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CálculoII
4.º
Período
Manaus 2007
FICHA TÉCNICA
Governador
Eduardo Braga
Vice–Governador
Omar Aziz
Reitora
Marilene Corrêa da Silva Freitas
Vice–Reitor
Carlos Eduardo S. Gonçalves
Pró–Reitor de Planejamento
Osail de Souza Medeiros
Pró–Reitor de Administração
Fares Franc Abinader Rodrigues
Pró–Reitor de Extensão e Assuntos Comunitários
Rogélio Casado Marinho
Pró–Reitora de Ensino de Graduação
Edinea Mascarenhas Dias
Pró–Reitor de Pós–Graduação e Pesquisa
José Luiz de Souza Pio
Coordenador Geral do Curso de Matemática (Sistema Presencial Mediado)
Carlos Alberto Farias Jennings
Coordenador Pedagógico
Luciano Balbino dos Santos
NUPROM
Núcleo de Produção de Material
Coordenador Geral
João Batista Gomes
Editoração Eletrônica
Helcio Ferreira Junior
Revisão Técnico–gramatical
João Batista Gomes
Inclui bibliografia.
TEMA 01 – Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
TEMA 02 – Domínio e Imagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
TEMA 03 – Gráficos de funções de duas variáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
TEMA 04 – Limites e continuidade para funções de várias variáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
TEMA 05 – Derivadas parciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
TEMA 06 – Derivadas de ordem superior . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
Respostas de Exercícios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 93
PERFIL DOS AUTORES
9
UEA – Licenciatura em Matemática
Exemplo 1
Volume de um cilindro
Figura 1 – O volume de um
cilindro é função de duas variáveis, r e h.
10
Cálculo II – Funções de várias variáveis
Exemplo 4:
Potencial elétrico de uma carga elétrica pun-
tiforme
Figura 2 – A área de um retângulo
Considere uma carga elétrica puntiforme Q,
é função de duas variáveis, a e b.
posicionada na origem de um sistema de três
eixos coordenados. A intensidade do potencial
Outro exemplo de função de duas variáveis
elétrico em qualquer ponto do espaço depen-
que podemos buscar nos domínios da geo-
derá das coordenadas (x, y, z) deste ponto, ou
metria é a área de um retângulo de lados a e b.
seja, de sua posição. A figura 4 abaixo ilustar
sabendo que a área da superfície retangular é
dada por: essa situação.
S = ab,
em que a e b são as varáveis, pois podem
assumir valores arbitrários, determinando um
único valor de S para cada par de valores (a,b).
Podemos escrever s como uma função de duas
variáveis:
S = S(a,b).
Figura 4 – Potencial elétrico gerado em
Continuando nossa seqüência de exemplos,
todos os pontos do espaço por uma carga elétrica Q.
vamos analisar alguns casos de função de três
variáveis. Elas são essenciais em problemas
que descrevem fenômenos tridimensionais,
como o volume de um paralelepípedo, o es-
coamento de um gás ou a distribuição de tem- Vemos que cada valor de U(x,y,z) depende de
peraturas em uma sala. um conjunto de três coordenadas (x,y,z), que
localizam o ponto P no espaço.
Exemplo 3
Para resumir as idéias expostas, vamos con-
Volume de um paralelepípedo
ceituar as funções de duas e três variáveis.
11
UEA – Licenciatura em Matemática
Exemplo 6
Uma chapa de metal plana está em um
plano–xy, de modo que a temperatura T em
(x,y) seja dada T em (x,y) seja dada por T =
0,01(x2 + y2)2 em que T é expresso em oC , e x
e y em centímetros. Ache o valor da temperatu-
ra no pontos A(0,1; ,3), B(2,7) ,C(4,1) e D(
, ).
Solução:
Como no problema anterior, basta substituir os
valores das coordenadas de cada ponto na
equação da função T(x,y), e achar os valores
correspondentes.
a) No ponto A(1,3): T(1,3) = 0,01 (12 + 32)2 =
0,01 (1+ 9)2 =1 oC ∴ T(1,3) = 1 oC.
12
Cálculo II – Funções de várias variáveis
TEMA 02
DOMÍNIO E IMAGEM
13
UEA – Licenciatura em Matemática
14
Cálculo II – Funções de várias variáveis
TEMA 03
15
(v) z(x,y) = e–x2 + ey2
(vi)
(vii)
16
Cálculo II – Funções de várias variáveis
(x)
Apesar do exposto acima sobre a dificuldade Saindo um pouco da cartografia, podemos di-
de traçado desses gráficos sem o auxílio com- zer que, de forma mais geral, uma curva de
putacional, já era possível traçá-los manu- nível é obtida pela junção dos pontos corres-
almente com o auxílio das curvas de nível, for- pondentes a um valor constante de uma dada
madas pelas interseções do gráfico de uma grandeza. As curvas de nível de uma função
função de duas variáveis com um plano hori- f de duas variáveis são as curvas com
zontal. As curvas de nível são um recurso que equação f(x,y) = k, onde k é uma constante.
foi tomado emprestado da cartografia; por As figuras seguintes comparam os gráficos e
meio delas, um morro ou uma montanha pode as curvas de nível de algumas funções.
17
UEA – Licenciatura em Matemática
z(x,y) = x2 – 3y2
18
Cálculo II – Funções de várias variáveis
TEMA 04
2.
3.
Figura 17 – Continuidade de
uma função de uma variável.
4.
A definição de continuidade da função de uma
2. Uma chapa plana de metal está situada em um variável diz que, se o limite de f(x), quando x
plano–xy de modo que a temperatura T (em 0C) tende a xo por valores maiores que xo, coincide
no ponto (x,y) é inversamente proporcional à com o limite de f(x) quando x tende a xo por val-
distância da origem. ores maiores que xo, então f(x) é dita contínua
a) Descreva as isotérmicas. em x = xo. Resumindo, uma função é con-
siderada contínua quando os limites laterais
b) Se a temperatura no ponto P(4,3) é de 400C,
são iguais, o que significa que a imagem f(x)
ache a equação da isotérmica para uma
de todo x nas vizinhanças de x = xo tende ao
temperatura de 200C.
limite f(xo) quando x tende a xo. Dizer que os
limites laterais são iguais também significa que
3. Deve-se construir uma usina de incineração de
o limite da função está bem definido em x = xo,
lixo para atender a duas cidades.
ou seja, o limite existe em x = xo.
Cada cidade gostaria de maximizar sua distân-
Por outro lado, a definição de função descontí-
cia à usina, mas, por motivos econômicos, a nua diz que a função possui uma descontinui-
soma da distância de cada cidade à usina não dade em x = xo, se os limites laterais não são
pode exceder M quilômetros. Mostre que as coincidentes.
curvas de nível para localização da usina são
Dizer que os limites laterais não são coinci-
elipses.
dentes significa que se x tende a xo por valores
maiores que xo, a função tende ao valor Lo, e
quando x tende a xo por valores menores que
19
UEA – Licenciatura em Matemática
xo, a função tende ao valor L1> Lo. Se os limites Podemos ver que, se um ponto (P1, ou P2) per-
laterais são diferentes, não se pode afirmar que tencente ao domínio da função e contido em
a imagem f(x) de todo x, nas vizinhanças de xo, uma vizinhança circular centrada em Po aprox-
tende a f(xo) quando x tende a xo. Nessa situ- imar-se de Po ao longo de qualquer caminho
ação, dizemos que o limite não está definido contido no círculo, também sua imagem, per-
em x = xo, ou seja, não existe o limite da correrá pontos da superfície-imagem até
função em alcançar o ponto B, imagem de Po.
x = xo. Veja a figura 18 abaixo: Noutras palavras, se um ponto P, nas vizinhan-
ças de Po, dirigir-se a Po de forma que sua
imagem f(P) dirija-se para f(Po), por um cami-
nho totalmente contido sobre a superfície do
gráfico da função, qualquer que seja o cami-
nho seguido para atingir Po, dizemos que f(Po)
é o limite da função quando P tende a Po.
Isso equivale a dizer que existe o limite da fun-
ção em P = Po, pois para qualquer caminho
que se use para chegar até Po, alcançaremos o
mesmo valor final para f(P).
Figura 18 – Descontinuidade de
uma função de uma variável. (f(P) = f(Po)). Simbolicamente:
20
Cálculo II – Funções de várias variáveis
TEMA 05
DERIVADAS PARCIAIS
21
UEA – Licenciatura em Matemática
dizem que o custo total variará com a mesma No exemplo anterior, a variação no custo de
taxa de variação do fermento, pois ele estará nosso bolo de chocolate, devido à variação no
sendo o único responsável pela variação do preço do açúcar, é dada por
custo final do bolo.
;
Se em outra situação, os preços do açúcar e
do fermento estiverem variando, e os preços e a variação no custo do bolo, devido às vari-
dos demais ingredientes estiverem fixos, a taxa ações combinadas dos preços do açúcar e do
de variação do custo total será a soma da taxa fermento, é dada por
de variação do preço do açúcar com a taxa de
variação do preço do fermento, ingredientes .
responsáveis pela variação do custo final do
produto. A taxa de variação de uma função de
N variáveis, em relação a uma de suas varáveis Interpretação Geométrica das Derivadas
xj em particular, é chamada derivada parcial da Parciais
função em relação a xj, e é definida pela razão Quando precisamos subir uma elevação, co-
incremental: mo um pequeno morro, sempre procuramos
subir pelo lado menos íngreme, para poupar
esforço. O formato geométrico da elevação é
tal que o dispêndio de energia depende da
O símbolo chama-se “D-rond” (pronuncia–se
encosta que escolhermos para subir.
derron), que significa D-redondo, em francês.
Na encosta mais íngreme, a inclinação é maior,
No caso do bolo do exemplo anterior, a deriva-
fazendo que cada metro percorrido na hori-
da parcial do custo final (kf) da iguaria em re-
zontal resulte numa grande elevação vertical,
lação ao preço do açúcar (x4) e do fermento
tornando a subida é mais abrupta. A figura 21
(x6) são definidas, respectivamente, como:
mostra um gráfico da função
22
Cálculo II – Funções de várias variáveis
23
UEA – Licenciatura em Matemática
a) ψ(x,t) =sen(akt)sen(kx)
24
Cálculo II – Funções de várias variáveis
TEMA 06
f em relação a w;
a) ψ(x,t) = sen(akt)sen(kx)
e da mesma forma para outras ordens.
b) ψ(x,t) = (x – at)4 + cos( x + at)
É necessário salientar que, nas aplicações da
matemática às ciências naturais, as derivadas 5. Quando um poluente, como o óxido nítrico, é
mais importantes são as de segunda ordem, emitido por uma chaminé de h metros de
que dão origem à maior parte das equações altura, a concentração C(x,y) em do po-
diferenciais da física, da química, e da enge-
luente em um ponto a x quilômetros da cha-
nharia.
miné e à altura de y metros pode ser represen-
Existe também o caso em que a função é deri- tada por
vada sucessivamente em relação a variáveis di-
ferentes, a chamada derivada cruzada:
25
UEA – Licenciatura em Matemática
satisfaz a
equação de Laplace em três dimensões
a)
b)
e .
26
UNIDADE II
Derivada direcional
Cálculo II – Derivada direcional
→
Podemos notar da igualdade Duf = |∇ f|cos(θ)
Note que para o movimento exclusivo sobre o
que o maior valor da derivada direcional ocorre
eixo x, podemos escrever um vetor desloca- quando θ = 0, ou seja, a maior derivada dire-
mento cional é o próprio gradiente, o que nos revela
→
dx = dx^
x uma importantíssima propriedade do gradiente:
29
UEA – Licenciatura em Matemática
b) f(x,y) = x2ln(y);
P(5,1), ^
u = –^
x + 4^
y
c) f(x,y,z) = z2exy;
P(–1,2,3), ^
u = 3^
x +^
y – 5^
z
d)
30
Cálculo II – Derivada direcional
31
UEA – Licenciatura em Matemática
e x2+y2 = 1
Elas resultam em:
(8) 2x = 2x
32
Cálculo II – Derivada direcional
33
UNIDADE III
Integrais de linha
Cálculo II – Integrais de linha
INTRODUÇÃO
A integral de linha é uma generalização natural TEMA 01
Exemplo 2
A função f : IR → IR3 definida por:
f (t) = (2t – 2 sent, 2 – 2 cos t, t) é contínua em IR.
Temos apresenta a hélice descrita por f , isto é,
o seu contradomínio.
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UEA – Licenciatura em Matemática
, ou seja, é o traço da
g (t + h) − g (t )
lim = g ' (t )
h→0 h ,e, se g’(t) = 0, o
Observe que, elimidando-se o parâmetro t,
vetor g’(t) pode ser visto, geometricamente,
obtemos , logo (x,y) pertence ao traço
como o vetor tangente à curva g no ponto g(t).
de γ se, e só se, .
Definição 1
Chama-se caminho em IRn qualquer função
contínua definida num intervalo (limitado ou
não) de números reais I e com valores em IRn.
O contradomínio de um caminho chama-se cur-
va ou arco.
Se g : I → IRn é um caminho, diz–se que C =
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Cálculo II – Integrais de linha
Definição 2 Exemplo 7
Seja C ⊂ IRn uma curva parametrizada pelo ca- A união C = C1 ∪ C2 do arco de circunferência
minho g : I → IRn. Se, para t ∈ I, a derivada g’(t) C1 de equação (x – 1)2 + y2 – 1, situado no 1.o
existe e é diferente do vetor nulo, a reta que quadrante, com o segmento de reta C2, que
passa por g(t) e tem a direção do vetor g’(t) une os pontos (1, 1) e (2, 0), é uma curva sec-
designa-se por reta tangente a C no ponto g(t). cionalmente de classe C1.
Com efeito, trata-se de uma curva que não é de
Definição 3
classe C1 (não existe reta tangente no ponto (1,
Diz-se que um caminho g : I → IRn é de classe
1)), mas é a união de duas curvas de classe C1.
C1 se a função g é de classe C1 em I2. Um con-
junto C ⊂ IRn é uma curva de classe C1 se
existe um caminho de classe C1 que represen-
ta, parametricamente, C.
Exemplo 6
O caminho g : [–1, 1] → IR2 tal que g(t) = (t, t3),
define uma curva de classe C1 pois g’(t) =
(1, 3t2) é uma função contínua em t∈[–1, 1].
Lembrando
Seja r um natural. Diz-se que um campo escalar
f é uma função de classe Cr num conjunto aber-
to S quando admite derivadas parciais contí-
nuas até a ordem r em todos os pontos de S. No
caso de S não ser um conjunto aberto, diz–se
que f é de classe Cr em S se existir uma função
g de classe Cr num aberto que contenha S, tal
que f (x) = g(x), ∀x∈S. Sendo g : I ⊂ IR → IRn
uma função vetorial em que g = (g1, . . . , gn) ,
diz-se que g é Cr em I quando gi é de classe Cr
em I, qualquer que seja i=1,..., n.
Definição 4
Um caminho g : [a, b] → IRn diz-se seccional- Definição 5
mente de classe C1 se o intervalo [a, b] puder
Sendo g : I → IRn um caminho, diz-se que g
ser decomposto num número finito de subin-
tervalos em cada um dos quais o caminho é de é um caminho fechado se I é um intervalo
classe C1. Uma curva diz-se seccionalmente de fechado e limitado de extremos a e b e g(a)
classe C1 se existir um caminho seccionalmen- = g(b). Diz-se que o caminho não-fechado g
te de classe C1 que a parametrize. é um caminho simples quando g é injetiva
Conclui-se que um caminho seccionalmente (isto é, g não assume o mesmo valor em
de classe C1 não pode deixar de ser contínuo. quaisquer dois pontos distintos de I). O
caminho fechado g diz-se um caminho sim-
Exemplo 4
A união C = C1 ∪ C2 do arco de circunferência ples se g for injetiva no interior de I. Um con-
C1 de equação (x – 1)2 + y2 = 1, situado no 1.o junto C ⊂ IRn é uma curva fechada ou uma
quadrante, com o segmento de reta C2, que curva simples se existe, respectivamente,
une os pontos (1, 1) e (2, 0), é uma curva sec- um caminho fechado ou um caminho sim-
cionalmente de classe C1. ples que o representa parametricamente.
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UEA – Licenciatura em Matemática
Exemplo 8
A função g : [0, 8π] → IR3 definida por
g(t) = (cost, sen t, t) é um caminho simples que
representa um arco de hélice cilíndrica.
Definição 6
Exemplo 9
Sejam α : I → IRn e β : J → IRn dois caminhos
Uma circunferência centrada na origem e de
em IRn.
raio 2 tem por equação cartesiana a expressão
x2 + y2 = 4. Nesse caso, uma representação Os caminhos α e β dizem-se equivalentes se
paramétrica dessa circunferência pode ser da- existe uma função bijetiva e continuamente
da pela função f:[0, 2π] → IR2, diferenciável φ : I → J, tal que φ’ (t) ≠ 0 em
com f (t) = (2 cos t, 2 sent). Esse é um exemp- todos com exceção dum número finito de pon-
lo de um caminho simples e fechado. tos t∈I e α(t) = β [φ(t)], em todos os pontos de
I. Se φ’(t) ≥ 0, diz-se que os caminhos têm o
mesmo sentido; se φ’(t) ≤ 0, diz-se que os ca-
minhos têm sentidos opostos; no primeiro ca-
so, diz–se que a função φ preserva o sentido;
no segundo caso, que inverte o sentido.
Exemplo 11
Considerem-se os caminhos α : [0,1] → IR2,
com α(t) = (t, t3) e β : [4, 6] → IR2, com
definidos no exemplo
, com
Pode-se, então, concluir que α e β são cami-
λ(t) = (tgt,tg t).
3 nhos equivalentes com o mesmo sentido.
40
Cálculo II – Integrais de linha
TEMA 02
41
UEA – Licenciatura em Matemática
.
Demonstração:
Para cada decomposição Δ do intervalo [a, b],
a = t0 < t1 < · · · < ti–1 < ti < · · · < tn = b,
o comprimento da linha poligonal inscrita na
curva definida por g é dado por
42
Cálculo II – Integrais de linha
Seja o ponto A = O+g(a) a “origem dos arcos” Deve-se referir que o comprimento de uma cur-
e s(τ) o comprimento do arco de curva que vai va de classe C1 é independente da respectiva
desde o ponto A até ao ponto Q(τ) = O + g(τ), parametrização. Com efeito sejam α : I = [a, b]
com τ,τ0∈[a,b] (ver figura acima). Supondo → IRn e β : J = [c, d] → IRn duas parametriza-
τ >τ0, tem-se ções equivalentes de uma mesma curva.
Seja φ : I → J uma função bijetiva e continua-
mente diferenciável tal que φ’ (t) ≠ 0 em todos,
donde
com exceção dum número finito de pontos t ∈I
(2) e α(t) = β[φ(t)], em todos os pontos de I. Note-
se que se φ é bijetiva, então, ou φ’(t) ≥ 0 ou φ’(t)
≤ 0 ∀t ∈I. Suponha-se, por exemplo, que φ’(t)
= 0. Então, tendo em conta o teorema da mu-
caso τ < τ0, tem-se
dança de variável na integral definida, deduz-
se sucessivamente,
43
UEA – Licenciatura em Matemática
,
donde o comprimento s da curva é dado por
Exemplo 12
Calcular o comprimento do arco da catenária
definido parametricamente pela função
g : [0, 1] → IR2 com g(t) = (t, cosh t).
Como g’(t) = (1, senh t), o comprimento do
Hélice helicoidal.
arco da catenária será
e)
Exemplo 13
Determinar o comprimento do arco da hélice
helicoidal definido parametricamente pela
44
Cálculo II – Integrais de linha
TEMA 03
.
Como o limite do 1.o membro não pode deixar
45
UEA – Licenciatura em Matemática
de ser , conclui-se que para calcular essa As integrais de linha relativos ao comprimento
de arco surgem, muitas vezes, ligadas a pro-
última integral bastará calcular a integral definida blemas relacionados com a distribuição de
uma grandeza escalar (massa, carga elétrica,
etc) ao longo de uma curva.
Vimos atrás que, sendo ϕ uma função positiva
Supondo, por exemplo, que um filamento com
definida em IR2 e C uma curva do plano XOY, a
a configuração de uma curva em IR3 tem den-
integral de linha pode ser interpretada geo-
sidade de massa por unidade de comprimento
metricamente como a área de uma superfície. dada por um campo escalar ϕ (isto é, ϕ(x,y,z),
Mas, geralmente, supondo que ϕ é um qual-
que é a massa por unidade de comprimento
quer campo escalar definido em IRn e C uma
qualquer linha do mesmo espaço, a integral de no ponto (x,y,z) de C), então a massa total do
linha de 1.a espécie define-se como segue: filamento é definida por
Definição 8
Seja ϕ um campo escalar contínuo cujo domí-
nio contém uma curva C representada para- O centro de massa do filamento é definido
metricamente por um caminho g : [a, b] → IRn,
como o ponto (x,y,z), cujas coordenadas são
seccionalmente de classe C1. A integral,
determinadas pelo sistema de equações:
, dado por
Exemplo 14
Exemplo 15
Calcular a área da superfície lateral do sólido
limitado superiormente pelo plano de equação Calcular o centro de gravidade do arco de semi-
z = 1–x–y e inferiormente pelo círculo circunferência C = {(x,y): x2 + y2 = r2, y ≥ 0}
do plano z = 0. supondo que em todos os pontos de C a den-
sidade de massa por unidade de comprimento
Solução:
é constante (ver figura a seguir).
A curva que no plano XOY limita a superfície é
Solução:
a circunferência
.
Seja ϕ(x,y) = ρ = const. a densidade de mas-
Designando essa curva por C e representando-
sa por unidade de comprimento em cada pon-
a parametricamente pelas equações
to (x,y) do arco de semicircunferência C.
Considerando a parametrização de C,
, tem-se que a área pe- g(t) = (r cos t, rsen t), t∈[0,π], tem-se que a
massa de C é dada por
dida é igual a
46
Cálculo II – Integrais de linha
,
Centro de gravidade de semicircunferência.
Observação 5
47
UEA – Licenciatura em Matemática
Calcular a integral de linha de f de (0,0) até vetorial, e ϕ o campo escalar definido por
(1,1), ao longo de cada um dos seguintes ca- ϕ[g(t)] = f[g(t)].T(t), isto é, pelo produto inter-
minhos: no de um campo vetorial f definido em C com
1. o segmento de reta de equações paramétri- o vetor unitário tangente . Então,
cas x = t, y = t, 0 ≤ t ≤ 1;
2. o caminho com equações paramétricas x =
t2, y = t3, 0 ≤ t ≤ 1.
Solução:
No caso da alínea (a), tem-se g’(t) = (1,1) e
. Então, o produto interno
Interpretemos fisicamente : se f caracteri-
f[g(t)].g’(t) é igual a , donde
zar o escoamento de um fluido (ou seja, se f for
um campo de velocidades), f. T traduzirá a com-
ponente tangencial desse escoamento em
No caso da alínea (b), tem-se g’(t) = (2t, 3t2),
cada ponto da linha C, constituindo uma medi-
e da do escoamento do fluido na direção de T,
em cada ponto da referida linha; assim, se C
A integral pedida será, portanto,
for uma curva fechada, a integral de linha
∫Cf.dg = ∫Cf . Tds representará uma medida do
escoamento do fluido ao longo da linha C,
Esse exemplo mostra que a integral, desde um medida essa que se designa por circulação.
ponto até outro, pode depender do caminho
que liga os dois pontos. Repare, no entanto,
que se efetuar o cálculo do segundo integral,
utilizando a mesma curva, mas com uma outra
representação paramétrica, por exemplo,
, e a integral é igual
por , com t∈[0,4]
a como anteriormente. Esse fato ilustra a
b) f(x,y) = x3 + y e C é a curva y = x3, com
independência do valor da integral de linha re-
0 < x < 1.
lativamente à representação paramétrica uti-
2. Calcule as áreas das superfícies cilíndricas si-
lizada para descrever a curva. Recordemos
tuadas entre as curvas do plano XOY e as
que tal propriedade já tinha sido observada
superfícies indicadas:
quando se definiu a noção de comprimento de
arco.
a) Curva y = x2, x∈[0,2] e superfície .
Seja C uma curva de classe C parametrizada
1
por g:[a,b] → IRn tal que g’(t) ≠ 0, para qualquer b) Curva e superfície .
t∈[a,b] (uma curva nessas condições diz-se
regular). Mostra-se seguidamente que a inte- c) Curva x2 + y2 = ax(a > 0) e superfície
gral de linha de um campo vetorial ao longo de z = x – z.
uma curva regular não é mais do que a integral
de linha de um certo campo escalar relativo ao 3. Considere um fio com a forma da hélice de
comprimento de arco. Seja, então, f um campo equações
48
Cálculo II – Integrais de linha
6. Calcule , em que C é a
49
UNIDADE IV
Integrais múltiplas
Cálculo II – Integrais múltiplas
53
UEA – Licenciatura em Matemática
INTRODUÇÃO TEMA 01
. Sejam:
∫∫Df(x,y)dxdy =
(1)
54
Cálculo II – Integrais múltiplas
Fig. 6.1
55
UEA – Licenciatura em Matemática
TEMA 02
INTEGRAIS REPETIDAS
Fig. 6.4
Fig. 6.5
ou ainda
56
Cálculo II – Integrais múltiplas
Em seguida integramos em x, de x = 0 a x = :
= =1–
(3)
∫∫D cos(y )dxdy=
Observe-se que para a validade, tanto de (2)
como de (3), devemos supor que f seja função
contínua no domínio D e que este inclui sua
Esse procedimento não é bom porque esta
fronteira, sendo, então, um conjunto compacto.
última integral em x é bem mais complicada de
se calcular (integral por partes).
Exemplo 1
Calcular a integral Exemplo 2
=
Fig. 6.7 a
57
UEA – Licenciatura em Matemática
,..............,
f(x, y) =
58
Cálculo II – Integrais múltiplas
= ∫∫Df(x,y)dxdy + ∫∫Dg(x,y)dxdy,
A norma ||Δ|| da partição é o comprimento da
onde c é constante, f e g são funções con- maior diagonal das sub-regiões. As somas da
tínuas num domínio compacto D com fron- forma (1) terão um limite quando a norma da par-
teira regular. Se D = D1∪D2, onde D1 e D2 tição tender a zero, para qualquer escolha dos
são domínios disjuntos ou só têm em pontos (ξi,γi,μi), se f for contínua em D. Denomina-
comum um número finito de arcos regu- mos esse limite de integral tripla de f em D e
lares, então escrevemos:
3. ∫∫D1∪D2f(x,y)dxdy
=
= ∫∫D1f(x,y)dxdy + ∫∫D2f(x,y)dxdy
Assim, a integral tripla é igual a uma integral
iterada-tripla. Quando D é o paralelepípedo re-
tangular descrito anteriormente e f é contínua
em D, temos
Exemplo 1
Calcule a integral tripla
59
UEA – Licenciatura em Matemática
(2)
= =
= (3)
Agora, discutiremos como definir a integral tri- Em cálculo avançado, podemos demonstrar
pla de uma função contínua de três variáveis que uma condição suficiente para que o limite
numa região em R3, diferente de um paralelepí- em (3) exista é que f seja contínua em D. Além
pedo retangular. Seja D a região tridimensional disso, sob a condição imposta sobre funções
fechada, limitada pelos planos x= a e x = b, φ1, φ2, F1, F2 de que sejam suaves, também po-
pelos cilindros y = φ1(x) e y = φ2(x) e pelas demos dizer que a integral tripla pode ser cal-
superfícies z = F1(x,y) e z = F2(x,y), onde as culada por meio da integral iterada
funções φ1, φ2, F1, F2 são curvas (têm derivadas
ou derivadas parciais contínuas). Veja Fig. 7.0.
da do volume da região D.
Exemplo 2
Fig.7.0 Encontre o volume do sólido limitado pelo cilin-
60
Cálculo II – Integrais múltiplas
V=
= a)
= b)
61
UEA – Licenciatura em Matemática
6. f (x, y, z) = x.y2z3, D: 0 ≤ x ≤ 1, 0 ≤ y ≤ 1, 0 ≤ z ≤ 1
TEMA 04
7. f (x , y, z) = x + y + z e D é o tetraedro delimi-
tado pelos planos de coordenadas e pelo pla-
MUDANÇA DE VARIÁVEIS NAS INTEGRAIS
no x + y + z + 1 = 0.
DUPLAS
13. Encontre o volume do sólido limitado pelo Onde A(Di) representa a área do subdomínio
parabolóide elíptico 3x2 + y2 = z e abaixo do Di. Em seguida, consideramos toda uma se-
cilindro x2+ z = 4. qüência de divisões do domínio D, a cada uma
das quais associamos uma soma Sn da manei-
14. Encontre o volume do sólido limitado pelo elip- ra descrita acima. Seja dn o maior dos diâme-
sóide . tros dos subdomínios D1, D2,........,Dn da divi-
são que fornece a soma Sn. Vamos supor que
15. Determine a massa do sólido limitado pelos à medida que n cresce, tendendo a infinito, o
cilindros x = z2 e y = x2 , e os planos x = 1, diâmetro máximo dn tende a zero. Então, a so-
y = 0 e z = 0. A densidade de volume varia ma Sn tende à integral de f sobre D. Não nos
com o produto das distâncias aos três planos vamos ocupar da demonstração desse resulta-
coordenados e é medida em kg/m2. do: vamos apenas usá-lo em várias aplicações.
62
Cálculo II – Integrais múltiplas
Nesse caso, é conveniente dividir o domínio D Supomos ainda que essas funções sejam con-
em subdomínios Di pelos círculos R = const. e tínuas, com derivadas contínuas e jacobiano
as retas θ = const. Dessa maneira, a área de diferente de zero em D’:
Dié aproximadamente dada por
A(Di) ≅ Δ ∼ r(rΔθ)
Já que Δr e r Δθ são os lados AB e AC de D Vamos imaginar, no cálculo integral (1), que o
(Fig. 2). Com esse valor de A(Di), a soma Sn em domínio D seja dividido em subdomínios pelas
Fig.1 curvas u = const. E v = const.. Um subconjun-
to Di dessa divisão será delimitado pelas curvas
é aproximadamente igual a
u = u0 , u = u0 + Δu, v = v0 e v = v0 + Δv. Vamos
fazer um cálculo aproximado de sua área, con-
Quando passamos ao limite, com n → ∞, essa
siderando valores pequenos de Δu e Δv.
soma deve convergir para a integral repetida
Sejam
(a) P = P(u, v) = (x(x, v), y(u, v)) e
Isso, de fato, ocorre, e essa integral é igual à P0 = (x0, y0) = (x(u0, v0), y(u0, v0))
integral dupla de f sobre D: Aproximaremos a área de Di pela do paralelo-
63
UEA – Licenciatura em Matemática
ρ(ξi,γi)ΔiA
5. ∫∫Dxydxdy, D: (2)
64
Cálculo II – Integrais múltiplas
(3)
Exemplo 1
Uma lâmina na forma de um triângulo isósce- = k∫R∫ x . (x2 + y2)dA
les tem uma densidade de área que varia com
o quadrado da distância do vértice do ângulo
reto. Se a massa é medida em kg e a distância
em metros, encontre a massa e o centro de
massa da lâmina.
– =
Como M x = My, temos M x ; e como
Solução:
O momento de inércia de uma partícula, cuja
Escolhemos os eixos coordenados de tal for- massa é mkg, em relação a um eixo, define-se
ma que o vértice do ângulo reto na origem e os como mr2kg – m2, em que r m é a distância
lados de comprimento a metros do triângulo perpendicular da partícula ao eixo.
estejam ao longo dos eixos coordenados (veja
Se temos um sistema de n partículas, o mo-
Fig. anterior). Seja ρ(x,y) o número de kg/m2 da mento de inércia do sistema define-se como a
densidade da lâmina no ponto (x, y). Então, soma dos momentos de inércia de todas as
ρ(x,y) = k.(x2 + y2), onde k é uma constante. partículas. Isto é, se a i-ésima partícula tem
Portanto, se M kg é a massa da lâmina, da fór- uma massa de mikg e está a uma distância de
mula (1) temos: γi m do eixo, então I kg-m2 é o momento de
inércia do sistema, onde
(4)
=k ∫∫R(x2 + y2)dA
= Estendendo esse conceito de momento de
inércia a uma distribuição contínua de massa
em um plano, tal como barras ou lâminas, por
processos semelhantes aos usados anterior-
mente, temos a definição abaixo.
Suponhamos uma dada distribuição contínua
65
UEA – Licenciatura em Matemática
Exemplo 2
Uma lâmina retangular tem uma densidade de Exemplo 3
área constante de ρkg/m2. Encontre o momen- Suponhamos que uma lâmina tenha a forma
to de inércia da lâmina em relação a um canto. de uma região limitada por uma semicircunfe-
rência, e a medida da densidade de área da
lâmina em um ponto qualquer seja propor-
cional à medida da distância do ponto ao
diâmetro. Se a massa é medida em kg e a dis-
tância em m, encontre o raio de giração da
lâmina em relação ao eixo x.
Solução:
Suponhamos que a lâmina seja limitada pelas
retas x= a, y = b, o eixo x e o eixo y. Veja a
Fig. acima. Se I0 kg-m2 é o momento de inér-
cia em relação à origem, então,
= ∫R∫ρ(x2 + y2)dA
= = ∫R∫kydA
66
Cálculo II – Integrais múltiplas
67
UEA – Licenciatura em Matemática
e (3)
(1)
O centro de massa de um corpo é chamado
onde M é a massa total do corpo. centróide ou centro geométrico quando sua
Para bem compreender o significado dessa massa estiver homogeneamente distribuída,
isto é, quando ρ for constante. Nesse caso, a
definição, devemos notar que xρdV é o produ-
fórmula (3) reduz-se a
to da massa elementar dm = ρdV por sua dis-
tância x ao plano Oyz (Fig. 1).Esse produto é
chamado o momento de massa em relação ao
plano Oyz. A primeira integral em (1) é a soma onde V é o volume de D; e as fórmulas (3)
dos momentos de todas as massas elemen- ficam sendo Ax0 = ∫∫Dxdxdy e Ay0 = ∫∫Dydxdy
tares dm ou momento total em relação ao onde A é a área de D.
plano Oyz. Do mesmo modo, a segunda e a
Para introduzir a noção de momento de inércia,
terceira integrais são momentos totais em
vamos considerar um corpo D em rotação em
relação aos planos Oxz e Oyz, respectiva- torno de um eixo L, com velocidade angular ω
mente. O que as Equações (1) nos dizem é (Fig.1).
que ao três momentos referidos são, respecti-
vamente, iguais aos momentos Mx0, My0 e Mz0
da massa total M, concentrada no centro de
massa C. Em outras palavras, os momentos de
massa são os mesmos que se obtêm como se
toda a massa estivesse concentrada no centro
de massa.
As Equações (1) podem ser escritas na forma
compacta:
(2)
68
Cálculo II – Integrais múltiplas
Fig. 1
69
UEA – Licenciatura em Matemática
Agora, precisamos obter uma fórmula para cal- Esse limite é uma integral dupla que existe em
cular o limite da Eq.(1). Para isso, encontramos R devido à continuidade de fx e fy que está
uma fórmula para calcular Δiσ como a medida sobre R,
da área de um paralelogramo. Para simplificar
(3)
o cálculo, tomamos o ponto (ξi,γi) no i-ésimo
retângulo, no vértice (xi–1,yi–1). Sejam A e B ve-
tores que têm como representantes os seg- Exemplo 1
mentos de reta orientados com pontos iniciais Encontre a área da superfície do cilindro
em Q e que formam os dois lados adjacentes x2 + z2 = 16. Limitada pelos planos
do paralelogramo, cuja área tem Δiσ de medida x = 0, x = 2, y = 0 e y = 3.
(veja Fig.2).
Solução:
Fig.2
A superfície é mostrada acima. A região R é o
retângulo no primeiro quadrante do plano xy,
Então, Δiσ = |AXB|. Como limitado pelas retas x = 2 e y = 3 tem equação
A = Δixi + fx(ξi,γi)Δixk e x2 + z = 16. Resolvendo para z, temos
z = . Portanto, f(x, y) = .
B = Δiyj + fy(ξi,γi)Δiyk
Assim, se σ é a medida da área da superfície,
Segue que temos da equação (3)
Exemplo 2
Encontre a área do parabolóide z = x2 + y2
limitado superiormente pelo plano z = 4.
70
Cálculo II – Integrais múltiplas
Solução:
O hemisfério é mostrado acima. Resolvendo a
equação da esfera para z e colocando esse
igual a f(x, y), obtemos:
F(x, y) =
dades quadradas.
= 2πa2, que é a área do hemisfério em unida-
Exemplo 3 des quadradas.
Encontre a área da metade superior da esfera
x2 + y2 + z2 = a2.
71
UEA – Licenciatura em Matemática
72
UNIDADE V
Teorema de Green
Cálculo II – Teorema de Green
75
UEA – Licenciatura em Matemática
→
Seja F o campo vetorial dado por
→
F = (y2, x):
Aplicando o Teorema de Green, obtemos:
Assim,
Exemplo 4
Seja A a região limitada pelas parábolas
y = x2 e y = x2 + 2 para x > 0.
76
Cálculo II – Teorema de Green
Exemplo 5
Considere a coroa circular A = A1∪A2 da figura
→ seguinte.
Seja F o campo vetorial dado por
→
F = (xy,x):
Aplicando o Teorema de Green, obtemos:
77
UEA – Licenciatura em Matemática
Exemplo 6
Por meio do teorema de Green, calcule
Solução:
Exemplo 7
Com o auxílio do teorema de Green, calcule a
78
Cálculo II – Teorema de Green
a) C é a curva fecha-
Na extremidade de um dos braços, temos uma
da definida por y = x e y = –x.
2
ponta que pode ser fixada em superfícies pla-
nas. Na outra ponta, temos uma rodinha que
b) C é o quadrado
gira perpendicularmente ao braço na qual é fi-
de vértices (0,0), (1,0), (1,1) e (0,1). xada. Na ponta dessa rodinha, temos um conta-
dor, que mede o número de voltas que ela dá
c) C é o círculo x2 + y2 = 1.
quando a ponta móvel do instrumento desloca-
se em uma superfície plana. Quando essa ponta
d) C é o triângulo de vér-
se desloca sobre uma curva plana fechada, o
tices (1,1), (2,2) e (3,0). contador indicará a área cercada pela curva.
79
UEA – Licenciatura em Matemática
→
Temos v = (x – a, y – b) e um vetor perpendi- ou seja,
→
cular é w = (–(y – b), x – a). Como o braço tem
comprimento r, temos:
.
Agora, que calculamos os valores de a e de b
80
Cálculo II – Teorema de Green
temos que o campo para o planímetro é: Para ver isso, faremos uma breve introdução
ao cálculo do trabalho, desde situações mais
simples, em que a força aplicada a uma partí-
cula é constante e na direção e no sentido do
movimento, até situações com mudanças cons-
tantes na direção do movimento, na direção e
na intensidade da força sobre a partícula.
Derivando ambas as equações, obtemos:
Na situação mais simples, em que a força apli-
cada a uma partícula é constante e na direção
e no sentido do movimento, que se dá em linha
reta, o trabalho é dado por W = F.(b – a), em
que b – a é a distância percorrida pelo objeto
durante a atuação da força, e F é o módulo da
força.
logo,
81
UEA – Licenciatura em Matemática
82
Cálculo II – Teorema de Green
Então,
∫C f dx + g dy ≈ ∫C1 f dx + g dy +
+ ∫C2 f dx + g dy + ... + ∫Cn f dx + g dy
= (k1 + k2 + ... + kn)πd
em que k é o número dado pelo contador ao
percorrermos a curva C.
Funcionamento do Planímetro
Chamemos de r o comprimento de cada braço
do Planímetro, d o diâmetro da rodinha coloca-
da perpendicularmente ao braço móvel e de k
o número dado pelo contador ao se percorrer
C no sentido anti-horário. O campo determina-
do pelo Planímetro é F = (f, g). Então
seja:
Área cercada por
83
Respostas dos Exercícios
Cálculo II – Respostas dos exercícios
TEMA 01
INTRODUÇÃO
d) y ≥ x
Pág. 12
y > –x
1. 25m
2. –7,34oC .
TEMA 02
DOMÍNIO E IMAGEM
Pág. 15 e)
a)
f)
b)
87
UEA – Licenciatura em Matemática
g) m) x2 + y2 ≠ 4
h) x2 + y2 ≤ 3 TEMA 03
Pág. 19
TEMA 04
l) x2 + y2 ≠ 1
Pág. 21
Demonstrações
TEMA 05
88
Cálculo II – Respostas dos exercícios
Pág. 24
TEMA 01
Demontrações
VETOR GRADIENTE
E DERIVADAS DIRECIONAIS
TEMA 06
Demonstrações
Pág. 25
Demonstrações TEMA 02
MULTIPLICADORES DE LAGRANGE
Pág. 32
d) máximo:
mínimo :
e) mínimo:
3. Demonstração
4. Demonstração.
5. Cubo, aresta de comprimento c/12.
6. x = y 4,62 m e z 2,31 m.
89
UEA – Licenciatura em Matemática
UNIDADE III 2. a)
Integrais de linha
b)
TEMA 01
CAMINHOS E CURVAS c)
3.
pág. 41 4.
Demonstrações
5. 56
6. 2π
TEMA 02
pág. 44
1. a)
b)
c) 8a
d)
e) 14
TEMA 03
Pág. 48
1. a)
b)
90
Cálculo II – Respostas dos exercícios
UNIDADE IV 4.
Integrais múltiplas
5. a) –
TEMA 02
b)
INTEGRAIS REPETIDAS
c)
Pág. 58 6.
1. a) 1. ; 7.
b) 2. ;
8.
c) 3.0;
d) 4.0; 9.
e) 5. 0;
10.
f) ;
g) 11. unid.cúbicas
16.
17.
TEMA 03
INTEGRAIS TRIPLAS
TEMA 04
MUDANÇA DE VARIÁVEIS
Pág. 61
NAS INTEGRAIS DUPLAS
1. a)
b) Pág. 64
2. 1 πR2
2
2. π(1 – e–R )
3.
91
UEA – Licenciatura em Matemática
3. UNIDADE V
Teorema de Greenn
4. (b4 – a4)/8
5. 0
Pág. 79
TEMA 05
1. a)
A PLICAÇÕES DA INTEGRAL
DUPLA E TRIPLA b)
c) π
d) – 3
Pág. 67 e) –3π
2. a)
1. 12kg, (2, )
b)
2. c)
3. )
4.
5.
6. 9ρkg–m2
7.
8.
Pág. 72
1. unid. quadradas
2. 9 unid. quadradas
3. 8π unid. quadradas
4. 12πunid. quadradas.
5. unid. quadradas
6. unid. quadradas
92