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O documento discute o conceito de "aporético" no contexto da narrativa fantástica. Aponta que uma narrativa aporética envolve a omissão de uma informação fundamental, causando inquietação intelectual e emocional. Também diferencia o inquietante do fantástico, ligado ao sobrenatural, do inquietante do "a-racional", que não se explica por razões místicas.
Descrizione originale:
Considerações de Todorov sobre a natureza da narrativa fantástica.
Titolo originale
A Narrativa Fantástica - In - As Estruturas Narrativas - Todorov
O documento discute o conceito de "aporético" no contexto da narrativa fantástica. Aponta que uma narrativa aporética envolve a omissão de uma informação fundamental, causando inquietação intelectual e emocional. Também diferencia o inquietante do fantástico, ligado ao sobrenatural, do inquietante do "a-racional", que não se explica por razões místicas.
O documento discute o conceito de "aporético" no contexto da narrativa fantástica. Aponta que uma narrativa aporética envolve a omissão de uma informação fundamental, causando inquietação intelectual e emocional. Também diferencia o inquietante do fantástico, ligado ao sobrenatural, do inquietante do "a-racional", que não se explica por razões místicas.
explicao "sobrenatural". A aporia resultado de uma in- Este inquietante difere do capacidade de "inteligir" um inquietante do "a-racional". fenmeno, que permanece no Neste ltimo caso, as expli- revelado e, por isso, causa uma caes msticas so sempre dupla aflio/inquietao: uma de insuficientes; enquanto no ordem intelectual; outra de ordem primeiro caso, podem ser emocional. No envolve, a rigor, a suficientes. interveno do sobrenatural, muito No enredo aportico, h a embora a "tendncia" ao omisso eterna de uma infor- sobrenatural seja, talvez, o mao fundamental! Isso principal recurso para angariar os o ponto de partida para con- sentimentos supracitados. Ver os siderao de qualquer narra- exemplos de aporia "genuna" no tiva, seja fantstica ou no, conto de Cleveland Morfett e em como sendo aportica. alguns contos de Kafka (O fratricdio, por exemplo). Em O imortal, de Borges, a ambiguidade se transforma em confuso - estendida ao nvel da narrao. Devo considerar uma aporia do fantstico?! Trata-se de uma aporia relativa (pois, a aporia genuna exige a total falta de explicao), uma vez que a ambiguidade se pode explicar por duas vias: a) a do mundo real; Outra coisa importante: os caracteres que atuam na narrativa fantstica carregam em b) a do mundo sobrenatural - com sua teologia prpria. seu "ethos" uma formao lendria - embora a narrativa parta de personagens iguais a ns. Como diz Todorov, enquanto permanecer no entremeio Mas, estes personagens j possuem, ou possuiro, uma formao "teolgica", no mais amplo destas possibilidades de explicao, h um caminho que sentido. Nesse sentido, o "tempo da incerteza" no qual o fantstico habita, segundo Todorov, "aparenta" no ter sada, sendo isso o que Todorov chama est caracterizado ou delimitado pelas outras categorias da narrativa: um espao peculiar, de fantstico (o que pode ser tambm relativizado, se consideramos narrativas um tempo misterioso (misterioso que tende mais ao assustador do que ao inexplicvel), per- que trabalham a permanncia da falta de explicao, sem, necessariamente, apelar sonagens carregados de uma viso "teolgica"/"mstica", narrador ambguo etc. para ?! ??