Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
âmbito escolar
*Aluno do curso de EF e Bolsista no Programa de Iniciação Científica.
**Doutoranda no Programa de Pós-Graduação
em Educação Escolar - UNESP/Araraquara.
Centro Universitário Moura Lacerda - Ribeirão Preto - SP.
(Brasil)
Jonatas Evandro
Nogueira*
jonatasnogueira_ef@yahoo.com.br
Resumo
As escolas estaduais, no Brasil, tendem a apresentar vários problemas, como a
violência e a falta de programas recreativos referentes à formação dos educandos.
O objetivo deste estudo foi analisar como as atividades recreativas interferem no
desenvolvimento dos indivíduos no âmbito escolar. Este estudo foi realizado
mediante a análise da percepção e da postura dos educandos em atividades de
socialização. As atividades foram desenvolvidas para alunos entre 11 e 13 anos de
idade, que estão na 6ª série do ensino fundamental. Os grupos de agentes foram
definidos pelo número de classes: grupos A e B, com 26 alunos cada um, e grupo
C, com 22 alunos. Dois questionários com perguntas fechadas foram aplicados, um
no início e outro após 4 meses. Concluiu-se que as atividades recreativas
desenvolvidas com os educandos tendem a ser mais do que uma atividade de
lazer, mas uma forma de trabalhar a inclusão no âmbito escolar.
Unitermos: Escola. Educação Física. Violência. Recreação. Socialização.
1/1
Introdução
A violência na escola
Bourdieu (1979) expressa em seus textos que educandos oriundos de meios sociais
desiguais possuem heranças culturais diferenciadas e tendem a agir de acordo com
essa cultura já interiorizada. Ele ainda acrescenta que, para difundir a cultura
socialmente legitima e valorizada universalmente é necessário que esses indivíduos
tenham contato com os conhecimentos e com práticas culturais. Assim reestruturarão
seus Habitus. Este é o conceito principal da Teoria Bourdiniana. Segundo ele, o
habitus pode ser entendido como:
Métodos e materiais
Este estudo foi realizado em uma escola pública na cidade de Ribeirão Preto/SP. As
atividades foram desenvolvidas para alunos de ambos os sexos, com faixa etária entre
11 e 13 anos de idade, que estão na 6ª série do ensino fundamental. No início quando
foi aplicado o questionário piloto, eram 64 alunos divididos em 2 grupos; após a
aplicação, os grupos se dividiram em 3 grupos, grupos A e B, com 26 alunos cada um
e grupo C, com 22 alunos.
Resultados e discussões
Com essas respostas, nota-se que os alunos querem uma escola melhor, conteúdos
com base científica, regras, horários e aulas que apresentem informações
diferenciadas no processo de aprendizagem no programa escolar e contemplem
atividades culturais. Segundo as análises das respostas, há poucas atividades criadas
pelos educadores, pouco comprometimento dos professores em ministrar aulas com
conteúdos diferentes e com ensino sistematizado. Nota-se que 62,5% dos educandos
ressaltam que os professores ideais na escola poderiam ser mais educados e
pacientes, 26,5% ressaltaram que as aulas poderiam ser melhores e com mais lições e
11% tiveram respostas variadas.
Brotto (2001) ressalta que os jogos cooperativos são jogos onde as pessoas se
unem, compartilham-se em todos os momentos, havendo relação e confiança pessoal
e interpessoal.
Segundo 42,1% dos alunos que responderam o primeiro questionário dizem que na
aula de Educação Física faltam jogos e esportes, 25,8% dizem que faltam atividades
recreativas novas e 32,1% tiveram outros pedidos. Após 4 meses de atividades,
desenvolvidas sempre no período da tarde, foi perguntado no questionário se eles
ficavam sem fazer aulas de Educação Física no período da tarde. No grupo A, 88,4%
responderam que nunca ficavam, no grupo B, 65,3% responderam que nunca ficavam
sem fazer aula e no grupo C a resposta que nunca ficavam sem fazer aula chegou a
77,2%.
Em relação à Educação Física ministrada por professores no período da manhã
para os mesmos grupos A, B e C, a mesma pergunta foi feita e 84,6% dos alunos do
grupo A falaram que quase nunca ficam sem fazer aula de Educação Física no período
da manhã, 54,8% do grupo B responderam a mesma alternativa e 68,1% do grupo C
confirmaram que quase nunca ficam sem fazer aula de Educação Física no período da
manhã. Cabe ressaltar que nessas aulas do período da manhã, ministradas por outros
professores, os alunos apenas jogam futebol e vôlei, não há nenhuma atividade
educativa igual ou semelhante às propostas e desenvolvidas pelas aulas do período
da tarde. Nota-se que, nesse contexto o professor deve partir de uma autonomia
educacional, mas nunca se distanciar das diretrizes do ensino universalmente
valorizado, evitando, assim, o esvaziamento dos conteúdos obrigatórios de base
educacional.
Em relação aos educandos do grupo B, 84,6% disseram que sempre gostam dos
professores da tarde e 65,3% da manhã. O índice de rejeição para os professores da
manhã foi 4% e da tarde 7,7%; 30,7% responderam que às vezes gostam dos
professores da manhã e 7,7% da tarde.
As respostas dos alunos do grupo C foram: 90,9% responderam que sempre
gostam dos professores da tarde e 9,1% não responderam nenhuma alternativa;
63,6% sempre gostam dos professores do período da manhã, 22,7% disseram que ás
vezes, 9% quase nunca e 4,7% não responderam.
Nota-se que, nas figuras 2 e 3, os alunos gostam dos professores que são
repetitivos nos conteúdos de suas aulas; pode-se também constatar que as respostas
às vezes e o índice de rejeição foram grandes. Já o índice de rejeição para os
professores da tarde foi muito baixo e os alunos sempre gostam dos professores que
propõem aulas recreativas educacionais.
As brincadeiras desenvolvidas nas aulas são bem aceitas pelos alunos, sempre em
ambientes descontraídos e alegres; 46,1% dos alunos do grupo A disseram que quase
sempre as aulas são divertidas, 42,3% que sempre as brincadeiras são divertidas e
11,6% não gostam das brincadeiras por algum motivo. Quanto ao grupo B, 80,7%
responderam que sempre as brincadeiras são divertidas, contra 19,3% que acham às
vezes as brincadeiras divertidas. No grupo C, 81,8% disseram que sempre são
divertidas, 13,6% apenas às vezes, e 4,6% não responderam.
De acordo com os próprios alunos dos três grupos, após os 4 meses de atividades
desenvolvidas, eles disseram que a violência diminuiu. As respostas dos grupos A, B e
C foram: 69,2% dos primeiros grupos e 63,6% do grupo C dizendo que realmente isso
foi amenizado (Figura 4).
Conclusão
Bibliografia