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M as antes havia de participar nas reu- de cineastas nada conotados com o regime:
nies dos realizadores portugueses entre eles, Manoel de Oliveira (Benilde ou
(que no sindicato j declararam apoiar in- a Virgem Me), Paulo Rocha (A Ilha dos
tculos, os artistas deixaram o seu manifesto
em forma de dois cartazes: Por um Portu-
gal Livre/Fim Censura; Profissionais de
teiramente o programa do MFA), sempre Amores), Artur Ramos (Matai-vos Uns aos Cinema Apoiam a Junta.
muito expansivo, mas tambm com alguma Outros), Antnio da Cunha Telles (Continu- Entretanto, j reunidas as latas de filme e os
ingenuidade e pureza. Vamos filmar!- ar a Viver), Antnio Macedo (Princpio da meios para filmar o 1.0 de Maio, o colectivo
tomou-se logo ali a deciso colectiva. Ti- Sabedoria) e Fonseca e Costa (Mejistfeles de realizadores (Glauber Rocha, Fonseca e
nham mquinas, algum equipamento, mas e Maria Antnia). Costa, Fernando Lopes, Cunha Telles, Gal-
faltava-lhes o dinheiro e a pelcula. Algum Joo Csar Monteiro e Fonseca e Costa vo Telles ... ) e tcnicos -distribudos por
teria de ir ao Instituto Nacional do Cinema. entraram, no passado dia 29 de Abril, pelo dez equipas de trabalho - decidiu que cada
E no era pedir, nem pedinchar, era mesmo Instituto Portugus do Cinema adentro, um se posicionaria em diferentes pontos da
exigi-lo. Um dedo se levantou, e logo se en- sem esperarem que lhes abrissem as por- cidade. Sem entraves de qualquer espcie,
contra o voluntrio: era Joo Csar Montei-
ro. Iria l buscar o dinheiro nem que fosse
a tiro. Uma das ltimas leis de Caetano
fora a lei do financiamento do cinema, atra-
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Fotogramas do filme O Povo e as Armas
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