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1th famento tradicional a ibe 0 PES & mais ambicioso, O do do planejento tradicional limit-se ao socioecondmico. O PES, contro, aspira ase, e chegou ase, um planejamento da ago ena ‘gue integra todas as dimensGes da realidade, especialmente o mundo tca com o da técnica, Bsa dilerenga de amplitude talveecrietedas 88 outas diferengas Vejamos primeira pergunta ~ como explicat a realidade? ~ que colo oposigio ene diagndsicoe siwacao. (0 planejador tradicional vale-se do conceto do diagnético para ex ‘A reilidade, Até meados dos anos 70 eu também aceitava esse con «aeabei ficando prisioniro dele: portato, compreendo bem 3 forea tem, © anata que diagnostica deve ser objetivo, eientfene rigor deve descobrie& verlade ~ no singular ~ e, a partir dela, consruir 0 para mula, © diggndstio, nesse caso, deve ser Unico e vilido todos. Ess ideas parocem evidenes e imativeis. Quem se poderia 0F 8 ue as ciéncas sejam usadas para buscar @ verdade? Que plano werseiabasear em outa coisa que no seja a verdade? O planejamen- ional apropriou-re dese conceito de diggnstico, que se origina Medicina, agregotheo vgs traicional da tora econémica positivita erminisa, Na verso do plaejador Walional, 0 diagnstico € aver: sobre uma relidade, isa com o rigor de um analista que domina 2 ia econdmica, [At agui tudo parece it muito bem, mas na verdade jf esti twdo muito Para descobriro que hi de eado no coneeito de diagnéstic, € re tent plici-lo & um jogo com dois 8 mais adverseos. A aplicosa0 conceito, ness caso, € 0 unico modo de descobrir que, em um jogo 1, as explicages dos jogudores adverssron nunca so iguais, © que no resolve o problema ao dizer que uma dessa explicagSes é verdadcia e ‘a8 que forem diferentes dessa sto ales, HS viris explicaies verda ras sobre uma masma realidade? O que significa verdadeira? Esse 6 0 to de partida da teria das sitagdes. ‘A anedota sobre Garincha que © seahor ouviu hoje ajuda a entender noxme diferenga que hé entre diagnéstico © apreciagto situacional. 0 ejamento tradicional s6 reconece tum ator ~ 0 governo do Estado ~ © los os demas sio agentes com condutas prediveis, © planejamento jcional, A maneira de Procusto,estbelece uma relagio ent um su ad ERE: Jeito que plane e um sistema planificad, na ee. no se pode anto-explicar. $6 haver uma explicagdo se eer um ator imterestado em explia ‘Ao conti, para © PES, 0 que hi & um jogo ente vos ators e, emt conseqUnca, surge a pergunts: como estes virior jogadores explicant realidade do jogo? Cada jogador tm a sua verdade? Qual é 0 fundamenta explicatve a paris do qual cada jogador far seus planos para ganhar 0 jogo? ‘A explicagdo que cada ator consrsi sobre uma realidade no é um amontoado de dados informagdes: 0s dados e informagdes poem ser ‘bjetivose podem ser igualmente acesiveis a todas. 4 explcagio é uma leinura dos dads e informagdes que expressam a reaidade. Cada ator retin da realdade wma interpreta dos fatos, conform as lentes com que os observa. Toda explicasdo € declarada por alguém, e ese algvém um ser humano que tem seus valores, sas ideologas © seus interesses ‘Sua letra esti eamepada de subjetividae e est animada por umn props sit. Anda mais no caso de tatarse mio de simples observadores, mas de ators interessados no resultado do jogo, a explcagio & guaa por esses imeresss. Nada € menos rigoroso do que ignorar as subjeividades que a realidad reconhece © toda explicagdo contém, para refugiae-se na Tass sepia do disgndstico, Mas, aos olhos de Procdsto, que ama exo «© a media, o subjetiv introduz na explicagio um elemento eyjo manejo rigoroso €impossvel. Em seu vocabulrio, objetivo & 0 mesmo que rigo- ‘oso. No entanto, no rigor das cincas,€ 6 oposo. Nio se pode ser obje- tivo seas subjeividaes so ignoradas. Nao se pode ser rigaroso quando se ignora algo que a realidade toma evidents, Me Vejamos, professor, se o entendo em. Um dado, um conceito, uma palavra, um fato sigificam coisas dstintas para as pessoas, segundo 2 psicdo a partir da qual elas observam ou partcipam do jogo social. ‘Lembro famoso exemplo de Lenine sobre o copo d'un que esta pela rmetade. Esse 6 um dado veriiedvel. Mas para Joao o copo est “chelo até a metade” e, para Pedro, esté *vazio até @ metade”. Em outras palavras, a relidade mio explledvel pela simples descrgio, mas pe- las Iituras que se fazem dela, sob diferentes chaves de interpreta, de acordo com as Interesses objetivos dos atores. Interpreto bem 0 conceito de situagio? [Mz Muito bem. O-concsto de siuagio és chave para entender 9 outro & dlarthe rae; om 4 qual ele Ie sua ‘laer ceder, Por exemplo, um ‘do narcoriico © 9 irr ds DEA’ esto-seenfrentando no jogo do fico © 0-vocubuldrio que estabelece os conceitos que permitem i realidade do jogo tem significado diferente pare ambos. A palavra mdfico express, para um dees, uma aivdade ilegitina, um proble- Sco; para 0 outro expresst um negicio, A palava inteligéncia, para 0 rficant, significa “capacidade para obter informasio sobre os pl 4 DEA"; para a DEA, significa o contri. Nesse sentido & que ex- 1 realidae significa diferencia entre explicagbes. A DEA pode gat entender explicagio dos nacotafiante, o que mio sigaica 2 9 aceite, mas depois e 1é-la entendio estars mais bem preparada a combaiero trifico de drogas. Nao pode haver confto entre planos sho a parr de diferentes explicagdessituacionais. NSo pode haver es égias tendo a partir de mores, qe s50 aversiios com diferentes ex: Plicages situacionis We Creio que a diferenga entre diagndstico e expleasio stuacional esti lara, Sugiro que nos faga uma sintese da diferengas entre ambos os concetos. [Ms Os conceitos de andlisesimacionale de dlagndstico sto diferentes {quanto 208 sepuines pontos (1) 0 conceit de sinagao obriga determinar quem explic; toda expice- fo 6 dita por alguém a partir de wma posed no jogo social. Explicar ‘entfcar-se com uma letra da realidade. Quem expica, no dagnéstico tradicional? Algum arr. ou um observadordistante? Os alors reais iden: tificam-se com 0 diagnéstico (2) uma mesma reaidade pode ser explicada mediante situagbesciferen tes, porque os ators do jogo social paricipam dele com diferentes props sits, A expicgdo sobre o narcotic, feta pelo Presidente da Repabi- 2, € diferente da explicacio, sobre © mesmo tema, feita pelos rcotaficantes. Tem sentido declarar uma verdadeirae utr falsa?; (3) 2 andlise siuacional obriga a aiferenciar as explicagbes, Cada ator valiao jogo social de modo particular € ata segundo sua propia iterpee [Ova Front Agy ete Ue 7 tuplo da reaidade. Se eu jogo xadrez com 0 senhor, estou perdendo, minha explicapdo ado pode ser igual sua, A informasio que 0 tabuleio de xadrezoferece a nds dois é a mesma, mas nossasinterpretagoes serio necessariamente diferentes. Eu quero ganhar © © seahor quer ganhat. O Seatiorobservar jogo e sua explicagto expresart satsagso,otimismo a8 grandes possibilidades que vé de ganar. Ao contri, eu estareh insatisfeitoe procuraei © empate. Olharemos 0 mesmo tabulio, mas nos faremos pergunas diferentes e encontraremos respostas diferentes; 4) se ignoro a explicagso do outro ou the atribuo a minha, éimpossivel Jopar bem e ser um bom estrategista.Suasjogadas seguintes dependerto 4h sua apreciagio da susp, ndo da minha; como sou segundo 4 Jogar, o seahor é obrigado 8 preacupur-se com & minha explicago, como fu com a sua, Como diz Clausewite, a jogada mais eficaz que ou possa fazor mo dopende 86 do que eu Taga: depende também do que meu adver Sério fag e 0 mesmo vale também para. 0 senhor. Sua jogida mais efi epende também do que eu faya. Esta € a esséncia do edleulo interasve, priprio do planejamento estaégico. O diagnstic, por sun falta de rigor «© por reduzr-se a uma explicasio dnica, nfo pode alimentar 0 culo (6) a eategora “simagio" permite compreender & assimetria das explic 05 em um jogo, eoncelto teérico da maior importincia na snalise eset legicu. Explicagdes diferentes sobre uma mesma ral no slo apenas respostas diferentes a perguntas igus: so respostas diferentes a pergun- tas diferentes. Por exerplo, em ma sitsaso de inl, ums perguna have, par os sindiatos, & de quanto a perda em salvos reais? Para uma empresa, a pergunti-chave, erica, é de quanto & minha deseapi talizagio? As pergonis felevantessio diferentes para os diferentes sto- res, Essa assimetria &fator relevante que leva 2 incompreensio nas nego: ages e que as transforma em confront ‘Um exemplo interessante dessa assimetia € 0 seguinte: na guera das Malvinas © general Gualteiracocina: “As Malvinas valem muito para & ‘Argentina e valem poveo para Inlatera, A Inglaterra portato noi & fuera por um objetivo de bio valor apenas protest © presionar” ‘0 preconceita nese caso basea-se no tamano das ihas, na distinc ‘que separa Inglatereae as Malvinas, no valor histrico dat ihas ete. O ‘general estima o valor das ils a parti de sua propria perspectiva e a partic 6a perspectiva inglesa, assumindo que a pergutaseja 8 mesma nos _ 8, vom duas resposias diferentes possveis: valor alto € valor Para Margaret Thatcher, essa perguntanio & relevante, Nao esté em ‘0 valor das Malvinas, mas 0 valor de elas serem inva por um subamericano: de deixar sem resposta essa agressio. E 0 valor — to alto ~ de eviarse um precedente para outs stuagdes em outros los ca Ter, Thatcher foaliza sus atenebo no velor do precedente, junto Gualties concenta-se no valor das ithas. Gualtiri atibui a her sus propria explicasao e comete um er fatal: nlo estabelece rencas etze as explcagSes. ‘Acontecen algo semelhante quando o Presidente Allende encaregou- ‘de negociar com o embaixador Kony, dos Estudos Unidos, uma mina ferro de propriedade de um grande empresa multinacional none-ame- jeans. Nas conversgées, 0 embuizador, um homem inteligente e lexi- 5), reerindose is empresas de cob, que estavam fora de minha com- eiécia para negocir, dise-me: “Paguem-nos um dar pelas minas © avert acordo", Quern dizer com essa frase que, para 0 seu governo, 0 3 das nas nfo era televant; qu 0 que vlia mas, do pono de vista ‘gover american, er 0 presedente de scetar uma expropriagio sem gir compensagées, Para ns, ao contro, 0 aloe das minas era 0 ele- ne; precedente no valia muito. Explicar bem € perceberdifeencas entre as explicagdes dos diversos jogadores e asrbuir coretamente& cade jogador as diferentes explic- es. Implica também verifier s © jogo feito pelos jogadores & consis- ote com as explcages que hes atibuimos. We: Um diggndtico, enti, nfo tem valor algum segundo sua teria? [Ms Nio, nio disse isso, Entendamo-nos: um diagndstico tenicorigoro- 0 tem valor, mas no & mais do que a matéria-prima que um ator social processa para formular sua apreciagGo situacional. planejadortadicio- nal omite a mediagio da apreciagio situacional porque as subjetivids {es 0 incomodam e estabelece uma relago direta = que no existe na realidad ~ entre o diagndstico © o plan. Nenhum plano real €formula- {do com base em diagnésticos; fazem-se plans reas a partir de andises Ge situagbes. Ms Nao entendo bem. fill. Um bom diagnéstico € uma investiga sobre a realidad, que contribu com uma teoriaexplcaiv e evidencia que essa teria € consis set cam o ue chervamos,Assmarmos gue ee dagisco ne sa a rms vibes imttesads: qe fh Ho 0 tl sana Pade esq ao tea aso press dos aon ma um parce fondarenado, embers ect ot eco aaj, de uma ee de especial. Ese ig ati peng que a repent nes, ey poe weSifn areonen strum pla, Um or iieligent contd ao tara dss nvniggio ca wird comO 2a ta aoa stsinlAgeaae oars sucionl dts da mesg sabe ald Arcata cue OPES coblne ei ce el | ons ssi | Nao hi, no jogo polic, rela dicta entre 0 diagnstico ¢ o plano, ‘fo prcrssament stacional gue demarea 0 reforga a diferengas de tinetoe que entejam em jogo. © diagnéstico, na cabega do cients, ¢ elo a essa diferenciagto ideoldgics, mesmo que 0 cienista inevtavel- ‘rents impregne de subjetividade o produto de su trabalo. " Ma Bim sya conferéncia ouvi que 0 diugnéstico € a expleasi “de n= guém". Que significa iso? asf cfetivamente explicago de ninguém, em dois sentido: {1 porque o pesuisador alo é um aor que participa por si mesmo no Jog wei. 0 Tato de gue um pesquiador idetfiqe se u re uma ex Ht nio aera em tad, cements, 0 jogo soil os joao con- Pee jas jos ignarando a nova explicagio, S6 no caso de que alguns Jogodores arama # apropien-se dh nova matéi-rima 0 jogo muds sezpe mam as aprciagSessimacionas 0 qe sempre ocore nt varia, Una nova pesquisa demora de 30 40 anos para tansformar-se tm patiménio dos stores soins: in ‘B) hho diagndstico esprio, uase sempre muito consultado € man ei quer sexparcipatvo e,afinal, nfo € nem investigsSo nem ape- se stnional im exempo: um diagno do setor agricola. em Um sie tional, tem 0% de contibugto dos teicos, 20% de impos ai do nr da Agricul, uns 20% dt iso ds empress agn- cre, acaba sendo a ex representa nnguém. Nio 6 aiagnss Porque info representa uma inventigagdo sera, nem ¢ explicagzo joni, porque mistura, em ver de dfevenciar, as expicages. Cecio ‘om fiso respondemos 8 primeira persuata. HS diferencs evident, jo eu, ente 0 diagnético seta do planejamento tradicional e a pre 80 situacionsl por problemas do planejamento estratéyico. Por que 0 PES concentra-se em problemas e nip em setres, como 6 planejamento tradicional? ‘A reaidade gora problemas, ameagas e oportunidades. O politico t- 1 com problemas e « popula sare problemas. um conceito mi pritico, reclamado pela propria ralidade, que faz o planejamento riza Ao contesio, © conceito de setor é uina imposigdo onalttica € ito genérco, pouco prético e mais epropriado & andise macrocco- fica. Os problemas reais eruzam os seore etém sores que se benef fam ou slo pejudicedos por eles, Em trno de problems, a partiipagio dad € possvel em torna de setores,é impossivel Ox stores do jogo focial liam com problemas, nto com setores. O PES cunkou a seguinte se que complementa uma frase de Ackoft: a reaidade tem problem, 4s unversidadestém faculdads eo planejamento tradicional tnbalha com sores. Quem pensa por problemas? © PES ideniia-se com a realidad gira em torno de problemas Me O fato de trabalhar com problemas nfo leva a um planejamento reatlvo? Iso é a uma posicio de s6 atacar os problemas ja eriados? ‘Mz Nio, de modo slgum. Essa € uma confusio comum nas pessoas que no aprofundaram a tori de problemas e usam a palavra tal como estd no diioniso. O PES e outos métcdos que tabalham per problemas, de- senvolveram uma teva para entender os problemas eestabeleserum uma Aampls tixionomis de problemas. HS problemas atuas que dio ergem 30 lanejamento reativo © bt problemas potenciats que fundamentam 0 pla fejamento proative. Deaue os problemas poteaciais destacam-se justa- mente as ameacas ¢ as oportunidades, incl smpla de problemas. He Diz-se também que trabathar por problemas resulta na fragmenta- so da realidade e na perda da visio global. IMs Se 0 PES fosse apenas umn método para processar problemas espesfi- 08, comma 0¢ méiodos ZOPP e MAPP, que sio muito mais simples, essa 8 no dmbito da acepgio crftica poderia ter fundamento. Qualquer pessoa que tenha estudado 0 méoda PES sabe que trabalhamos também com a categoria de inacroproblema, que oferecejastamente a visio global e leva 20 plano flobal, E equvalente neste sentido 20 dagnéstco global, que dé funda fnerto a0 plano global no planejamento tradicional. A diferengaest4 na Sinematiidade. Para que se entenda win maeroproblema no PES. exige-se fam modelo sistimico causal que o diagnéstico global jamais aleanga. B innis ainda, «sclegio de problemas espectcos 6 feta segundo as causes iy nds erfcos ~ do macroproblems. No PES, hi boa consstaci ent «© plano global ~ que repoust no macroproblema ~ e os planos expects por problemas. We Que sio 0 ZOPP eo MAPP? Ms Hi alguns métodos simples de planejamento muito des, em mins pit, para trtar de problemas parias, um por um, que sto adequados tars tabular ma base social ra qual os problemas sio menos complesos { menos intereacionados, Dente esses podera citar (1) 0 Marco Lig fe atilizado pelo PNUD para procesarelementarments,projeto por prO- jeto, a8 solicitagdes de cooperagio técnica; (2) o ZOPP, que 6a versio emit do’ Marco Ligco, com 38 mesma qualiadese limitages do ovgi- alle (3) 0 MAPP, que é uma cia da Fandaco Altair, que dijo. S80 tnélodos que podem ser usados noe casos em que © PES toma-se exces: amente complexo, dada a natreza dos problemas a serem enfrentados, fu porque sea limitada 2 eapaeidade para planejar do Gro a0 qual cabe tenfrentar os problemas. Usar 0 PES, por exemplo, emt um posto de sade, Seria um absurd, Métodos mss simples, como © ZOPP ¢ 0 MAPP, so, este cao, mais adequados sufiientemente potentes. Quando se rata fe alta direglo contudo, até agora, 0 PES nio encontrou concorrentes & Hs E como trubalha-se com problemas? [Ms No PES falamos de procersar problemas, o que significa quatro ev ‘ts: (1) explcar como nisce e se desenvove o problema; (2) fazer panos pure ataar as causas do problema mediante opeayies; (3) analisar a vis- bitiade politica do plano ou verifcar 0 modo de consrir sua vabilid- te; (4) atacar 0 problema na pétca,realizando operagdesplanejadas Por hora, jf que estamos na primeira pergunt,tata-se de expliar a ding nica de gestagio do problema para identificar suas eausas eras ‘Antes dz explicar um problema € indispensével defini seu conte, erftien mis zona marginals fr impeciso, A diferenga entre um problema e unt maestar i deserlgdo, Um mal-esiar 6 uma “obra aberte, na terminologia de tberto Hoo; & 0 nome de ui problems, sujeito a indmeras interpreta es para um mesmo jogador. Iso implica ambighidad, pela qual fies 08 expostos a sco de ter de explicar ts ou quatro problems diferen ‘imaginando que se tate de um s6. © PES exige portanto, como pri- nro paso, que o problems seja descrito, que se fag enumeragio rsa dos ftos que mosram gue o problems existe. Chamamos a essa ‘io placar do problema os vetor de desrigao do problena, 0 VDP problema ‘Um problema pass a sr visvel por seu plac, ato 6, pelo elenoo de fos vetficaveis que 6 dstinguem como problema, em rlaglo ao ator {que o declar, O placar de um peoblema & demonstraéo por sea VDP. Me: O senhor poderiadefinir melhor o conceto de vetor de deserigao de ‘um problema? MM: © VDP ¢ relat ao ator que o declan, desde que o resultado do jogo ja um problema para um dos atores, uma ameaga para outro, am éxito pars um tercero ¢ uma oportunidade para um quarto. 0. VDP de am pro- lem di preciso a0 significa de seu nome e o tena verifcdvel me- liane a enameragdo dos ftos que 0 evidenciam. ‘ejamos um exempo: “Defieiéncia no abasecimento de gua potivel to bro de Los Naranjos". Nesse caso, © VDP do problema posta sex {= 4 populagdo reoehe gua durante oito hore, cinco dias por semans; {22 = no héabustecimento de gua durante dois dias por semana; weal al. ( aitimo desertor, a3, informa que os desritores dl d2 tendem a piorr 'A populagio © prefeito de Los Naranjs perdem esse jogo, disputi- 4 comm 0 govern central, pelo placa: VDP = (dl, «2, We: Por que o conceto de VDP de um problema € necessirio? ‘Ms O VDP campre as sepuintes fungées: (1) reine em um snicosigificr- do, para o ator que o analisa(conceto de obra aborta para Umberto Eco). fs diferentes inerpretagies possvei para 0 nome do problema: (2) detr- rina © que deve ser explicado (as casas ded, 62 e d3 devem serexpli- cadas); (3) verifiea 0 problema de modo monitorvel, para que se poss acompankar sua evolugl; 4) verifcn a eficcia da ago para enfent-o: Se 0 problema methora ou piora por causa do plane, melhora ou piors 0 vor, E como saberos se a deserigéo de um problema € corretu? Mz Os descrtores componeates do. VDP devem satisfizer virios requisi- tos. Tem de ser precios e monitocveis; cada am dos desritores deve ser necessirio 2 descrisio; © canjunto de dseritores deve ser suliciente para confer, em uma dca interpreta, as véris interpretagties posiveis; ‘enum desertor deve referir-se a causas ou a conseqlenciss; nto deve haverrelagdo causal entre os descritres; © enhum desritor deve repetir, ainda que de euro modo, 0 que fo dito por autos desritores, Dir-se de uma descrigd0 que € suficiene, se ela eliminar qualquer ambigiidade quanto a0 conteddo do problema; e se resistr 8 prova de sliminas, hipoteieamente, para 0 caso estudado, carga negativa expres- st pelos descritoes, levando a resolver o problema. Nio sendo stim, +6 © problema persis, diz-se que a descrico ¢ incompleta ou inadequada 0 fato de um ator detlarar 0 problems como eviivel € 0 que permite iteeenciar entre um problema e © caneita de peisagem socal, Se entendo bem, o placar do problema é 0 que deve ser expicado, Podemos agora explicar © problems. ‘ms Enatamente. O que devemos explicar S40 0s desertores do placar Devesse tomar muito euidado, na explicagio, para nio fazer confusso entre cawsas, deserigdo © consegtdnelas. ‘A metifora de um jogo é muito ilustrativa para compreendee um pro bem, embora baja diferengas muito importantes entre a jogo social © 0 {ogo esporivo ou recreative. Em qualquer jogo ganha-se ou perde-se, © 1s jogedores em competgao devem ser lives pra tomar sus decises, NNenhum dos jogadores tem comando sabre os outs, Todos os jogos tem ‘um mareador que permite vriticar quem ganha e quem perée, No caso dos problemas sociis, esse marcador € vetor de deserigho do problema, vor, ME como analisemos e identificamos as causas que geram o placar do problema? (Ms Se continuarmos 4 usar 4 metifora do jogo, podeios dizer que as ‘ausas imediatas do placar do jogo sio as jogadas, 2s quis chamamos {fluxos. Para produzir jogadas sho roquridas diferentes eapacidades de Provdugio, que identificamos pelo termo acumulagdes, As acumulaes a eek el he eres jada qu ot oped tn, ¢acimulagbes conslerada pr ‘vidas so permis plas regras do jogo. Explicar um problema ¢ constur wm modelo qualtatvo da sua gesta- fe tendéncias,e identficar quai, dente ak casas, sho uxos, acum- ‘ou regres. Esse 6 um recurso extrorinaramente preciso potente tntender a dinimica de gestagéo de um problema, mas nio & tudo. ‘oust sobre ss quis ator que plane tem cootole completo; ours fora de sua governabiidade, e © ator que planja tem gras diferen- ide influéncia sobre elas ~ que podem vararente “muita inluncia” & sma ifluénin” ~ e, por ttime, hi causas que pertencem s outs 0s, com os quai imerage 0 problema que analsamos ‘A iaeia do PES 6 apresenar a explicagdo em forma grfiea, como um lo sistémico causal prinipalmente qualitative, Na forma grifca que 108, af cists so casificadas em nove quadrants, [No PES chamamos “Muxograma situscionat” a expicag3o gréfic de problems, ¢ ese fluxograma adguite a forma do gifico que mosre iconferéncia © que, como combinamos.o seahor insereé no texto da vista, O fluxograma é umn modelo diferenciador e relacionador de sts © das cauras com 0s falos que se quer explicar, porque verficam a iagncia do problema. Para diferenciar, 0 luxograma descreve ¢ classi- = fica; para relacionar,estabelece conexses caussise conexses de seni do, © flaxograma é uma feramenta de andlisesituacionale, portato, primeira distingdo que essa (nica estabelece € a idenidade Jo ator que expla We Mas, professor, qual & 0 valor de um modelo qualitative? [Ms Aries & importante que se precise o sentido em que se diz que 0 uxo> ‘rama situacional & qualitative, ‘Suponbames, par comeyar, © caso (de ums relugo (a), na qual ‘term a ten magnitude © propriedades de qualidade igus a termo b, mas nio esté dimensionade, cu nio é mensutével, » medida em que a ‘causa b, Por exemplo: 0 n6 explicativo (3) do fluxograma do besquetebo ‘aust 16 (1); mas apesar de podermos atibuir, a cada m6, um vetor omposta de indicadores quantitative, nlo sabernos qual o impacto de tum Yetor sobre ovo. Digamos que essa € uma relagdo qualitariva de prineiro grow ‘Mas também & possivel o caso (I): 0 fsxograma expresa uma rela ‘lo entre daas cant essencialmentequaitativas, como no e380 da rela {0 enire 0 n6 (7) 0-n6 (6). Digamos que essa € uma relacdo qualtatva dle segundo gra Sao posseis, por dtimo, us relacdes quaitaiva, nas {quais se conhecem a magnitude de cada causa ¢ impacto de uma sobre ours. E o exemplo da causa (1) que impacta sobre 0 desritor (2). HOALENA RENE DEENPONHO DA EQUPE ATA NAATOADE BASQUE | AOR DnGHO AQUI A © ftuxograma, como se pode ver, nfo & um modelo completamente qualitativo, embora baseado em relagoes qualitativas. Precisados esses onceios, pode-se dizer que 0 fuxograma express uma teorie qualita var sobre o fancionamento © desenvolvimento de um problem: e permite ‘que se descrevam propricdades e exteuturas que, mesmo no tendo mg ritude, tim forma ¢ sentido casa. semelhante ao que faz a Topolgis ‘Maitos dos problemas da vida cotidiana tornam-se altamente complexos fe quisermos entendé-Ios quanttativamente: mas passam a ser mane} ‘es se limitamos nossa ambigdo passamos a nos inteessar por enfendé- fos queltativamente. Dada a nossa longa expergneia de consirir mode- fos qualitatvos ~ tenho um arquivo desordenado de cerea de 600 proble- mas ~ descobren-se coisas inferessanes: muitos problemas tm estrut- ras € formes bastante semelhantes, apesar de as particlaridades quantita: sivas, geogrficas, culls ete seem muito ditereaes, HA uma notivel regularidade qualitaiva ene problemas similares de sade, educagdo, Sua potive, seguranga pessoal etc, seja qual for sua localzagto em ep0ese pais ‘Que valor tem um modelo qualitative? Em primeiro lugar, quando nossas ments ibertam-se do amestramento avcacional, mostanse bem adaptadas para trabalhar com modelos qu litaivos; esses models prestam-se muito bem para a apresentuo grifi ca © € fei, para uma equipe de trabalho, compreendé-los. Acredito que no hi outro modo de abordar os problemas quase-estruturados. Em segundo lugar, sem modelo qualitativoprévio no haveria modo 4 chegar ineligentemente a um modelo quantitaivo. Em nosso caso, est no € um exigéncia, dada a natreza dos problemas que process mos, ¢ chegamos somente « quantfcar parcalmeate algumas relagSes as quis isso seje possivel e a magnitd representefatordecsivo para ‘compreender a gestacio e o desenvolvimento do problema Em tercero lugar. e esse é o ponto fundamental, temos a conviegto prétca de que © mundo éessencalmentequalitativo; que & wm mundo de formas, cores, conversas, pensamentos, rengas, aitudes, valores € sv eis, no qual os grandes eros nu iteragio ente 0 homens ni aconte ‘em porgue um trdngalo tease ceninetrs a mas ot & menos do qDe ‘© calelado, mas porque confundimos um uingulo com una pride Mz Entendo. O senhor afirma que o que conta € a compreensio qualita: tive do modo pelo qual um problema & gestae se desenvolve; © quan titativo sé € ertieo em relagio @ mudanga qualitativa. Por que 0 se- ‘hor nio aprofunda sua explicagao sobre o fuxograma? (Ms 0 Thuxograma ropreseata 0 caso mais simples que me ocoreu pars explear 9 método; refere-se a um jogo de basquetebol entre dois times: 0 ‘vormelho e 0 azul, Até aqui, 0 ime azul est perdendo o jogo peo placa de 85 a 110 (dl; placar d2 mostra que é fone tendéncia de que essa siorenga sumente 'A forma grifica oferece enorme quantdade de informagdo. DS com precisSo 0 pacar do jogo: arola as causas;selacions-as; le ove quadrantes « permite que identifiquemos as causas sobre a8 quais deveros e podemos atuar com eficicia, A estas eausas chamamos nds ertcos do problema, (0s nfs ertcas devem satisfaer ao mesmo tempo tts condigoes: (1) ou diminufds a carga negtiva contd no m6 expictvo, ae 0 placa do jogo deve se signticativo; (2) a causa deve ro pico de ago, isto 6, no dove ser mera conseghéncia de 4 stacvels em eos anteriores da cadeia casa; e (3) deve ser We oportuno agi sobre a causa identficada, lano portanto baseia-se na explicagdo situacional de cada proble- mee de operagdes que atacam! os néscrtcos dos problemas, ir da estrutura do Muxograma situacional deduzo que haverd ‘que aluam sobre os fuxos, outras sobre as acumulagdes € ‘Alguinas que atuardo sobre as regras do jogo com isso 0 senhorintroduz um tema da maior importincia blemas ficels, que se atacam pelos nés erticos, que 340 luxos controle do ater, ito é, que se Tocalizam no quadrante numero 1 orm. Se os nis crilcos concentram-se nos fas, quer dizer f ator ako tem deficiocins nas acumulages, 8 saa, que tem todas cidadesnecessrias, Ao contro, sos nés critic representam lagdes, para mudar placar do jogo seri preciso, antes, melhorar yf capacidades. Ha ainda problemas muito diffceis, nos easos em 1 ataque deve concentrar-se em nos etic localizados no quadrante 10 6 ‘que € to dif! atacar um problema em suas regras? 5 regras de um jogo esportivo So regras de eid, visam a garan- jualdade de condigoes para que se poss verficar quem & melhor em competiio. As regra do jogo seial so muito diferentes. Sao im sas, nebulosas, is Yezes so regas de fat © 0 prpri resultado des- fs vezes & ambiguo, Em todo caso trita-se de um jogo com histri, ‘comtnuidade, de maneira que as vantagens aleangadss por alguns jo- jorestransferem-se para as regras que regem a continuagio do jogo Jal. As regras de fato, ue geralmente sio as mais importantes, sio yas de desiqualdade, que benefciam uns prejudicam outros. Natu- te os que slo henefciads pels gras vigenes defendem-nas até te. 6 sto que faz com que sea to difel reformar e revoluctonar Jogo poitic, econdamico ou socal. © assuno € anda mais complex 1d a6 trata de regras fora do espago de controle do ston (Quero destacaragui dois aspoctos: (I) quando a relagdo enue o pacar repras de un jogo & muitn diretae eset, o ator que declara 0 pro- gma vé-se sem altenativa Se nfo @ de lutar por uma refrma ou uma revolugdo do jogo. A reforma melhor 0 jogo: &revolugdo mada seu cn teio, E (2) a pedagogia do PES ensina que, independente de que sja, ou 1, poliicamente viel reformar ou revolucionar um jogo, a intent de ‘evoluconé-o € um exerefco intelectual que iluming em profundidade a ‘atureza do problema, Na verdad, antes de termos analsido as posi lidades de revolucionar um jogo, nfo o compreendemos bem Na conferéncia,o senor disse que no se solucionam problemas: que cauda vez que eafrentamos um problema o que hi € um intercdmbio de problemas. O que & “intercimbio de problemas"? ‘Me £ algo mui real na vida prétiea. Todas as ages germ impactos posi- tivose nezativos:enrentamos a inflago e pagamos 0 caso da recesso & do desemprego; evidamos do meio ambiente e elevamos os casts do pro sto; fazemonestradase bacragens e destruimos 0 equilfrio ecoligio. Nenhum enfentamento & limpo no sentido de que sea sem cuson sobre ‘outtos problemas ou sobre outros atre, Por is$0 no soluionamos pro bemas, apenas tentamos intercambiar problemas que te alto valor para 16s por problemas de baixo valor. O processo pode ser muito confitivo, porgue ointeimbio de problemas que ¢ favorivel para mim pode impli: ‘ar um inteseimbio desfavorivel de problemas para outros. O progresso & um intercmbio de problemas e, por isso mesmo, € confitivo, pois baseia- seem um constant intercimbio de problemas. O plano ngo ¢ mais do que uma proposta de inercimbio de problems por ito sempre alguma pate imporante do plano éconfltiva. ‘Me Ese intercimbio de problemas é sempre consiente? [Ms Néo, As vers itencional, mas nfo i itercimbio de problemas que Seia plenamente consciente do balango de intercimbio de problemas que erm Bs vezes, Seque €intencional O plano trata de tomar intencional © Conciente o intereimbio de problemas para que se posts administré-lo ‘com inligncia, mas bé casos em que ese inereimbio €nebulos, dic mente determinivel. Por exemplo: evenaalmente, no procesto de tentar revolucionar as regras de um jogo, pode acontecer de enconamos, como slverstio eritic, ado um ator que tenha interesses clatamente definidos, ‘mas a inécia cultural da maioria da populaglo, Nesse caso, mais diffi rmodar as prs e, alm dist, o iexeredmbio de problemas é mais nebuloso, ‘Me Parece me muito estimutante¢ prtiea a anise de problemas. Vamos ‘entdo a segunda pergunta: “Como conceber © plano?”. Ha diferencas muito grandes também aqul? - - A SEGUNDA PERGUNTA: “Como conceber o plano?

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