AVALIAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL EM IDOSAS PRATICANTES DE
HIDROGINÁSTICA
Fagner Alfredo Ardisson Cirino Campos 1; Claudia Soares1; Ana Paula de Souza Pedrosa1; Glauber Lameira de Oliveira2, Talita Adão Perini2.
Sabe-se que nos países em desenvolvimento, como o Brasil, houve considerável
crescimento da população idosa, concomitante ao aumento de índices de doenças crônicas como a hipertensão. Segundo a literatura, aproximadamente 65% dos idosos brasileiros são portadores de hipertensão arterial sistêmica, com uma prevalência de até 80% entre as mulheres com mais de 65 anos. Torna-se necessário, o monitoramento da pressão arterial (PA) nesta população, não só em condições de repouso, mas imediatamente após a prática de atividade física, a fim de acompanhar a resposta da mesma ao exercício, possibilitando sua participação dentro dos padrões de normalidade (saudáveis). Este estudo tem por objetivo verificar se a prática da hidroginástica é promotora de alterações da pressão arterial sistólica e diastólica dentro dos padrões de normalidade, sem comprometimento da saúde de idosos. Participaram do estudo, 13 idosas com a média de idade de 55 anos, praticantes de hidroginástica do projeto de extensão ULBRATI (Ulbra Terceira Idade) em parceria com o Curso de Educação Física do Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná (CEULJI/ULBRA), com freqüência de trabalho de duas vezes semanais. A coleta dos dados foi realizada por uma enfermeira devidamente treinada para este fim, garantindo a fidedignidade da pesquisa. Para tanto, utilizou-se um esfigmomanômetro da marca Missouri, fabricado no ano 2001 para aferir a pressão arterial em dois momentos distintos: antes e depois da prática da atividade. Anteriormente à aferição da PA, foi aplicado um questionário com itens sobre estilo de vida e histórico de hipertensão. A análise dos dados foi feita no programa Excel 2000, adotando-se o nível de significância de p < 0,05. O resultado médio da pressão arterial (sistólica/ diastólica) antes da prática da atividade física foi de 120/75 mmHg e após a intervenção do exercício de 128/80 mmHg, ambas dentro do padrão de normalidade proposto pelo Joint National Commtee (ICVI, 1997), excluindo quadro hipertensivo no grupo avaliado. O estudo comprovou aumento significativo da pressão arterial sistólica (PAS) de 120 mmHg para 128 mmHg (p=0,02) e manutenção da pressão diastólica (PAD) 75 mmHg para 80 mmHg (p=0,07). Os resultados obtidos no presente estudo estão de acordo com a literatura e retrata uma série de respostas fisiológicas nos sistemas corporais, no sistema cardiovascular. Segundo a literatura, a elevação aguda da pressão arterial sistólica perante o exercício, é regulada pelo sistema nervoso simpático, sendo influenciada pelos aumentos da freqüência cardíaca, volume de ejeção e aumento da resistência vascular periférica, que ocorre naturalmente durante a prática da hidroginástica. A atividade física hidroginástica é promotora do aumento da pressão arterial sistólica e manutenção da diastólica durante sua prática, dentro dos níveis de normalidade, portanto sem o comprometimento da saúde do idoso.
1 Acadêmicos do curso de Enfermagem do CEULJI/ ULBRA – ardissonfagner@yahoo.com.br 2 Professores orientadores do curso de Educação Física/ CEULJI/ ULBRA talitaperini@ig.com.br