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Professor-orientador:
Professor-membro:
Agradeço a todas as pessoas que contribuíram
para a realização deste trabalho, em especial
aos meus professores Ernesto e Rosângela,
pelo apoio e aos meus pais pelo estímulo
constante no aprimoramento do saber.
“Olhar o mundo através das grades permite
mais que uma simples visão, proporciona,
primeiramente, o contato com um ser reduzido
à sua ínfima condição e, conseqüentemente,
possibilita a constatação da existência do
abismo existente entre a aplicação da lei e a
realidade”.
SUMÁRIO
RESUMO ...................................................................................................ix
INTRODUÇÃO ..............................................................................................1
1. HISTÓRICO ...........................................................................................4
1.1. Cárcere. Síntese Histórica das Punições...........................................4
1.2. Privatização dos Presídios. Surge uma nova idéia ............................8
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................36
ANEXOS......................................................................................................38
RESUMO
1
SARUBY, Ary e REZENDE, Afonso Celso F. Sistema Prisional na Europa. Modelo para o Brasil? Peritas
Editora e Distribuidora Ltda. Ano 1997, Campinas,SP. p. 47.
tratamento digno e humano e, ali, separado dos demais, entregue à solidão, às
reflexões e aos pesares, espera, impaciente, o fim da sua reclusão.
Com relação ao ensino, também existe uma diretriz invejável, uma vez
que o preso recebe ensinamentos condicionados ao seu temperamento. Existem
setores especiais orientados a melhorar a formação escolar do detento. No
campo profissional, o preso inexperiente, mais conhecido como aprendiz, tem
condições de conhecer os seguintes ofícios: compositor tipográfico, mecânico de
carros e máquinas agrícolas, montador eletricista, entre outros.
Os religiosos encarregados dos serviços pastorais ficam a disposição de
qualquer preso, cuidando, dentro da instituição, unicamente dos aspectos morais
e religiosos.
São ministrados cursos especiais aos detentos que ali chegam sem uma
profissão definida, e após seu término, são feitos exames para avaliação, quando
todos ganham certificados de conclusão para poderem utilizar quando em
liberdade.
2 JÚNIOR, João Marcelo de Araújo. Privatização das Prisões apud Execução Penal (Lei 7210, de 11.07.84),
elaborada pela Subsecretaria de Edições Técnicas do Senado Federal, Brasilia, 1985.
Seria, portanto, intolerável enriquecer sobre a base do quantum de
castigo que seja capaz de inflingir a um condenado.
Em nosso país não seria viável uma proposta de privatização total dos
estabelecimentos prisionais, como acontece em alguns poucos Estados
industrializados dos EUA, mas a idéia da privatização no Brasil poderia se
tornar uma realidade aos poucos, através da terceirização, onde o Estado, ao
contratar a execução do serviço ao setor privado, continuaria responsável por
seu financiamento, regulação, avaliação e controle, mas se beneficiaria do
acesso a novas tecnologias, redução dos gastos com pessoal, da burocracia, e
dos atrasos nas construções de novos estabelecimentos.
A adoção das prisões privadas tem sido em boa parte legitimada pelo
argumento de que a introdução da competição e o emprego de técnicas e
estratégias de gestão empresarial no sistema penitenciário permitiriam,
simultaneamente, reduzir custos e aperfeiçoar os serviços.
As prisões privadas nos EUA, tem operado aquém dos termos em que
tem sido proposta e, no entanto, o setor continua em franca expansão. Se de um
lado, há evidências fundadas de que a gestão privada dos estabelecimentos
correcionais não tem executado um serviço eficiente, nem tampouco mais
barato, como também não tem conseguido fazer frente aos objetivos internos do
sistema de justiça criminal, notadamente o alívio da superpopulação e a
reabilitação dos detentos, é certo que paradoxalmente as prisões privadas vêm se
expandindo e as companhias ampliando largamente suas margens de
lucratividade.
Tal proposta, que parecia uma viável solução para a crise do setor
penitenciário brasileiro, foi, simplesmente, arquivada.
Daí se conclui que esta lei surgiu como provável solução para a
superlotação de nossos presídios, vez que engloba vários tipos penais, até então
punidos com prisão.
Claro, que o ideal mesmo, seria a vida junto à família, casamento feliz,
filhos na escola, saúde, trabalho bem remunerado, lazer, clima geral sadio e
perspectivas de um mundo melhor e não dentro de uma prisão, por mais
eficiente e adequada que seja sua estrutura. Ou, como bem afirmou Heitor
Piedade Júnior, Professor de Direito Penal da Universidade Federal do Rio de
Janeiro, citado por Ary Saruby e Afonso Celso F. Rezende na obra Sistema
Prisional na Europa. Modelo para o Brasil? Ao ideal em sociedade, é que não
existissem o crime, o criminoso, a Justiça Criminal, a pena, o sistema
penitenciário.
Nas prisões privadas, o trabalho do preso deve ser ponto de honra, onde
todos os presos trabalhem, mas o resultado auferido pelo seu labor não poderia
reverter em favor do empreendedor privado, destinando-se aos familiares do
condenado e ao ressarcimento dos prejuízos que o condenado provocou.
O que não se pode admitir é afastar a experiência, pois nada que se possa
substituir a prisão foi apresentado até agora e milhares de jovens estão
apodrecendo em nossos cárceres, sem que a sociedade possa lhes ouvir a voz.
BRASIL, Código de Processo Penal. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais,
2000.