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Transtorno [disorder] Psicossomatico I. A Enfermidade Psicossomatica em seus Aspectos Positivos ¢ Negativos Originalmente, palestra proferida perante a Sociedade ide Pesquisa Psicassomética, em 21 de maio de 19641 Apresentacao Da falavra “psicossomatico” & necessiria porque nao existe nenhuma palavra simples que seja apropriada para a descrigao de certos estados clinicus, 2. O hifen® tanto une quanto Separa 0 dois aspectos da pratica médic acham constantemente sendo examinados em qualquer debate deste tema. 3. A palavra descreve com exatidao algo que ¢ inerente a este trabalho. QO profissional psicossomatico se orgulha de sua capacidade de cavalgar dois {© aque se animais, com um pé em cada uma das selas ¢ ambas as rédeas em suas habeis maos. ™S. Para conceder um Tugar ao hife se de encontrar algum agente que tenda a separar os dois aspectos do transtorno [disarder] psicossomiitico. ie agente 6, na realidade, uma dissociagao no paciente. A enfermidade no transtorno psicossomatico nao é 0 estado clinico expres em teFmos de patologia somatica ou funcionamento patoldgico (colite, asma, eczema @ i crdnico), mas sim a persisténcia de_uma cisio na organizacao do ego do paci dedi ‘que constitwem a verdadeira enfermidade. © ic estado de doenca no paciente & ele proprio, uma organizagao de defesa com determinantes muito poderosos, ¢, por esta tazio, é muito comum que médicos {| ® bom intencionados e bem-informados, ¢ até mesmo excepcionalmente bem-prepara- dos fracassem_em seus esforgos para curar pacientes que tenham_um transtomo psicossomllign. 9, Seas razes para esta tendéncia a fracassar ndo sio compreendidas, os clinicos perdem o animo. Entio, o tema da psicossomatica se tora um tema para exame nao- A clinico ow fesricn, ¢ isto é relativamente facil, porque o tedrico desligado endo se acha assoberbado pela responsabilidade por pacientes reais. O tedrice & aquele que esté apto a perder contato com a dissociagio ¢ & capaz, de enxergar desde ambos os j lados, de maneira demasiadamente facil. i 1. rubies rset ona Felon! ona of PA (NA. Copyright | (C) Institute of Psycho-Analysis. | Refere-se ao sinal entre psycho ¢ somatic, inexistente em portugues. (N. do T) | 82 Ge As BAS cperuniig Sete Deeb ys de aant a at l 4 if shopwnlies 2 APY SB 2 Peat Bk? cu Chee exert 7 2, aan & 7 alewuu && a See chew Rows te Qa 3 RPL AAR tw endo * Oe crathitdads eds Meng eapnagans rstcamaratncas a © N — Tenho o desejo de tornar daro que as forgas em funcionamento no paciente sid’ Lremesdanente fortes. O dilema do profissional psicossomatico praticante 6, em verda- de, uma realidade. 1 Uma ou duas complicagdes devem ser mencionadas neste estgio do debate. a. Alguns_médicos praticantes nao sto realmente capazes de montar_os dois cavalos. Sentam-se em uma das selas e Tevam o outro animal pela brida ou, entio, perdem contato com ele, Afinal de contas, por que devem os médicos ser mais sadios; em sentido psiquidtrico, que os seus pacientes? Bles nao foram escolhidos em bases Bsiquistricas. As dissociagdes do préprio médico precisam ser consideradas juntamen- te com as dissociaches nas personalidades dos pacientes.” b. Os pacientes podem ter mais de uma enfermidade. Um homem com uma tendéneia a espasmos coronarios, secundarios a confusio emocional, pode também ter artérias calcificadas, ou uma mulher com fibromas e menorragia pode ter tam! uma imaturidade sexual, ¢ assim por diante. De modo geral, s4o os hipocondriacos, que nao conseguem ser examinados quando tém cancer do seio ou um hipernefroma, assim como sa0 os pacientes fisicamente enfermos que se apresentam como a neces- sitar de psicandlise ow mo: E os pacientes que estio sempre incomodande uma sucessio de médicos, a fim de serem examinados muito raramente, tém algo que possa ser descoberto por exames fisicos. Desta maneira, os médicos se desencam ham e espantosas histérias de negligéncia sio relatadas, em algumas das quais se tem de acreditar. ¢. Muitos pacientes nao dividem o seu cuidado médico em duas partes; a cisic se di em_fragmentos_muiltiplos, ends, como médicos, nos descobrimos agindo no papel de um desses fragmentos. Utilize’ (1958) o termo “disseminagao dos agentes responsaveis”? para descrever esta tendéncia. Pacientes desse tipo fornecem os exem plos citados em levantamentos de assisténcia social nos quais descobriu-se que vinte {rina ou mais agéncias se achavam envolvidas no alivio da afligio de uma s6 familia Os pacientes com dissociagSes miltiplas também exploram as divisdes naturais. ne prolissio médica, fais comor { inddic cirtirgica psiquistrica { psicanalitica psicoterapéutica | homeopitica osteopiitica cura pela fé diversos servigos auxiliares sossomatica como Tema A poicossomitica & sob muitas maneiras, um tema curioso, pois se ascender-se ns esfera da intelectualizagio ¢ perder-se contato com o paciente real, logo se descobr. que a expressio psicossomatica perde a sua funcio integradora e cedo nos pergunta mos: por que existe esta especialidade? Nao se refere ela a todos os aspectos dc crescimenfo Taimano, exceto, tal¥ez, o-do comportamento? Eu proprio descob 2. Vera resenha, por Winnicott, de The Doctor, His Patient anu the lluess (1958), de Michael Balint, no Canhula 52 do seqende icine Hoste Beit: @ ao the conceder tempo, pode ~ realmente uma dificuldade real ¢ cavolvide nas mesmas consideragdes, que, para meu proprio benelicio, tentei esclare: cer em A Mente ¢ sua Relagio com a Psique-Soma (194998, porque foi na redagio dese trabalho que me dei conta da confusdo causada pelo emprego do terme “transtorno. mental”, expressio que, de alguma mancira, fatha em abranger 6 ease de uma erianga com uma crise biliosa ou o de uma pessoa com uma moléstia fisica fatal que nao se torna despida de esperanga i Sugiro que qualquer tentativa intelectualizada de tornar facil a psicossomiitica se mantenha distante da barafunda muito clinica em que nos atolamos em nosso trabalho real, Descobrimo-nos envolvidos em tentativas de construir uma foria, onde a palavra deveria ser fcorias, no plural, Mcu.gbjetivo nao é cnunciar uma verdade final, a neira, fornecer materlal para consideragao Telemento que di coesio ao nosso trabalho em psicossomatica parece-me ser, como jé afirmei, a cisio patoliica, feita pelo paciente, da provis ntal. A cise € cerlamente_uma divisio que separa o cuidado fisicc da_comprei intelectual; mais importante, cla separa 0 cuidado da psique do cuidado do soina Se eu tomar um caso de minha clinica agora e tenlar descrever-the o dilema, corto 0 risco de arruinar o tratamento, porque, por mais cuidadosamente que enuncie: fo que tenho a relatar, nfo posse satisfazer o meu paciente, que poderia ler o que the Erclatado, A solugio, no caso de qualquer paciente, ndo deve ser buscada em um relato cada ver mais cuidadoso; cla s6 pode vir através do sucesso clo tratamento, que, ar em o paciente tomar-se capaz de nio mais sprecisar da cisio que cria o dilema médico que estou descrevendo. Como sou médico pralicante, tenho de ser muito cuidadoso na apresentagdo de meu material ilustrativo, Finjamos que tenho um paciente entre os Ieilores, um paciente com uma v dade deste transtorno a que demos nome de psicossomatico. O paciente provave! mente nao se importara por ser citado, nao ¢ este o problema aqui. O problema é que possivel fornccer uma descrigio accijve! de_algo que ainda tudo se torn ononiia infer desse pacienle. Sonienie a continuag to tem 1 do tratame utilidade no caso real ¢, no decorrer do tempo, 0 paciente cuja existéncia estou postulando pode vir a aliviar-me do dilema em que sua doenga me coloca, o dilema uma das coisas que cu odiaria fazer seria seduzir 0 paciente a um enunciado acordado que cavolveria um abandono da psique-soma uma figa para 0 conluio intelectual. arei comegando a transmitir © que quero dizer, de que, na pritica, existe como uma defesa organizada, mantém separadas a disfungio somatica ¢ 0 conflito na psigue? Concedend avo © paciente fenderd a rec brar-s¢ dessa dissaciagio. As forga gradoras_nele_tendem_a_fazer_o_paciente abandonar a defesa. Tenho de tentar efetuar um enunciado que cvile 0 difema: stare evidente que estou fazendo uma distingao entre © caso psicossomatico verdadeiro ¢ o problema clinica quase universal do envolvimento funcional nos pro- sos cmocionais ¢ nos conflites mentais, Nao chamo necessariamente de cossomatico uma _pacient@ Minha cuja dismenorréia esta relacionada_a_compc anais na organizagao genital, nem tampouco o homem que tem de urinar urgente te em certas circunsti Mas 0 pacient ia reivindicar ser chamado de psicossomatico ¢, dessa maneira, qualificar-se a receber nossa alengio neste trabalho, . \cias.fisto & apenas a vida e faz parte do viver meu que alega que sua hémia de disco é devida a uma correnf® de ar pod A. Lam Collevted Papers: Through Paciatvcs to Psyt-Analysis (London, Tavistock, 1958; New York Basie Books, 1975; Landon, Hogarth Press, 1975) peravel, qual seja, a dissociagio no paciente que, wR Material Thus xploragivs Psicanalitiens 85 Quando vou buscar exemplos clinicos, fico naturalmente esmagado pela massa de maiterial, Deve haver uma centena de maneiras de avangar a partir dagui em expor meu ponto de vista, i Caso deAnorexia Nervosa Ha cerlos aspectos comuns nos casos de anorexia, ainda que, em determinado caso, a ctianga possa ser quase normal c, em outro, ela (4s vezes ele) possa estar muito enferma. Uma crianga pode qué Jo em um distérbio de fase c, apegar disso, recuperar-se espontaneamente, enquanto que, em outro exemplo menos perigoso, pode permanecer senclo uma baixa psiquitrica, Descreverei de modo su ma_menina de dez anos que se acha em analise Encontra-se fisicamente bem porque esti recebendo comida como se fosse remédio. Dela nao come absolutamente nada como comida. Podem imaginar que esta menina tenha muita desc da conversa entre sei lista. Ao mesmo tempo, e de modo total e co entre 0 analista, os médicos € 0 pessoal de enfermagem. Existem muitas cisdes; enfermeiras ¢ médicos so classificados pela paciente entre aqueles que entendem & aqueles que nunca poderiam entender. Todo 0 esforco & feito, por parte de todos os interessados, para evilar © momento em que a légica aparega em cena ¢ torne clara a dv na paciente. A pior coisa possivel seria forgar este tema. Um dos médicos the disse: “Voce ests desperdigando seu tempo; deveria fazer as ligies da escola’. Isto produzite uma ameaga de ansiedade de extrema intensidade e a situagio s6 foi salva porque a sessio analitica veio logo apos este perigoso aconteci mento. A paciente sabia que podia confiar que o analista proibisse 0 ensino, Mas nao precisei fazer nada porque ela Loy n dos outros médicos, “um dos qu entendem”, ¢ ele naturalmente proibiu o ensino ¢ ajeitou todo o problema, Podia- confiar, no entanto, que uma das enfermeiras da enfermaria, bem como uma das sto 6, algo que ignorasse a dissociagao existente na paciente: Acredito que, atualmente, ninguém que se encontre distante quinze quild- metros desta menina diria-the na realidade para comer, pois a sua necessidade muito grande de ser deixada em paz.a este respeito tornow-se conhecica e relutantemente aceita Temos outra maneira de descrever este aspecto referente ao mesmo caso. Duran- lw muitos meses, nesta anilise, as sensagdes, agonias ¢ sonhos da paciente apareceram sob a forma de um material urgente relactonado 9 barriga. Havia um mundo inteiro le objets que cafam em stia frente, Em umGonhoJhavia arquivos e até mesmo paras de ago com Bordas agudas que the causavam agudas dores de barriga, e que nao podiam ser alteradas por interpretagdes relativas a objetos internos. Certo dia (depois dle anos) cla relatow uma dor de caleya, Aqui, pelo menos, havia uma mudanga quanto a0 estado dissociado, uma vez que uma dor de cabega pod achandlo associacla a tH que ser accila como se confusdo de idéias ¢ de responsabilidade. Interpretei en cla estava me falando a respeito de uma doenga de sua mente ¢, portant, sai fora cle‘uma equipe psicossomatica para assumir o papel de psicoterapeuta, Isto persistiu © agora, ji ha muitos meses, raramente me tem sido feito algum relato em termos de barriga. Agora, como paciente psiquidtrica, ela consegue me fornecer material que posso interpretar em uma terminologia de objetos internos, se a isso me sentir dispos- fo, © posso trabalhar com a paciente sobre a natureza da fantasia que faz de seu interior € do que se pode encontrar 15, como chegou ki e do que fazer com isso. Na fase anterior, em contraste, havia uma fuga para sintomas delirantes relatives 8 bar ga, ¢ uma denegagio do conteide mental. eR a Se esta paciente estivesse agora lendo este trabalho no se acharia a vontac Porque se daria conta de que os médicos que cuicam dela sio amigos de seu analista Os pacientes psicossométicas estio sempre se queixando de que seus varios médicos nao cogperim, mas ficam ansiosos quando eles de fato se retinem para debater 0, caso. Misericordiosamente, meus colegas de pediatria nao sto inteiramente devotados a este ponto de vista do psicdlogo dindmico ou do psicanalista, e, dessa maneira, uma certa cisio acha-se realmente presente no meio ambiente médico; isto faz. a ctianga sentir que possui aliados, seja qual for o lado que aconteca estar em seu conflito interno, o qual surge da dissociagaot. ca-da psicossomatica, o que o psicoterapeuta precisa é da coope co no dentasiadamente cientifico. Isto soa muito mal ¢ estou esperando oposigio quando Tago esta reivindicagio. Contudo, tenho de declarar © que sinto. Ao fazer a anilise de um caso psicossomatico, gostaria que o meu equivalente médico fisico fosse um civmtista em férias da cidneig. Do que se precisa & fiegdo cientifica, ao inves e uma ap rigida ¢ compulsiva da teoria médica com base na percepgio da realidade objetiva Nousryn”| ® Uma Paciente Adulta Uma paciente psicanalitica minha, na metade da vida, dependeu de muitas outras pessoas ¢ situagdes, além do analista, no curso de seu tratamento. Permitam-me relacionar alguns deles: O clinico geral da familia e um grupo de ginecologistas ¢ patologistas. Seu osteopata, Seu dermatologista. Scus analistas anteriores. Sua massagista. Seu cabelerciro, especialmente outro que cura a sua alopecia ocasional sem cobrar Um espiritualista clarividente. O pastor religioso especial. J baba dos filhos, muito cuidadosamente escothida, de maneira a ser suficiente- mente boa no cuidado de bebés ¢, portant, capaz de transformar-se em uma cnfermeita psiquidtrica para-a propria paciente. A garagem muito especial para o carro dela. Ftc Temos aqui uma “dissgminagio de agentes responsiveis”, secundaria a uma desintegragio ativa na economia da personalidade da paciente. A intepragio, em sua analise, tem sido uma anulagio gradual da disseminagio organizada de agentes terapeuticos e da dissociagio multipla de sua personalidade, pela qual cla se defendia contra a percla de identidade em_uma fusio com a mie Esta claro que, inicialmente, a paciente ulilizava todos esas ajudas de maneira dissociada? Havia um revoar de uin para qualquer dos outros ¢, como existia uma dissociagio mullipla essencial, a 4. 1965-66. Desde que iste foi escrito, em 1961, a natureza da enfermidade desta paciente se allerou. Hoje ela nao & mais um caso psicossomtica, Tem um grave distirbio do desenvolyi mento emocional ¢ esti uliizando a andlise para alivie do conflito e da agonia mentais, sent tempregar a dlefesa psicassomitica, (Nota posterior: ap se bem.) — D.WW. Expuoragoes rsteanatitica 87 paciente nfo se encontrava nunca, ae mesmo tempo, em uM s com cada um e todos os aspectos do cuidado que organizara, No decurso do tratamento, porém, uma mudanga muito grande ocorreu. Assisti a todos esses agi # ealabckeperem grodualinenty Gomi ec d Taagerene Quando a paciente chegou perto desta realizagio, foi capaz, pela primeira vez, de amar alguém, o seu marido. A cisio da personalidade achava-se relacionada a uma’ necessidade que a paciente tinha de resgatar uma identidade pessoal e evitar fundir- se com a mae, Para mim foi um dia memorivel aquele em_que a paciente me telefonou por engano, quando pretendia chamar seu agougueiro’. 5 lugar © em contato Um caso de Colite | Ent um terceiro caso, para equilibrar o que jé foi narrado, um desfecho menos feli pode ser relatado. Uma crianga estava fazendo anélise comigo por causa de colite, certamente um bom exemplo do tipo de transtorno que aparece juntamente com a ciséo que estou tentando descrever. Infelizmente, fui incapaz. de perceber suficiente- mente cedo que a pessoa doente, neste caso, era a ma em tinha a cis essencial e a crianga quem,tinha & colite, mas foi esta siltima que me foi trazida para tratamento. estaya me saindo muito bem com a crianga e pense’ que tinha a cooperagio da mae. Certamente tinha a sua amistosidade. Quando a menina completou oito anos de idade, disse-lhe que podia ir para a escola, como desejava fazer, e isto produziu uma mudanga na atitude inconsciente da mae. A crianga foi para a escola, mas cedo ficou verdadeiramente muito doente. Descobri entéo que fora aos ito anos que a mae havia tido, ela prdpria, um caso de recusa a escola, ¢, certamente, isto por sua vez tinha a ver com a propria psicopa- tologia da mae. Fsta, embora inconsciente do fato, nio podia permitir que a filha, que estava vivendo sua vida por ela novamente, saisse fora do padrao. Apés o inesperado colapso de meu tratamento, descobri que a crianga estivera aos cuidados de varios clinicos gerais © também de um pediatra, bem como, em determinada vez perto do final de meus cuidados, estava indo a um hipnotizador ea outro psicoterapeuta. Nao demorou muito para que tivesse o colon removido por um cirurgiao e eu sai fora do caso, com meu afastamento mal sendo notado. Nao fui nem mesmo dispensado, ‘Trés meses antes, no entanto, eu tinha todo o caso em minhas. aos, segundo parecia, ¢ achava ter a confianga plena da familia; certamente tinha a confianga da crianga, na medida em que era um ser humano auténomo, mas infel mente, cra exatamente isto 0 que ela nao era Desconhego 0 desfecho do caso ¢ ndo tive disposicio de perguntar. Meu erro foi tratar a crianga quando a doenga se achava na mae, e a et fermidade inclufa ‘a disso- clagio psicoSoMaea ESCTCAT que Co fema deste trabalho. Nao que houvesse negli- genciado a psicopatologia da mae, a qual a filha conhecia, ¢ que foi todo o tempo um elemento importante no trabalho realizado entre a menina ¢ eu mesmo, mas havia esquecido a necessidade inconsciente, tremendamente pod cosa, que existe em uma ae desse tipo, de espathar os agentes responsiveis © manter o slalus quo do qual, aqui, a moléstia somatica da crianga fazia parte integrante. A mae podi {iv enquanto a enfermidade se encontrasse na filha. 5. Nocaso de a p. ilust jente ler estas palavras, desejaria declarar que esta descriy lequada por todas as maneiras; mio & nem mesma esata, mas: F uma idia. (Nota posterior: esta paciente saiu-se bem) D.W.W. » nde € ape estou utilizando para Recapilulagao Uma mul ficagio. de exemplos clinicos ndo fard avangar meus argumentos. Nae existe sires do desenvolvimento da personalidade que deive de ser envolvida em um estudo do transtorna psicossomatico. Um ¢ oculta em uma caibra do pescoco; uma itritagao insignificante da pele pode escon- Jer uma despe infantil em nalizagio; ca grave de desinte rage pode achar © rubor pode. ser tudo.o que aparece de um fracass6 sstabelecer um relacionamento humano através do ato de urinar, talvez porque ninguém o othe ¢ admire na fase da poténcia da micgdo. Adeniais, o Suicidio pode ser concentrado em uma parte dura do maléolo intemo, produzida e mantida por consiantes pontapés; deli ao uso de éculos escuros ou cen{e a uma privagio. grave pode apr rios de perseguigao podem ser ¢ a0 apertar dos olho: amo simple ente confinados anti-social perten- urese; a indiferenga a enfermidade incapacitantes ou dolorosas. pode constituir um alivio quanto a-uma organizacio sexual s duragio, tal como. um pai PAD WISE Ri 22 poeple aes dion hate ebkaneius lersowo ni finha afirmacay é que estas coisas nao constiluem, por si priprias, transten # somitico, € Tampoueo justificam o uso de um terme especial ou a organizagio de um Grupo Psicossomitica dentro da profissa i dleste agrupamento & 2:20 om dois OW my também que esta n organizado e surgem da precisam de nés para cents longings que lomasoquista; a | clinica de um estado psiconeurs vigorosamente man inieyragio e da conquista de uma personalidade uw a get dade que aly paci fo, Eom as de em cindidos (mas, contudo, essencialmer se podem permitir conhecer) erensfo.crbnica, ade ser 9 cauahat ntes tem de: lados de uma cerca, por causa de sima_necessidade interna, ¢ sidade interior faz, parte de um sistema defensivo valamente $s voltadas contra os perigas qu 1. O que faz senticto nanterem os médi icadagl'stes pacientes te Unidos nas ante- Durante longo tempo fiquel intrigado com os nossos fracassos em classificar as cenfermidades psicossomaticas ¢ com nos woria unificada deste grupo de mol mim mesmo o que o transtorno p clas cre imento individual O Elemento Positivo na Def ificagao jé pronta, que fornecerei (pelo que vatha). Prim reenunciar minha tese principal, vincul a incapacidade de enun Quando des ssomaitico realmente & de ndo-a com esa Psicossomitica ro, porém, permi \ciar uma teoria, uma ‘cobri uma mancira de dizer a escobri-me com uma am-me intone A enfermidade psicossomiética & 0 negative de um positive, com este tiltimo senda a tendéncia no sentido da integrag que me refer (1963)6'camo px indi experiencial do espirito, 0 tendéneia conduz 0 bebé e a cri a_partir do qual se desenvalv sas contra a ansiedade de todos os graus ¢ especie disse ha muitas d sonalizagao. O positive & a janga no senticlo de um corpo que @ uma personalidade we funciona, » em varios de seus significados, inclusive aquele a Héncia herdada que cada duo tem_de.chegar.a,uma uniclade da psique © do soma, uma identidade yy u_psique, ¢ da_lotalidade do funcionamento fisico. (Uma © fuiiciona, tio qual e completa com dete: im oulras palavtas, como Freud adas atris, 0 ego se bascia en) um ego corporal. Fle poderia ler 6. “Os Doentes Mentais na Pritica Clinica”, em O Ambiente ¢ as Paxessos de Malinagia (Porto Ak Artes Médicas, 198%; London, Hogarth Press, 1965), Exploragées Ps nualiticas 89. continvado dizendo que, 1a saride o self mantém esta apai € com seu funcionamento. (Toda a complexa teoria da como a conceptualizagio em torno do termo “objeto mento deste tema.) ie estgio no processo integrador poderia ser chamado de estégio do “EU SOU” (Winnicott, 1965)?. Gosto deste nome porque cle me recorda a evolugio da idéia do monoteismo € a designagio de Deus como o “Grande EU SOU”. Em termos de bringuedos infantis, este estgio é comemorado (embora em idade mais tardia daque- za que tenho em mente agora) pelo jogo “Eu sou o rei do castelo; voce é 0 patie sujo” ignificado de “eu e “eu sou” que ¢ alterado pela dissociagio psicossomatica. A cisio entre psique e soma 6 um fendmeno regressive que emprega residuos arcaicos no estabelecimento de uma organizacado de defesa. Em contraste, a tendéncia no sentido da integracio psicossoméica faz parte do movimento para a frente no processo desenvolvimental. A “cisio” € Tepresentante- da “repressi0” CORSTITUTO TeFMO apropriade em uma organizacio mais sofisticada. nnte identidade com 0 corpo itrojecao € da projegao, assim temo”, constitui desenvolvi- sificacio Se isto for verdade, entio s acordy coma teor Ore fo depende de = Reforgo do exo da_mae, baseado em sua capacidade de adaptarse, fornecendo ao ego do bebé uma. fealidade na. dependé — Fracasso-matemmo, o que deixa o bebé.sem_os elementos es s para © funcionamento dos processos maturacionnis Integragiorpsicossomitica, ou a conquista da “morada” da psique no soma, e de que isto venha a ser seguido pela fruigdo de uma unidade tica_na_experiéncia. No processo de integracio, o bebé (no desenvolvimento sadio) ganha um ponto de apoio na posigao “EU SOU” ou “rei do castelo” do desenvolvimento emocional e, entio, nao apenas a fruigo do funcionamento do corpo reforga 0 des mento do ego, mas este tiltimo também reforga_o funcionamer é £2 coordenagso, a adaptagio as mudancas de temperatura, etc). O Fracasso desenvolvimental nestesaspectos resulla a inesuza da.” “morada”, ou conduz a_ personalizagio, na medida em que, dla.tornoucse um aspecto, perdido. O termo Forde” él ado aqui para descrever a residéncia da psique no. soma pess Na posigio “EU S( SoU" ou “rei do castelo”, 0 individuo pode ou no, por razdes ida 6 altamente dependente), conseguir lidar com a gendea (“voce é 0 patife sujo”4). Na saide, a rivalidade se torna to e.a0 saborde viver. 7. Varios Capitulas em O Ambiente e as Processes de Matucragdo (Porto Ale e The Fancy oud The Individual Development (London, Tavistock, 1965) sta palavea [sujol implica aqui: “Vack nie sim um_ produto exe Artes Médicas, 1983) DW. Winnicott Portanto, o transtorno psicossomético relaciona-se a Ego fraco (a depender grandemente. de uma_nial ente boa), com um estabelecin pessoal; oan snagem no suficiente- e morada no desenvolvingent e/ou Batida em retirada do_EU SOU ¢ do mundo tornado hostil pelo reptidio que_o individuo faz do NAO-EU para uma forma especial de cisio que corre na ic, mas que se da_ao longo de linhas psicossomaticas. (Aqui, um detalhe ambiental persecuidrio real pode determinar a baticia em relirada do individuo para alguma forma de cisdo) Desta maneira, a enfermidade psicossomatica implica uma cisao na personalida- individuo, com debilidade da_vinculacio entre p: ia na cisio organizada_na_mente, em defesa_contra_a_perseguicao generalizada por parte do mundo feptidiado, Permanece na pessoa enferma individual, contudo, uma tend ae perder tciramente a vin iculagio psicossomitica, e Hor positiva do eavolvinento_somiticn, O individue yaloriza a maticapotencial, Para entender isto, tem-se de lembrar que a la nao apenas em termos de _cisio, que protege contra o aniquila- mento, mas também em protecdo da psique-soma quanto a uma fuga pai ada ou espirilual, ou para facanias sexuais compulsivas indicagoes.de uma psigue que iil © Mhanntida em uma base’ de funcionamento Uma complicagao adicional. Naturalmente, quando a person sociada, as dissociagies no meio ambiet disso seria o uso que se na tendéncia ni gragio ou despersonali iscordia dos pais, do rompimento da unidade fami agonismo (especialmente o antagonisimo inconsciente) entre familia & escola. Da mesma maneira, faz-se uso das (a que me referi) na questao da que ignorariam as reiv e acha di Jo exploradas pelo individuo. Exemple Aqui se pode fazer uma volta & minha idéia principal, que é a de que a existéncia de um grupo “psicossomatico” ou psicossomatico de médicos depende da necessida- de que 0 paciente tem de que nas separcmos para fins priticos, mas permanecamos leoricamente unidos por uma disciplina e uma profissio comuns Nossa dificil missio & ter_u dJa_do_paciente © wrecer fazé-lo de uma maneira que wi i frente da capacidade que o paciente inlegragio em_vna_unidade. Com freqiiéncia, com muita feqiién contentar em dei ciente ter ¢ manipul. alternancia_com_os nossos colegas correspondentes, sem (ent que € a cisdo de personalidade do paciente ong ¢e mantida como defesa contra a ameaca de aniquilamento no momenta da infegraga A enfermidade psicossomética, tal como a tendéncia anti-social, possui este aspecto esperangoso, 0 de que paciente se acha em contato com a possibilidade de unidade psicassomatica (ou personalizagio) e dependéncia, ainda que a sua condigan clinica ilustre ativamente o contrério disto através da cisao, de variadas dissociagdes, deuma tentativa persistente de cindir a profissio médica edo cuidado atipatentedoself da_doenga, sent ena de aleangar 2, temos de nos ate

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