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o Jaime Cortesão
concionein
I
P Antologia Precedida dum Estudo Critico
O õ
EDIÇÃO DA
RENASCENÇA PORTUGUESA
PORTO
k*
Direitos reservados
Cancioneiro Popular
:
Do autor
Jaime Cortesão
Cancioneiro Popular
Antologia Precedida dum Estudo Crítico
Edição da
Renascença Portuguesa
Porto
ESTUDO CRITICO
I
Estudo Critico 11
Estudo Critico 15
(^) Livro-modelo.
Estudo Critico 19
o POEMA DO POVO
o Poema do Povo 23
I
— A Natureza e a Terra Natal. Homem
da beira-mar, em
perpétua simpatia com o
murmurado ritmo das ondas, o português
canta
: : !
24 Cancioneiro Popular
o Poema do Povo 25
lei íntima —
o Amor
já de si um poema inteiro.
Desta primeira e notável concepção da
vida derivou logicamente toda uma série de
sentimentos e pensamentos filosóficos a ad- :
o Poema do Povo 27
Mas também.
32 Cancioneiro Popular
ORAÇÃO AO SOL
36 Cancioneiro Popular
O TERÇO DA AURORA
<íEsta cerimónia realiza-se por
religiosa
ocasião das festas em
louvor da Senhora dos
Remédios, Conceição, Prazeres, e também
pela Páscoa e Quinta-feira de Ascensão. Na
madrugada do dia em que a festividade se
celebra, os devotos que prim.eiro chegam á
respectiva igreja, saem em grupo, e vão de
porta em porta a procurar os seus confrades
retardatários, cantando
A ADORAÇÃO .
——Podem
não diga
cimento. vir que é tempo.
O meio dia,
O meio dia!
Eu á força professei
Por meu pai assim querer;
Ser defunto, sem morrer
Amortalhado!
VIÍI. A
criatura amada. Vamos assistir
agora a umatransformação maravilhosa. O
homem, que nos seus humildes cantos nós
temos escutado até aqui de entusiasmo sa-
grado perante a Natureza, de louvor ao tra-
balho, de bravura heróica, ternura filial e vaga
religiosidade panteista ou cristã, pode ter
nesta ou naquela estrofe do seu poema he-
sitaçõis de forma e imagem, sempre que a
42 Cancioneiro Popular
o Poema do Povo 43
44 Cancioneiro Popular
o Poema do Povo 47
48 Cancioneiro Popular
o Poema do Povo 49
A felicidade
XIV. do lar e a ternura
maternal A felicidade do lar, quando alegria
conjugal, raras vezes inspira o Povo, como é
fácil de calcular pelo reduzido numero de
cantigas, que neste cancioneiro se lhe refe-
rem. A Alegria não é a musa predilecta do
nosso Povo, muito mais quando, como no
caso presente, se traduz em serenidade e paz
fecunda do casal.
O amor materno, esse, mais dado a trans-
portes e carinhosos delírios, ele, que é uma
fonte inexgotavel de inspiração moral, tor-
na-se também inspiração poética, trémula,
embaladora, receiosa, na boca das Mais. Can-
tigas de adormecer, beijadas, resadas, cicia-
das. tão santas, que as Mais, ao canta-las so-
. .
56 Cancioneiro Popular
o Poema do Povo 57
o Poema do Povo 61
Já morri, já me enterrei,
E agora já estou aqui;
Nem a terra me comia
Sem me despedir de ti!
CONCLUSÃO
Já morri, já me enterrei
E agora já estou aqui . . .
Conclusão 69
SON. XLII
E outro:
SON. XIV
10
11
12
O passarinho no bosque
Busca algum da sua cor;
Mostra em tudo a Natureza
A doce união do amor.
13
A do manjaricão
flor
Não abre senão de noite,
Para não dar a saber
Os seus amores a outrem.
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É o Sol um lavrador
O Sete-estrelo abegão
A Lua é o celeiro
Onde o sol recolhe o pão.
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21
Deitei-me e adormeci
Debaixo da laranjeira,
Caiu-me uma flor no rosto:
que também cheira!
Ai! Jesus,
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Chamaste-me trigueirinha,
Isto é de andar ao sol;
Toda a fruta, que é sombria,
Nem por isso é da melhor.
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II
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A sorte do marinheiro
É uma verdade pura:
Anda sempre a trabalhar
Em cima da sepultura.
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Alfaiate ou sapateiro,
Isso sim que é bom artista
Trabalha ganha dinheiro,
Sempre está à nossa vista.
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Contrabandista valente,
Corri campinas e vais
Com guardas na minha frente.
Com pistolas e punhais.
46
Trigueirinha e engraçada,
Sou filha dum lavrador.
Vou ao mato vou à lenha,
Assim me quer meu amor.
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MÁXIMAS E PENSAMENTOS
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MÁXJMAs E Pensamentos 91
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A rosa quer-se apanhada,
Antes de sair o sol,
O cravo ao meio dia
P'ra seu cheiro ser melhor.
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Rapariga se casares
Toma conselho primeiro;
Mais vale um rapaz sem nada
De que um velho com dinheiro.
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Máximas E Pensamentos 93
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Quem nasce no triste fado
Nunca pode fim;
ter bom
Quem mal anda mal acaba,
Ponham os olhos em mim.
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IRONIAS E GRACEJOS
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As senhoras da cidade
Teem grande opinião;
Não sabem como hão-de andar,
Nem poisar os pés no chão.
99
100
Diz-me lá tu cantador
Quantas penas tem um pato,
Quantos picos um ouriço.
Quantos cabelos um gato.
Ironias e Gracejos 97
102
103
Tu que és poeta
dizes
Na matéria do cantar;
Pois diz-me lá, por cantigas,
Quantos peixes ha no mar?
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Eu já vi um valentão
A brigar c'uma cidade;
Logo ao primeiro encontrão
Derrubou mais de metade.
106
AMOR FILIAL
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RELIGIOSIDADE POPULAR
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ORAÇÃO AO SOL
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A Senhora do Sameiro
Dá um cheiro que rescende:
É o manto da Senhora,
Que pelo mundo se estende.
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ORAÇÃO DE NATAL
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No presepe de Belém
Quiz nascer o Deus menino
Num tempo de tanto frio,
Desprezado e pobresinho.
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S. João se adormeceu
Nas escadinhas do coro,
Deram as freiras com ele
Depenicaram-no todo.
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Avisaram a Rodeira,
E juntamente a Abadessa,
Que me metesse em cabeça
Que casaria, que casaria.
Á sombra do dormitório.
Onde dormem outras madres
Suspiram por seculares
Cá entre nós, cá entre nós.
Religiosidade Popular IH
A CRIATURA AMADA
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CONFISSÃO D'AMOR
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197
Confissão d'Amor 1 19
198
»
Ribeirinha, ribeirinha
Ao largo é ribeirão,
Também tu és pequenina.
Mas chegas ao coração.
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207
Em eu vejo a Deus
te ver
Não peco ou se não
sei se
Trago a Deus na minh'alma,
A ti no meu coração.
208
DESEJO E POSSE
209
210
A verdizela é enleio,
Que se enleia pelo trigo
Ai! quem fora verdizela.
Que se enleara contigo.
212
Quem me dera ser o Hnho,
Que vós menina fiais,
Que vos dera tanto beijo,
Como vós no linho dais.
!
.
1 22 Cancioneiro Popular
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1 24 Canconeiro Popular
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228
A silva é prendediça
Prende na terra lavrada.
Também os meus olhos prendem
Na parte mais delicada.
229
Os pombinhos inocentes
Namoram-se e dão beijinhos:
Façamos amor, façamos.
Como fazem os pombinhos.
Desejo e Posse 125
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Já furtaram ao moleiro
A sua filha Isabel,
Cuidando que era o cortiço
Que estava cheio de mel.
250
251
O amor do estudante
É como a pomba ferida;
Pelo ar derrama o sangue.
Chega à terra, acaba a vida.
252
254
O teu pai diz que não quer,
Porque eu não tenho fazenda;
Nem o teu pai é tão rico.
Nem tu és tão boa prenda.
130 Cancioneiro Popular
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257
260
No domingo fui á missa.
Vi os teus olhos em praça;
Disse prás minhas amigas:
Lancem naquela fogaça.
Ironias, Sarcasmos e Pragas de Amor 131
261
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que me vendeste.
Ingrato,
Quanto deram por mim?
te
Que é das galas que compraste
Co dinheiro que eu rendi?
266
Murmurai, murmumdeims,
Murmurai todas de mim,
Deus vos dará o castigo,
Uma pena sem ter fim.
268
A sepultura se me abra,
A vida me caia dentro,
Se eu tenho outros amores.
Senão tu no pensamento.
269
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Olhos, que me querem mal.
Tirados os visse eu,
Apresentados num prato.
Pedindo perdão aos meus.
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XII
AMOR
274
275
276
Amor 135
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278
279
280
282
Para que quero eu os olhos.
Senhora Santa Luzia,
Se não hei de ver meu bem
A toda hora do dia.
!
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287
Ai,que linda troca de olhos
Fizeram agora ali
Trocaram dois olhos pretos
Por dois azues, que eu bem vi.
Amor 137
288
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292
293
Quando António vai à missa
A igreja resplandece;
A terra que António pisa.
Se está seca reverdece.
138 Cancioneiro Popular
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299
Amor 139
300
301
303
304
Eu, vivendo, por vós morro,
Vós por mim viveis, morrendo,
Quizera acabar a vida
Para ficares vivendo.
305
Tira-me a seta do peito,
Deixa o meu sangue correr;
Se tu por mim dás a vida.
Eu por ti quero morrer.
140 Cancioneiro Popular
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Amor 141
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Anoiteceu-me no campo
Num sitio desconhecido
Abracei-me à própria terra.
Cuidando que era contigo.
1 42 Cancioneiro Popular
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Amor 143
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327
Toma lá colchetes doiro,
Aperta o teu coletinho:
Coração, que é de nós dois.
Deve andar conchegadinho.
328
O amor, quando se encontra,
Causando pena, dá gosto,
Sobresalta o coração,
Faz subir a cor ao rosto.
.
329
Eu passei e bem te vi
Stavas à janela lendo
As cartinhas do amor ...
Tu a chorar e eu vendo.
330
331
332
334
Aqui tens meu coração
Vinga nele os meus delitos,
Crava-lhe um punhal agudo.
Não te embaracem meus gritos.
;
Amor 145
335
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338
339
Rosa, que estás em botão,
Deixa-te estar fechadinha.
Que eu vou para a minha terra.
Quando eu vier serás minha.
340
Olhos verdes, côr de esperança.
Olhos verdes, côr da hera,
Quem espera sempre alcança.
Por isso minha alma espera.
10
; ; !
341
342
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346
347
348
XIII
FIDELIDADE E CONSTÂNCIA
351
352
353
355
357
360
Para amar-te eternamente
Eu eterno q*ria ser;
Ja que eterno ser não posso,
Hei-de amar-te até morrer.
:
361
Se te aborrece eu querer-te,
E é forçoso desprezar-te,
Ensina-me a aborrecer-te,
Que eu não sei senão amar-te.
362
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372
Inda que meu pae me mate
Minha mãe me tire a vida
Minha palavra está dada
Minh'alma está promettida.
152 Cancioneiro Popular
373
374
375
376
377
378
Triste sorte foi eu ver-te,
Atrevimento falar-te,
Delito era pretender-te.
Pena de morte deixar-te.
Fidelidade e Constância 153
379
380
381
XIV
383
Eu casei-me e cativei-me,
Inda não me arrependi
Quanto mais vivo contigo,
Menos posso estar sem ti.
385
No tempo em que era solteira
Usava fitas e laços.
Agora que sou casada
Uso os meus filhos nos braços.
: ! !: :.
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388
389
391
392
395
Oh meu
! filho, dorme, dorme,
Olha o papão que alem está
—
. .
SAUDADE
397
Desgraçado malmequer,
Onde vieste nascer!
Aonde não ha saudades,
Não pode haver bem querer.
398
399
Quero dar-te as despedidas,
Quero da-las e não posso;
Tenho o meu coração prezo
Por um fio d'oiro ao vosso.
400
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407
408
409
Oh meu
! amor, se te vires
Nas ondas do mar aflito.
Brada por mim que eu irei
Logo ao teu primeiro grito.
411
Atrevido pensamento,
Onde me foste levar?
Além do mar outro tanto,
Como é daqui ao mar.
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416
417
O meu amor me deixou
Sosinha neste deserto
Hei de me ir deitar ao mar,
Levam-me as ondas decerto.
418
Abra-se uma sepultura
Na terra forte e valente;
Var mais estar sepultado
Que viver de ti ausente.
; ;
Saudade 161
419
421
422
Se tu fores, eu hei-de ir
Se ficares, ficarei
Quando não, tira-me a vida,
Que eu apartar-me não sei.
423
424
Mal o haja o querer bem,
A mim própria me praguejo!
Não ha um Deus que me leve
Nas horas que te não vejo!
u
;
425
426
427
428
429
430
Saudade 163
431
432
Oh ! triste segunda-feira
Da semana que ha-de vir?
O meu amor diz que embarca:
Quem o ha-de ver sair
434
436
Quem me dera ver agora
Quem a minh'alma deseja;
Quem os meus braços apertam,
Quem a minha boca beija.
164 Cancioneiro Popular
437
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440
442
443
445
446
447
448
Oh! Sol, que te vais cair
Lá para as bandas de Chaves,
Dize ao meu amor que venha,
Porque eu morro de saudades.
166 Cancioneiro Popular
449
450
452
453
454
455
456
457
458
460
Eu hei-de mandar fazer
Torres com altas varandas,
Já que te não vejo amor.
Vejo as terras por onde andas.
168 Cancioneiro Popular
461
462
463
464
465
466
467
XVI
DESGRAÇA DE AMOR
468
469
471
Eu me queixo, tu te queixas.
Qual de nós terá razão?
Tu te queixas dos meus erros,
Eu da tua ingratidão.
Desgraça de Amor 171
472
475
476
Oh! rio dos desenganos.
Engrossa, faze-te mar;
Que eu desejo em tuas águas
O meu amor afogar.
477
Eu sofro, se te não vejo,
E se te vejo também;
Primeiro sofro da ausência
E depois do teu desdém.
!
478
481
482
483
Eu sou sombra e tu és Sol,
Qual de nós será mais firme?
Eu, como sombra a buscar-te,
Tu, como o Sol a fugir-me?
;
484
485
486
487
489
490
493
494
Sepultura, sepultura.
Quantos corpos tens em ti?
Já lá meu amor.
tens o
Quando me levas a mim?
495 ^
TRISTEZA
496
498
meus amigos,
Passarinhos
Eu também sou vosso irmão:
Vós tendes penas nas azas,
Eu tenho-as no coração.
499
500
501
502
Oh meu
! amor, pede a Deus
Terra para um pomar,
Os meus olhos são dois rios.
Dão água para o regar.
504
505
Oliveiras, oliveiras.
Ao longe são olivais,
Trago o coração mais negro
Que a azeitona que vós dais.
Tristeza 177
506
507
508
509
510
Penas, que eu tenho no peito.
Não as dou a conhecer;
Eu as fiz, eu as causei.
Eu as quero padecer.
511
512
513
514
515
51-6
517
518
520
521
522
524
525
526
527
Tristeza 181
530
531
532
É de noite, é de noite. .
533
535
Se pensas que, por cantar,
A vida alegre me corre,
Eu sou como o passarinho.
Que até canta, quando morre.
XVIII
536
Já da vida
fui retrato
Agora o serei da morte.
537
538
Devo a minha vida à morte,
A alma a Deus que me criou,
O meu corpo à terra forte:
Ai! Jesus que nada sou!
539
Debaixo do frio chão,
Onde o Sol não tem entrada,
Abre-se uma sepultura,
Mete-se uma desgraçada.
;; ;
540
542
543
545
Não ha nada como a morte
Pr'ácabar a presunção,
Com quatro varas de chita
E sete palmos de chão.
;
546
547
Desejosos de viver?
Oh morte, leva-me a mim
!
548
549
551
552
553
554
555
556
Hei de amar-te até à morte,
Até depois de morrer.
Até lá, na outra vida.
Te hei-de amar, podendo ser.
557
Amar-te na sepultura,
Oh meu amor, quem poderá
!
558
559
Puz um pé na sepultura,
Uma voz me respondeu
Tira o pé que estás pisando
Um amor, que já foi teu.
560
561
562
Já morri, já me enterrei
E agora já estou aqui:
Nem a terra me comia,
Sem me despedir de ti!
; :
ERRATAS PRINCIPAIS: -
em vez de
em vez de
Estudo Critico
I
—O Fim desta Obra 8
II —O Poema do Povo . . . . ^ 21
III— Conclusão 65
Antologia
BIBLIOTECA
RENASCENÇA PORTUGUESA
ACABOU DE SE IMPRIMIR
NA TIPOGRAFIA DA «RENASCENÇA PORTUGUESA
PRAÇA DA REPUBLICA, 160, 161, 162. PORTO.
AOS 6 DE JUNHO DE 1914,
TÍRANDO-SE DEZ EXEMPLARES
EM PAPEL DE LINHO
NUMERADOS E RUBRICADOS PELO AUTOR.
SOB A DIRECÇÃO
DE
]RIME CORTESnO e ALFREDO
COELHO DE MRQRLHHES
COM A COLABORAÇÃO
DE
CD C3 CD CD Braga C3 CD CD CD
Teófilo
D. Carolina Micaelis de Vasconcelos
CD CD CD CD Ricardo Jorge CD CD CD CD
CD CD Leite de Vasconcelos c^ cd
CD CD CD CD fintónio 5érgio CD CD CD CD
CD CD CD Virgílio Correia cd cd a cd
CD CD CD Francisco Torrinha o a cd
A SEGUIR
CROífICâOEO. DUARTE dei DE P!l
COM ESTUDO CRÍTICO, NOTAS E GLOSSÁRIO
POR