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3.

O perfil e o papel do formador

Como devem estar recordados, na aula passada abordamos as diferentes características do sistema e
das modalidades existentes. O programa da aula de hoje prevê a análise dos seguintes pontos:

:: AULA 3 ::
3. O perfil e o papel do Formador
3.1 O papel do formador
3.2 As competências do formador
3.3 A programação e a postura do formador

4. O exercício da actividade do Formador


4.1 O Certificado de Aptidão Profissional de Formador
4.2 As condições de renovação do CAP
4.3 A Bolsa Nacional de Formadores

Objectivos da Unidade

| 3. Perfil e papel do Formador | 4. O exercício da Actividade |

:: O trabalho de um formador é complexo, não sendo o único elemento no processo, desempenha um


papel crucial na concretização dos objectivos e no desenvolvimento proveitoso de uma acção de
formação.

Surgem assim algumas questões primordiais:


» Qual o papel que o formador deve desempenhar?
» Quais as competências específicas para desenvolver bem a função?
» Qual a postura e os cuidados que o formador deve ter?
» Quais os requisitos legais para desempenhar a profissão?

Introdução
:: Vamos começar por analisar o papel e enunciar as competências e as capacidades necessárias ao
desenvolvimento da actividade do(a) formador(a) nos diferentes sistemas de formação.
Definição do conceito de Formador(a)

:: Comecemos por nos debruçar no conceito de formador(a).

Segundo o Decreto-Lei nº 66/94 de 18 de Dezembro, o(a) formador(a) é definido como:


"(...) o profissional que, na realização de uma acção de formação, estabelece uma relação pedagógica com os
formandos, favorecendo a aquisição de conhecimentos e competências, bem como o desenvolvimento de atitudes e
formas de comportamento adequados ao desempenho profissional."

:: Já o IQF utiliza a seguinte terminologia:


"Indivíduo qualificado detentor de habilitações académicas e profissionais específicas, cuja intervenção facilita ao
formando a aquisição de conhecimentos e/ou desenvolvimento de capacidades, atitudes e formas de comportamento."

O PAPEL DO(A) FORMADOR(A)

Inerente às duas definições estão os diferentes papéis do(a) formador(a):

A) Facilitador(a) da Aprendizagem

É a capacidade de favorecer a aquisição de competências, através de um processo cooperativo: os


formandos são essenciais para o cumprir dos objectivos delineados;

B) Animador(a)

Fazendo com que os formandos adoptem os comportamentos necessários à prossecução dos


objectivos, bem como desenvolvam atitudes flexíveis, facilmente adaptáveis a diferentes
cenários;

C) Moderador(a)

Ao estabelecer uma relação com o grupo compete-lhe moderar os conflitos e aproveitá-los a favor da
formação.

Ao papel estão associadas múltiplas actividades inerentes à forma como são transmitidos os
conhecimentos e incentivado o desenvolvimento de atitudes e comportamentos. O(a) formador(a)
deverá então desempenhar as seguintes tarefas:

A. Planeamento e preparação da formação


* Analisar e caracterizar o projecto de acção de formação em que se irá intervir definindo: perfis
de entrada e de saída, programa, condições de realização;
* Constituir do dossier da formação;
* Conceber e planificar o desenvolvimento da formação: objectivos, conteúdos, actividades, gerir e
aproveitar os tempos de formação, seleccionar métodos e técnicas, conceber momentos e instrumentos
de avaliação, prever recursos didácticos, documentação de apoio;
* Elaborar os planos das sessões de formação.
B. Desenvolvimento e animação da formação

* Relacionar os conteúdos com as vivências e a realidade sócio-profissional dos participantes;


* Aproveitar o que foi aprendido para práticas futuras;
* Associar o ambiente à formação;
* Comunicar os objectivos;
* Atender aos diferentes estilos e ritmos de aprendizagem, impulsionando o desenvolvimento
pessoal;
* Criar situações-problema;
* Diversificar métodos e actividades;
* Favorecer a participação e a interacção dos formandos;
* Dar ênfase ao grupo em formação, à instituição e à organização.

C. Avaliação da formação

* Utilizar diferentes tipos de avaliação (inicial, formativa e somativa);

* Avaliar e comunicar os resultados obtidos;

* Reestruturar o plano de desenvolvimento da formação;

* Proceder à auto-avaliação, processo fundamental à melhoria contínua do desempenho


profissional.

AS COMPETÊNCIAS DO FORMADOR

:: Há um conjunto de competências que permite ao formador cumprir os objectivos da formação e


proporcionar aos formandos as perspectivas necessárias ao seu desenvolvimento profissional e pessoal.
Para que o formador desempenhe a sua actividade com sucesso deve desenvolver uma série de
competências, as quais podem ser discriminadas nas seguintes categorias:
:: Neste ponto está subjacente a capacidade de comunicar, a estabilidade emocional, a facilidade de
relacionamento interpessoal, o dinamismo e a criatividade, o trabalho em equipa, o espírito de abertura
face a imprevistos e a capacidade de crítica e de autocrítica. Por outras palavras:

1.1 Saber-estar profissional:


* Assiduidade;
* Pontualidade;
* Postura pessoal e profissional;
* Aplicação ao trabalho;
* Co-responsabilidade e autonomia;
* Boas relações de trabalho;
* Capacidade de negociação;
* Espírito de equipa;
* Auto-desenvolvimento pessoal e profissional.

1.2 Ter capacidade de relacionamento com os outros e consigo mesmo:

* Comunicação interpessoal;
* Liderança;
* Estabilidade profissional;
* Tolerância;
* Resistência à frustação;
* Autoconfiança;
* Autocrítica;
* Sentido ético pessoal e profissional.

1.3 Ter capacidade de relacionamento com o objecto de trabalho:


* Capacidade de análise e de síntese;
* Capacidade de planificação e organização;
* Capacidade de resolução de problemas;
* Capacidade de tomada de decisão;
* Criatividade;
* Flexibilidade;
* Espírito de iniciativa e abertura à mudança.

:: As competências técnicas dizem respeito à capacidade do formador se integrar e adaptar ao contexto


técnico e organizacional da sua actividade, mantendo-se permanentemente actualizado.

2.1 Ser capaz de compreender e integrar-se no contexto técnico:

* A população activa, o mundo do trabalho e os sistemas de formação;


* O domínio técnico-científico e/ou tecnológico objecto da formação;
* O papel e perfil do formador;
* Os processos de aprendizagem e a relação pedagógica;
* A concepção e a organização de cursos ou acções de formação;
* A família profissional da formação.

2.2 Ser capaz de se adaptar a diferentes contextos organizacionais;

2.3 Ser capaz de planear e preparar sessões de formação:


* Analisar o contexto específico das sessões;
* Conceber planos de sessões;
* Definir objectivos pedagógicos;
* Estruturar os conteúdos de formação;
* Escolher métodos e técnicas pedagógicas;
* Conceber e elaborar os suportes didácticos;
* Conceber e elaborar os instrumentos de avaliação.

2.4 Ser capaz de conduzir e mediar a aprendizagem no grupo de formação:


* Desenvolver os conteúdos de formação;
* Fomentar a comunicação no grupo;
* Motivar os formandos;
* Gerir as relações interpessoais e as dinâmicas;
* Gerir os tempos e materiais didácticos necessários;
* Utilizar os métodos, técnicas, instrumentos e auxiliares didácticos.

2. 5 Gerir a evolução na aprendizagem:


* Aplicar a avaliação formativa informal;
* Aplicar a avaliação formativa formal;
* Aplicar a avaliação final;

2.6 Avaliar a eficiência e a eficácia da formação:


* Avaliar o processo formativo;
* Participar na avaliação do impacto da formação

A PROGRAMAÇÃO DO TRABALHO DO(A) FORMADOR(A)

Seja qual for o modelo de formação a seguir, o(a) formador(a) depara-se com inúmeros desafios, os
quais têm consequências no processo de concepção e desenvolvimento da formação. Este(a)
interveniente não se limita a ministrar os conteúdos. Antes de programá-los e prepará-los para as
sessões formativas, importa que o(a) profissional se interrogue sobre algumas questões fulcrais, tais
como:
A POSTURA DO FORMADOR: ALGUNS CONSELHOS IMPORTANTES

:: A simples transposição da pedagogia do tipo escolar para a formação de adultos não é sinónimo de
resultados proveitosos. O modelo andragógico diz-nos que:
* o adulto é autónomo, responsável pelas suas decisões e tem experiências múltiplas; questiona a
utilidade e aplicabilidade da aprendizagem.

* a aprendizagem deve ser orientada para a resolução de problemas e tarefas do quotidiano;

:: O/a formador(a) deverá destinar parte do seu tempo à preparação das sessões formativas, tentando
implementar formas diversas para alcançar os objectivos de aprendizagem.

:: Ao desenvolver as sessões, o/a formador(a) deverá tratar a matéria no tempo previamente definido:
para tal deverá possuir um plano de sessão, permitindo alguns desvios, pois o ritmo de absorção do
grupo pode exigir períodos de tempo mais extensos.

:: Deverá ainda abrir espaço para que os diversos elementos do grupo partilhem as suas expectativas e
experiências. Deste modo, poderá conduzir a sessão para o centro dos interesses dos formandos.

:: O/a formador(a) deverá ser capaz de colocar questões que suscitem discussões estimulantes, bem
como fragmentar situações desagradáveis e utilizar os silêncios a favor do processo formativo. O estilo
de animação deverá ser adequado ao grupo.

:: O/a formador(a) deverá adoptar uma postura adequada ao contexto formativo, adaptando os seus
gestos ao tema e às circunstâncias. O vestir, o tom de voz, a expressão facial são elementos importantes
na comunicação com os grupos.

:: O/a formador(a) pode adoptar diferentes estilos, importa é que seja capaz de os identificar e utilizá-
los consoante as necessidades. Acima de tudo, é crucial ter um sentido apurado da realidade e fomentar
um ambiente de aprendizagem agradável.
O EXERCÍCIO DA ACTIVIDADE DE FORMADOR

O exercício da actividade de formador exige:

Consulte a Portaria nº 1119/97 (5 de Novembro) e o Decreto Regulamentar nº 66/94 (18 de Novembro),


revisto pelo D. Regulamentar nº 26/97 (18 de Junho) para conhecer o enquadramento legal do
formador.

* Preparação Psicossocial, que inclui características como a cooperação, a capacidade de


relacionamento e a comunicação, o relacionamento e adequação às características dos destinatários de
forma a concretizar a função cultural, social e económica da formação.

* Formação científica, técnica, tecnológica e prática, que tem subjacente a posse de qualificação de nível
igual ou superior ao nível de saída dos formandos nos domínios em que se desenvolve a acção;

* Frequência com aproveitamento de curso de formação pedagógica homologado pelo IEFP

* Posse do Certificado de Aptidão Profissional de Formador (CAP) devidamente actualizado.

REQUISITOS DE ACESSO AO CAP DE FORMADOR

Este documento pode ser obtido através da:


* frequência com aproveitamento de um Curso de Formação Pedagógica com a duração mínima de
90 horas, homologado pelo IEFP; ou
* possuindo um título que habilite ao exercício de formador, emitido na União Europeia ou noutro
país, em caso de acordos de reciprocidade.

Para os formadores que já se encontravam no mercado antes de 1/01/1998 há condições especiais de


acesso ao CAP. No sítio do IEFP poderá descobrir os requisitos.

Em ambos os casos, o/a formador(a) tem a possibilidade de obter um CAP válido por 5 anos. A
Certificação como Formador(a) é obrigatória desde 1 de Janeiro de 1998, sendo que o IEFP o organismo
responsável pelo processo.

A obtenção do CAP é feita mediante o seu requerimento junto do Centro de Emprego da área de
residência do candidato a fornecedor, mediante a apresentação da Ficha da Candidatura (ou de
renovação), do Certificado de Habilitações Literárias, do Bilhete de Identidade e do Certificado de
Formação Pedagógica de Formadores (onde constem os conteúdos, duração total do curso e data de
realização). O requerimento deve ser feito até 90 dias após o término do curso e tem encargos
procedimentais associados.

CONDIÇÕES DE RENOVAÇÃO DO CAP E A BOLSA NACIONAL DE FORMADORES

:: O CAP, com uma validade equivalente a 5 anos, pode ser renovado por mais 5 anos através de uma
actualização pedagógica que cumpra as seguintes condições:
* 60 horas de formação de actualização pedagógica ou outras experiências consideradas significativas
pela entidade certificadora (publicação de artigos, investigação, etc - sempre na área pedagógica);
* 300 horas de experiência formativa.

A renovação do CAP deve ser apresentada nos 365 dias seguintes ao seu termo de validade. Se for até 2
anos após a validade exige-se mais 15 horas na formação frequentada. Findo este prazo, será necessário
voltar a inscrever-se num curso de FPIF, devidamente homologado.

:: Os formadores podem solicitar ao IEFP a sua integração na Bolsa Nacional de Fornecedores: está
organizada por regiões e áreas de formação e permite participar em processos de selecção e
recrutamento de entidades formadoras.

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