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Guia de Profissões
Engenharia

A
ptidão para as ciências exatas e a de agrimensura, agronômica; de ali-
criatividade são as principais carac- mentos; ambiental; aqüicultura; áu-
terísticas do engenheiro, um profis- dio; de automóvel; bioengenharia;
sional cujo campo de trabalho se expande biofísica; biológica; de bioprocessos
na proporção da necessidade de adapta- e biotecnologia; biomédica; biônica;
ção das metrópoles e no crescimento das bioquímica; canônica; cartográfica;
médias e pequenas cidades. Isso levando- civil; computação; comunicações;
se em consideração apenas a atividade do controle e cutomação; custos; eco-
engenheiro civil, talvez a mais conhecida. nômica; elétrica; elétrica e eletrôni-
Do latim, ingeniu = “faculdade inventiva, ta- ca; eletromecânica; de energia; de
lento”, engenharia pode ser definida como estradas; estrutural; de exploração;
a arte, a ciência e a técnica de bem conju- ferroviária; física; florestal; genética;
gar os conhecimentos especializados (cien- geofísica; geográfica; de gestão;
tíficos) de uma dada área do saber com a geológica; de hardware; hídrica ou
sua viabilidade técnico-econômica, para hidráulica; humana; de informação;
produzir novas utilidades e/ou transformar industrial; madeireira; de infra-estru-
a natureza, em conformidade com idéias tura; e ainda: informática; de instru-
bem planejadas. Pode o profissional desem- mentação; de manutenção; de ma-
penhar atividades em setores que corres- teriais; de materiais e metais; me-
pondem a uma lista que de quase 100 cânica; mecânica uutomobilística;
áreas de atuação. São elas: acústica, aero- mecatrônica; metalomecânica; me-
espacial, aeronáutica, aeroviária, agrícola, talúrgica; militar; de minas; multi-
mídia; naval e oceânica; nuclear;
óptica; de pesca; de petróleo; pe-
troquímica; de plásticos; de produ-

Índice ção; de produção agroindustrial; de


produção civil; de produção elétrica; de
produção mecânica; de produção química;
putação, Engenharia Elétrica, Engenharia
Mecânica, Engenharia Mecatrônica, Enge-
da qualidade; química; de recursos hídricos; nharia de Produção, Engenharia Química e
de redes de comunicação; robótica; rodo- Engenharia Florestal (Itacoatiara).
HISTÓRIA
viária; sanitária; sanitária e ambiental; de O regime acadêmico é composto por um
História de Manaus .................. Pág. 03 segurança; de segurança do trabalho; de ciclo básico de dois anos e nove módulos
(aula 37) software; de telecomunicações; de telein- acadêmicos dentro do sistema cooperativo
formática; de telemática; têxtil; de Trans-
BIOLOGIA (quadrimestral). No fim do primeiro ano do
portes e Urbanista.
Tradicionalmente, as engenharias remetam ciclo básico, o aluno escolhe uma das sete
Fotossíntese .............................. Pág. 05
a estudos apenas com objetos concretos, habilitações que compõem a carreira de
(aula 38)
palpáveis. Modernamente, esse cenário Engenharia da UEA. Para a Engenharia Flo-
MATEMÁTICA deu lugar ao trato também de entidades ou restal, na cidade de Itacoatiara, a escolha
objetos abstratos não-palpáveis, como as do curso é feita quando o candidato se ins-
Função exponencial .................. Pág. 07 engenharias de custos, informática, de
creve no vestibular.
(aula 39) software e outras. Podem-se incluir nesse
novo rol as engenharias do ambiente, gené- A grade curricular foi elaborada visando à
QUÍMICA tica e bioengenharia. aproximação das três partes envolvidas no
Ligações químicas ................... Pág. 09 De modo geral, engenheiros participam di- processo educacional: a universidade, as
retamente da pesquisa, da criação e do de- empresas, em especial as do Pólo Industri-
(aula 40)
senvolvimento de cada produto que se lança al de Manaus, e os alunos. Dessa forma, no
LITERATURA no mercado, de cada edifício que se constrói
modelo cooperativo, é possível que os alu-
nas cidades, de cada ponte, de cada estra-
Arcadismo (Parte II) ................. Pág. 11 da, de cada rua por onde as pessoas pas-
nos possam estagiar por um período de até
(aula 41) sam a pé ou com seus carros. dois anos. Isso significa que os profissio-
O curso na UEA nais formados pela UEA estão aptos a en-
HISTÓRIA frentar o dinamismo do mercado de tra-
Com sede na Escola Superior de Tecnologia,
Era Pombalina .......................... Pág. 13 antiga Utam, o curso de Engenharia da Uni- balho, o qual exige adequação de função e
(aula 42) versidade do Estado do Amazonas (UEA) de conhecimentos atualizados com as ino-
segue a educação no modelo cooperativo, vações tecnológicas voltadas ao mercado
Referência bibliográfica .......... Pág. 15 com base em uma metodologia de ensino de trabalho, considerando seus aspectos
que promove o aprendizado contínuo. O
políticos, econômicos, sociais, ambientais e
curso é subdividido nas seguintes habilita-
culturais, com visão ética e humanística em
ções: Engenharia Civil, Engenharia de Com-
atendimento às demandas da sociedade.

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O governador chefiou as equipes técnicas de-

História marcadoras e criou as condições para a infra-


estrutura. Para acomodar a equipe técnica, man-
dou construir casas e estabelecimentos militares
Professor Francisco MELO de Souza
em Mariuá (fundada em 1728 pelo frei carmelita
Matias de São Boa Aventura).
Aula 37
Sede da Capitania – Mariuá passou a ser a se-
de da Capitania de São José do Rio Negro, fun-
História de Manaus
dada por Mendonça Furtado, até 1791, período
1. Forte de São José do Rio Negro em que Manuel da Gama Lobo D’Almada trans-
Portão de entrada – A fortaleza de São José do feriu-a para o Lugar da Barra. Na Barra, D’Alma- 01. “Manaus, a partir dos últimos anos do sé-
rio Negro foi construída pelo colonizador portu- da dinamizou a economia, construiu o Palácio culo XIX e das primeiras décadas do sé-
guês para assegurar o controle da confluência do Governador, o hospital de São Vicente, um
culo XX, não era mais a cidade observada
do rio Negro com o rio Amazonas e controlar o quartel, a cadeia pública, o depósito de pólvora,
por Bates, em 1850, Avéllamant, em 1859,
portão de entrada da Amazônia ocidental, que etc. Reergueu a pequena matriz e instalou peque-
e Agassiz em 1865... Tudo girava em tor-
pertencia à Espanha pelo Tratado de Tordesilhas. nas indústrias. Ainda estava presente a coleta
no do centro, a vida da cidade era vivida
de drogas do sertão: o breu, a piaçaba, o cravo,
Fortim – Não se parecia muito com uma fortale- por todos os segmentos sem distinção:
a salsaparrilha e o cacau selvagem. No governo
za, mas sim com um pequeno fortim com forma- sólidos edifícios em estilo europeu, pri-
de Lobo D’Almada, ocorreram algumas rebeli-
to quadrangular e muros baixos, com quatro ca- mitivas casas taperas de barro, ora rua,
ões, tais como as dos muras e mundurucus.
nhões de pequeno calibre, cujas ruínas sumiram ora igarapé, numa porta uma cara branca,
da paisagem da cidade há mais de 100 anos. O retorno da sede a Mariuá ocorreu em 1799, a bem perto daí banha-se um menino fus-
partir da Carta Régia de 22 de agosto de 1798, co” (MASCARENHA DIAS, Ednéia. A Ilusão do Fausto,
Símbolo – Esse fortim era a marca da coloniza-
assinada pela Coroa portuguesa sob a influên-
ção e símbolo do nascimento da cidade. Na fa- 2002, p 29).
cia de Francisco de Souza Coutinho que, na
chada do belo edifício em que funcionou duran- Daí se conclui que:
época, era governador do Pará.
te muitos anos a Secretaria de Fazenda, na anti-
A reinstalação do governo no Lugar da Barra a) Em Manaus, havia uma conciliação de clas-
ga rua do Tesouro, hoje Monteiro de Souza, há
ocorreu em 29 de março de 1808. Nesse perío- ses sociais, onde não existiam lutas de clas-
uma placa com a seguinte inscrição: “Neste local,
do, o governador da Capitania de São José do ses entre forças poderosas, mas, pelo con-
em 1669, foi construída a Fortaleza de São José
Rio Negro era o senhor José Joaquim Vitório da trário, inexistia a exploração do homem.
do Rio Negro, sob a inspiração do Cabo de tropas
Costa. O genro do governador, Francisco Ricar- b) A Manaus dos naturalistas já era a Paris dos
Pedro da Costa Favela. Os construtores foram o
capitão Francisco da Mota Falcão e seu filho Ma- do Zany, foi o responsável pela destruição de Trópicos, cidade moderna e elegante.
nuel da Mota Siqueira. O prédio, atualmente, per- Barcelos. c) A cidade não vai sofrer mudanças ou estra-
tence à administração do Porto, e o acesso à Agitações autonomistas – 1821 tificação segundo uma nova configuração a
área é restrito. de classes, devido à forte influência cultural
No dia 29 de setembro de 1821, o governador
indígena.
1.1 Lugar da Barra Manuel Joaquim do Paço foi deposto por se re-
cusar a jurar a Constituição do Porto de 1820. A d) A cidade sofre, a partir de 1890, seu primei-
Primeiro povoado – Em 1669, os portugueses ro grau de surto de urbanização graças aos
população, em resposta, destruiu as principais
fundaram o forte de São José do Rio Negro, e em investimentos propiciados pela acumulação
obras públicas realizadas pelo governador de-
1695, os carmelitas ergueram a primeira capela de capitais, via economia do látex.
posto, entre as quais podemos citar: a capela
em homenagem a Nossa Senhora de conceição. e) A modernidade não mudou o estilo de vida,
de Nossa Senhora dos Remédios e o passeio
Surgiu, assim, o primeiro povoado de Manaus, a as condições materiais de existência de Ma-
público, arborizado com tamarindeiros. Daí em
princípio um aldeamento de índios descidos do
diante, por todo o período colonial até os primei- naus.
Japurá, os barés; do Japurá/Içá, os passes; do
ros anos do império, o governo passou a ser exer- 02. “Em 1848, a vila de Manaus foi promovida
rio Negro, os banibas e os temidos manaos.
cido por sucessivas juntas provisórias.
Primeiras atividades – O colonizador foi esten- à condição de cidade da Barra do Rio Ne-
A luta pela autonomia do rio Negro tinha forte
dendo seus domínios sobre o miracangüera dos gro e, em 5 de setembro de 1850, a Co-
conotação nativista, favorecendo a propagação
antepassados dos manauenses, o grande cemi- marca do alto Amazonas foi elevada à
do movimento pró-independência do Brasil.
tério indígena que cobria o grande largo da Trin- categoria de Província”. (MESQUITA, Otoni.
A notícia da proclamação da Independência do
cheira. No lugar, abriram as ruas Deus Padre, Manaus: História e Arquitetura, 2002, p.29.)
Brasil chegou à Barra do Rio Negro com mais de
Deus Filho e Deus Espírito Santo. Eram ruas es- um ano de atraso, em novembro de 1823; no Sobre essas novas condições, iniciava(m)-
treitas, tortuosas e lamacentas, onde estavam a mesmo dia, foi proclamada a adesão do Rio Ne- se na segunda metade do séc. XIX:
matriz, a casa do vigário, do comandante e de ou- gro à Independência. a) O período das trevas na cidade de Manaus
tros praças. As casas eram humildes, feitas de
O conflito de Lages. devido ao extremo abandono e um decresci-
taipa, chão batido, cobertas e cercadas de palha.
Na noite de 12 de abril de 1832, o soldado Joa- mento demográfico, êxodo urbano.
A mão-de-obra indígena garantia a produção de
quim Pedro da Silva liderou um levante no quar- b) Mudanças significativas na história da cida-
anil, algodão, arroz, café, castanha, salsa e ta-
tel da Barra, motivado pela falta de pagamento de, e a região passou a despertar um cres-
baco.
do soldo aos praças. Dois meses depois, no dia cente interesse internacional, atraindo gran-
Rebelião – Em 1757, ocorreu uma rebelião dos 22 de junho do mesmo ano, houve uma memo- de número de viajantes.
índios do rio Negro que destruiu as aldeias dos rável demonstração de civismo: o povo rebelou- c) Perspectivas de mudanças para toda a Ama-
caboquenas, bararoás e lama-longas, e apavo- se contra a subordinação política do Rio Negro zônia. Mas Manaus continuaria uma cidade
rou os moradores da Barra. ao Grão-Pará, e foi proclamada a Província do mestiça, sem nenhuma perspectiva.
Em 1743, o cientista francês Charles-Marie de La Rio Negro. d) Grandes transformações para toda a Região;
Condamine viajou pelo rio Marañon e todo o rio Os grandes articuladores do movimento foram: Manaus, como conseqüência, foi transforma-
Amazonas – de Jaén, Peru, a Belém – e registrou frei José dos Santos Inocentes, frei Joaquim de da na cidade mais importante da Amazônia,
os contrastes existentes entre a prosperidade das Santa Luzia e frei Inácio Guilherme da Costa. As atraindo capitais estrangeiros e vários imi-
missões portuguesas, que ele visitou ao longo vilas de Serpa e Barcelos aderiram à Província do grantes, o que possibilitou a fundação da
de sua viagem, e a de Belém. Rio Negro, mas Borba recusou-se, guardando fi- Zona Franca de Manaus.
1.2 Regulamentação das fronteiras com a delidade ao foi governo do Grão-Pará. e) Mudanças políticas para a Região. Mas, ape-
Espanha Os rebeldes entrincheiraram-se em Lages e nos sar de o Amazonas ter sido elevado à cate-
Fronteiras – Francisco Xavier de Mendonça Fur- sítios de Bonfim, com um contingente de mil ho- goria de Província desde setembro de 1850,
tado assumiu a responsabilidade de definir as mens e trinta peças de artilharia vindas do forte a instalação de fato só ocorreu em 25 de de-
áreas de fronteiras na Amazônia entre Portugal e Tabatinga, enfrentando as forças legalistas desig- zembro de 1952, quando Gilberto Mestrinho
Espanha, estabelecidas pelo Tratado de Madri. nadas pelo governo da Província do Pará. A ex- assumiu a Presidência da província.
pedição, comandada pelo coronel Domingos Si-

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mões da Cunha Bahiana, saiu de Belém no dia 5


de maio, com cinqüenta soldados, a canhoneira
de guerra “Independência”, recebendo o reforço Exercícios
de mais dois navios durante o percurso: o “Pata- 01. Era um quadro quase perfeito e as pa-
gônia”, em Cametá, e “Andorinha”, em Santarém. redes quase grossas. Tinha quatro me-
Frei José dos Inocentes, ao ser enviado à Corte tros de altura. Não havia o menor sinal
como representante da Província do Rio Negro, de uso de fogos de artilharia. “Até nos
teve seu navio interceptado no Mato Grosso e admiramos como um punhado de he-
foi obrigado a regressar à Barra. róis conseguiu emergir, nesse lugar, do
Comarca do Alto Amazonas. escurantismo da selva, em pouco tem-
O governo regencial instituiu o Código do Proces- po, em uma aldeia, depois um arraial,
01. Analise os itens abaixo e depois marque so Criminal, em 1832, instrumento jurídico que ti- mais tarde o lugar, a vila e a cidade.”
(MONTEIRO, Mário Ypiranga. Fundação de Ma-
a alternativa correta: nha por finalidade unificar a legislação no territó-
naus. 4.a edição, Manaus: Editora Metro Cúbico,
rio brasileiro.
I. Até o fim do século XVIII, o Lugar da 1994, pg.16).
No dia 25 de junho de 1833, o governo da Provín-
Barra não passava de obscuro povoa- O texto acima refere-se à ruína da For-
cia do Pará baixou um decreto que dividiu a Pro-
do da capitania de S. José do rio Ne- víncia em três Comarcas: a do Grão-Pará, a do taleza de São José do rio Negro, em
gro. Alto Amazonas e a do Baixo Amazonas. 1823. Sobre a origem de Manaus, é
II. Em 1791, o governador Manuel da Ga- A criação da Comarca do Alto Amazonas, em
correto afirmar:
ma Lobo D’Almada, sem autorização substituição à antiga Capitania de São José do a) Em torno de 1669, ergueram no local um
do governador do Grão-Pará, ao qual Rio Negro, reduzia o território do outeiro de Ma- forte batizado com o nome de São Se-
estava subordinado, transferiu a sede racá-Açu até a Serra de Parintins e contrariava as bastião do rio Negro, no lugar ocupado
pelos barés e xirianas.
do governo de Mariuá para o Lugar aspirações autonomistas.
O decreto paraense também elevava o Lugar da b) A origem de Manaus data do século XV,
da Barra, o que gerou um repentino
quando os espanhóis passaram a explo-
progresso na região. Barra à condição de Vila de Manaus e ganhava a
rar a Região Amazônica em busca de
III.Na região onde foi instalada a Forta- prerrogativa de sede da Comarca do Alto Amazo-
escravos indígenas.
leza da Barra de São José do rio Ne- nas. Ao termo de Manaus ficavam subordinadas
c) Em torno de 1669, na enseada do Taru-
as seguintes freguesias: Saracá (Silves), Serpa
gro, em 1669, foram reunidos os ín- mã, foi erguida a primeira povoação do
(Itacoatiara) e Santo Elias do Jaú (Airão) e as po- rio Negro. Posteriormente se estabele-
dios barés, banibas, passes, manaos,
voações de Amatari, Jatapu e Uatumã. A popula- ceu, à margem esquerda do rio Negro,
aroaquis juris e outras tribos que de- ção total era de 15.775 habitantes. um Forte batizado com o nome de Forta-
ram origem ao povoamento.
Manaus, de vila à cidade. leza da Barra de São José do rio Negro
a) I está certa. de onde surgiu a cidade de Manaus.
A Assembléia Provincial do Pará editou a Lei n.°
b) II está certa. d) A cidade de Manaus data de 1848, quan-
147, de 24 de outubro de 1848, elevando a Vila
c) III está certa. do a Vila de Manaus foi elevado à Condi-
de Manaus à categoria de Cidade da Barra de
d) Todas estão certas. ção de cidade, em 24 de outubro.
São José do Rio Negro, fazendo retornar à anti-
e) Todas estão erradas. e) A cidade de Manaus surgiu em 1852,
ga denominação do povoado que havia come-
quando foi definitivamente batizada com
02. (SAES) O governo do Pará, ao executar o çado em 1669. Em 4 de setembro de 1856, a ci- tal nome.
dade receberia a sua denominação definitiva de
Código Civil Processual de 1832, dividiu, 02. (PSC–III) O processo da criação da Pro-
Manaus.
no ano seguinte, a Província em três co- víncia do Amazonas é peculiar. Após ser
A Província do Amazonas.
marcas: a do Grão-Pará, a do Baixo Ama- aprovada pela câmara dos deputados
A Lei n.° 582, de 5 de setembro de 1850, criou a
zonas e a do Alto Amazonas. A comarca (1843), o projeto passou sete anos para
Província do Amazonas, propiciando a sua eman-
do Alto Amazonas passou a ter como se- ser apreciado pelo senado. Então, em
cipação política com relação ao Pará. O território julho de 1850, entrou em pauta, foi apro-
des as seguintes vilas:
da Província seria o mesmo da antiga Capitania vado em agosto e sancionado pelo im-
a) Barra do rio Negro, Ega, Maués e Barce- de São José do Rio Negro, e a sede seria a cida- perador no mês seguinte. O que acon-
los. de da Barra. teceu, nesse momento, que justificava
b) Manaus, Tefé, Luséia e Mariuá. A província surgiu a partir da necessidade da ocu- tal celeridade para a aprovação de um
c) ltacoatiara, Manaus, Barcelos e Serpa. pação definitiva do Alto Amazonas e para impedir projeto que já estava há tanto tempo em
d) Borba, Silves, Tupinambarana e Barra do a expansão do Peru, que, apoiado pelos EUA, tramitação?
rio Negro. desejava internacionalizar o rio Amazonas, que a) As pressões internacionais para a aber-
e) Manaus, ltacoatiara, Barcelos e Tefé. se encontrava fechado às navegações internacio- tura do Amazonas à navegação que re-
nais desde o tratado de Madri. Reivindicava-se a crudesceram nesse momento, fazendo
03. As expedições sertanistas possuíam co- posse da margem esquerda do rio Solimões entre que o império se visse premido a adotar
mo meta maior penetrar no meio ambien- Japurá, Tabatinga e os territórios ao sul do Ama- medidas estratégicas para garantir suas
te amazônico em busca das “drogas do zonas e Acre. prerrogativas na região.
sertão”. Do ponto de vista da manutenção O Brasil conseguiu neutralizar essas pretensões b) A força da pressão do movimento autono-
dos povos da região, entretanto, essas em 23 de outubro de 1851, quando foi assinado mista no Amazonas que ganhou a adesão
um tratado com o Peru, que cedia a região pre- de importantes políticos paraenses como
operações tiveram as seguintes implica-
tendida no Solimões e concordava em manter o João Batista Tenreiro Aranha.
ções:
rio Amazonas fechado à navegação estrangeira. c) Uma vigorosa reação do império brasilei-
a) Impulsionaram a fundação de fortes e fei- E, para reforçar as posições conseguidas no sen- ro às manobras internacionais dos EUA
torias, além de estabelecer um maior do- tido de proteger o nosso território, o Império apres- na tentativa de criar um território destina-
mínio, reconhecimento e ocupação da re- sou-se em instalar a Província do Amazonas, em- do aos ex-escravos, libertos a partir da
gião por parte do colonizador português. possando como primeiro presidente João Batista Guerra de Secessão.
d) O avançado estado das negociações do
b) Promoveram simplesmente a extinção de de Figueiredo Tenreiro Aranha, que viajou para Ma-
governo brasileiro com a Argentina, o Pa-
milhares de índios. naus no Vapor Guapiaçu e instalou a província em
raguai, a Colômbia e o Peru, para cons-
c) Contribuíram unicamente para o saquea- 1 de janeiro de 1852.
trução de uma rede comercial que se es-
mento e a exploração, em larga escala, Economicamente, as atividades da província eram
tenderia da região do Prata até o Ocea-
dos recursos ambientais. inexpressivas. Dois anos após sua instalação, os no Pacífico.
principais produtos de exportação eram a piaça- e) Uma manobra – fracassada – dos políti-
d) Fundaram cidades e transformaram os ín-
va, a borracha, a salsaparrilha, o pirarucu, o café, cos paraenses no sentido de abortar de-
dios em cidadãos.
o tabaco, a manteiga de ovos de tartaruga, o pei- finitivamente o processo de separação do
e) As alternativas “a” e “b” estão certas.
xe-boi, o cacau, etc. Amazonas do Pará.

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Biologia
Professor GUALTER Beltrão

Aula 38

Fotossíntese
A fotossíntese é o principal processo autotrófico
e é realizada pelos seres clorofilados. Nos euca- Etapa fotoquímica 01. (Unesp) Com relação às equações que
riontes, a organela responsável por essa função Na fotoquímica, ocorrem dois processos bási- descrevem dois importantes processos
é o cloroplasto. Os pigmentos fotossintéticos, re- cos: a fotólise da água e a fotofosforilação. biológicos
presentados principalmente pela clorofila, ficam Na fotólise da água (foto = luz; lise = quebra), I. 12H2O + 6CO2 → C6H12O6 + 6O2 + 6H2O
imersos na membrana dos tilacóides, formando como o próprio nome diz, ocorre a quebra da II. C6H12O6 + 6O2 → 6H2O + 6CO2
os chamados complexos-antena, que são res- molécula de água sob a ação da luz. Nesse pro-
Pode-se afirmar que:
ponsáveis por captar a energia luminosa. cesso, há liberação do oxigênio para a atmosfera
e transferência dos átomos de hidrogênio para a) I ocorre nos cloroplastos, apenas em células
transportadores de hidrogênio. Essa reação foi vegetais, e II ocorre nas mitocôndrias, apenas
descrita por Hill, em 1937. Esse pesquisador, no em células animais.
entanto, não sabia qual era a substância recep- b) I ocorre nas mitocôndrias, tanto em células
tora de hidrogênio. Hoje, sabe-se que é o NADP animais quanto vegetais, e II ocorre nos clo-
(nicotinamida-adenina-dinucleotídeo + ácido roplastos, apenas em células vegetais.
fosfórico). c) I ocorre nas mitocôndrias, apenas em células
É importante repetir que o oxigênio liberado animais, e II ocorre nos cloroplastos, apenas
pela fotossíntese provém da água e não do em células vegetais.
CO2, como se pensava anteriormente. d) I ocorre nos cloroplastos, apenas em células
vegetais, e II ocorre nas mitocôndrias, tanto
Fotólise da água
em células animais quanto vegetais.
Luz
+ - e) I ocorre nos cloroplastos e mitocôndrias,
2 H2O 4H + 4e +Oo2
apenas em células vegetais, e II ocorre nas
A equação geral da fotossíntese é: Clorofila
+ mitocôndrias, apenas em células animais.
Energia 4 H + 2 NADP 2 NADPH2
luminosa Fotofosforilação significa adição de fosfato (fos- 02. (Mackenzie) A demonstração dos processos
6 CO2 + 6H2O C6H12O6 + 6 O2 forilação) em presença de luz (foto). A substân- de fotossíntese e respiração de um vegetal
Clorofila cia que sofre fosforilação na fotossíntese é o superior pode ser feita utilizando-se uma so-
Essa equação mostra que, na presença de luz e ADP, formando ATP. lução de vermelho de cresol. Essa solução
clorofila, o gás carbônico e a água são converti- Desse modo, é por meio de processos de foto- muda de cor conforme a variação de pH.
dos numa hexose, a glicose, havendo liberação fosforilação, que pode ser acíclica ou cíclica, Assim, em pH neutro, ela é levemente rósea;
de oxigênio. Este último fato é de grande impor- que a energia luminosa do Sol é transformada em pH básico, ela é fortemente rósea ou ro-
tância para a vida em nosso Planeta, pois por em energia química, que fica armazenada nas xa; em pH ácido, ela é amarela.
meio da atividade fotossintética, são mantidas as moléculas de ATP. O experimento foi montado conforme a
condições adequadas de O2 para a sobrevivên- Nos processos fotofosforilativos, há participação figura a seguir.
cia dos seres vivos. da clorofila.
A análise dessa equação pode dar-nos a impres- Na etapa fotoquímica, portanto, são produzidas
são de que o oxigênio liberado na fotossíntese moléculas de oxigênio, que são liberadas para a
provém do gás carbônico (CO2). Durante muito atmosfera, e moléculas de NADPH2 e de ATP,
tempo, acreditou-se que tal fato fosse verdadeiro. que serão utilizadas nas reações da etapa quí-
No entanto, há algumas décadas, foram realizadas mica da fotossíntese.
experimentações em que se fornecia à planta Etapa química
18 16
água com O (oxigênio marcado), em vez de O ,
Essa etapa ocorre no estroma dos cloroplastos
O resultado esperado, depois de algum
como o da água comum. Verificou-se que o oxi-
sem necessidade direta de luz. As reações que
tempo, será:
18
gênio liberado era o O , esclarecendo, assim,
ocorrem nessa etapa compõem o ciclo das pen-
Cor da solução representada por frasco A
que o oxigênio liberado na fotossíntese provém
toses. Esse ciclo foi elucidado por Melvin Calvin
e frasco B.
da água. Se quisermos dar ênfase a essa ques- a) A – amarela, B – rosa forte.
na década de 1940.
tão, deveremos substituir a equação geral sim- b) A – rosa forte, B – amarela.
O ciclo começa com a união do CO2 do ar atmos-
plificada da fotossíntese por uma equação mais c) A – sem alteração, B – rosa forte.
férico com moléculas orgânicas já presentes no
detalhada, como a apresentada a seguir: d) A – rosa forte, B – sem alteração.
cloroplasto. É a que se chama de fixação do car-
Energia e) A – amarela, B – sem alteração.
bono. Em seguida, ocorre a incorporação de hi-
luminosa drogênios às moléculas de carbono, formando 03. (Uel) Os cientistas que estudaram a seqüên-
6 CO2+12H2O C6H12O6+6H2O+6O2 carboidratos. Quem fornece esses hidrogênios cia de reações químicas que ocorre na fo-
Clorofila são os NADPH2 formados na etapa fotoquímica. tossíntese usaram cloroplastos isolados das
Etapas da fotossíntese Nesse processo, há necessidade de energia, que células porque:
Apesar de ser apresentada em apenas uma equa- é fornecida pelas moléculas de ATP produzidas
a) outras reações celulares, ocorrendo simulta-
ção, a fotossíntese não ocorre em apenas uma também nas reações de claro. neamente, dificultariam a pesquisa.
reação química. Existem várias reações que po- Assim, é no ciclo das pentoses que o açúcar é b) esses corpúsculos contêm parte dos pigmen-
formado. Esse ciclo, apesar de não depender tos necessários para converter energia lumi-
dem ser agrupadas em duas etapas interligadas:
diretamente da luz, depende das reações da nosa em energia química.
a primeira, fotoquímica, em que há necessidade
fase fotoquímica, pois precisa dos ATPs e dos c) sabiam que apenas nessas organelas formam-
de energia luminosa; a segunda química, na qual
NADPH2 formados na presença da luz. se carboidratos.
não há necessidade de luz. As reações que ocor-
Podemos representar os destinos finais do CO2, d) eles contêm a maior parte da clorofila existen-
rem na etapa fotoquímica são chamadas reações
do NADPH2 e do ATP no ciclo das pentoses por te na célula.
de claro; as que ocorrem na etapa química são
meio desta equação extremamente simplificada: e) nessas organelas estão todas as enzimas ne-
chamadas reações de escuro.
A etapa fotoquímica ocorre nos tilacóides; a cessárias para síntese de substâncias orgâni-
etapa química, no estroma dos cloroplastos. cas.

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raios solares que chegam ao solo.


Exercícios Esse bloqueio, associado às noites
mais longas, faz que as florestas
(Uel) “Se o Sol é o imenso reator ener- temperadas sejam menos eficientes
gético, então a terra do sol passa a ser na fotossíntese.
o locus por excelência da energia arma- II. As florestas temperadas estão sujei-
zenada. De onde se conclui que o Bra- tas a um inverno mais longo e, por-
sil, o continente dos trópicos, é o lugar tanto, à menor quantidade de luz.
da energia verde. Energia vegetal. Terra Como as plantas fazem fotossíntese
da biomassa. Terra da energia". de dia e respiram à noite, a taxa de
(VASCONCELLOS, Gilberto Felisberto. “Biomassa: respiração é maior que a de fotos-
01. (UEL) Pode-se esperar que uma planta
a eterna energia do futuro”. São Paulo: Senac, síntese.
com deficiência de magnésio apresente 2002. p. 21.) III. A maior quantidade de CO2 disponí-
a) folhas de cor verde-escura. vel, associada às altas temperaturas
01. Com base no texto e nos conhecimen-
b) células meristemáticas mortas. presentes na Amazônia, permite uma
tos sobre o metabolismo das plantas,
c) frutos e sementes imaturos. elevação da taxa fotossintética, o que
é correto afirmar:
d) células incapazes de realizar transporte promove maior crescimento das
ativo. a) Os açúcares produzidos pelas plantas são
plantas.
e) folhas pálidas, amareladas ou esbranqui- componentes minoritários da biomassa e
IV. As temperaturas mais baixas, a me-
çadas. dependem do oxigênio e da luz do sol pa-
nor biomassa por área e a menor
ra sua síntese.
02. (Fatec) A seguir estão descritos dois pro- incidência de luz nas florestas tem-
b) Os seres heterotróficos se apropriam, pa-
cessos metabólicos: peradas fazem que, ali, o fenômeno
ra seu metabolismo, do nitrogênio produ-
I. A glicólise ocorre no hialoplasma, du- seja menos evidente que na Ama-
zido pelas plantas verdes.
rante a respiração celular. Nesse pro- zônia.
c) A autotrofia atribuída às plantas está rela-
cesso, uma molécula de glicose trans- cionada ao fato de elas serem capazes de Entre as quatro afirmações apresenta-
forma-se em duas moléculas de ácido fixar nitrogênio do ar e produzir oxigênio. das, estão corretas somente
pirúvico, com um lucro líquido de 2 d) Para a síntese dos carboidratos que inte- a) I e II.
ATPs. gram a biomassa é necessária, além da b) I e III.
II. A fotólise da água ocorre nos cloroplas- luz do sol, a utilização de água e de gás c) II e III.
tos. Nesse processo, na presença de carbônico como substratos. d) II e IV.
luz, ocorre “quebra” de moléculas de e) A biomassa de que trata o autor do texto e) III e IV.
água, liberando-se O2 e produzindo é o conjunto de moléculas orgânicas de
NADPH2. 05. (Uff) No início do século XVII, acredita-
todos os seres vivos, animais e vegetais,
Assinale a alternativa que relaciona corre- va-se que as plantas necessitavam ape-
de um determinado “habitat”.
tamente os processos metabólicos des- nas da matéria presente no solo. Van
02. (Puccamp) Energia
critos com os organismos nos quais eles Helmont, no entanto, mostrou que uma
A quase totalidade da energia utilizada planta colocada em um vaso com terra
ocorrem.
na Terra tem sua origem nas radiações aumentara alguns quilos em um perío-
que recebemos do Sol. do de 5 anos, enquanto a terra do va-
Quando a energia luminosa é utilizada so diminuíra de peso em apenas alguns
na fotossíntese, ocorre liberação de oxi- gramas. Concluiu, então, que o cresci-
gênio. Esse gás provém das moléculas mento da planta foi devido, apenas, à
de: água com que ele a regara. Essa con-
a) água. b) CO2. c) glicose. clusão a que chegou Helmont estava
03. (Fatec) Numa comunidade terrestre ocor- d) ATP. e) clorofila. errada, pois, hoje sabemos que o cres-
rem os fenômenos I e II, esquematizados cimento da planta é causado, princi-
a seguir. 03. (Fei) Considerando-se os principais pro-
palmente, por:
cessos energéticos que ocorrem nos se-
res vivos, podemos corretamente afirmar a) maior produção metabólica de CO2.
que: b) fixação do O2 atmosférico.
c) um aumento da relação CO2‚ produzi-
a) o autotrofismo é uma característica dos
do/CO2 consumido.
seres clorofilados.
d) maior fixação de CO2 atmosférico em
Analisando-se o esquema, deve-se afir- b) o heterotrofismo impossibilita a sobrevi-
relação ao CO2 produzido.
mar que vência dos seres aclorofilados.
e) uma relação O2 consumido/O2 produzi-
a) somente as plantas participam de I e de II. c) a fotossíntese e a respiração aeróbica
do maior que 1,0.
b) somente os animais participam de I e de II. são processos que produzem sempre
c) os animais e as plantas participam tanto de as mesmas substâncias químicas. 06. (Ufv) A liberação do oxigênio pelas
I como de II. d) a fermentação é um processo bioquími- plantas verdes foi o primeiro fato rela-
d) os animais só participam de II. co que não produz qualquer forma de cionado com a fotossíntese. Posterior-
e) as plantas só participam de I. energia. mente, descobriu-se que a fotossínte-
e) apenas a fermentação alcoólica produz se é praticamente o único meio impor-
04. (Puc–SP) Considere as seguintes etapas ácido pirúvico. tante de produção de oxigênio atmos-
referentes ao metabolismo energético: férico. Entretanto, por algum tempo,
04. (Unifesp) O jornal “Folha de S. Paulo”
I. consumo de gás carbônico; questionou-se a origem desse oxigê-
(28.07.2004) noticiou que o aumento
II. utilização da água como fonte de hidrogênio; nio durante as reações fotossintéticas.
III. liberação de gás carbônico;
do dióxido de carbono (CO2) atmosfé-
Qual das substâncias relacionadas a
IV. liberação de oxigênio.
rico pode induzir árvores da Amazônia
seguir, conforme ficou comprovado, é
a crescerem mais rapidamente. O au-
Pode-se afirmar que utilizada pelas plantas como fonte des-
mento do CO2 é global e, no entanto,
a) uma planta realiza I, II, III e IV.
te oxigênio?
o fenômeno é verificado na Amazônia
b) uma planta realiza apenas I e II. e não nas florestas temperadas da Eu- a) CO2
c) uma planta realiza apenas I, II e IV. ropa. Para explicar tal fenômeno, qua- b) H2O
d) um animal realiza I, II, III e IV. tro afirmações foram feitas: c) ATP
e) um animal realiza apenas III e IV. d) C6H12O6
I. O aumento do CO2 promove aque-
e) NADP
cimento, porém bloqueia parte dos

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A propriedade acima decorre de: Seja x = am/n.


Matemática Podemos escrever xn = (am/n)n e, daí, xn = am, de
onde vem, extraindo-se a raiz n-ésima de ambos
Professor CLÍCIO Freire os membros:

A operação com radicais é denominada RADICIA-


Aula 39
ÇÃO, que é a inversa da POTENCIAÇÃO. Isso
Função exponencial decorre de
Exemplos:
Potência de expoente natural
Como 2 elevado a 4 é igual a 16, dizemos que 2
Sendo a um número real e n um número natural é uma raiz quarta de 16.
maior ou igual a 2, definimos a n-ésima (enésima) 01. Calcule o valor da expressão
Como 3 elevado a 2 é igual a 9, dizemos que 3
potência de a como sendo: an = a.a.a.a.a. … .a é uma raiz quadrada de 9. 41/2 – 2–1 + (–3)0 + (–0,1)0. (25–1)0.
(n vezes) em que o fator a é repetido n vezes, ou Como 5 elevado a 3 é igual a 125, dizemos que a) 2/7 b) 5/7 c) 7/2
seja, o produto possui n fatores. 5 é uma raiz cúbica de 125, etc d) 5/2 e) n.d.a.
Denominamos o fator a de base e n de expoen- Equações exponenciais (38)4 . (34)–2
te; an é a n-ésima potência de a. Portanto potên- 02. Calcule –––––––––– .
Chamamos de equações exponenciais toda equa- (37)2.( )20
cia é um produto de n fatores iguais. A operação ção na qual a incógnita aparece em expoente.
a) 1 b) 4 c) 3
por meio da qual se obtém uma potência, é deno- Exemplos de equações exponenciais:
d) 2 e) 0
minada potenciação. 3x =81 (a solução é x = 4)
Exemplos: 2x–5=16 (a solução é x = 9) 03. Ache o conjunto solução da equação
72 = 7 . 7 = 49; 25 = 2.2.2.2.2 = 32; 63 = 6.6.6 16x–42x–1–10=22x–1 (a solução é x = 1) 1
32x–1–3x–3x–1+1=0 (as soluções são x’ = 0 e
2x–3 = –––.
=216; 107 = 10.10.10.10.10.10.10 = 10.000000 8
(dez milhões); 106 = 10.10.10.10.10.10 = 1.000 x’’ = 1) a) { 3 } b) { 4 } c) { 2 }
000 (um milhão) Para resolver equações exponenciais, devemos d) { 0 } e) { 1 }
realizar dois passos importantes:
Nota: A potência 10n é igual a 1 seguido de n 04. Calcule o conjunto verdade da equação
1. redução dos dois membros da equação a 2
zeros. Assim, por exemplo, 1010 = 10.10.10.10. 2x –7x+12=1 .
potências de mesma base;
10.10.10.10.10.10 = 10.000000000 (dez bilhões)
2. aplicação da propriedade: a) {3,4} b) {2,4} c) {3,5}
Convenções: am =an ⇒ m=n (a ≠ 1 e a>0) d) {4,6} e) {4,5}
a) Potência de expoente zero: a0 = 1
Exemplos: 45670 = 1; 2430 = 1; (- 2001)0 = 1 Exercícios resolvidos 05. Calcule a soma das soluções da equa-
b) Potência de expoente unitário: a1 = a ção 2x –2–x=5(1–2–x).
1. 3x=81
Exemplos: 231 = 23; 20011 = 2001 a) {1} b) {2} c) {3}
Resolução: Como 81=34, podemos escrever
Nota: As potências de expoente 2 e 3 recebem d) {4} e) {5}
3x=34. E daí, x=4.
nomes especiais, a saber: 2. 9x = 1 06. Resolva a equação
a2 = a.a, é lido como “a ao quadrado”. Resolução: 9x = 1 ⇒ 9x = 90 ; logo x=0. 3x+3x–1+3x–2+3x–3+ 3x–4+3x–5=1092.
a3 = a.a.a, é lido como “a ao cubo”.
a) {2} b) {3} c) {5}
Propriedades das potências d) {6} e) {7}
São válidas as seguintes propriedades das potên-
cias de expoentes naturais, facilmente demons- 9
07. Resolva a equação 2x+1+2x+2 = –– .
tráveis: 2
1. am . an = am+n a) {1} b) {3} c) {4}
Exemplo: 25.23=25+3=28 = 2.2.2.2.2.2.2.2 = 256 d) {6} e) {8}
2. am : an = am-n
08. Determine o conjunto solução da
Exemplo: 57:54=57-4=53=5.5.5=125
3. (am)n = am.n inequação .
Exemplo: (42)3= 42.3=46=4.4.4.4.4.4= 4096 a) {x ∈ IR / 2 ≤ x <3}
4. am.bm = (a.b)m b) {x ∈ IR / 3 ≤ x <4}
Exemplo: 23.43=(2.4)3=83=8.8.8= 512 c) {x ∈ IR / 0 ≤ x <1}
5. am:bm = (a:b)m 23x–1 = 322x d) {x ∈ IR / –2 ≤ x <1}
Exemplo: 124:34=(12:3)4= 44 =4.4.4.4= 256 Resolução: 23x–1= 322x ⇒ 23x–1=(25)2x ⇒ 23x–1= e) {x ∈ IR / 0 ≤ x <2}
6. a-n = 1/an 210x ; daí 3x–1=10, de onde x=–1/7.
Resolva a equação 32x–6.3x–27=0. 09. Resolva a equação 5x–1+5x–2=30
Exemplo: 5–2 = 1/52 = 1/5.5 = 1/25
Resolução: vamos resolver esta equação através a) {2} b) {3} c) {4}
Radicais
de uma transformação: d) {5} e) {6}
A forma mais genérica de um radical é , em 32x–6.3x–27=0 ⇒ (3x)2–6.3x–27=0
que c = coeficiente, n = índice e A = radicando. 10. Calcule o valor numérico da expressão
Fazendo 3x=y, obtemos: y2–6y–27=0; aplicando
O radical acima é lido como: c raiz n-ésima ab–2+4a2 1
Bhaskara encontramos ⇒ y’=–3 e y’’=9 –––––––– para a = –1 e b = ––– .
(enésima) de A. Para achar o x, devemos voltar os valores para a b – a–1 2
• Se n = 2, costuma-se não representar o nú- equação auxiliar 3x=y: a) 0 b) 2 c) 3
mero 2 e lê-se como “c raiz quadrada de A”. y’=–3 ⇒ 3x’ = –3 ⇒ não existe x’, pois potência d) 5 e) 8
• Se n=3, lê-se o radical como “c raiz cúbica de A”. de base positiva é positiva 11. (Cesgranrio) os valores de x que
Exemplos: y’’=9 ⇒ 3x’’ = 9 ⇒ 3x’’ = 32 ⇒ x’’=2 satisfazem à equação (43–x)2–x são dados
Portanto a solução é x=2 por:
• é lido “5 raiz cúbica de 25”, onde 5 é o
coeficiente, 3 é o índice e 25, o radicando. a) –3 e –2 b) –1 e –6 c) 1 e 6
Aplicação 1
• é lido “3 raiz quadrada de 10”, onde 3 é d) –1 e 6
o coeficiente, 2 (não indicado, por convenção) Calcule o conjunto verdade da equação e) nenhuma das respostas anteriores.
é o índice e 10, o radicando.
12. (UFPA) a raiz da equação
Potência de expoente fracionário é um número:
a) irracional negativo. b) irracional positivo.
Exemplo: c) par. d) inteiro negativo.
e) Inteiro positivo.

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Função Exponencial Inequação exponenciais


Chamamos de funções exponenciais aquelas nas Chamamos de “inequações exponenciais” toda
quais temos a variável aparecendo em expoente. inequação na qual a incógnita aparece em
A função f: IR → IR+ definida por f(x) = ax, com a expoente.
IR+ e a ≠ 1, é chamada função exponencial de Exemplos de inequações exponenciais:
base a. O domínio dessa função é o conjunto IR
1. 3x > 81 (a solução x>4).
(reais), e o contradomínio é IR+ (reais positivos, 2

maiores que zero). 2. 22x–2 ≤ 2x –1 (que é satisfeita para todo x real).


Gráfico cartesiano da função exponencial 3 (que é satisfeita para x ≤ –3)
4) 25x – 150.5x + 3125 < 0
Temos 2 casos a considerar:
(que é satisfeita para 2<x<3).
• quando a>1;
01. (PUC-SP) Uma das soluções da equa- • quando 0<a<1.
Para resolver inequações exponenciais, devemos
ção 22x–6.2x+5=0 é zero. A outra solu- Acompanhe os exemplos seguintes: realizar dois passos importantes:
ção é um número compreendido entre: 1.° redução dos dois membros da inequação a
1. y = 2x (nesse caso, a=2, logo a>1)
a) 0 e 1 b) 1 e 2 c) 2 e 3 potências de mesma base;
Atribuindo alguns valores a x e calculando os
d) 3 e 4 e) 4 e 5 2.° aplicação da propriedade:
correspondentes valores de y, obtemos a tabe-
02. (Fatec-SP) Se x é um número real tal la e o gráfico abaixo:
que 2–x.4x< 8x+1 , então:
a) –2 < x < 2 b) x = 1 c) x = 0
d) x < 3/2 e) x > –3/2
2. y=(1/2)x (nesse caso, a=1/2, logo 0<a<1)
03. (UFBA) O conjunto verdade da equação Aplicações
2x–2–x=5(1–2–x) é: 2
1. A soma das raízes da equação 5x – 2x+1=
a) {1, 4} 5625
b) {1, 2} –––––– é:
c) {0, 1} 9
d) {0, 2} a) – 4 b) – 2 c) – 1
e) ∅ d) 2 e) 4
2
5x – 2x+1= 54 ⇒ x2 –2x+1=4 ⇒ x2 – 2x–3=0
Exercícios resolvidos Logo, a soma das raízes é dada por –b/a =
–(–2)/1 = 2
01. resolver a equação 2x = 256. Atribuindo alguns valores a x e calculando os 2. Sendo x e y reais, o valor de x + y no
Resolução: correspondentes valores de y, obtemos a tabela sistema é:
Transformando a equação dada em igualdade e o gráfico abaixo:
de mesma base, temos: a) 4/3 b) 2/3 c) 1/3
2x=256 ⇒ 2x =28 d) 1 e) 2
Igualando os expoentes, temos:
x=8
Resposta: S = {8} Logo, x + y = 2
02. Resolver a equação 9 x+3
=27 x 3. Determine o conjunto solução da equação
32x+ 52x–15x = 0
Resolução:
9x+3=27x ⇒ (32)x+3=(33)x ⇒ 32x+6=33x ⇒ Vamos dividir ambos os membros por 15x
2x
3 52x 3 5
2x+6=6=3x ⇒ x=6
––– + –––– – 1=0 ⇒ (–––)x + (–––)x – 1 = 0
Resposta: S = {6}
15x 15x 5 3
03. Resolver a equação 3x+1+3x+1=90 Faça (5/3)x = y
Resolução: 1
Nos dois exemplos, podemos observar que: –––– + y –1 = 0 ⇒ y2 – y + 1
3x+1+3x+1=90 ⇒ 3x.3–1+3x.3=90
a) O gráfico nunca intercepta o eixo horizontal; y
Como 3x é um fator comum no 1.° membro,
a função não tem raízes; Como Δ = (–1)2 – 4.1.1 = 1 – 4 = –3 < 0, então
vamos coloca-lo em evidência:
b) O gráfico corta o eixo vertical no ponto (0,1); não existe y∈IR, tal que (5/3)x = y
1
3x.3–1+3x.3=90⇒3x.(3–1+3)=90⇒3x(–– + V=∅
3)=90 c) Os valores de y são sempre positivos (po-
3 4. O gráfico de f(x)=ax2 intersepta a curva y=2x
10 10 tência de base positiva é positiva), portanto o
3x.––– =90⇒3x=90:–––⇒ 3x=27⇒3x=33∴ no ponto P de abscissa 1. O gráfico de f
x=3 conjunto imagem é Im=IR+.
3 3 passa pelo ponto:
Além disso, podemos estabelecer o seguinte: a) (2,1) b) (2,4) c) (2,8)
Resposta: S = {3}
Se 0 < a < 1, então f será decrescente d) (2,9) e) (2,16)
04. Resolver a inequação 3x > 1. ax2 = 2x
Resolução: Para x = 1, teremos que a = 2;
3x>1 ⇒ 3x>30 Logo f(2) = 2.22 = 8. O que nos leva a
Como base (3) é maior que 1 (1.° caso), concluir que f passa pelo ponto Q(2,8)
temos : x > 0 5. Todas as raízes reais da equação x–1 – 4x–1/2+
Resposta: S ={x∈ IR/x>0} 3=0 são:
a) x1=1 e x2=1
05. Determinar o domínio da função b) x1=1/3 e x2=1/3
Se a > 1, então f será decrescente c) x1=3 e x2=3
d) não tem raízes reais
Resolução:
e) n.d.a.
Sabemos que só é possível Observe que (x–1/2)2 = x–1 ⇒ (x–1/2)2 – 4x–1/2+ 3=0
em Faça x–1/2 = y
y2 – 4y+3=0
IR se 3–x–81>0
y=1; y=3
Então: 3–x–81>0 ⇒ 3–x>34
Logo V = {1;1/9}
Como a base (3) é maior que 1, temos: x–1/2= 1 ⇒ x=1
–x>4 ⇒ x<–4 x–1/2= 3 ⇒ x=1/9
Resposta: D = {x∈ IR / x<–4} Logo V={1, 1/9}

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o(s) elétron(s) perdido(s) pelo metal é(são)


ganho(s) pelo ametal, então, seria “como se fos-
Química se” que, na ligação iônica, houvesse a formação
de íons devido à “transferência” de elétrons do
Professor Pedro CAMPÊLO metal para o ametal. Essa analogia simplista é
muito utilizada no Ensino Médio, que destaca
que a ligação iônica é a única em que ocorre a
Aula 40 transferência de elétrons.
A regra do octeto pode ser utilizada para expli-
Ligações químicas car de forma símples o que ocorre na ligação
As ligações químicas são uniões estabelecidas iônica.
entre átomos para formar as moléculas, que Exemplo – Antes da formação da ligação iônica
constituem a estrutura básica de uma substân- entre um átomo de sódio e cloro, as camadas 01. O composto formado pela combinação do
cia ou composto. Na Natureza, existem aproxi- eletrônicas encontram-se da seguinte forma: elemento A (número atômico = 20) com o
madamente uma centena de elementos quími- 11Na – K = 2; L = 8; M = 1 elemento B (número atômico = 9) prova-
cos. Os átomos desses elementos, ao se unirem, 17Cl – K = 2; L = 8; M = 7 velmente tem por fórmula:
formam a grande diversidade de substâncias O sódio possui 1 elétron na última camada (M).
a) AB b) A2B c) A3B
químicas. Bastaria perder esse elétron para que fique “es-
tável” com 8 elétrons na 2.a camada (L). d) AB3 e) AB2
Para exemplificar, podemos citar o alfabeto cu-
jas letras podem juntar-se para formar as pala- O cloro possui 7 elétrons na sua última camada 02. Na estrutura do cloreto de sódio (NaCl)
vras. Os átomos, comparando, seriam as letras, (M). É bem mais fácil ele receber 1 elétron e fi- anidro, encontramos um aglomerado de:
e as moléculas seriam as palavras. Na escrita, car estável do que perder 7 elétrons para ficar
estável, sendo isso o que acontece. a) Cátions e ânions
não podemos simplesmente ir juntando as letras
Sendo assim, é interessante ao sódio doar 1 elé- b) Macromoléculas
para a formação de palavras: aasc em português
não tem significado (salvo se corresponder a uma tron e ao cloro receber 1 elétron. No esquema c) Íons hidratados
sigla); porém, se organizarmos essas letras, te- abaixo, está representado esse processo: mostra- d) Átomos independentes
remos casa, que já tem o seu significado. se apenas a camada de valência de cada átomo. e) Moléculas diatômicas
Seria como se os átomos se aproximassem e
Assim como na escrita, a união estabelecida en- ocorresse a transferência de elétron do sódio 03. A ligação que ocorre entre os átomos de
tre átomos não ocorre de qualquer forma, deve para o cloro: carbono e cloro é:
haver condições apropriadas para que a ligação
entre os átomos ocorra, tais como: afinidade, con- a) Iônica d) Metálica
tato, energia, etc. b) Eletrovalente e) De hidrogênio
c) Covalente
As ligações químicas podem ocorrer por meio da
doação e da recepção de elétrons entre os áto- 04. Em um composto iônico de fórmula A2B3,
mos (ligação iônica). Citamos, como exemplo, o provavelmente, os átomos A e B no esta-
NaCl (cloreto de sódio). Compostos iônicos con- do fundamental tinham os seguintes nú-
duzem electricidade no estado líquido ou dissol- O resultado final da força de atração entre cáti- meros de elétrons na camada de valência,
vido. Eles normalmente têm um alto ponto de fu- ons e ânions é a formação de uma substância
respectivamente:
são e um alto ponto de ebulição. sólida, em condições ambientes (25°C, 1 atm).
Outro tipo de ligação químicaa ocorre por meio Não existem moléculas nos sólidos iônicos. Em a) 2 e 3 b) 3 e 2 c) 2 e 5
do compartilhamento de elétrons: a ligação co- nível microscópico, a atração entre os íons acaba d) 3 e 6 e) 5 e 6
valente. É o caso de H2O (água). produzindo aglomerados com formas geométri- 05. Qual dos compostos seguintes é molecu-
cas bem definidas, denominadas retículos cristali- lar?
Existe também a ligação metálica em que os elé-
nos, em que cada cátion atrai simultaneamente a) KI b) PCl3 c) CaS
trons das últimas camadas dos átomos do metal
vários ânions e vice-versa. d) Fe2O3 e) ZnO
saltam e passam a se movimentar livremente
entre os átomos, criando uma força de atração Características dos compostos iônicos
06. Assinale o elemento que faz ligação iônica
entre os átomos do metal; nesse caso, não há • Apresentam forma definida, são sólidos nas
com o oxigênio.
perda de elétrons. condições ambientes.
• Possuem altos ponto de fusão e de ebulição, a) Cálcio b) Nitrogênio c) Hidrogênio
TEORIA DO OCTETO
• Conduzem corrente elétrica quando dissolvi- d) Flúor e) Enxofre
Um grande número de elementos adquire estabi-
dos em água ou fundidos.
lidade eletrônica quando seus átomos apresen-
Obs.: O hidrogênio faz ligação iônica com metais
07. A ligação covalente ocorre entre:
tam oito elétrons na sua camada mais externa. a) Metal e metal b) Metal e ametal
também. Embora possua um elétron, não é metal,
Existem exceções para essa teoria, como o Hi-
logo não tende a perder esse elétron. Na verdade, c) Ametal e ametal d) Ametal e hidrogênio
drogênio (H) e o Hélio (He): ambos se estabili-
o hidrogênio tende a receber um elétron, ficando e) Metal e hidrogênio
zam com dois elétrons na última camada; ainda
com configuração eletrônica igual à do gás hélio.
temos o caso do átomo de carbono, que é tetra- 08. Observe a estrutura genérica representada
valente (pode realizar quatro ligações); além dele Exemplo da ligação entre lítio e flúor
a seguir:
todos os átomos que pertencem à família de nú- O Lítio tem um elétron em sua camada de valên- H–O–X=O
mero 14 da tabela períodica (antes conhecida cia, mantido com dificuldade porque sua energia
Para que o composto esteja corretamente
como família IVA) são tetravalentes; sendo assim, de ionização é baixa. O Fluor possui 7 elétrons
encontram-se no eixo central dessa regra (Octe- em sua camada de valência. Quando um elétron
representado, de acordo com as ligações
to); nesses casos, os átomos optam (por assim se move do lítio para o fluor, cada íon adquire a químicas indicadas na estrutura, X deverá
dizer) por fazer 4 ligações sigmas (ligações sim- configuração de gás nobre. A energia de ligação ser substituído pelo seguinte elemento:
ples) entre diferentes átomos. proveniente da atração eletrostática dos dois íons a) Carbono b) Enxofre c) Flúor
LIGAÇÃO IÔNICA OU ELETROVALENTE de cargas opostas tem valor negativo suficiente d) Cloro e) Nitrogênio
para que a ligação se torne estável.
Ligações Iônicas são um tipo de ligação química 09. O monóxido de carbono (CO) apresenta:
baseada na atração eletrostática entre dois íons
carregados com cargas opostas. a) Apenas ligações iônicas.
Na formação da ligação iônica, um metal tem uma b) Ligações iônicas e covalentes.
grande tendência a perder elétron(s), formando c) Apenas ligações covalentes simples.
um íon positivo ou cátion. Isso ocorre devido à d) Apenas ligações covalentes dativas.
baixa energia de ionização de um metal, isto é, é e) Ligação covalente dupla e dativa.
necessária pouca energia para remover um elé-
tron de um metal. LIGAÇÃO COVALENTE OU MOLECULAR 10. Ferro (Fe), óxido ferroso (FeO) e água
Simultaneamente, o átomo de um ametal (não- Ligação covalente ou molecular é aquela em que (H2O) apresentam ligações respectiva-
metal) possui uma grande tendência a ganhar os átomos possuem a tendência de compartilhar mente:
elétron(s), formando um íon de carga negativa os elétrons de sua camada de valência, ou seja, a) Iônica, iônica e covalente.
ou ânion. Isso ocorre devido à sua grande afini- de sua camada mais instável. Nesse tipo de liga- b) Iônica, covalente e covalente.
dade eletrônica. ção, não há a formação de íons, pois as estru- c) Metálica, iônica e covalente.
Sendo assim, os dois íons formados, cátion e turas formadas são eletronicamente neutras.
d) Covalente, metálica e iônica.
ânion, se atraem devido a forças eletrostáticas e Veja o exemplo abaixo do oxigênio. Ele necessita
formam a ligação iônica. e) Metálica, metálica e iônica.
de dois elétrons para ficar estável, e o H irá com-
Se estes processos estão interligados, ou seja, partilhar seu elétron com o O. Sendo assim, o O

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ainda necessita de um elétron para se estabilizar, química, denominada ligação metálica. A união
então é preciso de mais um H, e esse H compar- dos átomos que ocupam os “nós” de uma rede
tilha seu elétron com o O, estabilizando-o. Sendo
assim, é formado uma molécula o H2O. cristalina dá-se por meio dos elétrons de valên-
cia que compartilham (os situados em camadas
eletrônicas não são completamente cheias). A
disposição resultante é a de uma malha formada
por íons positivos e uma nuvem eletrônica.
Obs.: Ao compartilharem elétrons, os átomos
Teoria da nuvem eletrônica
podem originar uma ou mais substâncias sim-
ples diferentes. Esse fenômeno é denominado Segundo essa teoria, alguns átomos do metal
01. Sobre a água é incorreto afirmar: alotropia. Essa substâncias são chamadas de “perdem” ou “soltam” elétrons de suas últimas
a) É formada por três elementos químicos. variedades alotrópicas, que podem diferir entre
si pelo número de átomos no retículo cristalino. camadas; esses elétrons ficam “passeando”
b) Apresenta ligações covalentes.
c) Ocorre compartilhamento de elétrons. Ex.: Carbono, Oxigênio, Enxofre, Fósforo. entre os átomos dos metais e funcionam como
d) É formada por moléculas. Características dos compostos moleculares uma “cola” que os mantém unidos. Existe uma
e) Apresenta molécula triatômica. 1. Podem ser encontrados nos três estados força de atração entre os elétrons livres que se
02. A formação de elétrons livres ocorre físicos. movimentam pelo metal e os cátions fixos.
quando a ligação é: 2. Apresentam ponto de fusão e ponto de ebuli-
ção menores que os compostos iônicos. Propriedade dos metais
a) Iônica b) Covalente c) Eletrovalente 3. Quando puros, não conduzem eletricidade.
d) Metálica e) Dativa • Brilho metálico característico.
4. Quando no estado sólido, podem apresenatar
dois tipos de retículos cristalinos (R. C. • Resistência à tração.
03. Assinale a alternativa que apresenta uma
molécula com ligação covalente dativa. Molecular e R. C. Covalente). • Conduntibilidade elétrica e térmica elevadas.
Ligações covalentes dativa ou coordenada • Alta densidade.
a) CF4 b) HBr c) SO3
d) NaCl e) H2O Este tipo de ligação ocorre quando os átomos • Ponto de fusão e ponto de ebulição elevados.
envolvidos já atingiram a estabilidade com os
04. Não é característica da ligação iônica: oito ou dois elétrons na camada de valência. NÚMERO DE OXIDAÇÃO (NOX)
a) Formar composto sólido nas condições Sendo assim eles compartilham seus elétrons Estado de oxidação ou Número de Oxidação
ambientes. disponíveis, como se fosse um empréstimo para
(Nox) indica o número de elétrons que um áto-
b) Transferência de elétrons. satisfazer a necessidade de oito elétrons do
elemento ao qual está se ligando. mo ou íon perde ou ganha para adquirir estabili-
c) Formar íons.
d) Compartilhamento de elétrons. LIGAÇÃO METÁLICA dade química. Quando o átomo ou o íon perde
e) Ocorrer entre metal e ametal. A ligação metálica ocorre entre metais, isto é, áto- elétrons, seu nox aumenta; quando ganha elé-
05. Em um composto molecular de fórmula mos de alta eletropositividade. Num sólido, os trons, seu Nox diminui.
átomos estão dispostos de maneira variada, mas
A2B3, provavelmente, os átomos isolados A soma dos Nox de todos os átomos de uma
sempre próximos uns aos outros, compondo um
de A e B tinham os seguintes números de molécula é sempre igual a zero.
retículo cristalino. Enquanto certos corpos apre-
elétrons na camada de valência, Substâncias simples apresentam NOX igual a 0;
sentam os elétrons bem presos aos átomos, em
respectivamente: outros, algumas dessas partículas permanecem íons simples apresentam NOX igual à sua carga;
a) 2 e 3 b) 3 e 2 c) 5 e 6 com certa liberdade de se movimentarem no cris-
d) 6 e 5 e) 7 e 8 a soma dos NOX de um íon composto ou com-
tal. É o que diferencia, em termos de condutibili-
dade elétrica, os corpos condutores dos isolan- plexo é igual à sua carga.
06. Qual dos compostos a seguir não tes. Nos corpos condutores, muitos dos elétrons
apresenta ligações covalentes simples? Elementos com Nox definido
se movimentam livremente no cristal, de forma
a) CO2 b) CCl4 c) NF3 desordenada, isto é, em todas as direções. E, Alguns elementos possuem um Nox fixo quando
d) OF2 e) SCl2 justamente por ser caótico, esse movimento não encontrados isoladamente na natureza. São eles:
resulta em qualquer deslocamento de carga de
07. Um cátion trivalente apresenta distribuição um lado a outro do cristal. Metais alcalinos [Grupo 1 (1A)] e prata: +1 (nos
eletrônica 1s2, 2s2, 2p6. O número atômico Aquecendo-se a ponta de uma barra de metal, hidretos metálicos o estado de oxidação do H é
do elemento deste cátion é: colocam-se em agitação os átomos que a for- –1 ).
a) 6 b) 7 c) 8 mam e os que lhe estão próximos. Os elétrons
Metais alcalino-terrosos [Grupo 2 (2A)] e Zinco:
d) 10 e) 13 aumentam suas oscilações, e a energia se pro-
paga aos átomos mais internos. Nesse tipo de +2
08. Não é característica da ligação covalente: cristal, os elétrons livres servem de meio de pro- Alumínio: +3
a) Formar composto sólido, líquido ou gasoso pagação do calor – chocam-se com os átomos
Oxigênio: –2 (exceto nos peróxidos, nos quais é
nas condições ambientes. mais velozes, aceleram-se e vão aumentar a
oscilação dos mais lentos. A possibilidade de -1, e nos superóxidos, nos quais é –1/2)
b) Transferência de elétrons.
c) Formar moléculas. melhor condutividade térmica, portanto, depende Hidrogênio (em ligações covalentes): +1
d) Compartilhamento de elétrons. da presença de elétrons livres no cristal. Calcogênios ([Grupo 16 (6A)] somente na
e) Ocorrer entre ametal e ametal. Estudando-se o fenômeno da condutibilidade
elétrica, nota-se que, quando é aplicada uma extremidade direita da fórmula) = –2
09. Qual dos compostos a seguir 4 ligações diferença de potencial, por meio de uma fonte Halogênios ([Grupo 17(7A)] somente na extre-
covalentes? elétrica às paredes de um cristal metálico, os midade direita da fórmula e não covalentes) =
a) ClF b) OF2 c) NF3 elétrons livres adquirem um movimento ordena-
–1
d) CS2 e) SCl2 do: passam a mover-se do pólo negativo para o
pólo positivo, formando um fluxo eletrônico Grupos 3 (3B) a 7 (7B): Nox máximo = n.° do
10. O bário é um metal utilizado em velas para orientado na superfície do metal, pois como se grupo
motores, pigmento para papel e fogos de trabalha com cargas de mesmo sinal, essas
artifício. A respeito de algumas característi- procuram a maior distância possível entre elas. Oxidação e redução
cas do bário, assinale a opção incorreta: Quanto mais elétrons livres no condutor, melhor Não confundir Nox com Valência (química), que
a condução se dá.
a) Tem altos pontos de fusão e de ebulição. é a quantidade de elétrons que um átomo
Os átomos de um metal têm grande tendência a
b) Conduz bem a corrente elétrica no estado necessita ganhar ou perder para alcançar a
perder elétrons da última camada e transformar-
sólido.
se em cátions. Esses elétrons, entretanto, são estabilidade, segundo á "Regra do octeto". As
c) Forma composto iônico quando se liga ao simultaneamente atraídos por outros íons, que
flúor. vezes o Nox é numericamente igual à valência
então o perdem novamente e assim por diante.
d) Seus átomos estão ligados devido à atração Por isso, apesar de predominarem íons positivos do elemento.
elétrica entre pseudocátions e elétrons. e elétrons livres, diz-se que os átomos de um • Oxidar significa perder elétrons. O Nox
e) Tende a receber dois elétrons quando se metal são eletricamente neutros.
liga ao oxigênio. aumenta.
Os átomos mantêm-se no interior da rede não
só por implicações geométricas, mas também • Reduzir significa ganhar elétrons. O Nox
por apresentarem um tipo peculiar de ligação diminui.

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que viva de guardar alheio gado,

Literatura de tosco trato; de expressões grosseiro,


dos frios gelos e dos sóis queimado.
Tenho próprio casal e nele assisto;
Professor João BATISTA Gomes dá-me vinho, legume, fruta, azeite;
das brancas ovelhinhas tiro o leite
e mais as finas lãs, de que me visto.
Aula 41
Graças, Marília Bela,
Arcadismo (parte II) graças à minha estrela!

AUTORES E OBRAS Eu vi o meu semblante numa fonte:


dos anos inda não está cortado;
2. TOMÁS ANTÔNIO GONZAGA os pastores que habitam este monte
Nascimento e morte – Nasce em Porto (Por- respeitam o poder do meu cajado.
tugal), em 11 de agosto de 1744. Morre em Com tal destreza toco a sanfoninha, Caiu no vestibular
Moçambique (África), em 1810, aos 66 anos. que inveja até me tem o próprio Alceste:
ao som dela concerto a voz celeste,
01. (UNOPAR–PR) Leia o poema seguinte:
Brasil – Com oito anos, é trazido para o Bra-
nem canto letra que não seja minha. Oh! Que saudades
sil e matriculado no Colégio da Bahia.
Graças, Marília Bela, Do luar da minha terra
Direito – De volta a Portugal, forma-se em graças à minha estrela! Lá na serra branquejando
Direito (Coimbra, 1768).
Segunda parte das Liras – Veja agora um Folhas secas pelo chão
Ouvidor e procurador – Em 1782, é nomea- Este luar cá de cidade
exemplo de poesia composta na prisão. É a
do Ouvidor e Procurador em Vila Rica. É nes- segunda parte das Liras de Gonzaga: Tão escuro não tem aquela saudade
sa época que compõe a maior parte dos
Do luar lá do sertão!
poemas que formam sua obra. Já não cinjo de louro a minha testa;
Nem sonoras canções o Deus me inspira: Os versos acima ilustram características do
Paixão por Maria Dorotéia – Enquanto se en-
Ah! que nem me resta Arcadismo:
volve com a Inconfidência Mineira, apaixona-
Uma já quebrada,
se por Maria Dorotéia Joaquina de Seixas, que a) Exaltação à natureza da terra natal.
Mal sonora Lira!
imortalizaria nos poemas com o pseudônimo b) Declarada contenção dos sentimentos.
de Marília. Mas neste mesmo estado em que me vejo,
c) Expressão de sentimentos universais.
Pede, Marília, Amor que vá cantar-te:
Inconfidência e exílio – Implicado no movi- d) Volta ao passado para escapar das agruras
Cumpro o seu desejo:
mento inconfidente (1789), é preso manda- do presente.
E ao que resta supra
do para a Ilha das Cobras (Rio de Janei-ro). e) Oposição entre o campo e a cidade
A paixão, e a arte.
Em 1792, condenado ao exílio, segue para
Moçambique (África), onde refaz sua vida, A fumaça, Marília, de candeia,
Que a molhada parede ou suja, ou pinta, 02. (UNOPAR–PR) Considere as seguintes
casando-se com Júlia Mascarenhas, viúva
Bem que tosca, e feia, afirmações:
rica.
Agora me pode I A temática e a linguagem barroca expressam
Poeta lírico e satírico – É considerado o Ministrar a tinta.
principal poeta lírico do século XVIII (Arca- os conflitos experimentados pelo homem do
dismo) no Brasil (Marília de Dirceu). É o úni- 3. BASÍLIO DA GAMA século XVII.
co poeta do Arcadismo brasileiro a compor II A linguagem barroca caracteriza-se pelo
Nascimento e morte – Nasce em 8 de abril
sátiras (Cartas Chilenas). de 1741, em São José do Rio das Mortes (ho- emprego de figuras, como a comparação e
Nome árcade – Na obra lírica, adota o no- je Tiradentes), Minas. Morre em Lisboa, em a alegoria, entre outras.
me árcade de Dirceu. 1795. III A antítese e o paradoxo são as figuras que a
OBRAS DE GONZAGA Noviço – Estuda com os jesuitas: é noviço linguagem barroca emprega para expressar
(preparando-se para ser padre) quando Pom- a divisão entre mundo material e mundo
1. Marília de Dirceu (poesias lírico-amoro-
sas, 1792). bal decreta a expulsão dos padres do Brasil. espiritual.
Arcádia Romana – Em 1795, expulsos os je- IV A estética barroca privilegia a visão racional
2. Cartas Chilenas (poesias satíricas, 1845).
suítas, segue para Roma, onde seus mes- do mundo e das relações humanas,
As Cartas Chilenas são poesias satíricas
tres fazem que seja aceito na Arcádia Roma- buscando na linguagem a fuga às
contra as arbitrariedades de Luís da Cu-
na (fundada em 1690). constrições do dia-a-dia.
nha Meneses, governador de Minas Ge-
rais um pouco antes da Inconfidência. As Prisão em Portugal – Em Lisboa, é preso Dentre elas, apenas
por suspeição de jesuitismo e condenado
Cartas, em número de treze, circulam em a) I e III estão corretas.
ao degredo. Salva-se dirigindo um Epitalâ-
Vila Rica entre 1788 e 1789. Constituem b) II e IV estão corretas.
mio (poema nupcial) à filha do Marquês de
um poema satírico incompleto, em versos
Pombal. c) III está correta.
decassílabos e brancos (sem rima). Nelas,
Pseudônimo – Adota o nome árcade de d) I, II e IV estão corretas.
as personagens são assim disfarçadas:
Termindo Sipílio. e) I, II e III estão corretas..
a) Tomás Antônio Gonzaga – Critilo.
b) Luís da Cunha Meneses – Fanfarrão Poesia épica – Compôs somente poesia 03. (PUC–SP) Pode-se afirmar que Maríla de
Minésio. épica. Dirceu e Cartas Chilenas são, res-
c) Recebedor das Cartas – Doroteu. Obra máxima – O Uraguai (1769), poema pectivamente:
d) Minas Gerais – Chile. épico composto para exaltar os portugueses
a) altas expressões do lirismo amoroso e da
e) Vila Rica – Santiago do Chile. e satirizar os jesuítas do Brasil. O livro trata
da luta que portugueses e espanhóis movem sátira política, na literatura do século XVIII;
ANTOLOGIA COMENTADA
contra indígenas e jesuítas em Sete Povos b) exemplos da poesia biográfica e da literatura
As Liras de Gonzaga – Marília de Dirceu é das Missões, no Uruguai (hoje Rio Grande epistolar cultivadas no século XVII;
um longo poema de amor, dividido em pe- do Sul), em 1759. c) exemplos do lirismo amoroso e da poesia de
quenas unidades chamadas Liras. O motivo
Dados importantes de O Uraguai: combate, cultivados sobretudo pelos poetas
principal da obra é paixão do pastor Dirceu,
1. Classificação – Poema épico, escrito em românticos da chamada “terceira geração”;
com mais de quarenta anos, pela pastora Ma-
rília, com apenas quinze. Talvez por isso, haja decassílabos brancos, sem divisão em d) altas expressões do lirsimo e da sátira da
obsessão pelo fator tempo. Nos versos a se- estrofes. Foge, assim, à imitação de Os nossa poesia barroca;
guir, o poeta tenta mostrar à namorada que Lusíadas, de Camões. e) expressões menores da prosa e da poesia
não é um pastor qualquer: 2. Objetivo – Satirizar os jesuítas e agradar de nosso Arcadismo, cultivados no interior
Eu, Marília, não sou algum vaqueiro, o Marquês de Pombal, protetor do poeta. das Academias.

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3. Personagens principais: chas, laços, flores e folhagens, que busca-


Lindóia – índia; heroína que morre picada vam uma elegância requintada, uma graça
por uma cobra. não raro superficial. Com seus rondós e ma-
drigais, envolvidos por intensa musicalidade,
Cacambo – índio guerreiro; esposo de Lin-
apresenta uma natureza decorativa, bem ao
dóia.
gosto arcádico.
Pe. Balda – jesuíta; vilão da história.
Precursor do Romantismo – Silva Alvaren-
Caitutu – índio guerreiro; irmão de Lin- ga é considerado o precursor do Romantis-
dóia. mo porquanto não cultua excessivamente as
Tanajura – índia feiticeira. belezas postiças greco-romanas do repertó-
Gomes Freire de Andrade – chefe das tro- rio árcade.
01. Assinale a alternativa que apresenta pas portuguesas. Nome árcade – Adota o pseudônimo de Al-
ERRO na correlação obra-características: cindo Palmireno.
4. SANTA RITA DURÃO
a) Música do Parnaso – primeira obra Tipo de poesia – Predomínio da poesia líri-
Nascimento e morte – Nasce em Cata Preta, co-amorosa.
publicada por um brasileiro. Minas, em 1722. Falece em Lisboa, em 1784.
b) Prosopopéia – primeiro poema épico da Musa – Imortaliza, nos seus poemas lírico-
Filosofia e Teologia – Com pouca idade, é amorosos, Glaura.
Literatura Brasileira. mandado para Portugal, onde realiza estudos
c) Obras Poéticas – obra inauguradora do de Filosofia e Teologia, tomando hábito aos OBRAS
arcadismo brasileiro. dezesseis anos. 1. O Desertor das Letras (poema herói-
Perseguição – Envolvido na polêmica contra cômico publicado em Coimbra, 1774).
d) Cartas Chilenas – poema épico em versos
brancos. os jesuítas, refugia-se na Espanha e, mais tar- 2. Glaura (poemas eróticos, Lisboa, 1799).
de, na França e na Itália.
e) O Uraguai – poema épico que não imita Os 5. ALVARENGA PEIXOTO
Poesia épica – De suas produções poéticas,
Lusíadas.
fica o poema épico Caramuru (Lisboa, 1871), Nascimento e morte – Inácio José de Al-
02. Assinale a alternativa que apresenta feito à imitação direta de Os Lusíadas, de varenga Peixoto nasce no Rio de Janeiro,
Camões. em 1743. Morre em Angola (África), em 1792.
ERRO na correlação obra-características:
Caramuru – Dados importantes do livro: Talento precoce – Com 14 anos, improvisa
a) Cartas Chilenas– poemas de Critilo para versos e compete com o colega Basílio da
1. Classificação – Poema épico, escrito em
Doroteu. Gama.
decassílabos rimados, com divisão em
b) Caramuru – poema épico à maneira de Os cantos e estrofes. Segue, assim, o esque- Direito em Coimbra – Após estudos secun-
Lusíadas. ma tradicional imposto por Camões em dários no Colégio dos Jesuítas do Rio de
c) Glaura – poemas lírico-amorosos de Silva Os Lusíadas. Janeiro, matricula-se no curso de Direito da
Alvarenga. 2. Tema central – O poema narra, em dez Universidade de Coimbra, formando-se e
cantos, o naufrágio de Diogo Álvares Cor- ingressando na magistradura (torna-se juiz
d) Viola de Lereno – única obra de Domingos
reia (na costa da Bahia) e suas aventuras da vila de Cintra (Portugal) durante três
Caldas Barbosa. anos).
amorosas com as índias, sobretudo com
e) O Uraguai – poema épico em que se narra Paraguaçu e Moema. O material é vasto: Juiz em Minas – Em 1776, está de volta à
a morte de moema. os fatos da História, o temperamento e as pátria. É nomeado ouvidor da comarca do
lendas dos indígenas. O poema segue o Rio das Mortes (Minas), com sede em São
03. Assinale a alternativa que contém um esquema clássico camoniano, usando a João del Rei, onde conhece Bárbara Helio-
texto pertencente ao Arcadismo bra- oitava rima e obedecendo à divisão tradi- dora, bonita e prendada, filha de uma família
sileiro. cional em proposição, invocação, dedi- paulista.
catória, narrativa e epílogo.
a) Sinto-me sentir, todo abrasado Casamento e mineração – Casa-se com Bár-
3. Personagens principais: bara Heliodora em 1781. Abandona a magis-
No rigoroso fogo que me alenta;
Diogo Álvares Correia – herói; náufrago tradura e dedica-se à mineração. Ganha di-
O mal que me consome me sustenta
português. nheiro, compra fazendas e escravos, levan-
O bem que me entretém me dá cuidado.
Paraguaçu – índia, filha do cacique. do uma vida feliz com a mulher e quatro fi-
b) Destes penhascos fez a natureza lhos, entre os quais Maria Efigênia, “a prin-
Moema – amante de Diogo; morre afoga-
O berço em que nasci! Oh, quem cuidara cesa do Brasil”, segundo o pai.
da.
Que entre penhas tão duras se criara Prisão e exílio – Implicado na Inconfidência
Taparica – cacique; pai da índia Paragua-
Uma alma terna, um peito sem dureza! Mineira, é preso e conduzido para a Ilha das
çu.
c) Meu canto de morte, Cobras (Rio de Janeiro), e de lá, em exílio
Jararaca – índio caeté inimigo de Gupe- perpétuo, para Angola (África), onde falece
Guerreiros, ouvi: va. (1792).
Sou filho das selvas,
4. SILVA ALVARENGA Tragédia total – A família desfaz-se: a espo-
Nas selvas cresci;
sa enlouquece, Maria Efigêcia suicida-se, os
Guerreiros, descendo Nascimento e morte – Manuel Inácio da
outros três filhos sofrem rudemente.
Da tribo Tupi. Silva Alvarenga nasce em Vila Rica, Minas
Gerais, em 1749. Morre no Rio de Janeiro, em Nome árcade – Adota o pseudônimo de Eu-
d) Eu durmo e vivo ao sol como um cigano, reste Fenício.
1 de novembro de 1814.
Fumando meu cigarro vaporoso; Musa – Imortaliza nos poemas lírico-amoro-
Direito em Coimbra – Faz os estudos secun-
Nas noites de verão namoro estrelas; dários no Rio de Janeiro e cursa Direito na sos Bárbara.
Sou pobre, sou mendigo e sou ditoso! Universidade de Coimbra. Tipo de poesia – Cultiva a poesia lírico-amo-
e) Descansem o meu leito solitário O Desertor das Letras – Ao longo do curso, rosa.
Na floresta dos homens esquecida, escreve e publica, sob o patrocínio do Mar- Produção poética perdida – O poeta escre-
À sombra de uma cruz, e escrevam nela quês de Pombal (Sebastião José de Carvalho ve muito, mas a maioria de sua obra perde-
e Melo – 1699-1782), O Desertor das Letras, se quando o governo confisca-lhe os bens,
– Foi poeta – sonhou – e amou na vida.
poema herói-cômico de enaltecimento às re- conseqüência da Inconfidência Mineira.
04. Identifique a correlação errada. formas universitárias pombalinas.
Única obra – Obras Poéticas (poesias espar-
Glaura – Em 1799, publica, em Lisboa, seu sas reunidas pelos amigos e publicadas em
a) Suspiros Poéticos e Saudades – poesias.
livro de poemas Glaura, tornando-se o exem- Paris, em 1865, sob o patrocínio de D. Pedro
b) A Moreninha – romance.
plo perfeito do estilo rococó: estilo ornamen- II).
c) Na festa de São Lourenço – teatro. tal surgido na França durante o reinado de
d) Prosopopéia – poema épico. POEMAS FAMOSOS:
Luís XV (1710-1774), caracterizado pelo ex-
e) Marília de Dirceu – romance. cesso de curvas caprichosas e pela profu- 1. Bárbara Heliodora (lira escrita na prisão).
são de elementos decorativos, como con- 2. Estela e Nize (soneto lírico-amoroso)

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Coimbra, introduzindo os estudos das Ciências


História Exatas e naturais e aprimorando os estudos das
Ciências Jurídicas.

Professor DILTON Lima A QUEDA DE POMBAL


Em 1777, com a morte de D. José I, subiu ao
trono Dona Maria I, que afastou pombal do go-
Aula 42 verno. A queda do ministro foi comemorada por
todos os opositores que, finalmente, podiam vol-
Era Pombalina tar ao poder.
PRIMEIRO-MINISTRO O governo da metrópole suspendeu o monopólio
das companhias de comércio e baixou um alvará
No reinado de D. José I, foi nomeado Sebastião
proibindo a produção manufatureira da colônia
José de carvalho e Melo, o Marques de Pombal, 01. (FGV) A longa administração pombalina
(com exceção do fabrico de tecidos grosseiros
para o cargo de primeiro-ministro do governo (1750-1777) causou controvérsias ao ex-
para uso dos escravos).
português, ocupando-o por mais de 25 anos, pulsar os jesuítas de Portugal e de todos
Essas decisões aumentaram o descontentamento
dirigindo os destinos portugueses e coloniais, seus domínios, em 1759. Tal expulsão,
dos luso-brasileiros ante a dominação da Coroa.
disposto a retirar o atraso de seu país em rela- que implicava o confisco dos bens dos
ção aos centros mais dinâmicos da economia religiosos, pode ser atribuída:
européia e a diminuir o grau de dependência de
Portugal para com a Inglaterra. a) ao enorme déficit do Tesouro português,
DESPOTISMO ESCLARECIDO provocado pelas despesas feitas com
construção de Lisboa, destruída pelo
Durante o governo de Pombal, instaurou-se o
Despotismo Esclarecido, e ocorreu uma série de terremoto de 1755.
eventos que se relacionaram a um só esforço: a b) à antipatia que o ministro, seguidor da filo-
nacionalização da economia brasileira. sofia iluminista, nutria pelos jesuítas, respon-
Pombal organizou uma política de fomento indus- sáveis pelo atraso cultural do país.
trial para o Reino e de intervenção do Estado nos c) à vontade de igualar-se à monarquia fran-
diferentes setores da vida colonial, visando obter
cesa que praticava o despotismo esclare-
maior racionalização administrativa e conseguir
maior eficiência na exploração colonial. cido.
d) ao processo de centralização administrativa
MEDIDAS POMBALINAS
que exigia a eliminação da Companhia de
a) Incentivos estatais para a instalação de manu-
Jesus, acusada de formar um estado à par-
faturas.
b) 1755: criação da Capitania de São Jose o Rio te.
Negro, hoje Estado do Amazonas, com sede e) à não-aceitação de Pombal da política do
Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de
na Vila de Barcelos. Essa capitania foi instala- Pombal despotismo esclarecido, que era bastante
da por Francisco Xavier de Mendonça Furta- defendida pelos inacianos.
do, Governador Geral do Estado do Grão-Pará MOVIMENTOS DE LIBERTAÇÃO COLONIAL
e Maranhão Rebeliões ocorreram na segunda metade do sé- 02. (UEA) Os motivos internos do despotismo
c) 1755: criação da Companhia de Comércio do culo XVIII para romper os laços com a Metrópo- esclarecido estavam na emergência de
Estado do Grão-Pará e Maranhão, estimulando le, quebrar o pacto colonial e proclamar a inde- novas forças sociais que se impunham
as culturas do algodão, do arroz, do cacau, etc. pendência política do Brasil. Essas revoltas fo- com valores próprios e cada vez mais
e tentando resolver o problema da mão-de- ram influenciadas pelas idéias liberais dos ilu-
conscientes de sua importância.
obra escrava para a região. ministas, da independência dos Estados Unidos
(Mendes Jr., Roncari, Maranhão)
d) 1755: criação do Diretório, órgão composto por (1776) e da Revolução Francesa (1789-99).
homens de confiança do governo português, Assinale a afirmativa ERRADA sobre as
1. Inconfidência Mineira (Minas Gerais – 1789)
cuja função era gerir os antigos aldeamentos. tentativas de modernização do absolutis-
Na segunda metade do século XVIII, Minas Ge-
Pombal proibiu a utilização de línguas gerais mo português.
rais entrou em fase de decadência econômica
(uma mistura das línguas nativas com o portu- a) Antes de Pombal, a modernização da tece-
(jazidas de ouro esgotadas, mineiros empobre-
guês), tornando obrigatório o uso do idioma lagem portuguesa visava reduzir a subordi-
cidos, altos impostos sobre os mineradores).
português em toda a Colônia. Essa medida
Em 1788, a Coroa Portuguesa nomeou o Vis- nação econômica à Inglaterra, mas foi frus-
pombalina significava a portugalização da Ama-
conde de Barbacena. Objetivo: aplicar a Derra- trada com o Tratado de Methuen, em 1703,
zônia, cometendo-se um etnocídio na região.
ma (cobrança dos impostos atrasados). aumentando a dependência.
e) 1759: criação da Companhia de Comercio de
Em meio ao clima geral de revolta, um grupo de b) Para Pombal, aumentar o poder absoluto do
Pernambuco e Paraíba, com o objetivo de esti-
influentes membros da sociedade de Minas Ge-
mular o cultivo da cana-de-açúcar e do tabaco. rei implicava reduzir a influência dos jesuítas,
rais organizou-se com o objetivo de acabar com
f) 1759: extinção do sistema de capitanias. limitando a sua ação, na metrópole e na co-
a exploração portuguesa. Esse grupo era bas-
g) 1759: expulsão dos jesuítas (inacianos) da lônia, sobre a educação e as missões religi-
tante influenciado pelos ideais iluministas, que
Metrópole e da Colônia, confiscando-lhes os
pregavam o fim da tirania dos governantes e a osas.
bens.
liberdade. Esses ideais estiveram presentes na c) O reforço do absolutismo no plano econô-
h) 1762: criação da Derrama com a finalidade de
Independência dos Estados Unidos, em 1776, mico resultou na criação de companhias de
obrigar os mineradores a pagar os impostos
um exemplo a ser seguido pelos que desejavam
atrasados. Essa medida fiscal austera visava comércio, como a do Grão-Pará e Mara-
a separação dos laços coloniais entre Brasil e
confiscar os bens de certos setores da popu- nhão, restringindo a já então pequena liber-
Portugal.
lação, visto que a economia aurífera já se en- dade comercial.
Importantes membros da elite colonial e econô-
contrava em crise. A cobrança da derrama
mica de Minas Gerais começaram a se reunir e d) A essência da política pombalina consistia na
seria utilizada como pretexto para deflagração
a planejar a ação contra as autoridades portu- aplicação rigorosa de princípios iluministas e
do primeiro movimento pró-independência, a
guesas. Participavam desse grupo, entre outras fisiocráticos, que o caracterizaram como dés-
Inconfidência Mineira.
pessoas, os poetas Cláudio Manuel da Costa e pota esclarecido.
i) 1763: transferência da capital da colônia de
Tomás Antonio Gonzaga; os coronéis Domingos
Salvador para o Rio de janeiro. Essa medida e) Apesar do incentivo às culturas de exporta-
de Abreu Vieira e Francisco Antonio de Oliveira
política visava colocar a cabeça administrativa ção e da criação de companhias monopo-
Lopes; o padre Rolim; o minerador e poeta Iná-
da Colônia bem próximo da zona mineradora. listas para o Norte, a extinção do Estado do
cio José de Alvarenga Peixoto e o alferes Joa-
EDUCAÇÃO quim José da Silva Xavier, o Tiradentes. Os pla- Maranhão e Grão-Pará e a localização da ca-
Com a expulsão dos jesuítas do Reino e da Co- nos dos inconfidentes eram: pital do Brasil no Rio de Janeiro refletiram o
lônia, Pombal determinou que a educação (até • Libertar o Brasil de Portugal, criando uma maior interesse pombalino pela mineração e
então sob cargo da Igreja Católica) passasse a república com capital em São João Del Rei. pela pecuária do Extremo Sul.
ser transmitida por leigos, nas chamadas Aulas • Adotar uma nova bandeira que teria um triân-
Régias. gulo no centro com a frase latina: Libertas quae
Pombal fez uma revolução na Universidade de sera tamen (liberdade ainda que tardia).

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• Desenvolver indústrias no País. Obs.: A Inconfidência Mineira e a Conjuração


• Criar uma universidade em Vila Rica. Baiana não alcançaram seus objetivos, mas
• Sem tropas, sem armas, sem a participação transformaram-se em símbolos de luta pela
do povo, sem intenção de libertar os negros, emancipação do Brasil.
sem o mínimo de organização, bastou que o
coronel Joaquim Silvério dos Reis denuncias-
se os planos dos inconfidentes ao Governa-
dor de Minas Gerais para que o movimento
fracassasse.
• Todos os participantes foram presos, julgados e
condenados. Só Tiradentes (o mais pobre, o
mais entusiasmado) teve sua pena de morte
01. (APROVAR) O reinado de D. José I foi mantida: na manhã de 21 de abril de 1792,
marcado pela atuação do ministro numa cerimônia pública no Rio de Janeiro, foi
Sebastião José de Carvalho e Melo, o executado. Em seguida, teve a cabeça cortada
Bandeira dos inconfidentes baianos.
marquês de Pombal. e o corpo esquartejado.
Sobre esse período, leia as afirmativas
abaixo:
Exercícios
I. A política de Pombal tinha em vista, 01. “Não eram os norte-americanos que
de um lado, o fortalecimento do serviam de exemplo a João de Deus e
Estado. aos seus companheiros. Eram os sans-
II. Para conseguir fortalecer o Estado, culottes. A 12 de agosto de 1798, apa-
Pombal tratou de aumentar a receram, por toda a cidade, manifestos
influência da nobreza e do clero, manuscritos. Dirigidos ‘ao povo
sobretudo dos jesuítas. republicano’ em nome do ‘supremo
III. Pombal foi representante do despo- tribunal da democracia’, apelavam ao
Bandeira dos inconfidentes mineiros. extermínio do detestável jugo metro-
tismo esclarecido.
2. Conjuração Baiana ou Revolta dos Alfaiates politano de Portugal.”
IV. O período pombalino coincidiu com a
(Bahia – 1798) (Kenneth Maxwell)
época do auge da mineração no
O texto refere-se a um movimento
Brasil. Depois dos acontecimentos de Minas Gerais,
Nascia um novo movimento revolucionário. Era
emancipacionista do século XVI conhe-
V. Pombal transferiu a capital do Brasil
diferente da Inconfidência Mineira por um moti- cido como:
para o Rio de Janeiro, o que mostrou a) Inconfidência Mineira.
sua preocupação em manter a “cabeça vo bastante simples: em Minas Gerais o movi-
mento foi organizado por intelectuais, ricos pro- b) Revolta dos Mascates.
administrativa” bem próxima à c) Guerra dos Emboabas.
prietários, mineradores, gente de elevada posi-
economia mineira. ção social. Na Bahia, a rebelião foi promovida d) Conjuração Baiana.
Assinale a única alternativa que aponta por gente muito simples. Eram soldados, arte- e) Revolução Pernambucana.
somente afirmativas INCORRETAS: sãos, escravos, homens livres, alfaiates. Era um
02. O reinado de D. José I foi marcado pe-
a) I, III e V movimento de origem popular, com objetivos po-
la atuação do ministro Sebastião José
b) II e IV pulares.
de Carvalho e Melo, o marquês de
c) I, II e III Os rebeldes baianos desejavam não apenas a se-
paração política de Portugal, mas também a mo-
Pombal.
d) III e IV Sobre esse período, leia as afirmativas
dificação, de forma profunda, das condições so-
e) II e V abaixo:
ciais brasileiras, acabando com a escravidão ne-
gra. I. A política de Pombal tinha em vista,
02. (UFES) Sobre a Conjuração Baiana,
Constava do plano dos inconfidentes baianos de um lado, o fortalecimento do Es-
ocorrida em 1798, é CORRETO afirmar
medidas tais como: tado.
que II. Para conseguir fortalecer o Estado,
• Libertar o Brasil de Portugal e proclamar uma
a) foi uma revolta liderada pelos senhores de República democrática. Pombal tratou de aumentar a influ-
escravos, que contou com pouca • Extinguir a escravidão negra no Brasil. ência da Companhia de Jesus.
mobilização popular sobretudo das popu- • Aumentar os soldos dos soldados. III. Pombal foi representante do despo-
lações de cor. • Melhorar as condições de vida do povo brasi- tismo esclarecido.
b) foi uma revolta anticolonial, com maior leiro. IV. O período pombalino coincidiu com
presença das camadas populares, que, • Abrir os portos às nações amigas. a época do auge da mineração no
entre outros objetivos, pretendia acabar Os inconfidentes baianos inspiraram-se nos ideais Brasil.
com a escravidão e fundar uma república que marcou a Revolução Francesa: liberdade, V. Pombal transferiu a capital do Brasil
democrática. igualdade e fraternidade. O espelho inspirador para o Rio de Janeiro, o que mos-
mesmo é quando os jacobinos, que represen- trou sua preocupação em manter a
c) foi um movimento liderado por intelectuais
tam as camadas médias e baixas na França “cabeça administrativa” bem próxi-
e escravos, comprometido com a luta
revolucionaria, tomam o poder das mãos da mo à economia mineira.
anticolonial, mas sem planos de revolta. grande burguesia.
d) foi um movimento contra as taxações Assinale a única alternativa que aponta
Inúmeros cartazes foram escritos, fazendo a pro- somente afirmativas INCORRETAS:
excessivas sobre o fumo e o açúcar, que paganda da revolta e conclamando o povo a par-
não assumiu um caráter anticolonialista. ticipar. Os panfletos eram encontrados nas portas a) I, III e V b) I, II e IV
e) foi uma revolta liderada pela elite baiana, das igrejas, nos muros da cidade e em diversos c) II e IV d) III e IV e) II e V
que lutava pela permanência do sistema outros lugares públicos. Diziam o seguinte: “Está 03. A respeito da Inconfidência Mineira é
escravista. para chegar o tempo feliz da nossa liberdade, o válido concluir que:
tempo em que todos seremos irmãos, o tempo
03. (FUVEST) A Inconfidência Mineira, no em que seremos iguais”. a) Constituiu-se numa conspiração que
plano das idéias, foi inspirada: Preocupado com o que estava acontecendo, o go- não chegou à fase da revolta armada.
vernador da Bahia, D. Fernando José de Portugal b) Visava, entre outras medidas, ao estabe-
a) nas reivindicações das camadas menos
e Castro, procurou descobrir os autores dos car- lecimento de um governo monárquico e
favorecidas da colônia. à extinção da escravatura.
tazes. Os líderes foram presos, processados e
b) no pensamento liberal dos filósofos c) Participaram do movimento, principal-
condenados. Os alfaiates João de Deus e Manuel
iluministas. Faustino dos Santos, que tinham, apenas 17 anos, mente, elementos dos segmentos mé-
c) nos princípios do socialismo utópico. e os soldados Luis Gonzaga das Virgens e Lucas dios e baixos da população.
d) nas idéias absolutistas defendidas pelos Dantas foram enforcados, pois o governo mos- d) Foi um movimento revolucionário autóc-
pensadores iluministas. trava sua repressão de forma desumana e cruel tone.
e) nas fórmulas políticas desenvolvidas pelos com todos aqueles que ousassem contestar a e) Foi inspirado na tomada jacobina duran-
comerciantes do Rio de Janeiro. autoridade. te a Revolução Francesa.

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Gabarito do Calendário
número anterior 2008
Aprovar n.º 06

Aulas 152 a 187


DESAFIO LITERÁRIO (p. 4)
01. C;
02. B;
03. C;
04. B;
05. E; LEITURA OBRIGATÓRIA
06. C;
Cinzas do Norte,
DESAFIO QUÍMICO (p. 5)
01. D;
de Milton Hatoum
02. A;
03. D; TEXTO PARA LEITURA
04. A;
A mãe era o refúgio de Mundo, mas havia outro,
DESAFIO QUÍMICO (p. 6) que descobri por acaso numa tarde de sábado, quan-
01. D;
02. A; do fazia uma pesquisa para um trabalho de história.
03. E; Eu observava o casario baixo e colorido do antigo
05. E;
bairro dos Tocos, na Aparecida. Mundo estava perto
06. B;
07. C; da igreja, diante de um gradil enferrujado que
08. A; vedava o acesso a uma casa abandonada. O
DESAFIO GEOGRÁFICO (p. 7) uniforme verde-amarelo dava um ar espalhafatoso
01. F, F, F, V e V; ao corpo esguio; ele segurava uma pasta preta de
02. E;
03. C; couro, a mesma que usara na época do Pedro II.
04. A; Curvou-se, pôs as mãos entre as barras de ferro, e
05. A; ficou assim por uns segundos; quando se afastou,
DESAFIO GEOGRÁFICO (p. 8) vi uma família de índios cantando as moedas que
01. F, V, V, F e F;
jogara; moravam ali entre o gradil e a fachada da
02. C;
03. D; casa em ruínas. Depois mundo enfiou por uma
quebrada e foi sair no beco da Indústria; só o
DESAFIO MATEMÁTICO (p. 9)
01. E; alcancei num terreno baldio, entre um estaleiro e
02. D; uma serraria, perto do igarapé de São Vicente.
03. D;
04. A; Olhava para todos os lados, como se alguém o
05. D; vigiasse. Cheiro de óleo queimado, de madeira
06. E; verde. As canoas embicadas na praia balançavam
07. C;
08. E; com a agitação dos catraieiros, que acenavam para
ele; um gritou para o visitante, mas mundo não deu
DESAFIO MATEMÁTICO (p. 10)
01. E; bola: entrou no estaleiro, cuja rampa estava coberta
02. B; de lodo, e reapareceu remando uma canoa verme-
03. E;
lha.
04. E;
05. B; “Alguém conhecia aquele rapaz?”
06. C; “Luti, o capitão, deu uma volta com ele”, disse
DESAFIO FÍSICO (p. 11) um catraieiro, apontando um flutuante.
01. a) 90N; c) 2,5m/s2 “Aonde ele vai?”
DESAFIO FÍSICO (p. 12) “Chega sem avisar e sai remando lá para o lado
01. a) 1,6m/s2, b) 16m/s2, c) o movel de São Raimundo. Só volta no escuro.”
continuará em MRU.;
02. E, C, C; Fui de canoa até o flutuante, onde quatro ho-
03. Quando o componente horizontal de mens jogavam dominó em cima de um engradado
força aplicada superar a força de atrito, o
de cerveja; o catraieiro assobiou para um gorducho
caixote irá deslizar;
04. V, V, V, V, V e F baixote, só de calção, e bateu no meu ombro: “Luti,
DESAFIO GRAMATICAL (p. 13) esse rapaz quer ir atrás daquele cara invocado”.
01. C; “O Raimundo”, perguntou o outro.
02. B, A canoa de Mundo já havia desaparecido. Luti
03. E;
04. E; remou com rapidez no negro, embicou para a mar-
05. D; gem direita e esperou acalmar o banzeiro de um
barco de recreio. Quando tinha conhecido o meu
amigo?
“Isso de uns dois ou três anos... Ele levava uma
sacola cheia de papel. Diz que ia ver um artista, o
mestre dele. Levei ele muitas vezes, depois arrumou
uma canoa no estaleiro e foi sozinho. O sacana fez
um desenho do meu rosto... minha mulher jogou
fora, diz que parecia a cara do diabo.”
(Milton Hatoum, Cinzas do Norte, pág. 39-40)

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LÍNGUA PORTUGUESA REIS, Martha. Completamente Química: físico-química. São Paulo:


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CEGALLA, Domingos Paschoal. Dicionário de dúvidas da língua AMABIS, José Mariano; MARTHO, Gilberto Rodrigues. Conceitos de
portuguesa. 2. impr. São Paulo: Nova Fronteira, 1996. Biologia das células: origem da vida. São Paulo: Moderna, 2001.
CUNHA, Celso; CYNTRA, Lindley. Nova gramática do português CARVALHO, Wanderley. Biologia em foco. Vol. Único. São Paulo:
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HOLANDA, Aurélio Buarque de. Novo dicionário da língua Saraiva. 2000.
portuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. MARCONDES, Ayton César; LAMMOGLIA, Domingos Ângelo.
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FERREIRA, Alexandre Rodrigues. (1974) Viagem Filosófica pelas eletromagnetismo. 2.a ed. São Paulo: Edusp, 1998.
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Conselho Federal de Cultura, Memórias. Antropologia. São Paulo: Ática, 2002.
MATEMÁTICA RAMALHO Jr., Francisco et alii. Os Fundamentos da Física. 8.a ed.
BIANCHINI, Edwaldo e PACCOLA, Herval. Matemática. 2.a ed. São São Paulo: Moderna, 2003.
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