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Impacto do PLC sobre as comunicações dos

Radioamadores

Por
António A. S. Magalhães
CT1TE
EMENTA
• 1. O que é o PLC ?
• 2. Porque nos preocupa ?
• 3. Aspectos técnicos.
• 4. Quem precisa do PLC ?
• 5. Legislação.
• 6. Acções imediatas.
• 7. Conclusões.
• 8. Perguntas (e respostas???...)
1.-O que é o PLC ?
O PLC é uma tecnologia de banda larga que
utiliza as redes eléctricas de baixa tensão (BT) e
média tensão (MT) para a transmissão de dados.

Tem três nomes (pelo menos...) :

PLC = Power Line Communications


PLT = Power Line Telecommunications
BPL = Broadband Power Line
1.-O que é o PLC ?
Três tipos de PLC:

1- Controlo caseiro
Utilização da cablagem doméstica de energia para
controlar electrodomésticos. Gama de frequências:
9 a 525 kHz.
1.-O que é o PLC ?
Três tipos de PLC:

2-Tomada doméstica (home plug)


Utilização da cablagem doméstica de energia para
interligar computadores no interior do mesmo edifício.
Gama de frequências: 10 a 30 MHz.
1.-O que é o PLC ?
Três tipos de PLC:

3- PLC de acesso
Acesso de alta velocidade (2 Mbits/s) à Internet, para
utilizadores particulares e empresas, utilizando as linhas
aéreas de distribuição de energia. Gama de frequências:
1.6 a 10 MHz.
1.-O que é o PLC ?
2.-Porque nos preocupa ?

- Porque, operando ao longo


de todo o espectro das
ondas curtas (3 a 30 MHz)
e parte das ondas médias
(1.8 a 3 MHz) interfere de
forma catastrófica nas
nossas comunicações de
amador.
2.-Porque nos preocupa ?
Seremos os únicos ?

-Infelizmente, não.

Todos os serviços de
radiocomunicações em
onda curta (e não só
nesta, como adiante se
verá) ficarão seriamente
afectados.
2.-Porque nos preocupa ?
Seremos os únicos ?

Serviços afectados:
-Serviço Móvel Marítimo;
-Serviço Fixo;
-Serviço Móvel Terrestre;
-Radiolocalização;
-Móvel (perigo e chamada);
2.-Porque nos preocupa ?
Seremos os únicos ?

Serviços afectados:
-Radiodifusão em onda curta;
-Frequência padrão e sinal horário;
-Investigação espacial;
-Radionavegação marítima;
-Móvel aeronáutico;
2.-Porque nos preocupa ?
Seremos os únicos ?

Serviços afectados:
-Radioastronomia;
-Auxiliares de Meteorologia;
-Operações espaciais (identificação de satélites);
-Investigação espacial.
2.-Porque nos preocupa ?
Seremos os únicos ?

Entre estes, estão os serviços que garantem:


-A segurança e protecção da Vida Humana
(operações de busca e salvamento em terra e no mar)
- As comunicações de emergência
(Protecção Civil, catástrofes naturais, inundações,
incêndios, terramotos e maremotos, ciclones, tornados e
tufões, erupções vulcânicas)
3.-Aspectos técnicos
Espectro ocupado?

• Por enquanto não há um padrão (standard) homologado.

• Há vários sistemas propostos, diferentes e incompatíveis


entre si.

• Parece, no entanto, que todos os sistemas que nos


preocupam irão operar no domínio da Onda Curta
• (3 a 30 MHz) aproximadamente.
3.-Aspectos técnicos
Porquê a Onda Curta ?

-Por várias razões:


1- As portadoras dos sinais PLC têm que estar
suficientemente afastadas da frequência de
50 Hz da tensão da rede a fim de permitir a
fácil separação dos sinais desejados.
3.-Aspectos técnicos
Porquê a Onda Curta?

2- A alta velocidade, ou débito em Mbits/s,


anunciada para o PLC requer bandas passantes
muito amplas que, a baixo preço, só estariam
disponíveis em onda curta.
3.-Aspectos técnicos
Porquê a Onda Curta?

3- A migração para as tecnologias por satélite dos


grandes operadores de comunicações
internacionais parece tê-los desinteressado da
onda curta, deixando mais facilmente a porta
aberta para monstruosidades como o PLC.
3.-Aspectos técnicos
Porquê Banda Larga?

1-A quantidade total de informação que pode ser


transmitida através de um sistema é proporcional
ao produto da gama de frequências que o sinal
contem pelo tempo disponível para a sua
transmissão. (Teorema de Hartley).
3.-Aspectos técnicos
Porquê Banda Larga ?

2- Para se poder transmitir muita informação em


pouco tempo (alta velocidade) é, pois, necessário
que o sistema disponha de uma ampla banda
passante.
3.-Aspectos técnicos
Porquê Banda Larga ?

3- Além de tudo isto, para que o sistema possa


conduzir várias conversações em simultâneo, os
canais de frequência individuais terão que estar
espalhados pela banda total disponível de modo a
não se interferirem.
3.-Aspectos técnicos
Como interfere?
1- Por radiação
Nem as linhas de transporte de energia, nem as
cablagens domésticas são apropriadas para
conduzir sinais de alta frequência (RF) e muito
menos informação digital; elas RADIAM
( e muito...).
3.-Aspectos técnicos
Como interfere?

2- Por condução
Existindo sinais espúrios de alta frequência (PLC) nas
tomadas eléctricas das nossas casas, como normalmente os
nossos equipamentos são alimentados a partir do sector,
esses sinais entrarão facilmente nos nossos radios através
do próprio cabo de alimentação.
3.-Aspectos técnicos
Como soa a interferência ?

Nos nossos receptores, os sinais PLC aparecem como


ruído branco (Gaussiano). O ouvinte nem sempre tem
a impressão típica de interferência, tal como tumulto,
zumbido, clics, apitos, etc. Em contraste, haverá uma
sensação de perda de sensibilidade do receptor, dado
que a interferência se apresenta como um aumento de
ruído branco à entrada do receptor.
3.-Aspectos técnicos
Porque radiam as linhas ?

As linhas de distribuição foram projectadas


para transportar a energia de extremamente
baixa frequência de 50 Hz e não energia de
radiofrequência (RF) de 5 ou 50 MHz.
3.-Aspectos técnicos
Porque radiam as linhas ?

Como as linhas de energia apresentam perdas


enormes em RF ( não é invulgar 60 dB por 100 m
@ 20 MHz) as potências a injectar pelo PLC tem
que ser muito elevadas, para que o sinal chegue a
todos os assinantes.
3.-Aspectos técnicos
Porque radiam as linhas ?

- Devido aos inúmeros e violentos transitórios de tensão e


corrente provocados pelas ligações e cortes da
aparelhagem derivada sobre a linha de energia, esta
constitui um meio muito ruidoso. Para conseguir vencer
este elevado nível de ruído, o PLC tem que injectar no
sistema potências ainda mais elevadas, o que torna a
radiação ainda mais violenta.
3.-Aspectos técnicos
Porque radiam as linhas ?

Os condutores das linhas de energia estendem-se


ao longo de trajectos que abrangem centenas ou
milhares comprimentos de onda, mesmo para as
frequências mais baixas do PLC. Elas podem
então funcionar como excelentes antenas.
3.-Aspectos técnicos
Porque radiam as linhas?

Qualquer linha de transmissão, quer de condutores


paralelos, quer coaxial, só não radia se estiver
correctamente adaptada: a impedância do gerador deve ser
igual á impedância de onda, ou impedância característica
da linha, e a impedância da carga também igual à da linha.
Doutro modo existirão as famosas ondas estacionárias ao
longo da linha e esta radia.
3.-Aspectos técnicos
Porque radiam as linhas?

Mesmo no caso das linhas de AT e MT, em que a


impedância característica é conhecida, e talvez a(s) do(s)
gerador(es), a impedância da carga é um mistério
insolúvel, pois estão sempre a ser ligados e desligados,
aleatóriamente, consumidores sobre a linha. Falar de
adaptação de impedâncias nestas condições é totalmente
absurdo.
4.-Quem precisa do PLC ?
Adaptado de David Sumner, K1ZZ

Os consumidores?

1- A maior parte já tem


acesso a um serviço de
banda larga, via ADSL,
cabo de TV, modem em
linha comutada, RDIS,
WAVELAN (wireless
local area network) e até
por satélite.
4.-Quem precisa do PLC ?
Os consumidores ?

2- Eles não estão verdadeiramente interessados em novas


opções. Eles gostariam, tão somente, de obter preços mais
baixos, mas ninguém oferece garantias a favor do PLT
neste aspecto.
4.-Quem precisa do PLC ?
Os investidores ? 1- Eles já gastaram biliões de
dólares noutros negócios de
telecomunicações para os quais
não houve mercado, tais como o
famigerado serviço móvel por
satélite Iridium.

.
4.-Quem precisa do PLC ?
Os distribuidores de energia?

1- Eles devem estar sumamente ocupados a gerir o seu


próprio negócio para se lançarem numa aventura de
resultados mais que duvidosos.
4.-Quem precisa do PLC ?
Os distribuidores de energia?

2- Os mais sensatos e inteligentes, em todo o Mundo, devem


estar conscientes de que o público e os governos os
observam como falcões, para ver como eles respondem a
uma situação semelhante ao apagão de 14 de Agosto em
Nova Iorque. Que isso, sim, é o seu negócio.
4.-Quem precisa do PLC ?
Os utentes das radiocomunicações?

1- Não são apenas os utilizadores da gama de


frequências de 1.8 a 30 MHz que serão afectados.
4.-Quem precisa do PLC ?
Os utentes das radiocomunicações ?

2- Devido à existência de elementos não-lineares na rede


eléctrica de distribuição de energia, os sistemas PLC
podem criar (por intermodulação) emissões em frequências
substancialmente mais altas do que as frequências
actualmente usadas intencionalmente no seio do sistema
PLC, ou seja, muito acima da onda curta.
4.-Quem precisa do PLC ?
Os utentes das radiocomunicações ?

3- Assim sendo, isto afecta também quem assiste à televisão,


escuta radio em FM, sobe num avião, num comboio ou
num barco, quem se preocupa com a previsão
meteorológica, trabalha em Radioastronomia, confia nos
serviços das polícias e dos bombeiros, ou quaisquer outros
serviços que usam o serviço móvel terrestre, incluindo os
próprios distribuidores de energia, os quais são fortes
utilizadores das radiocomunicações.
4.-Quem precisa do PLC ?
Quem resta ?

1- Restam agora as
companhias que
gostariam de vender o
hardware para PLC.
4.-Quem precisa do PLC ?
Quem resta ?

2- Se não fora pela fatalidade da poluição do


espectro que acarreta, a tecnologia que conseguiu
fazer o PLC funcionar, deveria ser credora de
admiração.
4.-Quem precisa do PLC ?
Quem resta ?

3- Contudo, dado que envolve a transmissão de RF através de


um meio inapropriado – uma linha de transmissão
projectada para 50 Hz e não 5 nem 50 MHz – é o tipo de
admiração que nós deveríamos ter para com um cão que
andasse nas suas patas trazeiras : o cão não anda lá muito
bem, mas a coisa surpreendente é que caminha.
4.-Quem precisa do PLC ?
Quem resta ?

4- Nós apenas temos a esperança de que estes


técnicos, que seguramente foram compelidos por
interesses económicos grosseiros, de lucro a todo
custo, encontrem uma melhor aplicação para os
seus talentos no seu próximo empreendimento, ou
com o próximo empregador.
5.-Legislação
O que é interferência?
Definição:
Interferência prejudicial é tudo o que põe em risco
o funcionamento de um serviço de radionavegação
ou de outros serviços de segurança, ou seriamente
degrada, obstrui, ou repetidamente interrompe um
serviço de radiocomunicações que opera de acordo
com os Regulamentos de Radio da ITU.
(ITU Radio Regulations, Artº S1.169)
5.-Legislação
Sinal injectado nas linhas

O nível de sinal a injectar pelo PLC, aprovado pelo


CENELEC, de cerca de 0 dBW @ 10kHz de largura
de banda, deverá criar, a uma distância de 3 m, uma
intensidade de campo aproximada de 60 µV/m, o que é
inaceitavelmente elevado para as bandas de onda curta,
(aproximadamente S9+20 dB @ 10 m em 1.8 MHz).
5.-Legislação
Limites para o nível de ruído

Norma alemã NB 30:


Em Janeiro de 1999 a entidade reguladora alemã, RegTP,
publicou uma curva para “a radiação dos serviços de
telecomunicações sobre condutores (incluindo CATV,
xDSL e PLC) para a gama de frequências de 9 kHz a
3 GHz.
Da aplicação dessa curva resulta a tabela seguinte:
5.-Legislação
Limites para o nível de ruído
(Medição a 3 m de dist.; ∆f = 9 kHz ; detector de pico)
Limite da Intensidade de Campo
Frequências (MHz) (dBµV/m)

0.009 – 1 40-20*log f (MHz)


>1- 30 40-8.8*log f (MHz)
>30 – 1000 27 ( 20 dBpW erp)
>1000 – 3000 40 ( 33 dBpW erp)
5.-Legislação
Situação típica

Um radioamador vivendo numa casa, na


cablagem da qual foi injectado sinal PLC
obedecendo à NB 30, com a sua antena de
meia onda afastada 10 m da casa, deve
esperar as seguintes leituras de S-meter:
5.-Legislação
Situação típica

Banda 1.8 3.6 7 14 21 28


(MHz)
NB 30 37.8 35.1 32.6 29.9 28.4 27.3
(dBµV/m)

S-Meter S9+12 S9+3dB S8 S6-7 S5-6 S5


dB
5.-Legislação
Outras normas europeias

França: Adoptou a NB 30

Noruega: Propõe (NB 30 – 20 dB)

Reino Unido (BBC) Propõe (NB 30 - 30 dB)


5.-Legislação
Normas Americanas
FCC Part 15 Sec. 15.209

Frequência (MHz) Int. Campo (µV/m) Dist. medição (m)


0.009 –0.490 2400/f (kHz) 300
0.490 – 1.705 24000/f (kHz) 30

1.705 – 30.0 30 30
30 – 88 100 3
88 – 216 150 3
216 – 960 200 3
Acima de 960 500 3
5.-Legislação
Normas Americanas
FCC Part 15 Sec. 15.209

Deve notar-se que esta norma sendo independente


da frequência, na região que nos interessa (1.8 a
30 MHz) não tem em conta as características do
ruído natural.
5.-Legislação
Comparação da NB 30 com a FCC Part 15:
Só nos interessa a banda 1.8 a 30 MHz.
A média das intensidades de campo da NB 30 é 31.9 dBµV/m @ 3 m
ao longo desta banda.
Como a FCC Part 15 dá 30 µV/m @ 30 m, passando a unidades
logarítmicas e corrigindo a distância, temos:
E= 69.5 dBµV/m @ 3m
(note-se que em ambas ∆f = 9 kHz e valores de pico)
Donde se conclui que a norma americana é
muito mais permissiva...
5.-Legislação
Atenção !
Porque, como se viu, a norma americana é mais
permissiva do que a NB 30, os representantes do
PLC estão a fazer pressão para que a FCC Part 15
seja adoptada.
Porém, se a NB 30 já não nos serve, a americana
muito menos !
5.-Legislação
Para terminar este capítulo:
“ As administrações devem tomar todas as medidas
praticaveis e necessárias para assegurar que a operação de
aparelhos eléctricos ou instalações de qualquer natureza,
incluindo redes de distribuição de energia e de
telecomunicações...não causem interferência prejudicial a
qualquer serviço de radiocomunicações e, em particular, à
radionavegação, ou a qualquer outro serviço de segurança
que opere conforme o previsto neste Regulamento.
(ITU Radio Regulations, Artº RR S15.12)
6.-Acções imediatas
Há tanto trabalho a realizar para combater e, se
possível, aniquilar o monstro PLC que
só nos atrevemos a propor a criação de um

GRUPO DE TRABALHO

Sancionado pela REP e agrupando voluntários.


7.-Conclusões

1- O sistema PLC, sendo, como se viu, uma fonte de


severa e prejudicial interferência, constitui a
ameaça mais grave até agora sofrida pelo Serviço
de Radioamador.
7.-Conclusões

2- Devemos estar atentos à evolução futura deste


cometimento, procurando informação actualizada
junto da Administração.
7.-Conclusões

3- Estamos, no entanto, convictos de que prevalecerá


o bom senso e que o PLC nunca será licenciado
em Portugal.
7.-Conclusões
4- De resto, a serpente morrerá pelo seu
próprio veneno: o acesso trivial por
condução, ou a radiação espúria,
facilmente interceptaveis (eavesdropping),
comprometendo gravemente a segurança
das comunicações, desencorajarão
fatalmente qualquer cliente avisado e
sensato.
8.-Perguntas
TNX ES 73 DE

CT1TE
“ E, se mais mundo houvera,

lá chegara”
(Lus. Canto VII, Est. XIV)

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