Marcello Alves Pinto Bastos

Emprego da tomografia computadorizada como

método para análise da instrumentação do
sistema de canais radiculares

Belo Horizonte
FO/UFMG
2002
 Marcello Alves Pinto Bastos

Emprego da tomografia computadorizada como

método para a análise da instrumentação do
sistema de canais radicurales

Dissertação apresentada ao Colegiado

do Programa de Pós-Graduação em
Odontologia – Curso de Mestrado.
Faculdade de Odontologia – UFMG.
Área de Concentração: Endodontia
Orientadora:
Profa. Dra. Maria Ilma de Souza Côrtes.
Co-Orientadora:
Profa. Juliana Vilela Bastos.

Belo Horizonte
FO/UFMG
2002
 II

Atitude de Vencedor

1. O vencedor diz: “Vamos encontrar a resposta”;

O perdedor diz; “Ninguém sabe isso".

2. Quando o vencedor comete erro, diz: “Enganei-me";

Quando o perdedor comete erro, diz: “A culpa não é minha".

3. O vencedor mete-se em um problema e sai do outro lado;

O perdedor cava a sua própria cova e não consegue nunca sair dela.

4. O vencedor assume compromissos;

O perdedor faz promessas.

5. O vencedor diz: “Sou bom, mas posso vir a ser melhor";

O perdedor diz: “Não sou pior que muitos outros".

6. O vencedor procura aprender com aqueles que lhe são superiores;

O perdedor procura destruir os que lhe são superiores.

7. O vencedor diz: “Há de haver meio melhor de triunfar";

O perdedor diz: “Sempre se fez assim…"

Tucídites
 III

“Nada é eterno num mundo onde só a mudança existe de permanente."

Léon Trotsky

A minha irmã, Danielle, a meus pais, José

Roberto e Regina e a meus avós, Octávio

e Clea, que souberam compreender

aqueles momentos em que não pudemos

estar juntos e que participaram com

importante parcela de contribuição, minha

eterna gratidão. A vocês, dedico este

trabalho.
 IV

Agradecimentos especiais

A Deus, que a todo instante nos transmite força e sabedoria, agradeço

pela oportunidade de ver este trabalho realizado.

À professora Maria Ilma de Souza Côrtes, minha orientadora neste

trabalho, cuja dedicação e entusiasmo contagiantes pela pesquisa

emprestaram-me sua confiança. Seu amor pela Ciência e sua força de trabalho

servem de exemplo e estímulo aos que com ela convivem. Agradeço pelo

incentivo e disponibilidade. Pelas palavras severas e construtivas. Pelos

sorrisos e pela amizade sempre presentes. Nos méritos das minhas conquistas

há muito de sua presença. Tenho para com ela dívida eterna!

 V

Agradecimentos

Aos amigos Marcelo Hannas e Pedro Inácio Dias, pela competência,

paciência e desprendimento com que sempre nos ajudaram na realização
deste trabalho, dispondo de preciosas horas em inestimável ajuda na
realização das tomografias computadorizadas na Clínica Radiológica Pedro
Inácio Dias.

A Juliana, minha primeira professora de Endodontia, pela presença

constante em todas as etapas da minha vida acadêmica e profissional, que
sempre me impulsionou e incentivou com as suas observações tão
construtivas, seu excepcional senso crítico e competência.

As minhas amigas de mestrado Erika e Cláudia, companheiras em todos

os momentos, pela amizade e convivência exemplar. Com muito amor e
carinho, souberam me ajudar, orientar e educar, sendo parceiras incansáveis
em minha luta. Que haja sempre chance de reencontro com aquelas que hoje
nos deixam saudades.

Aos meus amigos veteranos de mestrado Sandra e Rodrigo pelo carinho

com que me receberam, pelas importantes sugestões e o constante incentivo.

A Flávio, colega e amigo, que no desempenho de suas atividades

sempre demonstrou inegável desprendimento e disponibilidade no auxílio com
a bomba de vácuo.

A Vinícius Marcus, pela ajuda, colaboração e disponibilidade nas várias

etapas da construção deste trabalho.

À CONEST pela atenção dispensada, pelo interesse e pelos

conhecimentos transmitidos, que possibilitaram a realização do tratamento
estatístico deste trabalho.

A Regina e Públio, pelo carinho e distinção com que sempre me

receberam na Editora Keimelion, principalmente durante as árduas horas de
formatação da dissertação.
 VI

A todos os professores do Curso de Mestrado, que se dispuseram, de

forma amiga e acolhedora, a transmitir um pouco de seus conhecimentos e
experiências.

A todos os professores da Endodontia da UFMG, pela amizade e por

todos os ensinamentos com que me presentearam, fazendo-me alcançar os
meus objetivos.

Ao colegiado de pós-graduação, pelo apoio institucional.

À CAPES, pelo apoio financeiro durante o último ano do curso, à

realização desta pesquisa.

A todos os colegas da turma de mestrado da Faculdade de Odontologia

da UFMG, pelo convívio e amizade.

Aos amigos Marcelo Barata e Adriana que me acompanham desde o

primeiro período de graduação, pela amizade verdadeira, apoio e estímulo
constante.

A Luciana e Volúsia, pelo incentivo e encorajamento sempre presentes.

Aos amigos Dudu, Gilson, Claudinha, Fabinho, Helder e Fábio e a todos

os colegas, amigos e familiares que, mesmo não entendendo a essência desta
luta, souberam compreender e respeitar os meus momentos de ausência e
dedicação, o meu muito-obrigado.

A todos aqueles que, embora não citados, contribuíram de alguma forma

para a realização do presente trabalho.
 VII

Resumo

O objetivo deste trabalho foi desenvolver um método, utilizando a TC

para avaliar o desvio do canal radicular instrumentado com o sistema rotatório

em NiTi Quantec Serie 2000 na técnica Crown Down Modificada. Foi avaliado o

desgaste das paredes mesial e distal do canal após a instrumentação

determinando assim a ocorrência do desvio do canal. Além disto foi feita

comparação entre os três terços do canal em relação ao desgaste proporcional

observado nas paredes mesial e distal. A ocorrência de fratura dos

instrumentos e falhas durante a instrumentação, como bloqueio e perda do

comprimento de trabalho foram também analisadas em nosso estudo.

Foram selecionados 31 primeiros e segundos-molares superiores e

inferiores extraídos, com canais cuja curvatura das raízes variasse entre 5° e

45°. Com o intuito de testar a melhor visualização da imagem do canal radicular

na TC optou-se pelo esvaziamento do seu conteúdo orgânico usando bomba

de vácuo. Uma caixa de plástico de dimensões 19 X 11 X 4 foi selecionada

para posicionar os dentes, contendo uma camada de cera utilidade no fundo,

para permitir a imobilização e o posicionamento dos dentes lado a lado. Foram

realizadas TC antes e após a instrumentação dos canais. Após a TC inicial,

criteriosa avaliação das imagens foi feita, primeiramente pelo examinador e

posteriormente pela orientadora, para selecionar os dentes nos quais os limites

internos e externos da raiz pudessem ser visualizados precisamente na TC nos

terços apical, médio e coronário. Foi realizada a instrumentação de acordo com

a técnica Crown Down Modificada. Em seguida, nova tomografia foi feita,

 VIII

reproduzindo-se os mesmos parâmetros anteriores utilizados na TC inicial. As

imagens foram obtidas através de cortes seqüênciais no sentido crânio-caudal

e superpostas para a realização das medidas das distâncias mesial e distal,

com o uso de paquímetro digital.

Os resultados demonstraram ser possível definir e visualizar, na TC,

limites mensuráveis para os terços apical, médio e coronário; o desgaste

promovido pela instrumentação foi semelhante nas paredes mesial e distal do

canal; a instrumentação não provocou desvio do canal em nenhum dos terços

avaliados; houve fratura de 1 instrumento (Quantec #5 25/.06); não foi

observado nenhum bloqueio com raspas de dentina e o comprimento de

trabalho foi mantido.

 IX

Abstract

The success of endodontic therapy largely depends on the ability of

cleaning and shaping the root canal system. With the development of NiTi files,

a variety of instrumentation techniques has been developed in order to reach

the ideal parameters of cleaning and shaping. Many methods were applied to

test the best instrumentation technique. Recently the Computerized

Tomography (CT) was introduced as an efficient method to evaluate the

endodontic instrumentation. The advantages of the CT are 3D images

reproductibility, and the maintenance of the anatomic integrity of the root canal.

The objective of the present study was to develop a method of CT to

evaluate the root canal deviation after instrumentation using the rotatory system

NiTi Quantec Series 2000 technique. A comparison of the amount of dentine

removed by the instrumentation in the mesil and distal root canal walls and the

deviation resulted urre analysed. Besides that a comparison of the proportional

amount of dentine removed by the instrumentation in the mesial and distal root

canal walls was performed for the three thirds of the root. Fractures of the

instruments and accidents during the instrumentation such as blockage or loss

of working length were also analyzed in our study.

31 first and second extracted mandibular and maxillary molars with root

angles ranging from 5° and 45° were selected for the study. In order to get

better CT images the root canals were cleaned with a modified vacuous pump

(FARIAS, 2000). A template was prepared with a plastic box to keep the teeth in
 X

position. CT was performed before and after the instrumentation of the root

canals. After the first CT the teeth were examined, first by the researcher and

then by the supervisor with the aim at selecting the images where the exact

limits of the root canal could be precisely visualized on the three thirds. The

teeth were instrumented wrth the Crown Down Modified technique. The final CT

was taken and the images were obtained through sequential cuts in a cranio-

caudal direction. The images were and overlapped to carry out the

measurement of the mesial distal distance with the aid of a digital caliper.

With the method developed in this study it was possible to identify the

limits of the root canal in the CT images. The amount of dentine removed by the

instrumentation technique used was similar for mesial and distal root canal

walls. No deviation was observed in the three thirds of the root canal and the

original shape was maintained. One single instrument (Quantec #5 25/.06) was

fractured; no blockage or loss of working length was noticed during the

instrumentation.
 XI

Sumário

Agradecimentos especiais ............................................................. IV

Agradecimentos................................................................................ V

Resumo ............................................................................................ VII

Abstract ............................................................................................ IX

Sumário ............................................................................................. XI

Lista de Figuras ............................................................................. XIII

Lista de Fotos ............................................................................... XIV

Lista de abreviaturas e símbolos ................................................ XV

Lista de gráficos e tabelas ............................................................. III

1 Introdução ................................................................................ 2

2 Revisão de literatura ............................................................... 6

2.1 Métodos de avaliação da instrumentação do SCR .................................. 6

2.2 Do aço inoxidável ao níquel-titânio: evolução ou revolução? ................. 21
2.3 Avaliação da eficiência dos sistemas rotatórios com instrumentos de
níquel-titânio.......................................................................................... 26
2.3.1 Lightspeed........................................................................................................... 27
2.3.2 NT sensor............................................................................................................ 29
2.3.3 NT engine e McXIM ............................................................................................ 30
2.3.4 Sistema profile .................................................................................................... 32
2.3.5 Sistema Quantec Série 2000.............................................................................. 36
2.3.6 Sistema POW-R e HERO642 ............................................................................. 46
3 Objetivos ................................................................................ 51

3.1 Objetivo geral ........................................................................................ 51

3.2 Objetivos específicos ............................................................................ 51
4 Materiais e métodos.............................................................. 53
 XII

4.1 Seleção dos dentes ............................................................................... 53

4.2 Esvaziamento do scr ............................................................................. 55
4.3 Preparo do template .............................................................................. 57
4.4 Tomografia computadorizada inicial (tci) ............................................... 59
4.5 Seleção da amostra .............................................................................. 60
4.6 Instrumentação dos canais .................................................................... 61
4.7 Tomografia computadorizada final (tcf) ................................................. 65
4.8 Preparo e análise das tomografias ........................................................ 65
4.9 Métodos de análise estatística .............................................................. 68
5 Resultados ............................................................................. 71

6 Discussão............................................................................... 76

7 Conclusões ............................................................................ 88

8 Referências bibliográficas ................................................... 90

Índice onomástico .......................................................................... 99

 XIII

Lista de Figuras

Figura 1 – Ângulos de Corte. ........................................................................ 36

Figura 2 – Ângulo helicoidal ......................................................................... 37

Figura 3 – Secção transversal....................................................................... 37

Figura 4 – Conicidade. ................................................................................... 37

Figura 5 – Geometria da ponta...................................................................... 37

Figura 6 – TC do dente não instrumentado.................................................. 68

Figura 7 – TC do dente instrumentado ......................................................... 68

 XIV

Lista de Fotos

Foto 1 – Calibre dos canais ........................................................................... 53

Foto 2 – Amputação das raízes ..................................................................... 54
Foto 3 – Vedamento radicular ....................................................................... 55
Foto 4 – Sondas uretais................................................................................. 56
Foto 5 – Selamento hermético .................................................................... 56
Foto 6 – Bomba de vácuo ........................................................................... 56
Foto 7 – Dentes posicionados no template.................................................. 57
Foto 8 – Nivelamento dos ápices .................................................................. 58
Foto 9 – O molde-localizador ........................................................................ 58
Foto 10 – Posicionamento do implante no tomógrafo ................................ 59
Foto 11 – Posicionamento das réguas plásticas ......................................... 59
Foto 12 – Tomografia com folha de papel vegetal ....................................... 60
Foto 13 – Negatoscópio com lupa ................................................................ 61
Foto 14 Remoção dos dentes ....................................................................... 61
Foto 15 – Instrumentação .............................................................................. 62
Foto 16 – O TCM 3000 .................................................................................... 62
Foto 17 – Embalagens de Limas Quantec .................................................... 63
Foto 18 – Seqüência das Limas Quantec ..................................................... 63
Foto 19 – Técnica de irrigação/aspiração .................................................... 64
Foto 20 – Cone de papel ................................................................................ 65
Foto 21 – Cone de guta-percha ..................................................................... 65
Foto 22 – Tomografias inicial e final............................................................. 66
Foto 23 – Fixação das imagens sobrepostas .............................................. 66
Foto 24 – Identificando os pontos ................................................................ 67
Foto 25 – Paquímetro eletrônico ................................................................... 67
 XV

Lista de abreviaturas e símbolos

SCR – Sistema de Canais W – Window;

Radiculares;
C – Center;
NiTi – Níquel-Titânio;
ADA – American Dental
MEV – Microscopia Eletrônica de Association;
Varredura;
K – Kerr;
TC – Tomografia Computadorizada;
ISO – International Organization of
3D – Tridimensional; Standardization;
s – segundo; % – Porcentagem;
o
– grau; GG – Gates Glidden;
o
C – grau Celsius; rpm – Rotações por minuto;
kV – quilovolt; CT – Comprimento de trabalho;
mA – miliampère;
m2 – Micrometro quadrado;
mm – milímetro;
C – Coronário;
MCT – Tomografia
MC – Médio-Coronário;
microcomputadorizada;
MA – Médio-Apical;
m – micrômetro;
A – Apical;
# – número;
min – Minuto;
CPC – Comprimento de patência do
canal; TCi – Tomografia Computadorizada
inicial;
2D – Bidimensional;
TCf – Tomografia Computadorizada
kVp – quilovolt de potência; final;
FOV – Field Of View; Ml – Mililitro.
cm – centímetro;
A – microampère;
 III

Lista de gráficos e tabelas

Gráfico 1– Avaliação do desgaste observado nos dois lados do canal

considerando-se o terço avaliado. ......................................... 73
Gráfico 2 – Avaliação do desgaste observado nos dois lados do canal
considerando-se o terço avaliado. ......................................... 74

Tabela 1 – Avaliação do desgaste observado nas paredes mesial e

distal do canal considerando-se os terços apical, médio e
coronário..................................................................................... 72
Tabela 2 – Avaliação do desgaste em termos proporcionais em cada
um dos terços avaliados considerando-se o lado do canal. ... 74
1 Introdução
Introdução 2

1 Introdução

Um dos maiores desafios no exercício da endodontia reside na limpeza

e modelagem adequadas do sistema de canais radiculares (SCR), condição

que, em última instância, seria responsável pelo sucesso da terapia

endodôntica ao viabilizar a obturação hermética e tridimensional deste espaço.

Estes conceitos de limpeza e formatação, postulados por SCHILDER em 1974,

revolucionaram o enfoque eminentemente germicida e medicamentoso vigente

à época, lançando as bases da atual prática endodôntica. Atualmente sabe-se

que o sucesso do tratamento endodôntico depende da instrumentação que

proporcione forma cônica afunilada, mantendo a posição espacial original do

canal e forame apical (ROIG-CAYÓN et al., 1994; LUITEN et al., 1995; KHERLAKIAN

et al., 1997). Estes princípios, no entanto, se tornam difíceis de ser alcançados

na presença de curvaturas e canais atrésicos, principalmente quando

consideradas as limitações dos instrumentos endodônticos tradicionais.

Alterações indesejáveis na forma original de canais curvos e atrésicos,

tais como degraus, zips, transportes e perfurações podem ser provocados pelo

design e rigidez destes instrumentos (KAVANAGH e LUMLEY, 1998; LLOYD et al.

1997). Segundo ROANE et al.(1985); a presença da curvatura introduz

dificuldades de tal ordem e complexidade que têm motivado e norteado todos

os atuais avanços no campo da instrumentação do SCR. Tal fato pode ser

verificado pelo grande número de novas técnicas endodônticas e pela

variedade de instrumentos com formato inovador e diferentes tipos de ligas

Introdução 3

metálicas propostos nas últimas décadas. Dentre os inúmeros avanços

tecnológicos, o emprego das ligas níquel-titânio (NiTi) para a fabricação de

instrumentos endodônticos representou marco na prática endodôntica. Tais

limas possuem maior flexibilidade, melhor memória elástica, número de dureza

mais elevado e maior capacidade de absorção de estresse quando

comparadas às tradicionais limas de aço inoxidável. Além disso, possibilitam a

manutenção do trajeto original de canais curvos e atrésicos, reduzindo a

ocorrência de desvios e diminuindo o tempo de trabalho (HARLAN et al.,1996;

SHORT et al., 1997; KHERLAKIAN et al., 1997).

As propriedades inerentes às limas de NiTi, levaram ao desenvolvimento

de técnicas específicas para a sua utilização e finalmente viabilizaram a

instrumentação mecânica do SCR utilizando-se peças de mão acionadas a

motor. Vários sistemas automatizados foram introduzidos no mercado para

facilitar a instrumentação do SCR, produzindo o mínimo de distorção na sua

forma original – Lightspeed, NT Sensor, NT Engine e McXIM, Profile e Quantec

(HARLAN et al.,1996; SHORT et al., 1997; KHERLAKIAN et al., 1997).

Estes instrumentos e técnicas têm sido avaliados quanto a sua

capacidade de promover, de forma eficiente e segura, a instrumentação do

SCR, atingindo assim os objetivos postulados por SCHILDER. Modelos em

resina, cortes histológicos, estudos em microscopia eletrônica de varredura

(MEV), cortes seriados, comparações de radiografias, moldagem do canal

instrumentado com silicona, e desmineralização, representam exemplos de

métodos empregados com a finalidade de avaliar qualitativa e

Introdução 4

quantitativamente o desempenho destes instrumentos durante o preparo

mecânico do SCR. Mais recentemente, a tomografia computadorizada (TC) foi

considerada eficiente no estudo da instrumentação, uma vez que reproduz a

imagem tridimensional (3D), sem a perda de estrutura dental, ao contrário do

que se observa em outros métodos utilizados (TACHIBANA e MATSUMOTO 1990;

NIELSEN et al., 1995; GAMBILL et al., 1996; LLOYD et al., 1997; KAVANAGH e

LUMLEY, 1998). O fato de esta técnica não ser invasiva, mantendo a integridade

anatômica do canal representa grande vantagem na avaliação da

instrumentação. Consideramos de grande valia o aprimoramento da

metodologia preconizada, capaz de consolidar tal técnica como instrumento de

avaliação eficaz, verdadeiro e reprodutivo.

8 Referências bibliográficas
Referências bibliográficas 90

8 Referências bibliográficas

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9 Índice onomástico
Índice onomástico 99

9 Índice onomástico

ABOU-RASS, 77, 79 HULSMAN, 45, 78, 82, PORTENIER, 28, 77,

BANEGAS, 33, 77, 82, 83, 86 82, 83, 84
83, 84 IMURA, 47, 78, 82, 84 POULSEN, 28, 82, 83,
BRAU-AGUADÉ, 22 84
INGLE, 6, 22
BRYANT, 34, 84, 86 PRUETT, 33, 86
JASTRAB, 77, 79
BURNS, 21 RHODES, 16, 18, 77,
KAVANAGH, 2, 4, 34,
79, 80, 81, 83, 84
COHEN, 21 82, 83, 84
ROIG-CAYÓN, 2
COWDRY, 6, 77, 79 KAZEMI, 26
ROSENSTIEL, 7, 77, 79
DE DEUS, 55 KHERLAKIAN, 2, 3, 21,
25, 26, 27, 38, 82 SEELIG, 8, 77, 79
DOVGAN, 83
KNOWLES, 27, 28, 77, SEIDLER, 8, 77, 79
DOWKER, 14, 78, 79,
82, 83, 84
80, 81 SENIA, 21, 22, 27
KORSEN, 38, 82
DUMMER, 26, 28, 31, SHILDER, 21
34, 39, 82, 83, 84, 85, KOSA, 41, 82, 85 SHORT, 3, 35, 77, 82,
86 KUTTLER, 7 83, 84
FARIAS, 55 LLOYD, 2, 4 SPROLES, 8, 77, 79
GAMBILL, 4, 13, 21, LOPES, 21, 27, 32, 33, TACHIBANA, 4, 12, 78,
54, 65, 68, 78, 79, 80, 84 79, 81
82, 84
LUITEN, 2, 30, 77, 82, TAGGER, 8, 77, 79
GEGAUFF, 8, 77, 79 84 TEPEL, 22, 24, 26, 83,
GLOSSON, 27, 28, 77, LUMLEY, 2, 4, 34, 77, 86
82, 83, 84 82, 83, 84 THARUNI, 27, 28, 82,
GRATT, 9, 77 LUSSI, 55 83, 84
GRIFFITHS, 43, 82, 85, MATA, 22 THOMPSON, 26, 28,
86 31, 34, 39, 82, 83, 84,
MATSUMOTO, 4, 12,
GUPPY, 41, 82 85, 86
78, 79, 81
HAÏKEL, 40, 82, 86 TORABINEJAD, 22, 23,
NIELSEN, 4, 13, 78,
24, 27, 29
HARLAN, 3 79, 81
TUCKER, 30, 82
HAYAKAWA, 19, 78, PETERS, 18
80, 81 TYGESEN, 47, 82
PINTO BASTOS, 19, 78,
HILMAN, 25 79, 81, 82 VERTUCCI, 8, 77, 79
HIMEL, 25 WALIA, 25, 86
Índice onomástico 100

WALTON, 22, 23, 24, W ILDEY, 21, 22, 27 ZMENER, 33, 77, 82,
27, 29 83, 84
W OLCOTT, 25
WHITE, 9, 77
10 Anexos
Anexo 102

10 Anexos

10.1 Parecer ético

Anexo 103

10.2 Lista do ângulo de curvatura das raízes

Ângulo
Dente
(graus)
2 21
4 26
5 10
6 30
8 15
15 27
17 17
20 28
21 10
23 18
24 10
26 15
27 10
31 20
32 24
34 17
35 15
41 19
42 28
44 20
47 18
55 20
56 18
58 15
60 15
64 17
65 24
66 33
67 10
69 26
71 21
81 15
82 20
84 25
87 10
89 20
91 20
93 26
94 23
95 27
96 23
98 23
99 10
100 24
Anexo 104

10.3

Médio TCi TCf

Dente x1 y1 x2 Y2
2 0,0360 0,0320 0,0285 0,0250
4 0,0325 0,0320 0,0285 0,0250
5 0,0325 0,0330 0,0260 0,0280
6 0,0230 0,0345 0,0230 0,0245
8 0,0370 0,0380 0,0305 0,0250
15 0,0250 0,0320 0,0215 0,0260
17 0,0350 0,0585 0,0275 0,0540
20 0,0370 0,0405 0,0305 0,0330
21 0,0500 0,0425 0,0405 0,0395
23* – – – –
24 0,0325 0,0330 0,0240 0,0235
26 0,0380 0,0365 0,0335 0,0310
27 0,0380 0,0340 0,0315 0,0295
31 0,0280 0,0285 0,0275 0,0235
32 0,0325 0,0315 0,0275 0,0245
34 0,0345 0,0360 0,0310 0,0290
35 0,0390 0,0315 0,0235 0,0270
41 0,0270 0,0275 0,0265 0,0270
42 0,0355 0,0325 0,0320 0,0290
44 0,0275 0,0335 0,0275 0,0295
47 0,0275 0,0225 0,0175 0,0225
55 0,0325 0,0355 0,0225 0,0325
56 0,0270 0,0280 0,0240 0,0270
58 0,0365 0,0305 0,0305 0,0270
60 0,0335 0,0320 0,0280 0,0285
64 0,0300 0,0295 0,0275 0,0260
65 0,0335 0,0350 0,0310 0,0330
66 0,0315 0,0345 0,0275 0,0290
67 0,0300 0,0315 0,0280 0,0255
69 0,0320 0,0335 0,0230 0,0220
71 0,0420 0,0310 0,0265 0,0305
81 0,0340 0,0325 0,0335 0,0305
82 0,0295 0,0370 0,0240 0,0360
84 0,0350 0,0365 0,0310 0,0280
87 0,0335 0,0265 0,0320 0,0240
89 0,0345 0,0295 0,0255 0,0240
91 0,0320 0,0330 0,0280 0,0290
93 0,0330 0,0335 0,0300 0,0255
94 0,0310 0,0310 0,0280 0,0290
95 0,0305 0,0375 0,0285 0,0335
96 0,0270 0,0305 0,0265 0,0300
98 0,0310 0,0315 0,0270 0,0310
99 0,0310 0,0415 0,0295 0,0260
100 0,0330 0,0335 0,0240 0,0280
* Dente no qual houve fratura da lima.
Anexo 105

10.4

Coronário TCi TCf

Dente x1 y1 x2 Y2
2 0,0630 0,0540 0,0410 0,0445
4 0,0465 0,0385 0,0305 0,0325
5 0,0365 0,0590 0,0295 0,0375
6 0,0405 0,0335 0,0255 0,0275
8 0,0465 0,0425 0,0345 0,0360
15 0,0260 0,0335 0,0220 0,0265
17 0,0335 0,0735 0,0335 0,0540
20 0,0450 0,0470 0,0445 0,0410
21 0,0535 0,0910 0,0435 0,0750
23 0,0330 0,0325 0,0265 0,0285
24 0,0345 0,0400 0,0280 0,0325
26 0,0490 0,0530 0,0445 0,0465
27 0,1405 0,0330 0,1380 0,0290
31 0,0310 0,0300 0,0265 0,0295
32 0,0285 0,0265 0,0245 0,0255
34 0,1240 0,0340 0,1220 0,0340
35 0,0295 0,0290 0,0285 0,0280
41 0,0295 0,0315 0,0255 0,0270
42 0,0370 0,0360 0,0360 0,0250
44 0,0345 0,1730 0,0325 0,1420
47 0,0235 0,0280 0,0205 0,0275
55 0,0325 0,0350 0,0225 0,0320
56 0,0275 0,0320 0,0260 0,0245
58 0,0450 0,0375 0,0450 0,0315
60 0,0335 0,0345 0,0295 0,0295
64 0,0355 0,0390 0,0325 0,0340
65 0,1265 0,0400 0,1000 0,0395
66 0,0390 0,0345 0,0320 0,0340
67 0,0395 0,0360 0,0270 0,0305
69 0,0465 0,0455 0,0350 0,0325
71 0,0380 0,0315 0,0260 0,0305
81 0,0425 0,1690 0,0350 0,1590
82 0,1580 0,0630 0,1340 0,0530
84 0,0745 0,0810 0,0575 0,0775
87 0,0490 0,1605 0,0425 0,1385
89 – – – –
91 0,1540 0,0445 0,1540 0,0395
93 0,1320 0,0435 0,1300 0,0345
94 0,0365 0,4000 0,0340 0,0285
95 0,0470 0,0335 0,0465 0,0300
96 0,0350 0,0360 0,0340 0,0320
98 0,0355 0,0415 0,0290 0,0315
99 0,0365 0,0320 0,0350 0,0250
100 0,0370 0,0415 0,0310 0,0395
Anexo 106

10.5

Apical TCi TCf

Dente x1 y1 x2 Y2
2 0,0310 0,0315 0,0245 0,0260
4 0,0380 0,0415 0,0280 0,0380
5 0,0200 0,0295 0,0155 0,0245
6 0,0285 0,0315 0,0265 0,0210
8 0,0325 0,0375 0,0205 0,0270
15 – – – –
17 – – – –
20 0,0360 0,0310 0,0320 0,0240
21 0,0465 0,0455 0,0350 0,0270
23 – – – –
24 0,0350 0,0365 0,0240 0,0245
26 0,0360 0,0365 0,0320 0,0295
27 – – – –
31 – – – –
32 – – – –
34 – – – –
35 0,0260 0,0285 0,0220 0,0260
41 0,0295 0,0425 0,0280 0,0315
42 0,0385 0,0345 0,0315 0,0300
44 0,0280 0,0325 0,0270 0,0205
47 0,0295 0,0280 0,0275 0,0255
55 0,0285 0,0315 0,0265 0,0260
56 0,0335 0,0330 0,0285 0,0315
58 0,0330 0,0290 0,0325 0,0255
60 0,0325 0,0305 0,0245 0,0270
64 0,0300 0,0320 0,0295 0,0250
65 0,0390 0,0275 0,0315 0,0265
66 0,0290 0,0280 0,0325 0,0230
67 0,0280 0,0215 0,0265 0,0210
69 0,0345 0,0310 0,0305 0,0235
71 – – – –
81 0,0360 0,0350 0,0300 0,0320
82 0,0295 0,0370 0,0240 0,0310
84 0,0395 0,0405 0,0295 0,0325
87 0,0310 0,0300 0,0300 0,0275
89 0,0310 0,0305 0,0275 0,0270
91 – – – –
93 – – – –
94 – – – –
95 – – – –
96 0,0275 0,0320 0,0245 0,0285
98 0,0345 0,0270 0,0320 0,0260
99 – – – –
100 0,0345 0,0400 0,0240 0,0265