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L'OSSERVATORE ROMANO EDIÇÃO SEMANAL EM PORTUGUÊS

Unicuique suum Non praevalebunt


Ano XLI, número 29 (2.117), sábado 17 de Julho de 2010 Cidade do Vaticano Preço ; 1,00. Número atrasado ; 2,00

Pela Congregação para a Doutrina da Fé

Modificadas as normas «de gravioribus delictis»


Procedimentos mais eficazes para contribuir para a clareza e a certeza do direito
A Congregação para a Doutrina da Fé publi- escreve padre Lombardi – a integração e a
cou na quinta-feira 15 de Julho, as actualiza- actualização dessas Normas, de modo a
ções feitas às Normae de gravioribus delictis, em poder acelerar ou simplificar os procedi-
referência a delitos que a Igreja considera ex- mentos para as tornar mais eficazes, ou ter Carta aos bispos da Igreja católica
em consideração novas problemáticas. Isto
cepcionalmente graves e por isso são submeti-
dos à competência do tribunal da mesma aconteceu principalmente graças à atribui-
ção por parte do Papa de novas “faculda-
e aos outros ordinários e hierarcas
Congregação. Na categoria de tais delitos in-
cluem-se aqueles contra a fé, contra os sacra- des” à Congregação para a Doutrina da Nove anos após a promulgação nações que, com decisão de 21
mentos da eucaristia, da penitência e da or- Fé, que contudo não tinham sido integra- da Carta Apostólica Motu Pro- de Maio de 2010, o próprio Su-
dem, e naturalmente os de abuso sexual por das organicamente nas “Normas” iniciais. prio data «Sancramentorum sanc- mo Pontífice aprovou, ordenan-
parte de membros do clero contra menores. Foi o que agora fez, no âmbito precisa- titatis tutela», relativa às Normae do a sua promulgação.
Numa nota difundida contemporaneamente mente de uma revisão sistemática de tais
de gravioribus delictis reservados Em anexo à presente Carta
à publicação das actualizações, o director da Normas».
A vasta ressonância pública dada nos à Congregação para a Doutrina encontra-se um breve Relatório
Sala de Imprensa da Santa Sé, o padre jesuí- anos recentes aos delitos de abuso sexual da Fé, esta Congregação consi- no qual são expostos os emenda-
ta Federico Lombardi, recorda a promulga- contra menores por parte de membros do derou €necessário €proceder €a mentos feitos ao texto da nor-
ção do motu proprio Sacramentorum sanctita- clero chamou muito a atenção e desenvol- uma reforma do texto normati- mativa acima indicada, a fim de
tis tutela de 2001, com o qual João Paulo II veu um intenso debate sobre as normas e vo citado, emendando-o não na que os mesmos sejam mais facil-
atribuía à Congregação para a Doutrina da procedimentos aplicados pela Igreja para o mente encontrados.
sua totalidade, mas apenas em
Fé a competência para tratar e julgar no âm- julgamento e a punição dos mesmos. Por-
bito do ordenamento canónico uma série de algumas das suas partes, a fim Roma, da sede da Congrega-
tanto é justo – comenta padre Lombardi – de melhorar a sua vigência con- ção para a Doutrina da Fé, 21
delitos particularmente graves, para os quais que se esclareça totalmente a normativa
ela era precedentemente atribuída também a creta. de Maio de 2010,
hoje em vigor neste campo e que esta mes-
outros Organismos ou não era totalmente cla- ma normativa se apresente de modo orgâ- Depois de um atento e cuida-
WILLIAM CARD. LEVADA
ra. O documento era acompanhado de uma nico, a fim de faciliar a orientação de doso estudo das reformas pro-
Prefeito
série de normas aplicativas e processuais co- quem quer que deva ocupar-se destas ma- postas, os Padres da Congrega-
nhecidas precisamente como Normae de gravio- tértias». ção para a Doutrina da Fé sub- LUIS F. LADARIA, S.J.
ribus delictis. No decorrer dos nove anos suces- meteram ao Romano Pontífice o Arcebispo Tit. de Thibica
sivos «a experiência naturalmente sugeriu – PÁGINAS 2, 3, 4 E 6 resultado das próprias determi- Secretário

No Angelus o Papa recorda São Bento de Núrsia, padroeiro do seu Pontificado

A lógica da caridade é a lógica de Cristo


A «lógica da caridade» – que se necessidade de amor, e age em conse-
manifesta no amor e no serviço aos quência (cf. ibid., 31).
irmãos – é a «lógica de Cristo»: recordou Queridos amigos, desejo recordar
o Papa no Angelus de domingo, 11 de também que a Igreja recorda hoje São
Julho, recitado com os fiéis na pátio do Bento de Núrsia – o grande Padroeiro
Palácio Pontifício de Castel Gandolfo. do meu Pontificado – pai e legislador
Amados irmãos e irmãs! do monaquismo ocidental. Ele, como
narra São Gregório Magno, «foi um
Há alguns dias – como vedes – dei- homem de vida santa... de nome e por
xei Roma para a estadia de Verão em graça» (Dialogi, II, 1: Bibliotheca Grego-
Castel Gandolfo. Agradeço a Deus que rii Magni IV, Roma 2000, p. 136). «Es-
me oferece esta possibilidade de repou- creveu uma Regra para os monges... re-
so. Aos queridos habitantes desta boni-
flexo de um magistério encarnado na
ta cidade, onde volto sempre de bom
grado, dirijo a minha cordial sauda- sua pessoa: de facto, o santo não pôde
ção. O Evangelho deste domingo inicia de modo mais absoluto ensinar diversa-
com a pergunta que um doutor da Lei mente da forma como viveu (Ivi, II,
XXXVI, cit., p. 208). O Papa Paulo VI
faz a Jesus: «Mestre, que hei-de fazer
para possuir a vida eterna?» (Lc 10, proclamou São Bento Padroeiro da
25). Sabendo que ele era perito nas Europa a 24 de Outubro de 1964, re-
Sagradas Escrituras, o Senhor convida conhecendo a sua obra maravilhosa
aquele homem a dar ele mesmo a res- desempenhada para a formação da ci-
posta, que de facto formula perfeita- vilização europeia.
mente, citando os dois mandamentos Confiemos à Virgem Maria o nosso
principais: amar a Deus com todo o (Lc 10, 29). Desta vez, Jesus responde a lógica da caridade: Deus é amor, e caminho de fé e, em particular, este
seu coração, mente e forças e amar o com a célebre parábola do «Bom sa- prestar-lhe culto significa servir os ir- tempo de férias, para que os nossos co-
próximo como a si mesmo. Então o maritano» (cf. Lc 10, 30-37), para in- mãos com amor sincero e generoso. rações nunca percam de vista a Pala-
doutor da Lei, quase para se justificar, dicar que compete a nós tornar-nos o Esta narração evangélica oferece o vra de Deus nem os irmãos em dificul-
pergunta: «E quem é o meu próximo?» «próximo» de todo aquele que tiver «critério de medida», ou seja, a univer- dade.
necessidade de ajuda. O Samaritano, salidade do amor que se inclina para o
de facto, ocupa-se da condição de um necessitado encontrado por acaso (cf.
desconhecido, que os salteadores deixa- Lc 10, 31), seja ele quem for (Enc.
Mensagem do Santo Padre ram meio morto à margem da estrada: Deus caritas est, 25). Ao lado desta re- Intervenção do Cardeal Tauran
ao Capítulo geral dos Rogacionistas enquanto um sacerdote e um levita ti- gra universal, há também uma exigên-
nham prosseguido, talvez pensando cia especificamente eclesial: que «na Educação
Novas linguagens para que em contacto com o sangue, com própria Igreja, enquanto família, ne- sabedoria humana
base num preceito, se teriam contami- nhum membro sofra porque passa ne-
anunciar o Evangelho nado. Portanto, a parábola, deve indu- cessidade» (Ibid.). O programa do cris- e sabedoria de Deus
zir-nos a transformar a nossa mentali- tão, aprendido do ensinamento de Je-
PÁGINA 7 dade segundo a lógica de Cristo, que é sus, é «um coração que vê» onde há PÁGINAS 8-9

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