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Guia de Profissões

Tecnólogo em Agroecologia

A
evolução para um estilo de agricultu- pois ele negava as leis naturais. Neste con- trabalhada por meio de projetos que pos-
ra alternativa, ainda não caracteriza- texto, surgiram, em todas as partes do mun- sibilitam a construção do conhecimento
da como ciência, surgiu no fim da Pri- do, movimentos que visavam resgatar os agroecológico de forma coletiva, vinculado
meira Guerra Mundial, quando tiveram início, princípios naturais, a exemplo da agricultu- à realidade amazônica, vislumbrando a pro-
na Europa, as primeiras preocupações com ra natural (Japão), da agricultura regenera- posição de alternativas de soluções para a
a qualidade dos alimentos. Os primeiros mo- tiva (França), da agricultura biológica (Esta- problemática contemporânea.
vimentos de agricultura nativa surgiram res- dos Unidos), além das formas de produção O curso é dividido em seis períodos, com
pectivamente na Inglaterra (agricultura orgâ- já existentes, como a biodinâmica e a orgâ- um total de 2.550 horas. Após a conclusão,
nica) e na Áustria (agricultura biodinâmica). nica. o profissional formado pela UEA deverá: a)
Naquela época, as idéias da Revolução In- Após a Conferência para o Desenvolvimen- estar capacitado para contribuir no proces-
dustrial influenciavam a agricultura, criando to e o Meio Ambiente, a ECO-92, no Rio de so de transição (reconversão) tecnológica
modelos baseados na produção em série e Janeiro, chegou-se à conclusão de que os dos atuais sistemas agrícolas, nas unida-
sem diversificação. padrões de produção e de atividades hu- des familiares, para sistemas agroecológi-
Após a Segunda Guerra Mundial, a agricul- manas em geral, notadamente a agrícola, cos; b) desenvolver e construir senso crítico
tura sofreu um novo incremento, uma vez teriam de ser modificados. e capacidade de compreensão, intervenção
que o conhecimento humano avançava nas A Agroecologia abrange esses estilos cita- e transformação da realidade, na perspec-
áreas da química industrial e farmacêutica. dos anteriormente, dando um novo enfo- tiva de desenvolver a sustentabilidade da
A produção cresceu, e houve grande eufo- que a essas formas de produção alterna- região; c) estimular processos de inclusão
ria em todo o setor agrícola mundial, que tivas. Dessa forma, enquanto ciência, orien- social e de fortalecimento da cidadania, por
passou a ser conhecido como Revolução ta a aplicação dos princípios e conceitos e- meio de ações integradas, que tenham em
Verde. Por outro lado, duvidava-se que esse cológicos ao desenho e à gestão de agro- conta as dimensões ética, social, política,
modelo de desenvolvimento fosse perdurar, ecossistemas sustentáveis. Parte de que é cultural, econômica e ambiental; d) desen-
necessário entender o funcionamento dos volver ações que levem à conservação e à
recuperação dos ecossistemas e ao mane-
ecossistemas naturais e revalorizar os co-
jo sustentável dos agroecossistemas, visan-
nhecimentos e as capacidades dos atores
do assegurar que os processos produtivos

Índice
locais para – a partir disso – desenhar siste-
agrícolas não causem danos ao meio am-
mas agrícolas sustentáveis. Trata-se de uma
biente e riscos à saúde humana e animal;
nova abordagem da agricultura que integra
e) dominar o conhecimento básico do ma-
diversos aspectos agronômicos, ecológi-
nejo integrado de pragas e doenças, do
cos e socioeconômicos, na avaliação dos
manejo da matéria orgânica do solo, para
FÍSICA efeitos das técnicas agrícolas sobre a pro-
otimizar os sistemas de produção nos dife-
Movimento de projéteis ............ Pág. 03 dução de alimentos e na sociedade como
rentes ambientes amazônicos (várzea e ter-
um todo.
(aula 43) ra firme); f) dominar o conhecimento básico
Em rigor, pode-se dizer que agroecologia é
dos diferentes sistemas de manejo e pro-
a base científico-tecnológica para uma agri-
GEOGRAFIA dução de pequenos, médios e grandes
cultura sustentável. O modelo de agricultu-
animais (incluindo aqüicultura, meliponicul-
A indústria ................................ Pág. 05 ra sustentável baseia-se nos conhecimen- tura e apicultura), com ênfase nos princí-
(aula 44) tos empíricos dos agricultores, acumulados pios agroecológicos; g) dominar o conhe-
através de muitas gerações. Urge aliar es- cimento básico dos diferentes sistemas de
BIOLOGIA ses conhecimentos às técnicas atuais, para produção vegetal (horticultura, fruticultura e
Citologia II ................................ Pág. 07 que, em conjunto, técnicos e agricultores silvicultura) com ênfase na agroecologia; h)
possam fazer uma agricultura com padrões dominar o conhecimento do manejo dos
(aula 45) ecológicos (respeito à natureza), econômi- recursos naturais (solo, fauna flora, recur-
cos (eficiência produtiva), sociais (eficiência sos hídricos) e sua utilização com ênfase
PORTUGUÊS distributiva) e com sustentabilidade a longo nos princípios agroecológicos, em benefí-
Regência verbal II ................... Pág. 09 prazo. cio das populações humanas que vivem na
(aula 46) O curso na UEA Amazônia; i) elaborar laudos, perícias, pa-
Oferecido no Centro de Estudos Superiores receres e relatórios técnicos sobre projetos
QUÍMICA de Parintins, o Curso Superior de Tecnolo- agropecuários no âmbito de sua competên-
Ligações químicas II ................. Pág. 11 gia em Agroecologia da UEA busca a for- cia profissional; j) elaborar, executar e ge-
mação de profissionais voltados para a ino- renciar projetos técnicos ou de pesquisa
(aula 47) científica com ênfase em agroecologia, pro-
vação tecnológica, visando ao desenvol-
vimento sustentável de comunidades rurais teção e conservação do meio ambiente,
GEOGRAFIA visando eliminar as desigualdades sociais;
amazônicas nas suas diferentes categorias
A evolução do capitalismo ...... Pág. 13 sociais: da Agricultura Familiar às compe- l) estar capacitado para articular e buscar
(aula 48) tências que permitem compreender a im- os vínculos entre a Instituição de Ensino e o
portância da Agroecologia para a formação universo da agricultura familiar, promoven-
Referência bibliográfica ......... Pág. 15 do cidadão crítico, participativo, capaz de do a socialização do conhecimento cons-
intervir na realidade e transformá-la. Por truído pelos agricultores no processo de pro-
essa razão, e centrado na proposta peda- dução agroecológica com a comunidade es-
gógica do curso, toda a parte prática foi colar.

2
Solução:

Física O intervalo é de 4s. Pelas proporções de Galileu,


o móvel percorre em 1s, 2s, 3s e 4s, respectiva-
mente: d, 3d, 5d e 7d. Então:
Professor Carlos Jennings
x = d + 3d = 4d
y = 5d + 7d = 12d
Aula 43
x
A razão ––– vale:
Movimento de projéteis y
x 4d 1
Corpos que se movimentam nas imediações da ––– = –––– = ––––
superfície terrestre, sem contato com o solo e su- y 12d 3
jeitos apenas à atração gravitacional (força peso), 2. LANÇAMENTO VERTICAL 01. (UFSC) Duas bolinhas, A e B, partem ao
estão submetidos à mesma aceleração: a da gra- mesmo tempo de uma certa altura H aci-
Equações – Origem no ponto de lançamento (S0
vidade (g). ma do solo, sendo que A em queda livre
= 0); trajetória orientada no sentido do
1. QUEDA LIVRE (MUV acelerado em trajetória e B com velocidade vo na direção hori-
movimento.
vertical). zontal. Podemos afirmar que:
Equações – Origem no ponto inicial (S0 = 0); a) A chega primeiro ao solo.
velocidade inicial nula (v0 = 0); resistência do ar b) B chega primeiro ao solo.
nula. c) A ou B chega primeiro, dependendo da al-
tura.
d) A ou B chega primeiro, dependendo da ve-
locidade inicial vo de B.
e) As duas chegam juntas.

02. (UFPR) Uma bola rola sobre uma mesa


horizontal de 1,225m de altura e vai cair
num ponto situado à distância de 2,5m,
As proporções de Galileu Caiu no vestibular
medida horizontalmente a partir da beira-
A área de cada triângulo da figura abaixo é (UEA) Se uma pedra é lançada verticalmente da da mesa. Qual a velocidade da bola,
numericamente igual ao deslocamento d. em m/s, no instante em que ela abando-
para cima, a partir do solo, com velocidade ini-
cial vo = 30m/s, ela atingirá uma altura máxima nou a mesa? (g = 9,8m/s2).
h, antes de voltar ao solo. Desprezando o atrito a) 5m/s b) 10m/s c) 15m/s
com o ar e fazendo g = 10m/s2, o valor de h será: d) 20m/s e) 25m/s
a) 45m b) 35m 03. Um corpo de 2kg deve ser lançado hori-
c) 20m d) 10m e) 5m zontalmente do alto de uma rampa de al-
Solução: tura 45m, devendo atingir um buraco a
Na altura máxima, o móvel pára (v = 0). Então: 20m do pé da rampa. Qual deve ser o va-
v = vo + gt ∴ 0 = 30 + 10 . t ∴ t = 3s lor da velocidade de lançamento?
Conclusão: A altura máxima atingida: a) 12m/s b) 10,5m/s c) 8m/s
Em tempos iguais e consecutivos, um móvel em gt2 10.32 d) 7,6m/s e) 6,6m/s
S= vo.t – ––– ∴ S= 30.3 – –––––– ∴ S=45m
queda livre percorre distâncias cada vez maiores, 2 2 04. Um jogador chuta uma bola com uma ve-
na proporção dos ímpares consecutivos: no pri-
locidade inicial de 20m/s, sob um ângulo
meiro segundo, o móvel cai uma distância d; no
de 60° com a horizontal. Calcule a altura
segundo seguinte, percorre 3d; no terceiro segun- Arapuca
do, 5d, e assim por diante. máxima que a bola irá atingir.
Um objeto de 2kg é lançado verticalmente para a) 5m b) 10m c) 15m
baixo, com velocidade inicial de 20m/s. Atinge o d) 20m e) 25m
Caiu no vestibular solo 4s após o lançamento. De que altura o cor-
po foi lançado? Com que velocidade ele atinge 05. (Fuvest-SP) Um gato, de um quilograma,
(UEA) A expressão popular que afirma que o ga-
to tem “sete vidas” justifica-se pelo fato de eles o solo? dá um pulo, atingindo uma altura de 1,25m
conseguirem se sair bem de algumas situações Solução: e caindo a uma distância de 1,5m do local
difíceis. No caso de uma queda, por exemplo, eles A altura do lançamento: do pulo (g = 10m/s2). A componente verti-
podem atingir o chão, sem se machucar, se a ve- gt2 10.16
cal da velocidade inicial e a velocidade ho-
locidade final for cerca de 8m/s. De que altura má- S= vo.t – ––– ∴ S= 20.4 – –––––– ∴ S=160m rizontal do gato valem, respectivamente.
xima eles podem cair, sem o perigo de perder uma 2 2
a) 5m/s e 1,5m/s
de suas “vidas”? A velocidade ao chegar ao solo:
v = vo + gt ∴ 20 + 10 . 4 ∴ v = 60m/s
b) 1,5m/s e 5m/s
a) 2,0m b) 2,5m c) 5m/s e 15m/s
Importante: observe que a massa do corpo
c) 3,2m d) 4,0m e) 4,5m d) 0,5m/s e 1,5m/s
Solução: (2kg) não interferiu na resposta.
e) 5,5m/s e 1m/s
Procuremos o tempo: 3. LANÇAMENTO HORIZONTAL
v = vo + gt ∴ 8 = 0 + 10t ∴ t = 0,8s 06. Uma bola rola sobre uma mesa de 80cm
A partir de um ponto situado a uma altura h,
Consideremos g = 10m/s2 e calculemos a altura: de altura, com velocidade constante de
gt2 10.(0,8)2 acima do solo, o móvel é lançado horizontal-
5m/s. Ao abandonar a mesa (g = 10m/s2),
S= –––– ∴ S= –––––––– ∴ S=3,2m mente e percorre uma trajetória parabólica, que
2 2 a bola cai, tocando o solo no ponto situa-
pode ser construída utilizando-se a composição do, em relação à mesa:
de dois movimentos independentes:
Arapuca a) 3m b) 2m c) 1m
a) Movimento horizontal – Nesse movimento, o
d) 0,5m e) 1,5m
(UEA) Um corpo é abandonado em queda livre corpo percorre espaços iguais (designados
de uma determinada altura. Observa-se que, nos por L, na Figura 2) em tempos iguais: 07. Uma pedra de 4kg é lançada verticalmen-
dois primeiros segundos de seu movimento, ele movimento uniforme (velocidade constante). te de baixo para cima, com uma velocida-
cai x metros. Já nos dois segundos seguintes, o b) Movimento vertical – Nessa direção, o móvel de inicial de 80m/s. qual a altura máxima
corpo desloca-se y metros. A razão x/y vale, por- está em queda livre (MUV acelerado) a partir alcançada pela pedra?
tanto: do repouso. Os deslocamentos verticais a) 320 b) 220m c) 120m
a) 1 b) 1/2 obedecem às Proporções de Galileu: 1d, 3d, d) 20m e) Nenhuma é correta.
c) 1/3 d) 2 e) 3 5d, ..., (2n – 1)d.

3
Importante: o alcance é o mesmo para
diferentes corpos, lançados com a mesma
velocidade inicial e com ângulos de lançamento
complementares (aqueles cuja soma vale 90°).

01. (PUC–SP) Você atira um corpo de 200g


verticalmente para cima, a partir do solo,
e ele atinge uma altura de 3m antes de
começar a cair. Considerando a acelera-
ção da gravidade 9,8m/s2 e nula a resis- Arapuca
tência do ar, a velocidade de lançamento
foi de: Importante – Para corpos lançados da mesma Um objeto é lançado obliquamente com uma
altura, o tempo de queda é o mesmo, indepen- velocidade inicial de 100m/s, que forma com a
a) 7,67m/s b) 8,76m/s c) 6,76m/s horizontal um ângulo de 60°. Calcule a altura
dente das massas dos corpos e de suas veloci-
d) 7m/s e) 6m/s máxima atingida pelo móvel e a distância do
dades horizontais de lançamento (desprezando-
se os efeitos do ar). ponto de lançamento ao ponto em que o móvel
02. Um pára-quedista, quando a 120m do so-
toca o solo.
lo, deixa cair uma bomba, que leva 4s pa-
ra atingir o solo. Qual a velocidade de Solução:
Aplicação As componentes da velocidade valem:
descida do pára-quedista?
Uma bolinha rola por toda a extensão de uma vox=vo . cos θ =100 . cos 60°=100.0,5 =50 m/s
a) 1m/s b) 2m/s c) 5m/s mesa horizontal de 5m de altura e a abandona voy = vo . sen θ = 100 . sen 60°= 100 . 0,866 =
d) 8m/s e) 10m/s com uma velocidade horizontal de 12m/s. Cal- 86,6m/s
cule o tempo de queda e a distância do pé da Calculemos o tempo de subida, usando a
03. Um buriti cai do alto de um buritizeiro e, expressão da velocidade vertical. No ponto mais
mesa ao ponto onde cairá a bolinha (g = 10m/s2).
entre 1s e 2s, percorre 4,5m. As distân- alto, vy = 0:
Solução:
cias percorridas durante o terceiro e o gt2
quarto segundos de queda são, respec-
Calculemos, inicialmente, o tempo de queda, con- vy = voy – –––– ∴ 0 = 86,6 – 10t ∴ t= 8,66s
siderando apenas o movimento vertical (queda li- 2
tivamente: vre – MUV acelerado): A altura atingida pelo móvel (MUV retardado):
gt2 10 gt2 10 . (8,66)2
a) 5,5m e 6,5m d) 7m e 10,5m H = ––– ∴ 5= ––– t2 ∴ 5= 5t2 ∴ t=1s h = voy – ––– = 86,6 . 8,66 – ––––––––– = 375m
b) 6,5m e 7,5m e) 7,5m e 10,5m 2 2 2 2
c) 7,5 e 10m Considerando agora o movimento horizontal (uni- Calculemos o alcance (distância horizontal
forme), teremos: percorrida em MU). O tempo é o de subida mais
04. Um corpo em queda livre sujeita-se à SH o de descida (8,66s + 8,66s):
vH = ––– ∴ SH = vH.t = 12 . 1 =12m
aceleração gravitacional de 10m/s2. Ele t Sh = vox . t = 50 . 17,32 = 866m
passa por um ponto A com velocidade (o corpo cairá a 12m do pé da mesa).
de 10m/s e por um ponto B com veloci- 4. LANÇAMENTO OBLÍQUO
dade de 50m/s. A distância entre os pon- A velocidade de lançamento forma com a hori-
Exercícios
tos A e B é de: zontal um ângulo distinto de 0° e de 90°. 01. (PUC-RJ) Uma pedra é lançada verti-
a) 100m b) 120m c) 140m calmente para cima. No ponto mais al-
d) 160m e) 240m to da trajetória, pode-se dizer que a sua
05. (FESP–PE) Do alto de um edifício, aban- velocidade v e a sua aceleração a têm
os seguintes valores, em módulo:
dona-se uma bola de ferro que durante o
último segundo percorre 25m. A altura a) v = 0 e a = 0 b) v = g e a = 0
do edifício vale, em metros: c) v = a d) v = 0 e a = g
e) v = 0 e a = g/2
a) 45 b) 40 c) 35
A velocidade Vo pode ser decomposta em duas
d) 80 e) 125 componentes: Vox (componente da velocidade
02. De um ponto a 20m do solo, lança-se,
no eixo dos x) e Voy (componente da velocidade
verticalmente para cima, um objeto com
06. Um ouriço de castanha desprendeu-se velocidade inicial de 10m/s. Despreze
no eixo dos y):
do alto de uma castanheira de 20m. O
Vox = vo . cos θ
a resistência do ar e considere
tempo de queda e a velocidade do ou-
Voy = vo . sen θ
g = 10m/s2. Considere as afirmativas:
riço ao chegar ao solo são, respectiva- O lançamento oblíquo resulta da composição de I. A altura máxima atingida é de 25m, em
mente: dois movimentos independentes: relação ao solo.
a) 2s e 20m/s d) 4s e 40m/s a) Movimento horizontal – Esse movimento é II. O objeto atinge o solo com velocidade
b) 20s e 2m/s e) 5s e 50m/s uniforme, uma vez que Vox é constante (despre- de 10m/s, em módulo.
zando-se a resistência do ar). III. O tempo, do lançamento até o retorno
c) 3s e 30m/s
b) Movimento vertical – Nesse movimento, a ao solo, é de 2s.
07. Do alto de uma torre, um garoto deixa velocidade é variável, pois o corpo está sujei- São corretas:
cair uma pedra, que demora 2s para to à aceleração da gravidade: na subida, o
a) Apenas a I. d) I e II.
chegar ao solo. Qual a altura dessa movimento é retardado (velocidade e acelera-
ção têm sentidos contrários); na descida, o b) Apenas a II. e) II e III.
torre? c) Apenas a III.
movimento é acelerado (velocidade e acelera-
a) 10m b) 20m c) 30m ção têm sentidos iguais). 03. (Udesc-SC) Um jogador de basquete
d) 40m e) 50m
arremessa uma bola verticalmente pa-
08. Uma pedra é arremessada verticalmente ra cima, com velocidade inicial de 15m/s.
para cima, com velocidade inicial de Sabendo-se que a bola subiu durante
30m/s. Calcule a altura máxima que ela 1,5s, calcule, em metros, a altura má-
atinge? xima que ela atingiu a partir do seu
ponto de lançamento, desprezando a
a) 15m b) 25m c) 35m resistência do ar.
d) 45m e) 55m
a) 10,5m b) 11,25m c) 12,5m
d) 13m e) 14,4m

4
A economia brasileira na globalização

Geografia Tríplice aliança – O ciclo do “milagre brasileiro”


cristalizou um modelo industrial baseado em uma
tríplice aliança, da qual faziam parte o capital es-
Professor Paulo BRITO
tatal, os conglomerados transnacionais e o gran-
de capital nacional. O tripé conjugava os interes-
Aula 44 ses dos oligopólios que lotearam o mercado
brasileiro; as empresas transnacionais domina-
A indústria vam o setor de bens de consumo duráveis, o
As empresas transnacionais e os investimen- Estado atuava no setor de bens de produção, e
tos estatais o capital privado nacional estava presente, prin-
cipalmente no setor de bens de consumo não- 01. (UFMT) Sobre a industrialização brasileira,
Plano de Metas – O governo de Juscelino Kubits-
duráveis. analise as proposições, assinalando V
chek (1956-61) será sempre lembrado pela obses-
são industrialista do Plano de Metas, sintetizada O Estado desempenhou funções estruturais na (verdadeiro) ou F (falso):
na rumorosa campanha publicitária dos “50 anos tríplice aliança. Ao longo do esforço industrial, ( ) A grande disponibilidade de mão-de-
em 5”. Essa fase heróica representou a maturi- do pós-guerra e, principalmente, nas duas déca- obra imigrante e um eficiente sistema
dade industrial do Brasil, mas também uma reo- das do regime militar, entre 1964 e 1984, as em- de transporte nas antigas áreas produ-
rientação radical: a abertura do País aos investi- presas estatais assumiram a hegemonia na side- toras de café favoreceram o surgimen-
mentos estrangeiros diretos tomava o lugar do rurgia, na indústria química e petroquímica e na to da industrialização no Brasil, inicial-
protecionismo nacionalista de Vargas. mineração. Algumas gigantes companhias de mente na cidade de São Paulo.
Nos “anos JK”, o Brasil deixou para trás, definiti- holding – como a Siderbrás, na siderurgia, a ( ) Somente após a Segunda Guerra Mun-
vamente, o modelo agroexportador e ergueu uma Embratel e a Telebrás, nas comunicações, e a dial, quando a atividade industrial se
economia urbano-industrial dinamizada pela trans- Eletrobrás, na geração de energia – controlavam torna relevante, é que se pode visua-
ferência de filiais das empresas transnacionais. A setores fundamentais para a modernização eco- lizar o início da integração do espaço
política de industrialização definiu o lugar do Pa- nômica do País. Produzindo bens intermediá- nacional.
ís na nova divisão internacional do trabalho do rios, as estatais forneciam, a preços inferiores ( ) Até a década de 70, a atividade indus-
pós-guerra. aos de mercado, os insumos e as matérias-pri- trial esteve concentrada no Sudeste
Plano interno – O eixo do Plano Metas estava na mas consumidos pelas transnacionais e pelas devido, especialmente, a dois fatores:
implantação de um moderno parque automobi- grandes empresas nacionais. a complementaridade industrial e a
lístico, assentado sobre tecnologias transplanta- A intensificação das funções produtivas do Es- concentração de investimentos públi-
das diretamente dos Estados Unidos e da Euro- tado caracterizou-se pela concentração de re- cos no setor de infra-estrutura.
pa. No plano interno, a base industrial criada nas cursos em favor do Governo Federal e pela des- ( ) A implantação dos distritos industriais
décadas anteriores, a construção de rodovias e centralização administrativa, posto que as em- no Nordeste, na década de 50, contou
hidrelétricas, a expansão do refino de petróleo e presas estatais assumiram progressiva autono- basicamente com investimentos priva-
a urbanização acelerada geravam um ambiente mia financeira e decisória. As principais empre- dos; os distritos encontram-se dissemi-
econômico propício para a implantação das fábri- sas estatais adquiriram capacidade de autofi- nados nas mais importantes cidades do
cas modernas de bens de consumo duráveis. nanciamento e de endividamento externo, inde- Sertão.
Plano internacional – No plano internacional, os pendentemente de aprovação governamental. A
conglomerados transnacionais viviam sua época poderosa camada de tecnoburocratas que flo-
02. (Cesgranrio–RJ) Primeiro foi a Chrysler, de-
de ouro, multiplicando filiais e abrindo novas fron- resceu no interior dessas megaempresas aca-
pois a Renault e, por último, a Volkswa-
teiras de investimentos. O dinamismo da econo- bou por se apropriar de parcela significativa das gen/Audi.
mia norte-americana e a reconstrução européia decisões sobre a aplicação dos recursos do or- Os grandes investimentos na área auto-
e japonesa geravam excedente de capital dispo- çamento nacional. motiva que estão sendo feitos no Estado
nível para investimentos no mundo subdesen- O Programa Nacional de Desestatização do Paraná fazem parte de uma estratégia
volvido. de:
O modelo de industrialização por substituição
Atuação do Estado – O Estado atuou no senti- a) descarte de equipamentos obsoletos da
de importações, que durou praticamente meio
do de viabilizar os investimentos externos, libe- indústria automobilística internacional, que
século, esgotou-se na década de 1980. A reces-
rando as importações de equipamentos e má- passa por um processo de renovação de
são de 1981–1983 anunciou o decênio da tur-
quinas e criando mecanismos de crédito desti- suas matrizes;
bulência.
nados a expandir o mercado consumidor inter- b) formação de mão-de-obra superqualificada,
no. Os investimentos estatais em novos progra- A crise estrutural do modelo econômico brasi-
que permita a transferência dos centros de
mas rodoviários, energéticos e siderúrgicos as- leiro acompanhou uma tendência internacional
pesquisa automotivos dessas empresas para
seguravam o fluxo de matérias-primas para as de esgotamento dos processos de industriali-
o interior do Paraná;
indústrias e a infra-estrutura indispensável para zação por substituição de importações. Como
c) aumento do número de empregos no ABC
a ampliação do consumo. O mercado brasileiro no Brasil, a Argentina e o México conheceram
paulista, que vai ter sua participação fortaleci-
integrava-se e oferecia elevadas margens de lu- as conseqüências do endividamento externo e
da no cenário nacional com a instalação des-
cro para os capitais estrangeiros. Mais nitida- da incapacidade do Estado de prosseguir finan-
sas empresas no sul do País;
mente do que nunca, a expansão do PIB era ciando a modernização industrial.
alavancada pelo crescimento acelerado do setor d) desenvolvimento de veículos automotivos a-
Os investimentos estrangeiros e as desigual- grícolas para serem utilizados na sofisticada
industrial. dades regionais agricultura do Estado do Paraná, o celeiro
Milagre brasileiro – Um segundo ciclo de cres-
A política econômica brasileira, na década de nacional;
cimento industrial acelerado correspondeu aos
1990, representou uma nítida opção pela inser- e) produção de veículos globais para serem
anos do chamado “milagre brasileiro”, durante a
ção do país nos fluxos globalizados de investi- vendidos no mercado brasileiro, no Mercosul
fase de mais intensa repressão do regime militar.
mentos. Essa opção materializou-se por um e também na Europa e nos Estados Unidos.
Entre 1968 e 1973, o PIB brasileiro cresceu a ta-
conjunto de reformas destinadas a recuperar a
xas médias anuais de 10%, um recorde impres- 03. (Unicpar–PR) Por um processo acentuado
capacidade de atração de investimentos estran-
sionante: somente o Japão e a Alemanha do pós- de crescimento, dois ou mais sítios urba-
geiros.
guerra haviam registrado anteriormente um cres- nos acabam unindo-se, formando uma pai-
cimento econômico tão acelerado. A política eco- Uma nova política monetária, expressa no Plano
Real, lançado em 1994, tinha a finalidade de es- sagem urbana contínua que, inclusive, difi-
nômica dos governos militares aprofundou o mo- culta a delimitação territorial de cada um
delo estruturado nos “anos JK”. Durante o “mila- tabilizar a economia nacional, interrompendo o
circuito de realimentação da inflação. Seu com- dos municípios integrados.
gre brasileiro”, o ritmo da expansão da produção
plemento foi uma série de reformas constitucio- O texto refere-se à:
de bens de consumo duráveis e bens interme-
diários equiparou-se ao atingido à época do Pla- nais e uma política fiscal voltadas para equilibrar a) rede urbana;
no de Metas. Apenas o crescimento da produ- o orçamento público. O Estado deveria arreca- b) conurbação;
ção de bens de capital foi significativamente dar mais e gastar menos, para garantir a estabi- c) sementeira urbana;
mais lento, embora também possa ser classifi- lidade da moeda. d) capital regional;
cado como notável. e) aglomeração.

5
A liberalização da economia expressou-se, prin- rais brasileiros continua a operar com níveis bai-
cipalmente, na drástica redução do protecionis- xíssimos de produtividade, sem acesso às no-
mo comercial, por meio da diminuição das taxas vas tecnologias ou a créditos. Em 1996, quando
alfandegárias. O aumento acelerado das impor- foi publicado o último censo agropecuário, qua-
tações tinha a finalidade de gerar um choque de se 90% dos estabelecimentos rurais brasileiros
concorrência, aumentando a competitividade não tinham sequer um trator. Muitos deles são
das empresas instaladas no País. Outra finalida- de tal forma precários, que o IBGE encontra difi-
de era a de reduzir os custos de importação de culdades em classificá-los como tais, pois seus
bens de capital e insumos industriais, criando responsáveis abandonam as terras no período
condições favoráveis para os investimentos di- da entressafra em busca de emprego nas áreas
retos estrangeiros na indústria e nos serviços. de agricultura moderna.
01. (Fuvest–SP) “Mais da metade do gênero Esses investimentos, ao lado das pressões com-
humano jamais discou um número de te- petitivas sobre as empresas já instaladas no Pa- Exercício
lefone. Há mais linhas telefônicas em Ma- ís, impulsionaram profundas transformações nas
nhattan do que em toda a África, ao sul 01. As afirmativas a seguir referem-se à
do Saara” (Mbeki, vice-presidente da estruturas produtivas e configuraram um ciclo organização do espaço da região
África do Sul, 1995). de intensa modernização econômica. As empre- mencionada no texto da reportagem.
“Nos EUA, os brancos representam sas instaladas no País, transnacionais ou nacio- Analise-as e responda de acordo com
88,6% dos utilizadores da Internet e os nais, incorporaram tecnologias avançadas e me- o esquema que segue:
negros, 1,3%, embora correspondam a lhoraram seus níveis de produtividade. Contudo
12% da população” (Adaptado de Douzet, I. ( ) Ainda hoje, o cerrado é visto
nada disso modificou o panorama de concentra- como uma forma menor de
1997). ção geográfica da riqueza que caracterizava o
Considerando-se o texto acima, assinale a ambiente natural, um bioma de
espaço nacional. segunda classe. Por isso a
alternativa correta:
A onda recente de investimentos externos não destruição indiscriminada do
a) O nível de vida das populações e o grau de
reduziu as desigualdades regionais. Na década cerrado não chegou a sensibili-
desenvolvimento tecnológico dos países ex-
plicam a desigual distribuição da rede Inter- de 1990, a participação do Sudeste no PIB na- zar a opinião pública, como no
net. cional permaneceu quase constante e acima da caso da Floresta Amazônica.
b) A cibercultura é universal e constitui um ins- marca de 58%. A participação do Sul, em torno II. ( ) Antes da difusão de tecnologias
trumento de massificação e de construção de de 17,5% e a do Nordeste foi, aproximadamen- de correção e do manejo dos
uma identidade cultural global. te, de 13%, também sofrendo apenas mudanças solos, o cerrado era visto como
c) Os fluxos de informação telefônica não de- insignificantes. A parte do Centro-Oeste no PIB imprestável para a agricultura, de-
vem ser confundidos com as infovias, que
continuou a apresentar crescimento, saltando vido à sua elevada acidez, à sua
têm uma distribuição mais igualitária no
mundo. de cerca de 5% para algo como 6%. A Região pobreza em nutrientes e à sua alta
d) Os custos da conexão virtual são mais ele- Norte, ao contrário, estagnou em menos de 5% concentração de alumínio.
vados nos países ricos do que nos países da riqueza nacional. III.( ) Antes da ocupação intensiva do
pobres, o que explica a sua desigual distri- Os Complexos Agroindustriais cerrado com a utilização de mo-
buição. derna base tecnológica, grande
e) O centro mundial de fornecimento de servi- Nesse processo, houve uma crescente mecani-
parte desse bioma já se encon-
ços da rede Internet são os Estados Unidos, zação das atividades agrícolas, especialmente
trava comprometida pelo desma-
devido à grande quantidade de telefones no Centro-Sul do país. Em conseqüência, ocor-
disponíveis. tamento para a produção do car-
reu uma intensa liberação de trabalhadores, ex-
vão destinado à indústria siderúr-
02. (PUC–RJ) Com relação ao processo de pulsos da agropecuária e forçados a procurar
gica.
urbanização brasileiro, podemos afirmar ocupação na indústria e nos serviços. Desse
IV.( ) A aparente monotonia das paisa-
que: modo, a economia rural comportou-se como
( ) A partir da década de 60, a integração do
gens do cerrado esconde uma
fonte de força de trabalho para a economia
território pelas redes de transportes e de vasta e rica biodiversidade vege-
urbana. Em 1950, cerca de 70% da população
comunicações e pelo mercado permitiu que tal e animal, pois o clima regional
economicamente ativa do Brasil estava empre-
a urbanização brasileira se tornasse, espaci- predominante, quente e úmido,
gada no setor agropecuário. No ano 2000, a a-
almente, um fenômeno generalizado. sem estação seca, permite o vi-
( ) Entre as décadas de 60 e 80, a urbanização gropecuária empregava cerca de 23% da popu-
goroso desenvolvimento da regi-
alcançou o estágio de metropolização, com lação ativa nacional.
ão.
o aumento do número de cidades com mais A economia rural transformou-se em fornecedo-
de 1 milhão de habitantes. a) Somente I, II e III estão corretas.
ra de matérias-primas para as indústrias e para
( ) Durante as décadas de 60 e 70, a acelera- b) Somente I, II e IV estão corretas
o abastecimento dos mercados urbanos. Para
ção do ritmo de urbanização demonstrou c) Somente I, III e IV estão corretas.
que os setores industrial e financeiro subor- realizar essa função, os complexos agroindus-
d) Somente II, III e IV estão corretas.
dinaram e transformaram a agricultura, inte- triais organizam-se em torno de cadeias produ-
e) Todas as afirmativas estão corretas.
grando-a às necessidades do mercado ur- tivas que envolvem, além do plantio e da colhei-
bano. ta, o beneficiamento e a distribuição do produto. 02. (UERN) A transformação do Brasil de
( ) A partir da década de 80, o ritmo de expan- Os complexos agroindustriais movimentam o país agrário em país urbano industrial
são populacional das metrópoles nacionais chamado agribusiness, ou seja, os lucrativos provocou grandes mudanças na distri-
diminuiu devido à tendência de relocaliza- negócios do campo brasileiro, que se estendem buição da população pelos setores de
ção das empresas, o que estimulou o cres-
por todas as etapas das cadeias produtivas. atividades.
cimento das cidades médias.
Eles recebem a maior parte dos créditos cedi- Essas mudanças ocorridas com a Po-
03. (Fuvest–SP) No Brasil, a participação do dos pelo sistema financeiro para o setor agro-
trabalho feminino no Setor Secundário já pulação Economicamente Ativa (PEA)
pecuário. Para eles também está voltada a mai- podem ser expressas:
foi maior que nos dias atuais Essa dimi- oria das pesquisas em novas tecnologias de
nuição pode ser explicada, entre outros a) pelo aumento do Setor Primário na Re-
fatores, pela: produção, desde sementes melhoradas por se- gião Nordeste;
leção dirigida ou geneticamente manipuladas b) pela redução do Setor Secundário na
a) mudança na estrutura industrial, com a me-
até sofisticados programas de manejo dos solos Região Centro-Oeste;
nor participação dos ramos tradicionais, co-
mo o têxtil, o de vestuário e o alimentício; e de monitoramento climático. c) pela redução do Setor Terciário na Regi-
b) monopolização masculina do trabalho in- Grande parte dessas pesquisas foi e está sendo ão Norte;
dustrial, decorrente das inovações tecno- desenvolvida pela Empresa Brasileira de Agro- d) pela não-alteração do Setor Terciário na
lógicas; pecuária (Embrapa), criada no início da década Região Sul;
c) diminuição da importância dos ramos da de 1970, e pelas Secretarias de abastecimento
química e da eletrônica, tradicionais empre- e) pelo aumento expressivo do Setor Se-
dos principais estados agrícolas do Brasil. Por cundário, principalmente na Região Su-
gadores de mão-de-obra feminina;
causa delas, mesmo os cultivos tradicionais no deste, e pela redução do Setor Primário.
d) manutenção da estrutura industrial e mono-
polização do trabalho masculino; País, como o de arroz e o de feijão, têm ganha-
e) manutenção da estrutura industrial e do de- do enorme.produtividade e passaram a integrar
senvolvimento tecnológico. os agribusiness.
Entretanto a maioria dos estabelecimentos ru-

6
Complexo de Golgi ou Sistema golgiense
Biologia Biogênese: REL – O complexo de Golgi consti-
tui-se de inúmeras vesículas, bolsas e sáculos
achatados lipoprotéicos oriundos do retículo en-
Professor JONAS Zaranza
doplasmático liso. Existe em células animais e
vegetais (dictiossomos), mas não está presente
Aula 45 em células procarióticas.

Citologia II
1. Citoplasma celular
O citoplasma celular ou hialoplasma é uma mas-
sa líquida que contém diversas substâncias, ca-
nais, bolsas e as chamadas organelas citoplas- 01. (Fuvest) Numa célula animal, a seqüência
máticas. O complexo de Golgi é um sistema de sáculos e de temporal da participação das organelas ci-
A porção mais periférica do citoplasma chama- bolsas achatadas. toplasmáticas, desde a tomada do alimento
se ectoplasma (do grego ektos, fora), e a por- até a disponibilização da energia, é:
Funções do complexo de Golgi
ção mais interna, endoplasma (do grego éndon, a) lisossomos, mitocôndrias, plastos.
dentro). As principais funções do complexo de Golgi são
o armazenamento e a secreção de substâncias b) plastos, peroxissomos, mitocôndrias.
Organelas citoplasmáticas
e a liberação das secreções através dos grãos c) complexo golgiense, lisossomos, mitocôn-
São indispensáveis ao funcionamento do orga- de zimógeno. Além disso, ele origina o acrosso- drias.
nismo vivo. É importante sabermos sua biogê- mo, ou capuz-cefálico do espermatozóide, e a d) mitocôndrias, lisossomos, complexo golgien-
nese , suas funções e sua interação com as ou- lamela média das células vegetais. Por último,
tras organelas. se.
também participa da síntese dos lisossomos.
e) lisossomos, complexo golgiense, mitocôn-
Ribossomos Armazenamento e secreção
drias.
Biogênese: nucléolo – Os ribossomos são as or- A secreção celular é o envio, para o exterior, de
ganelas responsáveis pela síntese protéica. São substâncias produzidas pela célula. O complexo 02. (Fuvest) Alimento protéico marcado com
pequenos grânulos, sem membrana envoltória, de Golgi armazena substâncias sintetizadas no radioatividade foi fagocitado por paramé-
compostos de proteínas e RNA-ribossômico ergastoplasma e, depois, secreta-as. Elas são
(rRNA). Às vezes, estão dispersos no citoplas- cios. Poucos minutos depois, os paramé-
mucopolissacarídeos, compostos que formam o
ma, aderidos à membrana nuclear ou à superfí- cios foram analisados e a maior concentra-
glicocálix; lipídios, como os hormônios sexuais e
cie externa do retículo endoplasmático rugoso; os hormônios das glândulas supra-renais; e o ção de radioatividade foi encontrada
outras vezes, unidos a um RNA-mensageiro muco dos pulmões, do nariz e do estômago. a) nos centríolos.
(mRNA), formando um conjunto denominado Quando o complexo de Golgi secreta vesículas b) nas mitocôndrias.
polissomo ou polirribossomo. chamadas grânulos de secreção, elas desta- c) na carioteca.
Estão presentes em todas as células vivas e só cam-se dele e migram para o meio extracelular.
são visíveis ao microscópio eletrônico. d) no nucléolo.
Nas células que secretam em grande quantida-
e) no retículo endoplasmático.
de, como as células glandulares, o complexo de
Golgi localiza-se entre o núcleo e o pólo secre- 03. (UNB) Um antibiótico que atue nos ribosso-
tor. mos mata:
Lisossomos a) bactérias por interferir na síntese de proteínas.
Biogênese: Complexo de Golgi – Os lisossomos b) bactérias por provocar plasmólise.
(do grego lísis, quebra; soma, corpo) são res- c) fungos por interferir na síntese de lipídios.
ponsáveis pela digestão intracelular e estão pre-
d) vírus por alterar DNA.
sentes apenas em células animais. São peque-
nas bolsas delimitadas por uma membrana lipo- e) vírus por impedir recombinação gênica.
Esquema de ribossomo. protéica, visíveis somente à microscopia eletrô- 04. As mitocôndrias são consideradas as “casas
Retículo endoplasmático nica e repletas de diferentes tipos de enzimas
digestivas.
de força” das células vivas. Tal analogia refe-
Biogênese: Membrana plasmática – O retículo re-se ao fato de as mitocôndrias
endoplasmático (do latim reticulu, pequena re- Digestão intracelular
a) estocarem moléculas de ATP produzidas na
de) é uma rede de canais, na forma de tubos e A digestão intracelular é aquela que acontece
bolsas achatados. digestão dos alimentos.
dentro da célula, portanto não é igual à que o-
O retículo endoplasmático só é encontrado em corre no tubo digestório (conforme antiga no- b) produzirem ATP com utilização de energia li-
células eucarióticas e só é visualizado por meio menclatura: tubo digestivo) dos animais. Para berada na oxidação de moléculas orgânicas.
de microscópio eletrônico. É delimitado por que ela seja possível, enzimas digestivas são c) consumirem moléculas de ATP na síntese de
membrana lipoprotéica, podendo ou não apre- sintetizadas no ergastoplasma, migrando, em glicogênio ou de amido a partir de glicose.
sentar ribossomos aderidos à sua face externa. seguida, para o complexo de Golgi, onde são d) serem capazes de absorver energia luminosa
Tipos de retículo endoplasmático empacotadas, originando os lisossomos. Nessa
utilizada na síntese de ATP.
Há dois tipos de retículo endoplasmático no ci- fase, ainda não tendo efetuado a digestão celu-
lar, o lisossomo é chamado lisossomo primário. e) produzirem ATP a partir da energia liberada na
toplasma: o retículo endoplasmático liso ou a-
Entretanto, quando envolve um corpúsculo, abre síntese de amido ou de glicogênio.
granular (sem ribossomos) e o retículo endo-
plasmático rugoso ou granular (com ribosso- sua membrana e nele despeja suas enzimas,
passando a chamar-se lisossomo secundário ou 05. (Fuvest-GV) A figura a seguir indica as di-
mos), também conhecido como ergastoplasma.
vacúolo digestivo. versas etapas do processo que uma ameba
Ciclo lisossômico realiza para obter alimentos.
A digestão heterofágica (do grego hétero, dife-
rente; phageín, comer) ocorre com substâncias
englobadas pela célula, como na fagocitose e
na pinocitose.
O vacúolo, formado na digestão heterofágica,
chama-se vacúolo digestivo (associação entre
REL RER
lisossomos e fagossoma).
Representação dos dois tipos de retículo endoplasmá-
Os lisossomos também podem digerir substân- A organela que se funde ao fagossomo
tico
cias e velhas organelas citoplasmáticas da pró- contém
Funções do retículo endoplasmático pria célula (autofagia), reaproveitando seus
a) produtos finais da digestão.
REL – Transporte de substâncias, armazena- compostos em uma espécie de reciclagem, a-
ção fundamental para a preservação da vida ce- b) enzimas que sintetizam carboidratos.
mento, síntese de lipídios (esterópides) e doto-
xificação. lular. Esse processo é a digestão autofágica (do c) enzimas digestivas.
RER ou Ergastoplasma – Transporte de subs- grego autos, próprio; phageín, comer). d) enzimas da cadeia respiratória.
tâncias,armazenamento, síntese de proteínas. O vacúolo digestivo, formado na digestão auto- e) reservas energéticas.
fágica, recebe o nome de vacúolo autofágico.
Após ter realizado a digestão, a célula aproveita
compostos que podem ser úteis, como aminoá-
cidos, carboidratos e lipídios, e coloca para fora

7
os restos inúteis, na forma de corpos residuais, elas estão presentes em grande número na ba-
pela exocitose. se de cílios e flagelos, fornecendo energia para
Todo esse processo de digestão celular é conhe sua movimentação, e em células que trabalham
cido como ciclo lisossômico. Quando ocorre o constantemente, como o músculo cardíaco. O
rompimento da membrana dos lisossomos, cha- conjunto de mitocôndrias de uma célula recebe
mamos de autólise ou apoptose, liberando en- o nome de condrioma.
zimas hidrolíticas e causando destruição celular.
Ex.: Decomposição de cadáver, redução da cau- 2. NÚCLEO INTERFÁSICO
da do girino. Estrutura nuclear
Peroxissomos Exceto em seres procariontes, em que o núcleo
Biogênese: REL – Os peroxissomos também não existe e o material nuclear está disperso no
são bolsas originadas do retículo endoplasmáti- citoplasma, os demais seres vivos possuem um
01. No esquema, estão representadas eta- co liso, repletas de enzimas originadas do RER. ou mais núcleos bem delimitados pela cariote-
pas, numeradas de 1 a 3, de um impor- São organelas diferentes dos lisossomos: pos- ca. Dentro do núcleo, mergulhados em uma so-
tante processo que ocorre no interior suem enzimas oxidantes (catalase), enquanto os lução semelhante ao hialoplasma, a cariolinfa,
das células, e algumas organelas envol- lisossomos possuem enzimas hidrolisantes. encontramos um ou mais nucléolos e os cro-
vidas direta ou indiretamente com esse Suas enzimas agem sobre substâncias oriundas mossomos.
de um catabolismo.
processo.
Centríolos
Biogênese: Autoduplicação – Os centríolos são
formados por dois cilindros perpendiculares en-
tre si. Cada um dos cilindros é composto de vá-
rios tubos não-delimitados por membrana lipo-
protéica e DNA.
Podem ser vistos, com dificuldade, ao microscó-
pio óptico. Ao microscópio eletrônico, constata-
——— split —-> se que são formados por nove grupos de três
microtúbulos.
As etapas que correspondem a 1, 2 e 3, Suas funções básicas são as de auxiliar a divi- Representação do núcleo
respectivamente, e algumas organelas são celular, formando os fusos, e originar cílios e Carioteca
representadas no esquema, estão flagelos. Também é chamada de membrana nuclear. A
corretamente listadas em: carioteca tem constituição lipoprotéica, é dupla
a) absorção de aminoácidos, síntese protéi- e apresenta poros, por onde podem passar
ca e exportação de proteínas; retículo grandes moléculas em direção ao citoplasma e
endoplasmático, lisossomo e mitocôndria. em sentido contrário. Ela comunica-se com o re-
b) fagocitose de macromoléculas, digestão tículo endoplasmático, que lhe dá origem, e, fre-
celular e egestão de resíduos; retículo en- qüentemente, possui ribossomos aderidos à sua
face externa.
doplasmático, complexo de Golgi e lisos-
A carioteca permanece íntegra durante a vida da
somo. Os centríolos são formados por nove grupos de três célula e só se desmancha durante a divisão ce-
c) fagocitose de sais minerais, fotossíntese e microtúbulos. Cada centríolo fica perpendicular ao ou- lular. Diferentemente da membrana celular, a ca-
exportação de compostos orgânicos; clo- tro. rioteca não se regenera quando lesada.
roplastos e vacúolos. Ocorrência e localização Cariolinfa
d) absorção de oxigênio, respiração celular e Os centríolos estão presentes em células ani-
A cariolinfa também é conhecida como nucleo-
eliminação de dióxido de carbono; mito- mais e vegetais inferiores. Não ocorrem em ve-
plasma, carioplasma ou suco nuclear. Ela é uma
côndrias e vacúolos. getais superiores (gimnospermas e angiosper-
mas), bactérias, cianobactérias e fungos. solução de água, proteínas e outras substân-
e) fagocitose de macromoléculas, digestão cias, semelhante ao hialoplasma, que preenche
Localizam-se, quase sempre, no pólo superior
celular e exportação de proteínas; mito- o interior do núcleo.
da célula. Todavia, em alguns animais e vege-
côndrias e lisossomos. tais, quando a célula não está em processo de Nucléolo
divisão, ficam próximos ao núcleo, em um local
02. Células animais, quando privadas de Pode existir um ou vários nucléolos dentro de
chamado centro celular ou centrossomo.
alimento, passam a degradar partes de um mesmo núcleo. O nucléolo não possui ne-
Mitocôndrias nhuma membrana envoltória e é tão-somente
si mesmas como fonte de matéria-prima
para sobreviver. A organela citoplasmá- Biogênese: Autoduplicação – As mitocôndrias um agregado de rRNA e proteínas.
são organelas presentes em todos os seres eu- O que dá origem ao nucléolo é um tipo especial
tica diretamente responsável por essa cariontes. Possuem a forma de bastonete e são
degradação é de cromossomo chamado cromossomo organi-
revestidas por uma membrana dupla. A mem- zador do nucléolo, em uma pequena parte cha-
a) o aparelho de Golgi. b) o centríolo. brana externa é lisa, e a interna, pregueada,
mada zona SAT, zona satélite ou zona organiza-
c) o lisossomo. d) a mitocôndria. formando as cristas mitocondriais, onde estão
dora do nucléolo.
as enzimas respiratórias. O preenchimento
e) o ribossomo. Cromossomos
interno das mitocôndrias é chamado matriz
03. No esquema abaixo, as setas cheias in- mitocondrial. O cromossomo é uma estrutura que contém as
Em sua composição, além de lipídios, proteínas informações genéticas da célula. Ele é constitu-
dicam um fenômeno encontrado nas cé- e enzimas respiratórias, existem cálcio, magné-
lulas vegetais, caracterizado pela circu- ído de uma molécula de DNA associada a pro-
sio, fósforo, DNA, RNA e minúsculos ribosso-
lação do citoplasma no interior da célu- teínas chamadas histonas. Nos locais de conta-
mos.
to entre o DNA e as histonas, formam-se granu-
la, o que facilita a distribuição de subs-
lações conhecidas como nucleossomos. Como
tâncias.
são formados por cromossos, são capazes de
autoduplicar-se.
O conjunto de cromossomos é chamado croma-
tina. A cromatina pode ter regiões mais espiraliza-
das, portanto mais condensadas e coráveis, e re
giões menos espiralizadas, portanto menos con-
densadas e menos coráveis. As regiões mais con
——- split —-> densadas da cromatina são chamadas helorocro
Essa condição é conhecida como matina, e as menos condensadas, eucromatina.
Esquema de mitocôndria.
a) endocitose. b) plasmólise. Função e localização
c) clamastose. d) osmose. A mitocôndria tem a função de produzir energia
e) ciclose. (ATP) para as atividades celulares por meio da
respiração celular. Isso significa que regiões da
célula com maior necessidade de energia exi- Esquema de heterocromatina (condensada ou inativa)
gem mais mitocôndrias. Assim, por exemplo, e eucromatina (condensada ou ativa).

8
Obedeço-lhes sempre. (certo)

Português Obedeço sempre a eles. (certo)


4. Confio muito em Rosilda.
Professor João BATISTA Gomes Confio-lhe muito. (errado)
Confio muito nela. (certo)

Aula 46
b) a ele(s), a ela(s), a isso – Pronomes que
podem representar pessoas ou coisas in-
Textos diferentemente.
Wave Veja construções analisadas:
Letra: Tom Jobim 1. Referimo-nos às estrelas.
Intérprete: Lenine Referimo-nos a elas. (certo)
Vou te contar 2. Obedecemos à lógica do mercado. Caiu no vestibular
Os olhos já não podem ver Obedecemos a isso. (certo)
01. (FGV) Escolha a alternativa que preencha
Coisas que só o coração pode entender
c) me, te, se, nos, vos – Pronomes que só corretamente as lacunas das frases abaixo.
Fundamental é mesmo o amor
podem representar pessoas.
É impossível ser feliz sozinho 1. Por acaso, não é este o livro ............. o
Veja construções analisadas:
professor se refere?
O resto é mar 1. Coisas boas aconteceram a mim. 2. As Olimpíadas ............. abertura assistimos
É tudo que eu nem sei contar Coisas boas aconteceram-me. (certo)
foram as de Tóquio.
São coisas lindas que eu tenho pra te dar 2. Cabe a ti a decisão de mudar de vida. 3. Herdei de meus pais os princípios morais
Vem de mansinho a brisa e me diz Cabe-te a decisão de mudar de vida.
............. tanto luto.
É impossível ser feliz sozinho (certo)
4. É bom que você conheça antes as pessoas
Da primeira vez era a cidade Arapuca ............. vai trabalhar.
Da segunda o cais e a eternidade 5. A prefeita construirá uma estrada do centro
Agora eu já sei (FGV) Assinale a alternativa em que um ver- ao morro ............. será construída a igreja.
Da onda que se ergueu no mar bo, tomando outro sentido, tem alterada a
6. Ainda não foi localizada a arca ............. os
E das estrelas que esquecemos de contar sua predicação.
piratas guardavam seus tesouros.
O amor se deixa surpreender a) O alfaiate virou e desvirou o terno, à
Enquanto a noite vem nos envolver procura de um defeito. / Francisco virou a) de que, cuja, para que, com os quais, sobre
a cabeça para o lado, indiferente. que, em que.
b) Clotilde anda rápido como um raio. / b) que, de cuja, com que, para quem, no qual,
Regência Verbal 2
Clotilde anda adoentada ultimamente. que.
VERBOS TRANSITIVOS INDIRETOS c) A mim não me negam lugar na fila. /
c) em que, cuja, de que, para os quais, onde,
Neguei o acesso ao prédio, como me
na qual.
1. DEFINIÇÃO cabia fazer.
d) Não assiste ao prefeito o direito de d) a que, a cuja, em que, com que, que, em
Transitivo indireto é o verbo que exige com- que.
julgar essa questão. / Não assisti ao
plemento com preposição. O complemento
filme que você mencionou. e) a que, a cuja, por que, com quem, sobre o
chama-se objeto indireto.
e) Visei o alvo e atirei. / As autoridades qual, onde.
2. PREPOSIÇÃO OBRIGATÓRIA portuárias visaram o passaporte.
02. (FGV) Assinale a alternativa que completa
Quando o complemento do verbo transitivo 4. PRONOMES COM DUPLA FUNÇÃO corretamente as lacunas da frase:
indireto vem representado por um substan-
Os pronomes átonos me, te, se, nos e vos
tivo (ou por pronome que não seja átono), a “Eu ....... encontrei ontem, mas não .......
podem fazer o papel tanto de objeto direto
preposição é obrigatória. A construção de reconheci porque ....... anos que não ....... via.”
quanto de objeto indireto. A diferença está
frases sem ela constitui agressão à norma na regência do verbo a que se filiam. a) lhe, lhe, há, lhe.
culta da língua escrita.
1. Eu tenho coisas lindas para te dar. b) o, o, haviam, o.
Veja construções certas e erradas: Função do “te”: objeto indireto. c) lhe, o, havia, lhe.
1. Este é o homem que o Brasil precisa. 2. Eu nasci para te amar. d) o, lhe, haviam, o.
(errado) Função do “te”: objeto direto. e) o, o, havia, o.
2. Este é o homem de que o Brasil precisa.
3. A noite vem-nos envolver. 03. (FGV) Caetano Veloso gravou uma can-
(certo)
Função do “nos”: objeto direto.
3. O filme que assisti impressionou-me. ção, do filme Lisbela e o Prisioneiro. Trata-
(errado) 4. Nada nos falta aqui. se de Você não me ensinou a te esquecer.
4. O filme a que assisti impressionou-me. Função do “nos”: objeto indireto. A propósito do título da canção, pode-se
(certo) 5. Ele deu-se o luxo de viajar. dizer que:
Função do “se”: objeto indireto.
3. COMPLEMENTO DOS VERBOS a) A regra da uniformidade do tratamento é res-
TRANSITIVOS INDIRETOS 5. VTI: SEM VOZ PASSIVA peitada, e o estilo da frase revela a lingua-
Além dos substantivos, os verbos transitivos Os verbos transitivos indiretos não aceitam, gem regional do autor.
indiretos admitem como complemento: em rigor, voz passiva. Alguns verbos, po- b) O desrespeito à norma sempre revela falta
a) lhe(s) – Pronome que só pode represen- rém, por força do uso, são apassivados. É o de conhecimento do idioma; nesse caso,
tar pessoas ou seres vivos; deve ser usa- caso de obedecer, pagar, perdoar, respon-
não é diferente.
do com verbos que combinem com as der. Mas, em provas de concursos, em que
c) O correto seria dizer Você não me ensinou a
preposições a ou para. a língua culta padrão é preservada, tais
construções são condenadas, com exceção lhe esquecer.
Veja construções analisadas: d) Não deveria ocorrer a preposição a nessa
daquelas com o verbo obedecer.
1. Assistimos ao filme proibido. frase, já que o verbo ensinar é transitivo
Veja construções certas e erradas:
Assistimos-lhe. (errado) direto.
Assistimos a ele. (certo) 1. O jogo foi assistido por toda a família.
Construção errada porque o verbo e) Desrespeita-se a regra da uniformidade de
2. Obedecemos às leis de trânsito. assistir (transitivo indireto) não aceita tratamento. Com isso, o estilo da frase acaba
Obedecemos-lhes. (errado) voz passiva. por aproximar-se do da fala.
Obedecemos a elas. (certo)
2. Toda a família assistiu ao jogo.
3. Obedeço sempre aos meus superiores.

9
Frase na voz ativa; construção certa. b) Ofertaram-lhe flores miúdas.
3. As leis de trânsito nunca são obedecidas. = Ofertaram-lhas (lhe + as).
Construção certa; o verbo obedecer c) Elas nos deram flores.
(transitivo indireto) admite voz passiva.
= Elas no-las deram (nos + as).
4. Não se obedece nunca às leis de trânsito.
d) Todos te mandaram lembranças.
Construção certa.
= Todos tas mandaram (te + as).
6. VTI + SE = SUJEITO INDETERMINADO
e) Eu lhes peço desculpas.
Os verbos transitivos indiretos, acompanha-
= Eu lhas peço. (lhes + as).
dos do pronome se, não admitem plural. É
que, nesse caso, o se indica sujeito inde- 3. ME, TE, NOS, VOS, LHE = POSSESSIVOS
terminado, obrigando o verbo a ficar na ter-
LISTA DE VERBOS TRANSITIVOS ceira pessoa do singular. Em construções do tipo “Roubaram-lhe o
INDIRETOS Veja construções analisadas:
carro”, o verbo não é transitivo direto e indi-
Eis a relação de verbos transitivos indiretos mais reto: é apenas transitivo direto, com o lhe
1. Precisam-se de pedreiros. (errado)
empregados no dia-a-dia. Ao lado deles, servindo- (ou me, te, nos, vos) na função de adjunto
2. Precisa-se de pedreiros. (certo)
lhes de complemento, não se podem usar os adnominal. Nesse caso, os pronomes me,
Regência de “precisar”: VTI.
pronomes o, a, os, as. te, nos, vos e lhe têm valor de possessivos:
Função do “se”: PIS (pronome que inde-
termina o sujeito). correspondem a meu, teu, nosso, vosso e
1. Abster-se
Sujeito: indeterminado. seu.
A muito custo, absteve-se do álcool.
2. Acenar 3. Aqui, obedecem-se às leis. (errado)
Finalmente, o governo acenou com a 4. Aqui, obedece-se às leis. (certo) Dificuldades da língua
possibilidade de renúncia. Regência de “obedecer”: VTI. ESTAR EM ou DE FÉRIAS?
3. Acontecer Função do “se”: PIS (pronome que inde-
Aconteceu-nos, outrora, muito contratempo. termina o sujeito). 1. Féria (sinônimos):
4. Aderir Sujeito: indeterminado. a) Dia semanal.
Chegou a hora de aderirmos à proposta da 5. Tratam-se de acordos sociopolíticos. b) Jornal ou salário de trabalhadores.
oposição. (errado) c) Soma dos salários da semana.
5. Admirar-se 6. Trata-se de acordos sociopolíticos. (certo) d) Folga, descanso.
Admiramo-nos de sua coragem. Regência de “tratar”: VTI. e) Em casa comercial, o dinheiro das
6. Aludir Função do “se”: PIS (pronome que inde-
vendas realizadas no dia, na semana.
No discurso, ela aludiu ao nosso passado. termina o sujeito).
f) No calendário litúrgico, dia em que não
7. Ansiar Sujeito: indeterminado.
se comemora uma festa.
Sempre ansiei por dias melhores.
7. OBJETO INDIRETO ORACIONAL
8. Antipatizar 2. Férias (sinônimos):
O complemento do verbo transitivo indireto,
Antipatizamos com os índios tão logo os vimos. a) Significa dias em que se suspendem os
o objeto indireto, pode ser uma oração in-
9. Aprazer trabalhos oficiais (datas patrióticas e dias
teira: é a oração subordinada substantiva
Apraz-me muito a tua presença.
objetiva indireta. santificados); feriado.
10. Argumentar
Veja construções analisadas: b) Certo número de dias consecutivos desti-
Temos motivos para argumentar contra suas
atitudes. 1. Lembro-me de que tudo entre nós eram nados ao descanso de funcionários, em-
11. Bastar flores... antes do casamento. pregados, estudantes, etc., após um pe-
Regência de “lembrar-se”: VTI. ríodo anual ou semestral de atividades.
Pouca coisa basta ao homem sóbrio.
Função do “me”: pronome que integra o
12. Bater 3. Entrar em ou de férias? – No sentido de
verbo.
Não se deve bater em crianças.
Objeto indireto: “de que tudo entre nós “começar a fruir, a gozar”, a construção cor-
13. Caber
eram flores... antes do casamento”. reta é “entrar de férias”, “entrar de licença”.
Cabe ao povo o direito de controlar as ações do
2. Esqueci-me de que você é vegetariana. a) Semana que vem, ela entrará de férias.
governo.
Regência de “esquecer-se”: VTI. (certo)
14. Cair
Função do “me”: pronome que integra o
A escolha para dar-lhe a notícia caiu em mim. b) Semana que vem, ela entrará em férias.
verbo.
15. Carecer Objeto indireto: “de que você é vegeta- (errado)
Esse seu argumento carece de fundamentos. riana”. c) Quando você entrará de férias? (certo)
16. Ceder d) Quando você entrará em férias?
Fiz tudo para não ceder à tentação. Verbos transitivos diretos (errado)
17. Custar e indiretos 4. Sair em ou de férias? – No sentido de “afas-
Custou-lhe acreditar na derrota.
18. Confiar 1. DOIS COMPLEMENTOS tar-se, retirar-se”, a construção correta é “sair
Eu estava certo; não podíamos confiar neles. em férias”.
Há verbos que possuem dupla predicação,
19. Contentar-se exigindo dois complementos: um sem pre- a) Semana que vem, saio de férias. (errado)
Eu me contento com pouca coisa. posição (objeto direto), outro com preposi- b) Semana que vem, saio em férias. (certo)
20. Esquecer-se ção (objeto indireto). São chamados de
5. Estar de ou em férias? – Dissociadas de ver-
Jamais me esquecerei de você. transitivos diretos e indiretos ou bitransi-
tivos. Outros nomes: biobjetivos e transi- bos ou associadas ao verbo estar, as expres-
21. Faltar
tivos-relativos sões “de férias” e “em férias” são corretas.
Nada me falta aqui...
22. Gostar 1. Mesmo em férias, continuou trabalhando.
2. COMBINAÇÃO DE PRONOMES
Estes são os filmes de que gosto. (certo)
Com verbos transitivos diretos e indiretos,
23. Lembrar-se 2. Mesmo de férias, continuou trabalhando.
pode ocorrer a combinação dos pronomes
Lembrei-me de minha infância e chorei. (certo)
átonos, incomum na língua coloquial brasi-
24. Obedecer 3. Vamos aproveitar: estamos de férias.
leira, mas muito empregada pelos autores
É importante que, na empresa, todos obedeçam (certo)
da literatura. Vejamos algumas frases:
às determinações superiores.
a) Diziam-me coisas absurdas. 4. Vamos aproveitar: estamos em férias.
= Diziam-mas (me + as). (certo)

10
Química
Professor Pedro CAMPÊLO

Aula 47

Ligações Químicas II
ORBITAL ATÔMICO ORBITAL p
Num átomo, os estados estacionários da função A forma geométrica dos orbitais p é a de duas
de onda de um elétron são denominados orbi- esferas achatadas até o ponto de contato (o nú- 01. Qual a geometria molecular da água
tais atômicos. Entretanto os orbitais não repre- cleo atômico), orientadas segundo os eixos de (H2O)? Dados os números atômicos: H=1;
sentam a posição exata do elétron no espaço, coordenadas. Em função dos valores que pode O=8.
que não pode ser determinada devido a sua assumir o terceiro número quântico m (–1, 0 e
natureza ondulatória; apenas delimitam uma a) Linear
+1 ), obtêm-se três orbitais p simétricos, orien-
região do espaço na qual a probabilidade de tados segundo os eixos x, z e y. De maneira b) Angular
encontrar o elétron é elevada. análoga ao caso anterior, os orbitais p apresen- c) Trigonal plana
OS ORBITAIS E OS NÚMEROS QUÂNTICOS tam n–2 nós radiais na densidade eletrônica, de d) Piramidal
O valor do número quântico n (número quântico modo que, à medida que aumenta o valor do e) Tetraédrica
principal ou primário, que apresenta os valores número quântico principal, a probabilidade de
1, 2, 3, 4, 5, 6 ou 7) define o tamanho do orbital. encontrar o elétron afasta-se do núcleo atômico. 02. Qual a geometria molecular da amônia
Quanto maior o número, maior o volume do or- (NH3)? Dados os números atômicos: H=1;
bital. Também é o número quântico que tem a N=7.
maior influência na energia do orbital.
O valor do número quântico l (número quântico a) Linear
secundário ou azimutal, que apresenta os b) Angular
valores 0, 1, 2,..., n–1) indica a forma do orbital c) Trigonal plana
e o seu momento angular. O momento angular é ORBITAL d
d) Piramidal
determinado pela equação: Os orbitais d têm uma forma mais diversificada:
quatro deles têm forma de 4 lóbulos de sinais e) Tetraédrica
A notação científica (procedente da espectrosco- alternados (dois planos nodais, em diferentes
03. Determinar o número de ligações sigma
pia) é a seguinte: orientações espaciais ), e o último é um duplo
l = 0, orbitais s lóbulo rodeado por um anel (um duplo cone
existentes na molécula do etanol (H3C –
l = 1, orbitais p nodal ). Seguindo a mesma tendência, apresen- CH2 – OH).
l = 2, obitais d tam n-3 nós radiais. a) 0
l = 3, orbitais f
l = 4, orbitais g. b) 2
Para os demais orbitais, segue-se a ordem alfabé- c) 6
tica. d) 7
O valor do m (número quântico terciário ou e) 8
magnético, que pode assumir os valores – l...0...
+l) define a orientação espacial do orbital diante 04. Quantas ligações pi são encontradas na
de um campo magnético externo. Para a proje- molécula do ácido cianídrico (HCN)?
ção do momento angular diante de um campo
externo, verifica-se através da equação: a) 0
LIGAÇÃO DE VALÊNCIA b) 1
O valor de s (número quântico quaternário ou c) 2
Em química, a teoria da ligação de valência
spin) pode ser +1/2 ou -1/2. Denomina-se orbi-
tenta explicar a formação de ligações covalentes. d) 3
tal espacial aquele sem o valor de s, e spinorbi-
tal aquele que apresenta o valor de s. O modelo da teoria de ligação de valência e) 4
Pode-se decompor a função de onda empregan- De acordo com a teoria de ligação de valência
05. Assinale a alternativa que apresenta uma
do-se o sistema de coordenadas esféricas da (TLV), a ligação entre dois átomos é conseguida
seguinte forma: através da sobreposição de dois orbitais atômi-
molécula com geometria linear.
Ψn, l, ml = Rn, l (r) Θl, ml (θ) Φml (ϕ) cos semipreenchidos. Sobreposição refere-se a a) CO2
Onde: Rn, l (r) representa a distância do elétron uma porção desses orbitais atômicas que ocu- b) H2O
até o núcleo, e Θl, ml (θ) Φml (ϕ), a geometria do pam o mesmo espaço. c) CH4
orbital. Para representar o orbital, emprega-se a Nessa zona de sobreposição, existe apenas um
função quadrada, |Θl, ml (θ)|2 |Φml (ϕ)|2, já que par de elétrons com spins desemparelhados,
d) PCl3
esta é proporcional à densidade de carga e, por- provocando a aproximação dos núcleos e dimi- e) SO3
tanto, à densidade de probabilidade, isto é, o nuindo a energia potencial do sistema.
volume que encerra a maior parte da probabili- 06. Em qual dos compostos o carbono é
Logo os átomos tendem a posicionar-se de forma
dade de encontrar o elétron ou, se preferir, o trigonal plano?
que a sobreposição de orbitais seja máxima,
volume ou a região do espaço na qual o elétron
reduzindo a energia do sistema a um mínimo, a) CO2 b) CH4 c) CO
passa a maior parte do tempo.
formando ligações mais fortes e estáveis. d) HCOOH e) HCN
ORBITAIS σ
ORBITAL s
O orbital s tem simetria esférica ao redor do nú- 07. Considere a seguinte cadeia carbônica:
cleo. Na figura seguinte, são mostradas duas Quando o emparelhamento se dá através de
H2C=C=CH–CH2–CHO. O tipo de hibri-
alternativas de representar a nuvem eletrônica orbitais segundo o eixo de ligação dos átomos,
as ligações denominam-se ó. As orbitais que dização dos átomos de carbono, na
de um orbital s:
Na primeira, a probabilidade de encontrar o elé- geralmente formam ligações ó são as s e pz. ordem em que foram apresentados, é:
tron (representada pela densidade de pontos) ORBITAIS π a) sp2, sp, sp2, sp3, sp2
diminui à medida que nos afastamos do núcleo. b) sp2, sp2, sp, sp3, sp3
Quando o emparelhamento se dá através de
Na segunda, apresenta-se o volume esférico no
qual o elétron passa a maior parte do tempo. Pela orbitais fora do eixo de ligação dos átomos, as c) sp3, sp2, sp3, sp, sp2
simplicidade, a segunda forma é mais utilizada. ligações denominam-se π. Os orbitais que d) sp2, s, sp, sp2, sp
Para valores de número quântico principal maio- geralmente formam ligações π são os px e py. e) sp2, p, sp, sp2, sp
res que um, a função densidade eletrônica apre-
senta n–1 nós, nos quais a probabilidade tende a 08. O ângulo entre as ligações na molécula
zero. Nesses casos, a probabilidade de encontrar do gás metano (CH4) é:
o elétron se concentra a certa distância do núcleo.
a) 90° b) 120° c) 180°
d) 240° e) 109°28’

11
Exemplos: LIGAÇÃO PI
O2 – A configuração eletrônica do Oxigênio é Em química orgânica, ligações pi (ou ligações
1s2 2s2 2px2 2py1 2pz1. π) são ligações químicas covalentes, quando o
Então há dois pares de elétrons 2p desemparelha- emparelhamento se dá através de orbitais fora
dos (para dois átomos de oxigênio). Sobrepondo do eixo de ligação dos átomos. Os orbitais que
os orbitais 2pz, forma-se uma ligação σ; sobrepon- geralmente formam ligações pi são os px e py.
do os orbitais 2py, forma-se uma ligação π. É a ligação característica de compostos com
Assim, forma-se uma ligação covalente dupla entre duplas ou triplas ligações como o propeno e o
os átomos, composta por uma ligação σ e uma π. etino. A densidade eletrônica de uma ligação pi
N2 – A configuração eletrônica do Azoto é 1s2 2s2 é nula no eixo internuclear ou plano nodal
2px1 2py1 2pz1 (região no meio do orbital onde o valor é zero).
Então há três pares de elétrons 2p desemparelha- A ligação pi é mais fácil de ser rompida devido à
01. Assinale a afirmação incorreta. dos (para duas moléculas de nitrogênio). Sobre- aproximação lateral nos orbitais p.
a) A molécula de O2 apresenta duas ligações pondo os orbitais 2pz, forma-se uma ligação σ;
sobrepondo os orbitais 2px e 2py, formam-se duas GEOMETRIA MOLECULAR
pi.
ligações π. Geometria molecular é o estudo de como os
b) 180° é o ângulo na molécula do CO2.
Assim, forma-se uma ligação covalente tripla entre átomos estão distribuídos espacialmente em
c) A molécula do trióxido de enxofre (SO3) é os átomos, composta por uma ligação σ e duas π. uma molécula. Esta pode assumir várias formas
trigonal plana. HIBRIDIZAÇÃO DE ORBITAIS geométricas, dependendo dos átomos que a
d) A forma geométrica da molécula do gás compõem. As principais classificações são linear,
Metano (CH4)
nitrogênio (N2) é linear. angular, trigonal plana, piramidal e tetraédrica.
A configuração eletrônica do Carbono é 1s2 2s2
Para se determinar a geometria de uma molécu-
e) 120° é o ângulo entre as ligações na 2px1 2py1 2pz0
la, é preciso conhecer a teoria da repulsão dos
molécula do BF3. Logo parece que o Carbono apenas pode esta-
pares eletrônicos da camada de valência.
belecer duas ligações. Então como se pode ligar
02. O número de ligações covalentes que um a 4 átomos de hidrogênio? Teoria da repulsão dos pares eletrônicos
átomo faz é igual ao número de orbitais Primeiro, é necessário promover um elétron 2s a Baseia-se na idéia de que pares eletrônicos da
incompletos que ele apresenta na cama- 2p, ficando com uma configuração semelhante camada de valência de um átomo central, este-
da de valência. Caso não existisse a hi- à seguinte: 1s2 2s1 2px1 2py1 2pz1. jam fazendo ligação química ou não, se com-
Agora, já podemos considerar que cada um des- portam como nuvens eletrônicas que se repe-
bridização, o carbono seria:
ses elétrons desemparelhados se une ao único lem, ficando com a maior distância angular
a) Monovalente elétron 1s do hidrogênio, formando 4 ligações σ. possível uns dos outros. Uma nuvem eletrônica
b) Bivalente Uma das ligações seria resultante da sobreposição pode ser representada por uma ligação simples,
c) Trivalente da orbital 1s do hidrogênio com a 2s do carbono; e dupla, tripla ou mesmo por um par de elétrons
as 3 restantes resultariam da sobreposição dos que não estão a fazer ligação química. Essa
d) Tetravalente
orbitais 1s com os 2p. Daqui se deduziria que a teoria funciona bem para moléculas do tipo ABx,
e) Hexavalente geometria dessa molécula seria a de 3 ligações em que A é o átomo central e B é chamado de
segundo os eixos ortogonais e uma no espaço elemento ligante. De acordo com essa teoria, os
03. A partir da análise de Lewis, o par de
restante. No entanto dados experimentais sugerem pares de elétrons da camada de valência do
substâncias que apresenta a mesma que todas as ligações são iguais, e distanciadas átomo central (A) se repelem, produzindo o
geometria molecular é: igualmente, formando ângulos de 109,5° entre si. formato da molécula ou íon.
a) CH3Cl e SO3 Daqui surge a idéia de hibridização dos orbitais. Assim, se houver 2 nuvens eletrônicas ao redor
Isso significa que, em vez de orbitais s e p, de um átomo central, a maior distância angular
b) NH3 e SO3
apenas existem 4 orbitais híbridos sp3, todos que elas podem assumir é 180 graus. No caso
c) PCl3 e SO3 iguais em termos energéticos. de três nuvens, 120 graus etc.
d) NH3 e PCl3
Etino (C2H2) Tipos de geometria molecular
e) NH3 e CH3Cl
Considemos o carbono excitado 1s2 2s1 2px1 2py1 a) Linear: Acontece em toda molécula biatômica
04. Assinale a alternativa que apresenta a 2pz1; nessa molécula, também se dá hibridização (que possui dois átomos) ou em toda molécu-
associação incorreta. de orbitais, mas apenas de dois, do orbital s e de
la em que o átomo central possui no máximo
um p, formando ddois orbitais híbridos sp.
duas nuvens eletrônicas em sua camada de
a) BeH2 – linear Um desses orbitais sp vai-se ligar ao orbital 1s do
hidrogênio (ligação σ), enquanto que o outro orbi-
valência. Exemplo: Ácido clorídrico (HCl) e
b) BH3 – trigonal plana gás carbônico (CO2).
c) CH4 – tetraédrica tal sp se liga a outro híbrido sp do outro átomo de
hidrogênio (ligação σ). Os orbitais 2p restantes li-
b)Trigonal plana ou triangular: Acontece somen-
d) PH3 – trigonal plana te quando o átomo central tem três nuvens ele-
gam-se com os outros orbitais 2p do outro carbo-
trônicas em sua camada de valência. Estas de-
no, formando duas ligações π. Assim se explica a
e) H2S – angular
vem fazer ligações químicas, formando um ân-
05. Qual das moléculas a seguir não apresenta ligação tripla entre os átomos de carbono.
gulo de 120 graus entre os átomos ligados ao
Eteno (C2H4)
ligação pi? átomo central. Caso 2 das nuvens eletrônicas
No eteno, em que há uma ligação dupla entre os
sejam de ligações químicas e uma de elétrons
a) CS2 átomos de carbono, podemos concluir que se
não-ligantes, a geometria é angular, como foi
b) N2 formam 3 orbitais híbridos sp2, em que dois deles
descrito acima. O ângulo é de 120°
se ligam com os orbitais 1s dos hidrogênios (liga-
ção σ); o restante liga-se ao orbital sp2 do outro
c) O2 c) Angular: Acontece quando o átomo central
carbono (ligação σ); e o orbital 2p restante liga-se
d) F2 tem três ou quatro nuvens eletrônicas em sua
ao outra orbital 2p, formando uma ligação π.
e) SO2 camada de valência. No caso de três, duas
devem estar fazendo ligações químicas e uma
06. A cadeia carbônica H2C=C=CH–O–CHO, LIGAÇÃO SIGMA não, formando um ângulo de 120 graus entre
É uma ligação entre dois orbitais s ou um orbital os átomos ligantes. Quando há quatro nuvens,
a) Apresenta apenas ligações sigmas.
s e um p, ou ainda entre dois orbitais p que se duas devem fazer ligações químicas e duas
b) Apresenta apenas ligações pi. interpenetram frontalmente. Normalmente o que não, formando um ângulo de 105 graus entre
c) Apresenta carbono do tipo sp3. ocorre é o seguinte: os orbitais de dois átomos os átomos.
d) Apresenta apenas carbonos do tipo sp2. de carbono, por exemplo, que são do tipo p, se d)Tetraédrica: Acontece quando há quatro nu-
e) Apresenta carbonos do tipo sp e sp2. ligam. A primeira ligação a ser formada é um vens eletrônicas na camada de valência do
sigma, porque os dos orbitais que estiverem átomo central, e todas fazem ligações quími-
07. Na molécula do gás nitrogênio, mais próximos um do outro se interpenetram cas. O átomo central assume o centro de um
frontalmente. Observa-se uma simetria cilíndrica
encontramos: tetraedro regular. O ângulo é de 109° 28’
sobre o eixo que une o centro dos dois atomos.
e) Piramidal: Acontece quando há quatro nuvens
a) Ligações iônicas. A densidade eletrônica (o par de elétrons da
eletrônicas na camada de valência do átomo
b) Apenas ligações sigma. ligação) vai se situar entre os núcleos dos
átomos ligados; uma ligação sigma entre os central, sendo que três fazem ligações quími-
c) Apenas ligações pi. cas e uma não. Os três átomos ligados ao
átomos mais importantes para a química do
d) Duas ligações covalentes. carbono pode ser feita por um orbital híbrido do átomo central não ficam no mesmo plano. O
e) Ligações sigma e pi. tipo sp, sp² ou sp³, e o orbital s do hidrogênio, ângulo é de 107°. O exemplo mais citado é o
ou com orbitais sp, sp² e sp³ de átomos maiores. amoníaco (NH3).

12
outra forma, a imposição de medidas truculentas
Geografia em relação aos seus opositores, às minorias ou
para manter sua influência política ou os interes-
ses econômicos em alguma região do planeta
Professor HABDEL Jafar são exemplos claros de como esse problema po-
de ser agravado.
Classificação dos movimentos migratórios
Aula 48
Podemos classificar os movimentos migratórios
A evolução do capitalismo segundo alguns aspectos. Um movimento migra-
tório pode ser encarado como espontâneo ou
Migrações populacionais voluntário quando a decisão da saída parte do
[...] os movimentos migratórios significam a exis- próprio sujeito. Exemplo disso são os Italianos,
01. (Enem) TENDÊNCIAS NAS MIGRAÇÕES
tência de dois problemas: tanto a ruptura do e- alemães, espanhóis, que vieram para a América
a partir da segunda metade do século XIX. A mi-
INTERNACIONAIS
migrante com o seu lugar de origem quanto a O relatório anual (2002) da Organização
necessidade de reintegração social na condição gração é forçada quando o sujeito é obrigado a
de imigrante em seu lugar de destino. O primeiro migrar, não tomando parte da decisão da saída e para a Cooperação e Desenvolvimento
é marcado pelo distanciamento físico das rela- dos locais de destino. Foi isso o que aconteceu Econômico (OCDE) revela transformações
ções familiares e de amizade, assim como pelo com os negros africanos durante a expansão eu- na origem dos fluxos migratórios.
abandono das imagens dos lugares que marcam ropéia. Um fato idêntico se deu com muitos bra- Observa-se aumento das migrações de
o cotidiano das pessoas [...]. O segundo repre- sileiros que se viram obrigados a fugir do País a chineses, filipinos, russos e ucranianos
senta a condição de forasteiro, de estranho, e a partir do Golpe Militar de 1964. O estado pode com destino aos países membros da
conseqüente necessidade de integração com o intervir nos movimentos migratórios, seja restrin- OCDE. Também foi registrado aumento
novo espaço físico e social. Ruptura e reintegra- gindo, seja estimulando os fluxos de entrada ou
de fluxos migratórios provenientes da
ção são processos que acompanham os migran- de saída.
Uma nova onda xenófoba varreu os países cen- América Latina.
tes, quase sempre com conflitos tanto de nature-
trais do capitalismo desde o final do século XX. Trends in international migration – 2002. Internet:
za psicológica como sociocultural”.
(Francisco C. Scarlato, População e Urbanização Brasi- Nos EUA e por toda a Europa, assiste-se à impo- <www.ocde.org> (com adaptações).
leira, in Geografia do Brasil, Jurandir L. S. Ross (org.) sição de leis mais severas e restritivas aos imi- No mapa seguinte, estão destacados,
Edusp, 2002). grantes que já estão dentro de suas fronteiras e, com a cor preta, os países que mais rece-
As migrações populacionais são “deslocamentos principalmente, àqueles que desejam cruzá-las. beram esses fluxos migratórios em 2002.
de populações entre regiões de um mesmo país Mas nem sempre foi assim. A Conquista do Oes-
ou entre países. [...] Com a tendência mundial a te nos EUA, a reconstrução da Europa arrasada
uma estabilização do crescimento vegetativo das pela Segunda Guerra Mundial e até a expansão
populações, as migrações estão constituindo-se das lavouras de café no Brasil foram acompa-
no elemento mais importante da vida de grandes nhadas de legislação e de atitudes que estimu-
contingentes populacionais” laram a entrada de imigrantes dos mais variados
(Oliva, Jaime e Giansanti, Roberto. Espaço e Modernida- cantos do planeta.
de: temas da Geografia Mundial. Atual. p. 190. 2001). Com relação ao espaço de movimentação, as
migrações podem ser internas ou nacionais e
Esse intenso trânsito de pessoas que verifica-
externas ou internacionais. Quando o indivíduo
mos desde as últimas décadas do século XX
muda de cidade, estado ou região, mas não sai
pressupõe causas estruturais e econômicas. A
do seu país de origem, ele realiza a migração in-
concentração da riqueza e a expropriação cres- As migrações citadas estão relacionadas,
terna. Durante a industrialização de São Paulo, a
cente do trabalhador deterioram, cada dia mais,
construção de Brasília ou a exploração do látex principalmente, à
a vida de milhões de pessoas nos países po-
na Amazônia, muitos nordestinos deixaram para a) ameaça de terrorismo em países perten-
bres. Até mesmo nos países centrais do capita-
trás suas famílias e seu lugar na tentativa de me-
lismo, essa é uma realidade preocupante e centes à OCDE.
lhorar de vida. No entanto, quando o migrante
combustível para insensatas demonstrações de b) política dos países mais ricos de incentivo à
procura melhorias nas condições de vida em
xenofobia. Ainda que existam causas político- imigração.
outro país, ele realiza o que chamamos migra-
ideológicas, naturais, religiosas, psicológicas e c) perseguição religiosa em países muçulma-
ção externa ou internacional.
bélicas, os fatores que mais alimentam esse
Porém, muitas vezes, esses movimentos são nos.
trânsito humano em direção aos países centrais
mais complexos do que se imagina. Há casos d) repressão política em países do Leste
são as ligados à economia. A busca por uma vi-
em que o migrante desloca-se diretamente da Europeu.
da melhor, por ascensão social e a inserção
área rural de um país do Magreb (Argélia, Mar- e) busca de oportunidades de emprego.
nessa nova realidade tecnológica é o verdadeiro
rocos e Tunísia) para Paris ou para alguma gran-
motor dessa horda de migrantes.
de cidade da Espanha. Nesse exemplo, a migra- 02. (Pucrs) O mundo apresenta redes de
Todo movimento migratório se relaciona a duas
áreas antagônicas. As repulsivas caracterizam-
ção é, ao mesmo tempo, rural-urbana (êxodo ru- mobilidade populacional que transcen-
ral), internacional (entre países) e transcontinen- dem fronteiras internacionais em busca
se pelo crescente desemprego, pela informali-
tal (da África para a Europa). de melhores condições de vida. Nesse
dade e pelos baixos salários. Nelas encontra-
Outro dado importante é a duração do movimen- deslocamento, pode-se afirmar correta-
mos ainda, de um lado, o atraso tecnológico da
to migratório. Esse tempo pode ser provisório ou mente que
produção e, de outro, a adoção de tecnologias
definitivo. Na migração temporária, a saída do mi-
poupadoras de mão-de-obra. Nota-se o drama e a) na América do Sul, os imigrantes que che-
grante é por tempo determinado, ou seja, já existe
as conseqüências da intensa concentração de
a intenção de retorno. Exemplo disso encontra- garam nas duas últimas décadas são repre-
terras e a mecanização nas áreas rurais. Esses
mos em um turista em férias ou num profissional sentados por refugiados políticos e por ja-
fatores acabam produzindo os excedentes po-
que vai ao exterior para fazer um curso de espe- poneses que vêem nas áreas metropolita-
pulacionais e disponibilizam milhares de famílias
cialização. Em ambos, já existe implícita a inten- nas melhores condições de vida do que no
para a marcha em direção aos “oásis” econômi-
ção do retorno. Assim, podemos encontrar algu- seu país.
cos desse capitalismo global. Por sua vez, as
mas variações para esses casos. O deslocamen-
áreas atrativas oferecem melhores perspectivas b) todos os países da América do Norte apre-
to diário do trabalhador de sua casa (subúrbio ou
de emprego, salário e oportunidades, portanto sentam excelentes possibilidades econômi-
periferia) para seu trabalho (centro), entre o início
melhores condições de vida. cas para os imigrantes, continuando válida
da manhã e o anoitecer, é uma migração reversí-
Outras razões que colocam milhões de pessoas a idéia de "fazer a América".
vel, ou seja, de ida e de volta. Como esse movi-
em movimento são as perseguições políticas,
mento se completa no mesmo dia, chamamos is- c) é dos países africanos a maioria dos imi-
religiosas ou étnicas. Fazem parte desse grupo
so de migração pendular. Se esse mesmo movi- grantes que chegam atualmente ao Brasil
as guerras e os desastres naturais (enchentes,
mento for realizado entre a periferia e o centro para trabalhar nas indústrias da Grande
secas, vulcões em erupção, tsunamis, torna-
de duas cidades fronteiriças (entre países vizi- São Paulo.
dos). A degradação econômica, a corrupção po-
nhos), será chamado de migração transfronteiri- d) a busca dos melhores salários oferecidos
lítica quase sempre aliada ao tráfico de drogas,
ça ou Commuting. Há outro movimento de ida e pelos países produtores de petróleo atrai ao
a lavagem e os desvios de dinheiro público são
de volta que ocorre por ocasião das estações do
outra face desse problema. Podemos incluir Golfo Pérsico muitos trabalhadores da Índia
ano. Trata-se da transumância, que é um movi-
também nessa relação a violência perpetrada e de outras nações.
mento sazonal realizado, geralmente, em relação
por grupos radicais, narcotraficantes e a violên- e) a porcentagem de população estrangeira na
à economia agrícola. O turismo e as festas folcló-
cia promovida pelo próprio Estado. Os governos Austrália é superior à dos Estados Unidos,
ricas ou religiosas também marcam essa sazo-
podem contribuir para esse quadro, seja pela
nalidade dos movimentos migratórios de alguns devido à proximidade com a África e à
sua inépcia, seja pela sua incompetência para
locais. O oposto desses movimentos se chama estabilidade econômica e política do país.
resolver os males que afligem as sociedades. De

13
migração definitiva. Nela, não há o retorno das locaram 16 milhões de pessoas de seus países.
pessoas para sua região de origem. O êxodo ru- A Costa do Marfim tem 30% de sua população
ral é um caso emblemático desse tipo de movi- composta de imigrantes. Os EUA e o Canadá a-
mento. Na esperança de encontrar melhores con- traem populações dos países menos desenvol-
dições de vida, muita gente abandona o campo e vidos (24 milhões de pessoas). Na América do
muda-se para as cidades. Sul, grande parte dos imigrantes são os refugia-
As motivações e as conseqüências dos proces- dos políticos das décadas de 1970 e 1980 que
sos migratórios são múltiplas. Seguramente, os saíram de seus países, como do Chile, por e-
movimentos modernos, em grande escala, resul- xemplo. Cerca de 5 milhões de pessoas se diri-
tam da modernização das sociedades. Mas, vis- giram para a Austrália, e 25% de sua população
tos mais de perto, notaremos que os deslocamen- é composta de imigrantes.
tos populacionais variaram de intensidade, de rit- Em todo movimento migratório, além das causas,
mo e de direção ao longo dos séculos XIX e XX. existem também as conseqüências. Entre elas, as
01. (Mackenzie) Considere as afirmações
Porém jamais as discussões em torno dos fluxos mais importantes são a ocupação e o povoamen-
abaixo, a respeito dos efeitos positivos migratórios foram tão inflamadas como atual- to de uma determinada área, os impactos no de-
da imigração nos Estados Unidos da mente. Além da magnitude de seus fluxos, são senvolvimento econômico e as mudanças nos
América. muitas as polêmicas e os conflitos que têm costumes. Observa-se, ainda, a perda de popu-
I. A mão-de-obra estrangeira é mais ba- ocorrido nos países receptores. Muito se tem lação economicamente ativa nas áreas de emi-
discutido sobre os prováveis efeitos no mercado gração (saída). Em alguns casos, é comum o
rata, diminuindo o custo de produção.
e na economia dos países que recebem migran- aparecimento de rejeição ou de conflito entre os
II. A mão-de-obra estrangeira disputa os tes e, por outro lado, sobre o significado dos nativos e os imigrantes. Como exemplo disso,
mesmos empregos com os trabalha- contatos entre universos culturais distintos. podemos citar a xenofobia, que se constitui em
dores nacionais, pressionando os sa- “Embora os deslocamentos de população sem- aversão ao estrangeiro; o apartheid (segregação
lários para baixo. pre tenham existido, podemos situar a segunda racial) e as tentativas de separatismo, que con-
III. A mão-de-obra estrangeira integra-se metade do século XIX como o primeiro momen- siste na perda de unidade territorial. Pelo opos-
to de migrações maciças, com características in- to, pode-se verificar a aceitação, a assimilação,
bem ao mercado de trabalho, suprin- tercontinentais. Complementado um processo a aculturação entre os povos que se encontram
do a carência de mão-de-obra qualifi- iniciado ainda no século XVI, com a expansão e que passam a dividir o mesmo espaço.
cada. marítimo-comercial e com a ocupação de novos Ocorre, ainda, como conseqüência desses mo-
IV. A mão-de-obra estrangeira amplia o territórios (a América e a Oceania, por exemplo), vimentos migratórios, a influência na relação en-
mercado interno. a partir de 1850, ocorre um grande deslocamen- tre o número de homens e o de mulheres. Nas
to de europeus em direção a essas áreas. Entre áreas de imigração, pode ocorrer predomínio de
Estão corretas: 1846 e 1890, foram cerca de 377 mil indivíduos homens, pois, em um movimento migratório,
a) apenas I e II. b) apenas II, III e IV. por ano; entre 1891 e 1920, cerca de 910 mil, estes predominam. Já nas áreas de emigração,
c) apenas III e IV. d) apenas I e IV. chegando aos 366 mil por ano no período entre geralmente ocorre um predomínio de mulheres,
e) I, II, III e IV. 1921 e 1929. Calcula-se que o êxodo europeu pois são elas, juntamente com as crianças e
tenha chegado a 50 milhões de pessoas. No com os velhos, que ficam para trás.
02. (UFMG) Considerando-se os reflexos início do século XX, também foi grande a emi-
das migrações internacionais na gração de japoneses, chineses e coreanos e Exercício
povos do Oriente Médio para a América Latina e
organização do espaço mundial, é para os EUA” 01. (Cesgranrio) Destino dos Migrantes
INCORRETO afirmar que, na atualidade, (Oliva, Jaime e Giansanti, Roberto. Espaço e Modernidade: Latino-americanos
há temas da Geografia Mundial. Atual. p. 190 e 191. 2001).
a) um aumento de ações decorrentes da xe- As melhores condições estruturais dos países de-
nofobia que caracteriza parcela da popu- senvolvidos ajudam a compreender que não foi
por acaso que esses países se transformaram em
lação dos países receptores de imigrantes.
áreas de atração populacional, enquanto países
b) um crescimento do contingente de imi- subdesenvolvidos ou mercados emergentes, co-
grantes ilegais, o que tem favorecido a mo o Brasil e a Argentina, tradicionais áreas atra-
criação de leis que dificultam e criminali- tivas, são agora repulsivas (os dois países atra-
zam a presença deles nos países recep- vessam um longo período de estagnação e de
crises econômicas). Nas últimas décadas do
tores.
século XX, presenciamos não somente a ida de
c) uma plena integração cultural e socioeco- pessoas em direção à Europa (principalmente
nômica, no país receptor, das gerações Alemanha) e ao Japão, mas também o seu retor- Fonte: Divisão de População das Nações Unidas
posteriores de imigrantes, tornadas cida- no. Os EUA são um dos países que mais rece- (2002), Thomas-Hope, Circa Pulso Latino-Ameri-
dãos nacionais. bem imigrantes. Devido a problemas econômicos cano. O Globo, Rio de Janeiro, 30 abr. 2003.
e à falta de oportunidades, uma grande escalada Observando o mapa acima, relativo ao
d) uma tendência à mudança do perfil étnico,
migratória tem-se estabelecido do México para os
nos países receptores, em razão do núme- Estados Unidos.
processo migratório latino-americano,
ro de imigrantes recebidos e de seu com- Após a Segunda Guerra Mundial, houve, no âm- e considerando, também, as caracte-
portamento demográfico diferenciado. bito global, uma série de conflitos, a reestrutura- rísticas do processo de imigração para
ção de fronteiras e lutas étnicas que provoca- a América Latina, assinale a afirmação
03. (UFG) As migrações atuais de trabalha- ram a migração de inúmeras pessoas. São jus- INCORRETA.
dores oriundos dos países pobres em tamente os países mais pobres que mais emi- a) Os Estados Unidos são o principal pólo
direção aos países ricos têm como tem migrantes que se deslocam em razão das de atração dos movimentos migratórios
péssimas condições de vida. latino-americanos há mais de um século.
causas
A Europa recebe migrantes de países periféricos b) Os latino-americanos, assim como a maior
a) a desigual densidade demográfica nos que para lá se dirigem em busca de trabalho. In- parte dos migrantes, saem de seus países
países pobres e a boa qualidade de vida ternamente, isso também ocorre em países de à procura de trabalho, de boas oportunida-
nos paises ricos. industrialização tardia como Portugal, Grécia e des e de salários melhores.
Espanha (áreas de emigração) e cujo destino c) As migrações latino-americanas para
b) o desemprego estrutural nos países po- países da União Européia vêm sofrendo
são países mais desenvolvidos como a Alema-
bres e a alta produtividade tecnológica nha, Reino Unido e França. O esfacelamento do restrições que dificultam a entrada e a
dos países ricos. bloco socialista iniciou um movimento migratório permanência de trabalhadores estran-
c) a competição pelo mercado de trabalho que se dirigiu para a Europa Ocidental. geiros.
Na Ásia, há cerca de 43 milhões de imigrantes. d) A imigração européia para o Brasil, ape-
nos países pobres e o aumento do traba- sar de se haver intensificado no século
Conta, ainda, com refugiados da guerra civil no
lho informal nos países ricos. XIX, em virtude da expansão cafeeira,
Afeganistão, que se abrigam no Irã, no Iraque e
d) o crescimento de conflitos sociais, no no Paquistão. Israel recebe populações da Co- sofreu restrições por causa dos proble-
campo, nos países pobres, e a estabili- mas ocasionados pelo sistema de par-
munidade dos Estados Independentes, sendo
ceria.
dade econômica nos países ricos. 31% de sua população constituída de imigran-
e) O volume de migrações intra-regionais é
e) a crise fiscal nos países pobres e o inte- tes. Tailândia e Cingapura, por se terem indus- consideravelmente maior do que o da-
resse dos países ricos pelos salários bai- trializado recentemente, atraem grande número quelas dirigidas a nações não latinas,
de pessoas. apesar de o mapa indicar destinos varia-
xos do migrante. Na África, após a descolonização, as inúmeras dos dos migrantes latino-americanos.
guerras e conflitos de etnia e de fronteiras des-

14
Gabarito do Calendário
número anterior 2008
Aprovar n.º 06

Aulas 188 a 198


DESAFIO LITERÁRIO (p. 4)
01. C;
02. B;
03. C;
04. B;
05. E; LEITURA OBRIGATÓRIA
06. C; Cinzas do Norte,
DESAFIO QUÍMICO (p. 5) de Milton Hatoum
01. D;
02. A; TEXTO PARA LEITURA
03. D;
04. A; Dalemer estava eufórico, bebia dançando ao
som de músicas tocadas por homens tristes, sono-
DESAFIO QUÍMICO (p. 6)
lentos, desafinados. Um primo distante das duas
01. D;
02. A; irmãs... Tua mãe queria acreditar nisso. Saí daquele
03. E; funeral e fui caminhando até o igarapé, onde acordei
05. E; um canoeiro que me levou ao Morro. Fiquei
06. B; escondido no matagal, enciumado, pensando se
07. C; havia alguém, um homem dentro de casa: a vigília
08. A; dos que se entregam a uma loucura mansa e
DESAFIO GEOGRÁFICO (p. 7) melancólica, remoendo cenas e sussurros, dando
01. F, F, F, V e V; mordidas no vento. No vão da porta, apareceu uma
02. E; moça segurando um candeeiro. Pela altura e pelo
03. C; andar, reconheci Algisa. Vestia uma camiseta até o
04. A; meio das coxas, e agora uma trança grossa e
05. A; comprida lhe caía nas costas. Pendurou o candeeiro
DESAFIO GEOGRÁFICO (p. 8) no galho da pitombeira e, com um pulo, sentou numa
01. F, V, V, F e F; mureta, balançando bem devagar as pernas,
02. C; alisando a trança e depois esfregando os braços nus.
03. D; Uns meninos que passavam mexeram com ela,
DESAFIO MATEMÁTICO (p. 9) assobiando e estalando os lábios. Ela pegou o
01. E; candeeiro, parou perto da porta, como quem está
02. D; com medo. Saí do matagal e gritei: “Fora daqui”; os
03. D; moleques correram. Fui falar com ela: ergueu o
04. A; candeeiro na altura dos ombros, uma parte do rosto
05. D; brilhou sob a luz, e os olhos grandes e ansiosos me
06. E;
olharam como se pedissem socorro na noite insone,
07. C;
08. E; úmida, com poucas estrelas. “Que estás fazendo
aqui fora?”, perguntei. E logo em seguida quis saber
DESAFIO MATEMÁTICO (p. 10) onde andava Alícia. Algisa, com a voz da tua mãe,
01. E; perguntou: “Não foi para festa contigo?”. “Saiu
02. B;
sozinha do Bosque”, eu disse. E desconfiei: “Tua irmã
03. E;
04. E; está lá dentro com alguém”. Algisa espichou os
05. B; lábios: “Vai lá e espia”. Entrei, vasculhei a casa, aí
06. C; percebi que alguma coisa tinha acontecido na vida
de tua mãe. Observei a cozinha, fui até os fundos e vi
DESAFIO FÍSICO (p. 11) uma geladeira nova, e voltei para o quartinho onde as
01. a) 90N; c) 2,5m/s2
duas dormiam e abri o guarda-roupa que eu mesmo
DESAFIO FÍSICO (p. 12) encomendara de um marceneiro do Morro e senti o
01. a) 1,6m/s2, b) 16m/s2, c) o móvel sangue ferver. “Quem é?”, gritei. Algisa se assustou.
continuará em MRU.; “Como assim, quem é?” “O homem, o namorado de
02. E, C, C; Alicia.” Ela gaguejou: “Não tem homem nenhum,
03. Quando o componente horizontal de
não”. “Não? E a geladeira, as roupas novas? Por que
força aplicada superar a força de atrito,
o caixote irá deslizar; ela mentiu pra mim? Vocês não têm dinheiro pra
04. V, V, V, V, V e F comprar essas coisas. Quem foi que deu?” Algisa
ficou me olhando; depois foi até a cozinha, voltou
DESAFIO GRAMATICAL (p. 13) com uma garrafa de cerveja, me ofereceu um copo e
01. C;
disse: “Minha irmã é a única mulher no mundo?”.
02. B,
03. E; Essa era a tua tia, a outra Dalemer. Só paramos de
04. E; beber na rede, e ela era fogosa que nem tua mãe, e
05. D; murmurei o nome dela. Algisa reagiu com ciúme, e
nós dois éramos um par acasalado e enciumado. Os
dois com ciúme de Alícia. Então ela revelou que a
irmã não ia dormir em casa, e estragou o resto
daquela noite que iria durar mais de trinta anos. Com
quem Alícia andava? Algisa não respondeu, mas
disse coisa pior: “Minha irmã... encontrou um rapaz
rico, vai casar com ele”. Foi então que, afogado no
corpo da tua tia, que mal conheceste, comecei a
odiar teu pai. Senti ódio e ciúme de Jano, e me
arrependo de não ter contado tudo pra ti...
(Hatoum, Milton. Cinzas do Norte. São Paulo: Companhia
das Letras, 2005, pág. 53 - 54).

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