca das perguntas projet. (© destaque da divida e da pergunta se relaciona com a reflexio sobre 0s fundamentos 6gico-flos6ios jd entancia- dos no capitulo anterior. histria da filosofa raz exem- plos de autores que destacam a importinia da pengunta. Por exemplo, para Sdcrates, as perguntas sfo a chave do ‘conhecimento. Os historiadores relatam que ele costuma- ‘va no responder as indagagées de seus diseipulos,optava por comentar e qualificar as perguntas a ele disgidas, e a8

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