Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
A casa de Fanci era coisa pouquinha: um quarto, uma sala, banheiro, cozinha e
quintal. O quintal tinha uma roseira, um p de mamona e um poleiro, onda morava um
galo.
Dos apartamentos em volta, pelas janelas, o pessoal atirava sapatos velhos, latas
vazias, sacos de lixo. E o Galo de Fanci corria pra l e corria pra c. O Galo de Fanci
sabia fugir direitinho: olhava pra cima, desviava dos trecos e troos que atiravam nele.
E, enquanto corria, ainda gritava:
Numa certa manh, a pobre da roseira, levou uma tamancada e perdeu sua nica
rosa, deu dois suspiros e depois morreu. Mas o Galo de Fanci junto com Fanci e guarda-
sol, conseguiram escapar. Fanci pegou o que restava da roseira e replantou...Mas ela
nunca mais floriu.
E a uma comisso de madames e senhores e doutores, de sndicos e
nodicos...Voc sabe o que um nodico? Ora, um sim...dico que s sabe dizer
NO, NO, NO! Pois esse pessoal todo foi se queixar no jornal, no delegado, na
Prefeitura:
Logo saiu um decreto: o galo tinha que dormir numa gaiola, a gaiola tinha que
ser coberta com um pano preto. Assim, o galo no veria a luz e pararia de cantar.
Foi o que aconteceu: o galo, debaixo do pano preto, dormiu, roncou baixinho,
nem incomodava a vizinhana.
Mas para a histria no ficar triste demais, garanto que Fanci casou com um
fazendeiro, foi morar num stio, levou o galo. O galo voltou a cantar, conheceu uma
galinha. A galinha botou um ovo, botou dois, botou quarenta. E nasceram quarenta
pintinhos. Trinta eram pintas, dez eram pintos.
- Cocoric! Cocoric!
E Copacabana? No sei, acho que vai bem. No tem mais galos, s buzinas, ora!