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Decreto-Lei ne 3.689/1941 © PRESIDENTE DA REPUBLICA, usando da atribuigéo que lhe confere o art. 180 da Constituigao, DECRETA a seguinte Lei: CODIGO DE PROCESSO PENAL LIVRO I - Do Proceso em Geral TITULO I - Disposicées Preliminares Art. 12 O processo penal reger-se-d, em todo o territério brasileiro, por este Cédigo, ressalvados:! I — 0s tratados, as convengées e regras de direito internacional; II -as prerrogativas constitucionais do Pre- sidente da Republica, dos ministros de Estado, nos crimes conexos com os do Presidente da Repiblica, ¢ dos ministros do Supremo Tri- bunal Federal, nos crimes de responsabilidade (Constituigao, arts. 86, 89, § 2% e 100); III - 0s processos da competéncia da Justica Militar; IV ~ os processos da competéncia do tri- bunal especial (Constituigao, art. 122, n* 17); ‘V ~ os processos por crimes de imprensa Pardgrafo vinico. Aplicar-se-, entretanto, este Cédigo aos processos referidos nos n& IV € V, quando as leis especiais que os regulam nio dispuserem de modo diverso. Art. 22 A lei processual penal aplicar-se-a desde logo, sem prejuizo da validade dos atos realizados sob a vigéncia da lei anterior. Art. 3* Ale processual penal admitird interpre- taco extensiva e aplicacao analégica, bem como © suplemento dos principios gerais de direito. "NE: os artigos mencionados sio os da Constituicao de 1937. Ver também, quanto ao inciso V, ADPF. TITULO II - Do Inquérito Policial Art. 4* A policia judicidria serd exercida pe- las autoridades policiais no territério de suas respectivas circunscrigdes ¢ terd por fim a apuragio das infragdes penais e da sua autoria? Pardgrafo tinico. A competéncia definida neste artigo nao excluiré a de autoridades administrativas, a quem por lei seja cometida a mesma fungao. Art. 5% Nos crimes de ago puiblica o inquérito policial sera iniciado: I~ de oficio; I - mediante requisigio da autoridade judicidria ou do Ministério Publico, ou a requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representé-lo. § 12 O requerimento a que se refere o n® II conterd sempre que possivel a) a narracio do fato, com todas as cir- cunstancias; b) aindividualizagao do indiciado ou seus sinais caracteristicos ¢ as razées de convicgio ou de presungio de ser ele o autor da infracio, ou os motivos de impossibilidade de o fazer; o) anomeagio das testemunhas, com indi- cagao de sua profissao e residéncia '§ 28 Do despacho que indeferir o requeri- mento de abertura de inquérito caberd recurso para o chefe de Policia. § 3 Qualquer pessoa do povo que tiver co- nhecimento da existéncia de infracao penal em que caiba aio publica poder, verbalmente ou or escrito, comunicé-la autoridade policial, e esta, verificada a procedéncia das informacoes, mandard instaurar inquérito, § 4® O inquérito, nos crimes em que a agao piiblica depender de representagao, nao poderd sem ela ser iniciado. § 5° Nos crimes de a¢io privada, a autorida- de policial somente poder proceder ainquérito * Lei n® 9.043/1995, a requerimento de quem tenha qualidade para intenté-la. Art, 6 Logo que tiver conhecimento da pra- ica da infragao penal, a autoridade policial devera? I= dirigir-se ao local, providenciando para que nao se alterem o estado e conservacao das coisas, até a chegada dos peritos criminais; Il - apreender os objetos que tiverem re- lagio com o fato, apés liberados pelos peritos criminais; III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circuns- tancias; IV - owvir o ofendido; V - ouvir 0 indiciado, com observancia, no que for aplicavel, do disposto no Capitulo IIT do Titulo VIL, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura; VI- proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareagées; VII - determinar, se for caso, que se proceda aexame de corpo de delito ea quaisquer outras pericias; VIII - ordenar a identificagao do indiciado pelo proceso datiloscépico, se possivel, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes; IX - averiguar a vida pregressa do indicia- do, sob 0 ponto de vista individual, familiar social, sua condigao econémica, sua atitude e estado de animo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuirem para a apreciacao do seu tempe. ramento e carter; X- colher informagées sobre a existéncia de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiéncia e © nome e 0 contato de eventual responsavel pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa. Art. 7° Para verificar a possibilidade de ha- ver a infracao sido praticada de determinado modo, a autoridade policial poder proceder & reprodusao simulada dos fatos, desde que esta no contrarie a moralidade ou a ordem piblica. » Leis n® 13.257/2016 e 8.862/1994. Art. 8® Havendo priséo em flagrante, sera observado o disposto no Capitulo II do Titulo IX deste Livro. Art, 9 Todas as pecas do inquérito policial serio, num sé processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade. Art. 10. O inquérito deverd terminar no prazo de 10 dias, se 0 indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipdtese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisio, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fianga ou sem ela. § 1° A autoridade fard minucioso relatério do que tiver sido apurado e enviard autos a0 juiz competente, § 28 No relatério poderd a autoridade indicar testemunhas que nao tiverem sido inquiridas, mencionando o lugar onde possam ser encontradas, § 3° Quando o fato for de dificil elucidacao, © indiciado estiver solto, a autoridade podera requerer a0 juiz a devolugao dos autos, para ulteriores diligencias, que serdo realizadas no prazo marcado pelo juiz. Art. 11. Osinstrumentos do crime, bem como os objetos que interessarem 4 prova, acompa- nhardo os autos do inquérito. Art. 12. O inguérito policial acompanhard a dentincia ou queixa, sempre que servir de base uma ou outra, Art. 13. Incumbiré ainda & autoridade policial I~ fornecer as autoridades judiciérias as in- formagées necessérias a instrugao e julgamento dos processos; Il realizar as diligéncias requisitadas pelo juiz ou pelo Ministério Publico; Il - cumprir os mandados de prisao expe- didos pelas autoridades judiciérias IV -representar acerca da prisio preventiva. Art. 13-A. Nos crimes previstos nos arts. 148, 149 € 149-A, no § 3¢ do art. 158 e no art. 159 do Decreto-Lei n° 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Cédigo Penal), ¢ no art. 239 da Lei n# 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Crianga e do Adolescente), o membro do Mi- nistério Pablico ou o delegado de policia po- deré requisitar, de quaisquer érgios do poder piiblico ou de empresas da iniciativa privada, dados ¢ informagoes cadastrais da vitima ou de suspeitos.* Pardgrafo iinico. A requisi¢io, que seré atendida no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, contera 1- o nome da autoridade requisitante; Il - o ndmero do inguérito policial; III - a identificagao da unidade de policia judiciaria responsdvel pela investigacao. Art. 13-B. Se necessario & prevengao e & re- pressio dos crimes relacionados ao tréfico de pessoas, o membro do Ministério Public ou 0 delegado de policia poderao requisitar, median- te autorizacio judicial, as empresas prestadoras de servigo de telecomunicacdes e/ou telematica que disponibilizem imediatamente os meios técnicos adequados - como sinais, informacées e outros que permitam a localizacao da vitima ou dos suspeitos do delito em curso: § 1 Para os efeitos deste artigo, sinal signi- fica posicionamento da estaco de cobertura, setorizagio e intensidade de radiofrequéncia § 2 Nahipétese de que trata o caput, o sinal: I - nao permitiré acesso ao contetido da comunicagao de qualquer natureza, que de pendera de autorizacao judicial, conforme disposto em lei; I1— deverd ser fornecido pela prestadora de telefonia mével celular por periodo nio supe- rior a 30 (trinta) dias, renovavel por uma tinica vez, por igual periodo; II] - para perfodos superiores aquele de que trata o inciso IJ, ser necessaria a apresentacio de ordem judicial. § 3® Na hipétese prevista neste artigo, o in- quérito policial devers ser instaurado no prazo méximo de 72 (setenta e duas) horas, contado do registro da respectiva ocorréncia policial. * Lei mt 13.344/2016. » Lei nt 13.344/2016. 5 4° Nao havendo manifestacdo judicial no prazo de 12 (doze) horas, a autoridade com- petente requisitard as empresas prestadoras de servico de telecomunicagées e/ou telematica que disponibilizem imediatamente os meios técnicos adequados — como sinais, informagées € outros ~ que permitam a localizacio da viti- ma ou dos suspeitos do delito em curso, com imediata comunicagio ao juiz. Art, 14. O ofendido, ou seu representante legal, eo indiciado poderao requerer qualquer diligéncia, que ser realizada, ou nao, a juizo da autoridade. Art. 15. Se 0 indiciado for menor, ser-Ihe-4 nomeado curador pela autoridade policial Art. 16. O Ministério Publico nao podera requerer a devolugio do inquérito a autoridade policial, sendo para novas diligéncias, impres- cindiveis ao oferecimento da denincia. Art. 17. A autoridade policial nao podera mandar arquivar autos de inquérito. Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inguérito pela autoridade judiciéria, por falta de base para a deniincia, a autoridade policial poder proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver noticia Art. 19. Nos crimes em que nao couber agao piiblica, os autos do inquérito sero remetidos a0 juizo competente, onde aguardarao a inicia tiva do ofendido ou de seu representante legal, ou serdo entregues ao requerente, se o pedir, mediante traslado. Art. 20. A autoridade assegurara no inquérito 0 sigilo necessario & elucidagao do fato ou exi- gido pelo interesse da sociedade Pardgrafo tinico. Nos atestados de antece- dentes que Ihe forem solicitados, a autoridade policial nio podera mencionar quaisquer anotacoes referentes a instauracao de inquérito contra os requerentes. © Lei n* 12.681/2012.

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