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—Fipprighe © 2011 dos Au 1 ceservados 3 asky Lala) esca ei fdas os ditcitos est Talo Comex (Editor Foto de cpa =Pensando no fro", Jaime Pinsky diagramagto Montage de capa e dag Gintao S Vilas Boas Prepanagio de textos Lilian Aquino Revindo Lourdes Rivera Dados Internacionais de Catalogagio na Publicagio (Camara Brasileira do Livro, sp, Brasil) Pilea, Nelson Psicologia da aprendizagem : da teoria do condicionamento 420 construtivismo / Nelson Pilett, Solange Marques Rossato, ~ 1. ed., 42 reimpressio, ~ Sio Paulo : Contexto, 2015. Bibliografia. ISBN 978-85-7244-661-7 1. Aprendizagem 2. Construtivismo 3. Psicologia cognitiva 4, Psicologia da aprendizagem 5, Psicologia do desenvolvimento 6, Psicologia educacional I. Rossato, Solange Marques. II. Titulo. deeeres ep 370.15 Indice para catslogo sistematico: 1. Desenvolvimento e aprendizagem : Psicopedagogia + Edueacio 370.15 Eprrora Conrexro Diretor editorial: Jaime Pinsky Rua Dr: José Elias, 520 ~ Alto da Lapa 5083-030 ~ Sio Paulo ~ sp ax: (11) 3832 5838 contexto@editoracontexto.com.bt Sa ee eeicom VIGOTSKI: DESENVOLVIMENTO CULTURAL E APRENDIZAGEM » também cabe ao mestre um papel ativo: o de cortar, Ipir os elementos do meio, combina-los pelos mais variados modos para que cles realize a tarefa de que ele, 0 mestre, necesita. Desse modo, 0 proceso educativo ja se torna tilateralmente ativo: é ativo 0 aluno, é ative o mestre, € ative © meio criado entre Vigotski “No processo de educ: Este capitulo trata da teoria de Lev Semionovitch Vigotski (1896-1934), principal representante da chamada Psicologia Hist6rico-Cultural, estudioso que enfrentou o desafio de construir uma nova Psicologia que desse embasamento cientifico também a Pedagogia, a partir de sua “nova” concepcao de homem, como forma de aportar as relagGes sociais, 4 educagao, 4 mediagao com a cultura, um carater dirigente do processo de desenvolvimento de todos os individuos em sociedade. Te6rico que estudou a relacdo entre pensamento e linguagem, 0 processo de desenvolvimento da crianca e o papel da educagao formal no desenvolvimento e que, contando com o apoio de cola- boradores como Luria e Leontiev, deixou um legado de mais de 180 trabalhos (em dez anos de estudos) na 4rea de Psicologia. Buscou superar a “velha Psicologia” (as vertentes subjetivistas -corpo, visdes 4 entre mente-corp OES que, a dicotomlt 1s sociais € a historia gg e objetivistas), a onsideram a5 relag no geral, des is - / transformagoes socioculturals método materialista histor. ootski! utiliza-se dO Para tanto, Vigotski utili: Maré Engels) como forma iL co e dialético (desenvolvido por ™ que hi -amente influenciaram lementos istoric ; to uma ciéncia da vida concretg historia do desenvolvimento, 6ria social dos homens compreender os el consolidacao da Psicologia enquan| dos individuos, mediante o resgate da d pessoal e da relagdo desta com a hist (Tuleski, 2002). ; ; Por isso, a teoria de Vigotski entende que os processos psicol6-. gicos devem ser compreendidos em sua totalidade e em movimento, numa visao dialética do processo integral do comportamento. Esse comportamento se da a partir de processos bioldgicos vinculados ao fato de que o homem é um ser social e historico que realiza agoes sobre a natureza (processo de trabalho), com o intuito de Constituit-se na sua forma de ser e de agir e suprir as necessidades colocadas pelo meio em que vive. Assim, Vigotski, desenvolvendo sua teoria nos anos pré e PpOs-Revolugao Russa de 1917, transfor volucionario, na medida em ndamentam uma educagao senvolvimento do indy: SS0s de apre indivi apre duo. ndizagem e de- Vicarsne A EDUCAGAO ESCOLAR NO PROCESSO DE HUMANIZAGAO DO HOMEM Sabemos que o homem, na medida em que interage com o outro, supera sua Condli¢do biolégica, processo que é mediatizado pela cultura humana composta de objetos, instrumentos, ciéncia, valores, habitos, légica e linguagens. Nesse prisma, a educagao é essencial, com destaque para a educacao realizada por meio do ensino e da educagao escolar, pois de acordo com Leontiev (1978) esta se caracteriza por um processo de humanizagio, que permite aos homens o desenvol- vimento de suas aptiddes, numa apropriacao das obras da cultura historicamente constituidas pela humanidade, através das intera- Ges sociais estabelecidas. Por isso, ao longo da histéria, como nos indica Mello (2007), o ser humano formou 0 conjunto de gestos adequados ao uso de objetos e de instrumentos, bem como as fungées intelectuais en- volvidas nesse processo. Assim, ao criar a cultura humana criamos © conjunto das caracteristicas e das qualidades humanas expressas pelas habilidades, capacidades e aptid6es que foram se formando ao longo da historia por meio da propria atividade humana. Tais qualidades, por sua vez, nao sao adquiridas sob a forma de heranga genética e, sim, por meio da cultura material e intelectual repassada de geracao a geracao, que nos indica 0 que devemos aprender ou rechagar. Para tanto, é necessdrio que as novas geragdes aprendam a utilizar os objetos da cultura deixados pela geracio precedente, de acordo com a fungao social para a qual foram criados, levando adiante 0 processo de desenvolvimento da humanidade. Desse modo, ao apropriar-se dos instrumentos culturais, como o com- putador ou a linguagem escrita, por exemplo, faz-se necessaria a mediagio, motivo pelo qual uma crianca, ainda que nasga com © aporte biolégico necessdrio ao seu desenvolvimento, necessita relacionar-se com os outros para humanizar-se. ss a necessidade; € a da evolu. e aco! aineforing ar: usar instramentoS de ae -ompreende a transformacao gradativa cultural, TU tural moderno (filogénese) ao historice a rem CU do homem primitivo no h ia, 199" —_— (vygotsky & Luria, 1996) ma svohucao da especie by que caractel! espécies é0 fato de ter se tornado ca- tras ” Je de sua propria evolucao, criando suas oO 5 réncia € contrariando o determinismo digdes naturais do meio para Nesse aspecto, oO mana e a difere das oul paz de assumir 0 conu proprias condicdes de exis! da adaptacao as exigéncias das con sua sobrevivéncia. : / Portanto, o homem, 20 nascer, possui todo um aparato forma- do na historia evolutiva da espécie ht dialética com o mundo real que tera Pp’ ! envolvimento. E, a medida que condigdes necessarias 20 seu des © homem intensifica suas relagdes com O mundo, apropria-se da experiéncia humana, transforma e desenvolve permanentemente suas funcoes psiquicas superiores, como a aquisi¢ao da linguagem, © surgimento da memoria, da criatividade e da imaginagao, 0 de- senvolvimento das emogoes, 4 formacao de novos tipos de com- portamentos sociais (agoes conscientemente controladas, processos voluntarios), internalizando as formas culturais de comportamento. Em suma, 0 psiquismo humano é produto da atividade cerebral e de todo o contexto em que se inter-relacionam os homens, po- dendo ser compreendicl ; ‘ cwedoies ed Nee io. como a totalidade dos processos psiquicos omportame soci: S ra ena c iP nto social. Esses processos possibilitam mem constituir a sua psique, qui de cada ” , que expressa o modo peculiar um, sua subjetividade, sua individualidad O desenvolvimento do psiquis neae mina a evolugio filogenstica, nuns wg humano comeg¢a onde ter , 55a i uma expressiio de todo o caminho umana, porém, é na relagio roporcionadas ou nao as iolépi ‘aS, Teacde: a biolégica, em processos diperiee automiticas), de origem natural/ ai : 7 ~” i ati. tando a Independencia ¢ planar de origem cultural, possibili iment to de suas agdes no mundo JjsENVOLYIMENTO DA CRIANG OP E i i Acoes REFLEXAS A INTENCIONAIS ~fanca, EM Seu process Acrianga, ef Processo de desenvolviment ipio, possui estruturas primitiv: ‘© cultural, em inci ‘as, elementare: 7 princiP' | sridades biologicas res, determinadas pes peculiariday les biologicas de sua psique. Na medida em i apes : a em que ssi rimeiras estruturas se desenvolvem, em contato ¢ : i 4 fis nates . com a cul- wut, 20 defrontar-se ¢ interagir com a realidade, com as exigéncias estas aparecem novas estruturas, constituindo-se em novas relacées jaspastes © em estrUlUras superiores, numa destruicdo € reorgani- pacio da estrutura primitiva para um arranque a estruturas de tipo superior. Desse modo, © todo e as partes se formam de maneira paralela, em conjunto (Vygotski, 2000). Essas estruturas € Os comportamentos naturais encontrados no recém-nascido sao evidentes em sua capacidade de sugar, chorar, pulbuciar. Os 6rgaos de percep¢ao, por exemplo, ainda nao funcio- nam para ele, pois nao existe um mundo de coisas habitualmente percebidas. As suas sensagées primitivas iniciais, seu elo com o mundo, se dao pela boca, haja vista que possui sensagSes organicas estritas ao corpo. No entanto, seu desenvolvimento produz uma revolucio na vida da crianga, em que os principios organicos de existncia comecam a ser substituidos pelo principio da realidade externa e, o que é mais importante, social. As mudangas externas, ou 0 mundo material criado pelo homem, produzem, portanto, as transforma¢oes do individuo, cuja natureza psiquica representa o conjunto de relagdes sociais, passadas do ex- temo para o interno. Assim, como express Shuare (1990), a fungao Psiquica aparece duas vezes no processo de desenvolvimento da crianga: uma vez no plano social — como fungdo compartilhada entre Actianca e outros adultos, que € 4 fungao interpsicolégica vez no plano psicolégico — como fungao individual, resultando na ncdo intrapsicoldgica. O process de desenvolvimento, de transformacao e adaptacao Ctianca € assinalado por “estagios” de desenvolvimento cultural, —e outra habilidade propicia para utiliza, Jo homem, exemplo disso, © que de inicio a algo indiferenciado e, posteriormente, e deseje - lize uma agao organizada, ¢ instintiv: inicial seja substituida pelg Entdio, como seu desenvolvimento, ivas, que dao lugar ao desenvolyj- mento das formas complexas de adaptasao hae eee superiores), caminhando em diregao ao acu ‘oO . Vygotsky e Luria (1996) esclarecem que 4 capacidade da crianga de fazer de ferramentas, dos recursos ja existentes, é crianca com deficiencia © caracteriza 0 adquiti indo ianga vai nos quail ferramentas criadas nea usa o objeto como i nseguir 0 qu que a criant ac com o intuito de co Nao obstante, para importante que a sua atividade atividade intelectual intencional. a crianga inibe as fungoes primit ca reall uso de instrumentos, que a diferencia de uma seu desenvolvimento cultural. a Podemos observar o nivel de desenvolvimento psicoldogico da crianga a partir do modo como ela faz uso das ferramentas para atingir seus objetivos, para adaptar-se as exigéncias do meio. Assim, nesse processo de desenvolvimento adquire inimeras novas habi- lidades € novas formas de comportamento. Ela nao s6 amadurece, mas torna-se reequipada. Destacamos que o desenvolvimento da crianga na Psicologia Historico-Cultural é tomado como um processo qualitativo, ou seja, nao se limita a mudancas e transformagdes quantitativas. Dai a im- portancia de estudar as peculiaridades positivas do comportamento infantil, e nao reduzir-se as negativas. Vygotski (2000) destaca que, para voltar-se ao positivo, deve-se modificar a concep¢ao do desen- volvimento infantil, compreendendo-o como um comt I "S50 dialético que nao se restringe a uma periodici pene pio : 4 : Periodicidade fechada, conside- rando as transforma¢6es qualitativas de umas f , entrelagamento complexo de processos “ : kee ae ae Te No entanto, esse desenvolvimento €volutivos e involutivos” ‘© nao se concretiza de umé vez para sempre, pois se } consoli i ivi ia dos homens. Deve-se consid ee Ver gi alvidad® ae : Vicor 89 desenvolvimento da psique humana nao é imutavel ou invariével, nem aguarda um amadurecimento intrinseco sujeito e determinado por algum tempo. Se nos voltarmos, Por exemplo, para o desenvolvimento do processo de ateng3o, veremos, de acordo com Vygotsky e Luria (1996), que, @ principio, € possivel observar na vida do bebé uma atencao natural. Essa atencao, ao ser provocada por estimulos fortes, apresenta-se como instintivo-reflexiva com carater nao in- tencional, atuando enquanto o estimulo estiver presente. Depois disso © comportamento organizado da lugar ao comportamento cadtico e indiferenciado, Na medida em que a crianga enfrenta certas exigéncias postas a partir de tarefas mais complexas, por conta de sua interacao social, a atencao natural nao € suficiente. Nesse momento, passa a ser necessaria uma forma de aten¢do mais estavel, mais autocontrolada: uma aten¢ao voluntaria. Pode-se dizer que as condicdes culturais postas comegam a produzir um determinado ntimero de “quase necessidades” — provocando estados de tensio que conduzem a crianga para determinada atividade até que esta se finalize, ou seja, permanecendo por muito mais tempo sua atencao. Esse estimulo cultural do comportamento afeta-lhe a personalidade e organiza a sua atividade. Assim, 4 medida que a crianca vai realizando suas tarefas, sao introduzidas mudangas na estrutura do comportamento. Em consequéncia disso, os tragos da experiéncia anterior dio mais forga a esse estimulo cultural, permitindo, enfim, que a pessoa tenha condigdes de se concentrar voluntariamente na atividade. Entao, para alcangar uma atengio, enquanto funcao real, faz-se necessaria, inicialmente, a criacdo de dispositivos especificos que Permitem & crianga regular suas operacdes psicolégicas, o que se da Por meio de gestos significativos e da fala de um adulto, Podemos dizer, entao, que as funcdes psicoldgicas se constituem no individuo na medida em que este se envolve em telages sociais. Em tese, Nos tornamos nés mesmos através dos outros € o mediador dessa telagdo éa significacao dada, pelo outro, as nossas agées naturais, 90 Parconats De ArRENGIZAGEM tural em cultural, um fato nal haja vista que a significact ano social numa passagem do pkino seo uralmente, se desenvolver cull a Ao se dese aie a oportunidade | jaro no futuro, Coe adigioll saci i 86 de criar esses estimulos cadicio! mantendo sua atencao, Por si s6, a ; ‘mento em — e esti e organizando seu comporam Jiminando do seu foco 0 que est em, 20; ee numa determinada situa: omportamento e seus segundo plano. Assim, a ¢ proce s internos. Modif iiiza capac 20 mundo exterior e, para [ANls utl aexo8 Nes ras, e segue para estégios mais COMP sigits como recursos, num a utilizar todo tipo de instrumentos soda de uma série de dispo- processo cultural complexo, ean a ay 3 io serio abandonados Sitivos extemos, que num proximo estigl vy. GeanisPOEMatLe Entio, 0 organismo sai desse processo evolutive: trans Ora, possuidor de novas formas e técnicas de comportamento, de modo que técnicas externas € signos culturais tornam+se processos internos. Desse modo, dentro do desenvolvimento cultural, a crianga, de atitudes ingénuas (primitivas & inadequadas) com compreensao insuficiente dos mecanismos, das operagdes que esta utilizando em sua adaptagio ao mundo exterior, evolui dessa condigao na medida em que vincular os signos com os estimulos apresentados e desenvolver a capacidade de utilizar seus préprios processos neuropsicolégicos como técnicas para alcangar determinados fins. anizat Seu C as mais basicas de adaptagio jdades inatas, “natu- a etapa, ela passa — nca org suas form: aprendidos na vida social O DESENVOLVIMENTO DA CRIANCA E SUAS MUDANGAS “REVOLUCIONARIAS” Esclarecemos ainda que o desenv mudangas graduais, lentas, evolutiy; revolucionarias, bruscas, que se an. motrizes do processo, Nas explicacdes gotsk com o mundo oe at 0D) Soaps, as as OTE 10, Vai Tevolucionariame: is desert olvimento nao se da pot as, mas sim por mudancas jue se s ue se mostram essenciais nas forgas nte_ desenvolvendo Lea : = ea steel 2, Vicorses 9 uns fae Psicol6gicas superiores, porém as formas superiores de eomporamentn: trazem consigo Processos inferiores, element: res. AS fungoes naturais continuam existindo dentro das cultura e estas Sao varidveis, Temos, assim, as correlacdes das fungdes psiquicas externas e internas, em que o interno é externo e as fungdes psiquicas su- periores passam por uma etapa externa que a principio € social “Toda fungao psiquica superior foi externa por haver sido social antes que interna; a fun¢do psiquica propriamente dita era antes uma relagao social de duas pessoas” (Vygotski, 2000: 150). Se, por outro lado, uma crianga ficar 2 parte dos modos cultu- rais de desenvolvimento intelectual natural, nao realizaré comple- tamente 0 processo de desenvolvimento cultural, num tolhimento de suas possibilidades para a concretizacio de altos niveis de desenvolvimento. Vygotski (1997) destaca que € 0 meio no qual a crianga se desenvolve que promove os avancos em suas capaci- dades psiquicas. Assim, criangas consideradas com caracteristicas diferentes necessitam de métodos individuais e especiais de trabalho que venham dar conta de suas particularidades e do avanco do desenvolvimento delas. Seu desenvolvimento esta vinculado, por- tanto, ao que o ambiente pode oferecer desde o principio a elas, e se, desde muito pequenas, vivem sob condigdes de um ambiente abundante em todos os aspectos, terao maior desenvolvimento do que as que recebem do ambiente a escassez em todos os sentidos. Em suma, no processo de apropriagao da cultura, a aprendi- zagem possibilita o desenvolvimento, a crianga se reequipa. RELACOES ENTRE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO HUMANO Como vimos anteriormente, a crianga, em seus processos iniciais de desenvolvimento, tem o mundo de objetos externos como estranho, no entanto, na medida em que se aproxima desse mundo e passa a ter controle sobre esses objetos, utiliza-os de 92 Psicacoaia 09 are a ferramentas- Entio, novas formas seja, com 1 seja, com : desenvo modo funcional, ov . jvem a fim de dar apoio ¢ recursos de comportamen'® eo jormente adquiridos. tub © Do as condutas do homem todg en cia ou sociais (nao orginicos oy dominio dos processos psiquicos PrOprios, ou instrumentos psicol6gicos, voltados < 5 s da agao de outrem ou 4 prapria, tais como: Se ere ae de arte, os mapas, os diagramas, as diversas formas de numeragao © de caleulo ete. e A crianca utiliza técnicas culturais que contri a Para 0 desenvolvimento de suas funcoes psicoldgicas superiores, Prin- ua fase escolar. Em desenvolvimento, a crianga apropria-se das técnicas j4 criadas e aprende a utiliza-las, transfor- mando seus processos naturais, empregando, por exemplo, cartoes, papel ou outros objetos para ajuda-la a lembrar-se de algo que lhe foi solicitado. Mas a crianga necessita aprender a dominar estes recursos como meio de memorizacao, descobrindo o uso funcional do signo, como forma de ampliar a sua capacidade natural de memorizar. Processo que vai substituindo os métodos mais primitivos de memorizacao | como utilizar-se do sistema numérico a movimentos na Assim, € possive um conjunto de recursos al naturais) empregados no denominados de ferramentas cipalmente em s por outros mais eficientes, tal para Jembrar de uma determinada quantidade. Identificamos aqui a forte fungao da escola de colaborar com a crianga na apropriacao das técnicas culturais, permitindo-lhe su- perar métodos mais primitivos e desenvolver-se rumo as funcoes psicoldgicas superiores. Desse modo, a escola “cria uma provisio de ea implanta grande ntimero de métodos auxiliares complexos € sofisti ind xa : ee ‘ofisticados ¢ abre intimeros novos potenciais part # ‘Ao huma E sl i a ana natural” (Vygotsky e Luria, 1996: 194). mbramos, por 5 Por outro lado, que a linguagem se torna, a0 longo do desenvolvimento, o i | rae ° , 0 instrumento mediador fundament® la ago psicoldgica, mediando as funcd sel Gai cl Rae aniteea vc as fungdes psicoldgicas, mudando , do mesmo modo que q as ferramentas medeiam 4 pelagno Com © Meio. A linguagem realiza mecti y relaglo da pes: 1 COM © OUITO & oa Com el 5s Scadh ant tcom ela mesma: at principio numa fungao de lagdo € Comunicagdio com o mundo externo fi s ativida- onte i reg des sociais, para posteriormente tornar- + um regulador da propria 0 do individuo, chegando a transformar-se em uma fer iilogo interior, 2 e prisma, Vigotski (2001) entende a rela s yolvimento hums concep¢oes, da aprendt relaco estes proce: ness Para ele, 0 desenvolvimento nao é um processo previ vel, universal ou linear, ao contririo, 6 construido no contexto, a deve ser produzida de ment ‘Ao entre o desen- aprendizagem diferentemente de outras Primordialmente, ao considerar © papel fundamental gem no desenvolvimento e entes entre ssos desde o na cimento da na interagdo com a aprendizagem. E: maneira a provocar e possibilitar e: “a principio € mais restrito ao biolégico. Em consonancia com sua se desenvolvimento, que es SOC isso, o desenvolvimento humano tem nas rel: mola propulsora. No caminho de desenvolvimento, tém grande peso os pro- cessos de aprendizagem, que vao sendo constituidos em todos os circulos culturais em que o individuo esta inserido. O aprendizado adequadamente organizado resulta em desenvolvimento mental, colocando em movimento diversos processos de desenvolvimento. Esses processos de aprendizagem se constituem em constante contradicao entre as formas primitivas e as culturais. O desenvol- vimento cultural nao é, portanto, continuacio e consequéncia direta de seu desenvolvimento natural, de modo que temos avancos que se dao em saltos, e, ao invés de cooperagio, temos uma luta no desenvolvimento da crianga. O processo de desenvolvimento é caracterizado por crises e Tupturas provocadas por contradi¢ses entre o modo como a crianga vive em determinado momento e, a0 mesmo tempo, as possibilida- des de superacio ja existentes. Nao temos, assim, uma linearidade OU mesmo a dependéncia de formas inatas de atividade psiquica. 94 Psicotog!a Be a j iS teorico-conceituais, modificam-se tam. cultural, levando psicdlogos e ca nese PrOcesso como Itura, assimila e se ss mudan¢a: ‘ le educagao derem a crian' rar numa cu Com & ae bém as concepgdes a compreen educadore adent sujeito ativo. Isso por Sr propria cultura relabon iniece’ esta fora 5 : eae atural de sua conduta e ainda em profundidade @ organizagao 1 zuma orientagao completamente no 2000). va a todo o curso de sey produ desenvolvimento (vygotski, DESENVOLVIMENTO: DO PROXIMAL AO REAL Ao pensar na crianga como um ser hist6rico-cultural, devemos considerar, na perspectiva de Vigotski, que ela é, desde muito pe- quena, capaz de estabelecer relagGes com 0 mundo que a cerca, de explorar os espagos e objetos que a rodeiam e de aprender de modo a desenvolver-se como ser humano. Assim, a crianga nao é um ser incapaz e totalmente dependente do adulto para realizar suas atividades, porém necessita da mediagao dele, avancando qualitativamente na formacio e desenvolvimento de suas fungdes psiquicas superiores. Nao obstante, uma crianca, muitas vezes, é vista dentro de seu processo de desenvolvimento sob o viés do recorte, casos em que uma crianca nao € compreendida como um ser integral e cheia de possibilidades. Isso limita a compreensio de seus aprendizados e desenvolvimento ao que € capaz de fazer apenas autonomamente, ou sefa, a0 que esta apta a fazer no momento atual ou ao que tem “maturidade” para executar. eee oe ee ae ° desenvolvimento infantil, cesso de maturacao, ou seja, ee funpbes rene Sts pe ‘ 2 » que estao prestes a consolidar-se; eee consegue concretizar com a ajuda e mediacao de 0 ou companheiro mais experiente por meio de pists, demonstragde: S, perguntas-guia i fi S, pre iB a de desenvolvimento proximal, Presentes na chamada zona 4 Vigorsas —___ 9s Zona essa que, seg, ygotski - zon e 1 egundo Vygotski (2000), Permite 6m de su US, pois é ’ gate ¢ Atuais, pois é caracter de desenvolvime: aprendizagens ancia entre © nivel real/atual pela sua capacidade em reso}: 40 individuo Zada pela dis- SSOa oS Mais atentos aos as de se formar, na dinamicidade que oS mesmos envolvem e nao apenas nos centrarmos naqueles que ja esto fixados, no conhecimento re: conhecimentos que estado em vi ‘al. Dai a importincia de que 0 apoio a Crianga ocorra € se ajuste as suas necessidades, estimulando-a a avangar no seu conhecimento e aprendizagem, processo em que gradativamente o adulto (pro- fessor, educador) experiente deve entrar e sair de cena na medida em que essa Crianga vai se desenvol vendo. Destacamos que o que a crianga € capaz de fazer no momento com a ajuda de outrem, poderd fazer sozinha num momento posterior. Diante dessa perspectiva, temos valorizada a compreensao da funcao da pratica pedagégica, em destaque ao papel que o professor tem em seu trabalho, a medida que as aprendizagens resultantes podem levar ao desenvolvimento. Assim, a incidéncia do ensino formal sobre a zona de desen- volvimento préximo ou proximal é fundamental Para © processo de desenvolvimento intelectual e para maiores éxitos na aprendiz gem e desenvolvimento da crianga, motivo pelo qual, dentro dessa perspectiva, um ensino deve estimular no sentido de se adiantar a0 desenvolvimento j4 alcancado pela crianca. Quando se oferece a uma crianca 0 apoio e a orientagao de um professor, a ela sio dadas condicdes de resolver problemas mais dificeis. Nesse caso, ela faz uso da imitagao, que contribui Para que realize a atividade solicitada, e s6 0 faz porque existe um desenvolvimento que esta proximo de ela conseguir fazer sozinha. Ao Contrario, se fosse exigido dela algo muito distante do que sabe, ela nao teria condigdes de fazé-lo, pois “a crianca s6 pode imitar zona de suas proprias potenciatiday fe ; es 5 ra 0 aquilo que se encontt aa 28). gotski, 2 ento € de aprendizagem te i i ais” (Vis a: intelectuais” ( cenvolvill lesen i de d am em uma unidade, nag 7 Q en constitu: e, ainda que ° um desenvolvimento que € Encorajag. nto, mun ; processos de aprendizagem. io coincidem idénticos. Temos, porta que vai & reboque dos ENDIZAGEM: ESSO DE APR i ve NOS E CIENTIFICOS CONCEITOS COTIDIAI nvolvimento € a relevancia de ind ue tange ao dese Ainda no q! 8 (2001) realizou estudos com o um ensino sistematizado, vigotski ) ° 4 objetivo de verificar 0 curso do desenvolvimento infantil no proces. so de aprendizagem escolar € especificamente eo desenvolvimento do conhecimento cientifico. A importancia disso esta no fato de ser esse o principal foco de trabalho dos professores em sala de aula: promover a apropriacio de conceitos cientificos. Para o autor, a educagao escolar € importante para 0 avan- © dos conceitos espontaneos (do cotidiano) aos cientificos. Ele ¢ considera 0 conceito cientifico um tipo de conhecimento espon- taneo superior, que € desenvolvido a partir do ensino escolar € se apoia no espontineo. Este, por sua vez, que é assimilado ni vida cotidiana do individuo (j4 existe antes da entrada da crian¢’ na escola), limita-se a descrigdes simples da realidade empiric’. éa base dos conceitos cientificos e permite a forma¢ao de novos conceitos espontineos. - Ja no campo d ites Gent i | Po dos conceitos cientificos, encontramos um nivel mais elevado de pensamento Aineos. eiial ae que nos conceitos espontine* queles sao assimilados por mei Arica, Ol ied io da colaboragao sistemitica, ° ganizada entre o professor e a cria Sor € a crianca, e apoiam-se em concell® espontaneos j4 apropri Ppriados, P; ADEE: Oe nem decorados pela crianga OF outro lado, nao siio assimilade de toda a atividade do de consciéneia penetra no reino dos conceitos infantis” p01: 295) $ infantis” (Vigotski, Desse modo, o desenvolvime: ae a justamente pelo que ainda hia aaa nos conceitos esponténeos, num caminho que vai wae concreto. Inicia-se pelo trabalho com o préprio coniceies emo inf pela definicio verbal do conceito, por operagées que peed i a aplicagio nao espontinea desse conceito. : masiie Assim, a questao dos conceitos cientificos tem relacdo direta com o ensino € 0 desenvolvimento em que os conceitos esponta- neos, por meio da aprendizagem, tornam possiveis o surgimento e, ao mesmo tempo, O seu desenvolvimento, na medida em que o ensino proporciona A crianca a apropriagao dos conhecimen- tos cientificos produzidos ao longo da histéria pelo homem, jnfluenciando no aparecimento da consciéncia e do pensamen- to tedrico. A consciéncia reflexiva chega & crianca através dos conhecimentos cientificos. Nesse sentido, é importante que a crianga esteja envolta de oportunidades de aprendizagens pautadas num ensino-si tematizado (de qualidade) que seja promotor do seu desenvolvimento. No que tange 4 qualidade do ensino disponibilizado em no: sociedade em geral, Saviani (2005) salienta a importancia de se fazer uma leitura critica da educacao, de maneira a se ter claros 0s elementos los pelos individuos para @ culturais que necessitam ser assimilad sua humanizagio, bem como as formas mais adequadas para se concretizar esse objetivo, para propiciar 0 trabalho pedagdgico, ou seja, os contetidos, os procedimentos, enfim, os meios que facili- lardo esse processo. Os contetidos trabalhados pelos edu estruturas mentais. Assim, o que S¢ espera Profissionais é que propiciem aprendizagen desenvolvimento de conceitos cientificos, haja vista 0 o mome da escolaridade constitui-se em fator essencial & determinante do desenvolvimento intelectual da crianca (vigotski, 2001). cadores criam novas da escola e dos seus s que sejam fontes de nto move O desenvolvimento ea Apropriangs, nos leva a compreender que Jhor a realidade da qua rendizagem pro! A aprendizag Pe ‘ iments cientificos, 0 que ser capaz de conhecer me! ‘ relacionar com a sociedade, agindo fie Com isso, deve-se estudar o de: envolvimenty Ja crianca sem. isoli-lo do processo educativo, considerando-se a da crianga ilo dk praca influéncia que a educagao exerce sobre alan om ae eI ja a sua r truturar as fungdes do comportamento em toda a sua extensio, de conhe o aluno passa as faz parte, de mancira a al e transformando-~ A PsicoLoGiaA EDUCACIONAL E O CONHECIMENTO CIENTIFICO Diante do que discutimos até aqui, é fundamental que a Psico- logia Educacional interaja com tais quest6es, com a realizagao de estudos a respeito das possibilidades de a crianga desenvolver-se intelectual e socialmente, num continuo crescimento de suas potencialidades de aprendizagem e desenvolvimento, por meio da colaboragio do educador e de atividades conjuntas com ele Além disso, numa visao critica de Psicologia e Educagao, devem ser conduzidos estudos que compreendam o homem para além de sua pura descrigio, reduzido a caracteristicas constataveis na meédia dos individuos. Dentro desse Ambito, a Psicologia Hist6rico-Cultural, amparada por seus tedricos, desenvolveu os estudos e teses supramenciona- dos; considerados por seus teéricos fundamentais para a compre- oes - tansformacao das atividades elementares da crianca em Sas ones ieee e do desenvolvimento de sev S40 da crianga em um adulto cultur! © culturais, presentes em um detest nado momento hist6rico e Social Na perspectiva discutida, a meta a Ser alcancad jar éa de que 0 aluno se aproprie dos recu; ola 7 ~ eee constituido ao longo das geracoes que aiaeio com uma crianga mais ex, a pela educag: sos da cultura, do » através de sua interac ‘do, periente, com o educador, da ai idades conjuntas definidas pela cultura, numa construgio mat ge significatos. NoTA Ke as. Ento leit j é diferentes forma lizadas foi possivel perceber que Vigotski é grafaclo de ee eis gal ci ferencia e citagdo. ie nos essa grafia, salvo em caso de referén¢ rem adotat

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