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União homossexual não é uma escolha, mas sim uma questão de identidade que merece proteção jurídica. A orientação sexual faz parte da privacidade do indivíduo e não pode ser motivo de discriminação. Relações homoafetivas que compartilham laços de afeto, coabitação e vida em comum devem ser reconhecidas como entidades familiares e receber os mesmos direitos das relações heterossexuais.
União homossexual não é uma escolha, mas sim uma questão de identidade que merece proteção jurídica. A orientação sexual faz parte da privacidade do indivíduo e não pode ser motivo de discriminação. Relações homoafetivas que compartilham laços de afeto, coabitação e vida em comum devem ser reconhecidas como entidades familiares e receber os mesmos direitos das relações heterossexuais.
União homossexual não é uma escolha, mas sim uma questão de identidade que merece proteção jurídica. A orientação sexual faz parte da privacidade do indivíduo e não pode ser motivo de discriminação. Relações homoafetivas que compartilham laços de afeto, coabitação e vida em comum devem ser reconhecidas como entidades familiares e receber os mesmos direitos das relações heterossexuais.
A homossexualidade um fato que se impe e no pode ser negado,
estando a merecer a tutela jurdica, ser enlaado como entidade familiar.
Trata-se de uma questo de identidade e no de uma doena. Sendo
fruto de um determinismo psquico primitivo, no pode ser taxado como um desvio de conduta ou escolha pessoal. Como no uma opo livre, no deve ser objeto de marginalizao ou reprovabilidade social ou jurdica. O legislador no pode ficar insensvel necessidade de regulamentao dessas relaes.
Afirmando a Constituio a existncia de um estado democrtico de
direito, o ncleo do atual sistema jurdico o respeito dignidade humana, atento aos princpios da liberdade e da igualdade. Ainda que tenha vindo a Magna Carta, com ares de modernidade, outorgar a proteo do Estado famlia, independentemente da celebrao do casamento, continuou a ignorar entidades familiares formadas por pessoas do mesmo sexo. Mas a proibio da discriminao sexual, eleita como cnone fundamental, alcana a vedao discriminao da homossexualidade. A orientao sexual adotada na esfera de privacidade no admite restries.
Como no se diferencia mais a famlia pela ocorrncia do casamento e
prole ou capacidade procriativa no so essenciais para que a convivncia de duas pessoas merea a proteo legal, no se justifica deixar de abrigar, sob o conceito de famlia, as relaes homoafetivas.
O estigma do preconceito no pode ensejar que um fato social no se
sujeite a efeitos jurdicos. Impositivo visualizar a possibilidade do reconhecimento de uma unio estvel entre pessoas do mesmo sexo. Presentes os requisitos legais, vida em comum, coabitao, laos afetivos, no se pode deixar de conceder os mesmos direitos deferidos s relaes heterossexuais pois tm idnticas caractersticas.
Mais do que uma sociedade de fato, trata-se de uma sociedade de
afeto, o mesmo liame que enlaa os parceiros heterossexuais. Na lacuna da lei, h de se estabelecer analogia com as demais relaes que tm o afeto por causa, ou seja, o casamento e as unies estveis. Enquanto a lei no acompanha a evoluo dos usos e costumes, as mudanas de mentalidade, a evoluo do conceito de moralidade, ningum, muito menos os aplicadores do Direito, podem, em nome de uma postura preconceituosa ou discriminatria, fechar os olhos a essa nova realidade e se tornar fonte de grandes injustias. No h como confundir as questes jurdicas com as questes morais e religiosas.
Se a orientao sexual baseada em fatores biolgicos ou
psicolgicos, inquestionavelmente uma caracterstica pessoal que se insere na aurola de privacidade do cidado e cercada de todas as garantias constitucionais. A valorizao da dignidade da pessoa humana, como elemento fundamental do estado democrtico de direito, no pode chancelar qualquer discriminao baseada em caractersticas individuais. Vedada restrio liberdade sexual, no se pode admitir tratamento desigualitrio em funo da orientao sexual.
Uma sociedade que se quer aberta, justa, livre, pluralista, solidria,
fraterna e democrtica, no pode conviver com to cruel discriminao, quando a palavra de ordem a cidadania e a incluso dos excludos.