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EXTRACAO COPIAS on Q4)_O3)20 42 aut, 2S father PROF. re oiscrunn alae. 04 B Mrrio Eduardo Martelotta org.) Masiongele Rit Ge Oliveira - Maria Moura Cezeio Angélica Furiade de Cunho - Sebastiao Vere Marcos Antonio Costa = Victoria Wison Echicido Kenedy -Mércio Maris Lato Rowe Potomonee ante Re Manual de lingtiistica editoracontexto “Gpighb 2008 Nii Eada Melons “Todos edie dena ei eerodor ora Conte (Eira Pay Li) Cape digeseso Guar Sl Bose Ppa ders Dani Maia ao 1 Ree {itn ging Datos neous de Clog na Paci (CIP) (Cina rein do Lin, SP. Bas Yésos so. bloga. ISBN'979-45.7246-386.9 1. Lng. Marcon Mio Eduard, 2 pao Talis par cge eric TLinguies 410 Eorrona Courses Diez lito ane Pty a Dr jo Bly, 520 — Alo da Lapa 103033:030~ Sin Palos ax: (1) 38325838 contestedorcoter con be Twoworconeno.coma be Praia prod lu pac (sinners sare procoade ns oa dale @. ‘o Profesor Anthony Jali Nar (or sisal coneiniao 2 Lingtvice baie, Conceitos de gramatica Mavi Binnd Mont ‘No capfeulo “Dupla aticulacio",vimos que os eaunciadoslingisticos resuleam a combinagao de unidades menores. Na consteugio desses enunciados, os falantes uunem morfemas para formar vocdbulos, vocdbulos para formar frases e frases pata formar unidades ainda maiores, que compdem o discurso. Essa unidades podem ser caracterizadas como universais, jé que todas as Kinguas slo articuladas possuem foremas, morfemas, plavras,frases—e nfo apresentam diferengas signifcatvas quanto A natureza dessas unidades ‘As questGes que colocamos agora sio: Como se dé exe combinagt? Os flees combina os elemeniosna fase do mado come bem entendem ou existe recrigGes impos elas linguas no que diz repeito a exe proces? Se existe restrgdes, qual a sua natureza? Elas provim dos padvées de correo de uso da lingua impostos pela comunidad? Sto srbiondrias? Refltem 0 funcionamento natural da mente humana, sendo, portanto, tuniversas? Podernos dizer que essas questGes retracam as preocupacdes basicas do ciemtsca que deseja compreendet a natureza eo funeionamento das linguas nacuras € constituem o tema deste capitulo, que busca apresenca, resumidamente, como cssas perguntas foram respondias pelos que se inte da evolusio dos estudos lingisticos. Para comecar, devemos levar em conta que os falantes no combinam os elementos do modo como querem, jd que sua lingua apresenta restricdes quanto a «esse processo. Quando pretendemos, por exemplo uilizara desinéncia -s para designar © plural de um voedbulo em portugués, sabemas que deveros encaixé-l no final esse vocibulo, ¢ nfo no inicio ou no meio (casalcasu). Restigées de combinasio desse tipo existem em todos os nfveisgramaticas e se aplicam a todos os elementos lingifsticos. Vejamos como isso ocorre no nivel da frase: saram sobre © assunto 20 longo 44 Manual denguisice 4) O aluno entregou o trabalho. b) © trabalho o aluno encregou. ©) 2Enregou o aluno o trabalho. @) *Aluno o entregox trabalho‘ Podemos ver, no exemplo (), 0 que seria a estrucura sentencial mais comum do portugués contemporineo: apresenta a ordenagko sujeito-verbo-objeto e seus sintagmas nominais exibem a estrutura arigo-substantivo. A inversio apresentada em (b), embora néo tio corriqueira, pode ser encontrada em enunciados reais, sobretudo em contextos em que, por algum motivo, se quer dar énfase ao sintagma 9 trabalho, 0 que indica que algumas tendéncias sinciticas tém motivagio discursiva. A inversio apresentada em (c) é ainda menos comum (¢ pode parecer estranha 0 agramatical a certs falantes, dai a ddvida expressa pela interrogacto antes da frase), embora sea possivel enconcri-la em contextos de alta formdlidade, sobretudo na Hingua esctica. Encretaneo, a estrucura apresentada em (d) no € possivel em nossa lingua: nfo podemos, em circunstincia alguma, colocar os artigos depois dos substantivos (aluno o, sabalbo 0), j4 que seu lugar no sintagma é a posigio anterior 0s substamtves a que se ceferem (o alu, o ertbalh). Neste pont ji sabemos que os filantes néo combinam unidades de qualquer modo, Eles seguem rendéncias de colocagao que parecem estar associadas a0 conhecimento geral que possuem de sua propria lingua, que lhes ptmitefournular ¢ ‘compreender frases em contextos specificos de comunicagio, Resta agora saber qual é anacurezadesseconhecimento ou, maisespecificamente,dessasrestrigbes de combinacio. Desde a Antigiiidade Classica, os estudiosos da linguagem vém sugerindo interpretages quereflitamanaturczae funcionamento daslinguas, bem comopropostas de sistematizagao desritiva apoiadas nessa interpretagées. Com a evolusao dos escudos lingUtsticos, esas incerpretagoes foram sendo aperfeicoalas,abandonadas e aré mesmo sretomadas em fungio de novas descobertascientificas.O conjunto dessasinterpretages « describes acerca do Funcionamento da lingua recebe o nome de gratia, Agui ¢ importance fazermos uma distingio entre dois sentidos do tetmo “gramitica’ Por um lado, ese vocabulo pode ser usado para designar o funcionamento a propria lingua, que € 0 objeto ser desrito pelo cientsta. Nesse sentido, gramética diz respeito a0 conjunto ¢ & natureza dos elementos que compéem uma lingua ¢ 8s restri6es que comandim su unio para formar unidades maiores nos contextos reals de uso, Por outro lado, o termo é utiizado para designat os estudos que buscar descrever a natureza desses elementos e suas restrigbes de combinacéo. Nesse segundo sentido, “gramitica’ se refere aos modelos teSricos criados pelos cientstas a fim de explicar 0 funcionamento da Iingua. Quando aqui falarmos em concepsses de framitica, como a graméticairadicional a gramasica hirtrico-compandtina entre outras, ‘escaremos utlizando 0 segundo sentido. Concetoscie gramética 45 A partir de agora analisaremos algumas dessas concepgbes de gramitica que, ainda hoje, encontramos nos manuais de linglisticae lingua portuguesa. Como cada sgramética implica uma concepsio da Lingua que descreve, buscaremos apresentar informagdes bisicas acerca da concepefo de lingua a ela relacionada, assim como da metodologia espectfica por ela adotada na abordagem do fenémeno lingiistico. Gramdtica tradicional ‘A gramtica tradicional, também chamada de gramética normativa ou gramstica «scolar, € aquela que estudamos na escola desde pequenos. Nossos professores de porcuguésnosensinam a reconheceroselementosconstituintesformadoresdos voedbulos (tadicais,afixos, etc), fazerandlisesincitica,auclizara concordaneia adequada, sempre recomendando corregio no uso que fazemos de nossa lingua. Encretanto, raramente nos € dito o que € esse estudo, qual sua origem, como ele se desenvolveu c com que finalidades. Tentaremos aqui, de modo bastante resumido, suprir esas informagées, buscando argumentar que, principalmente por apresencar uma visio preconceituosa do uso da linguagem, a gramitica tradicional nao fornece a0 estudioso da linguagem ‘uma teoria adequada para descrevero funcionamento gramatical das linguas ‘A chamada gramscica tradicional, usilizada coma modelo teédrico para a abordagem e o ensino da nossa lingua nas escolas, tem origem em uma tradigso de ‘estudos de base filosofice que se iniciow na Grécia antiga. Os filésofos gregos se interesaram por estudaralinguagem, encre outros motivos, porque queriam entender alguns aspectos associados & relacfo entre alinguagem, 0 pensamento ¢ a realidade. Desse modo, os grepos discutiram questies como, por exemplo a relario entre as palavras eas coisas que elas designam: alguns viam nes palavrasa imagem exara do mundo, ‘outros, vendo-as como criagBesarbitrrias dosseres humanos,consideravam-nas incapaass de reflect, de mado perfito, a realidade. A palavra“lipis’, por exemplo, devera ser vista como aptesentando uma relagio natural como objec que ela designe ou como uma mera invengio humana, utilizada para designar arbitrariamence esse objeto? Questdes como esis estiveram presentes nas efleades dos flésofos da Grecia antiga, entre eles, Plo. (© que melhor caracteriza, entretanto, essa tradigfo € a vislo, inaugurada por Avisteles, de que existe uma forte relagio ener linguagem c ligica. Desenvolveu-se parti dai a tendéneia de considerar a gramética um estudo relacionado & disciplina {loséfica da logica, que trata das les de elaboragio do raciocinio, Segundo essa visio, a linguagem é um reflexo da orgenizacio interna do pensamento humano. Essa otganizagio interna é universal, que, por ser inerente aos seres hummanos, se manifesta «em todas as linguas do mundo, Para Aristteles, a ldgica seria o instrumento que precede 0 exercicio do ‘pensamento'e da linguagem, ofetecendo-thes meios para realizar 0 conhecimento e 0 46 Manuel de tingilition: scuts. Assim, a ligicaarisorlica buscava dscrever 2 forma pura e geral do Bepsamentoy nfo se preoeupando com os conteidos por ela veiculados. Outeoaspecto Head visio arisowdlica que devemos lear em conta 6 fato de que 0 mundo em a x GRAMATICA DISCURSO 5 “ € Essa € uma visio dindmica da gramética, que prevé a aruacio de mecanismos expressivos associados & subjtividade dos falances, que rectiam padres gramaticais a fim de confer fore informativa ao discurso. Da ritualizago, conseqiiente darepetcio esses novos padres, emerge a gramética, Entretanco ese mecanismo nfo ¢abitttio, jiique reflete dois tipos de habilidadesessencialmence humanas que regulaim a atividade verbal, esando, portanto, de algum modo, relacionado 2 gramatica das linguas. Oprimeiro dels tem natureza sciointerativaese elaciona com nossa habilidade ecompartlharinformagoescom nossossemelhantesede nos engajrmosem atividades compartlhadas, cuja compreensio ¢ fundamental para 0 processo comunicativo. 64 Menual de ingtiica Imaginemos, por exemplo, que umn cliente retorne a uma loja de eletrodomeésticos onde acabou de comprar uma televsioe renba o seguinte didlogo com o vendedor: (Cliente: ~ Esta televisio no esté funcionando. Vendedor: ~ Néo hd problema, senhor. Vamos providenciar a troca do aparelho. Obviamence ovendedor ndo vai entenderafiase dita peloclientecomo umamera informagio. Naquele contexto especitico, a frase sé pode ser compreendida como um pedido paraqueoaparelho sjasrocado por outro que funcione, Aspectos daincerpretagio dos enunciados do tipo exemplifcado so eminentemente interacionais e requerem 0 conhecimentode priticassociais.A primeira vista, questBes como estas parecem simples ¢ localizadas apenas a alguns tipos de contexto de uso, mas na priticaestio na base de ‘toda comunicagio lingiistica, que, na visio cognitivo-funcional, ni existiria sem elas. segundo tipo de habilidade est{relacionado a aspectos do funcionamento da nossa mente que interferem no modo como processamos as informagGes ~ e, conseqiéentemente, no discutso. Nossa eapacidade de ver e interpretar 0 mundo, idade de transferir dados de determinados dominios da experincia para outros, se manifesta na maneira como formamos nossas ffass, E 0 que acontece com a chamada metifora “espago > discurso”, que esté na base da gramaticalizagéo de alguns conectivos do portugués. Trata-se de uma transferéncia pare 0 dominio do texto de nossas experiéncias sensério-motora, da lobservagio que fzemos do movimento dos corpos no espaco e dos aspectos espaciais ¢ temporais relacionados a esses movimentos. Iso faz com que utiizemos muito assim como nosss hak freqlientemente elementos deticos espaciais para nos referirmos a partes do rexco. ‘cxemplo apresentado abaixoilusra bem 0 peocesto: © teupo fechou, Aso vai me fazer usar 0 guarda-chuva, © pronome “isso”, que originalmente funciona como um déitico, loalizando ‘0s objetos no espago fisico e tendo como referéneia a localzacio dos participantes do 10 da comunicagio, passa a se referit, no exemplo acime, a uma informagio mencionada dentro do texto: “o tempo fechou". O que temos aqui é uma extensi0 da deixis espacial para a déxis textual, procedimento alramente produtivo nas linguas naturals: a organizagéo espacial/temporal do mundo fisico é usada analogicamente para caractetizar 0 universo mais abstrato do texto. A partir desse valor anaférico, o vocdbulo pode desenvolverfungio de conjungio. E 0 que ocorte com “isso”, que, associado & preposigéo “por”, passa a ser usado como conjungio conelusi © tempo fechou, por io usei 0 guarda-chuva, Esse € um processo altamente produtivo nas linguas, ¢ os lingtistas que twabalham com a perspectiva cognitivo-funcional associam-no a um fenémeno mais Conceitesdecramaten 65 geal segundo 0 qual a experiéncia humana mais bisica, que se estabelece a partic do corpo, fornece as bases de nossos sistemas conceptuas A deixisestéassociada 3 localizagdo, por parte do falante, de um objeto que «std em seu campo de visio, tendo como base a sua localzacto no expago ea localizagio do interlocutor, Esse processo pode ser transerido para 0 mundo do texto: 0 falante localiza para seu intelocutor partes do texto que, por alguma questio comunicativa, quer focalizar. Isso caracteria a perspectvaflosdfica do chamado relsmocorporifiaado. Ocorre {que nosso primeizo contato com o mundo se di através dos nossos semtidos coxporais «a partir daf,algumas extensbes de sentido sio estabelecidas. Segundo esse ponto de vista, nossa estrutura corporal ¢ extremamente importante, jd que a percepyéo que ‘temos do mundo élimitada por nossas caracteristicas fisicas. Segundo essa concep¢io, ‘ mente nio pode ser separada do corpo: o pensamento €corporificado, no sentido de que a sua estrucura © sua organizagfo estio diretamente associadas 4 estrucura de ‘nosso corpo, bem como as nossasrestrigées de percepgio ¢ de movimento no espaco (er capitulo “Lingiiscica cognitiva") tealismo corporificado pode ser identficado por trés caractersticas basicas: 1) Abandona a divotomia empirismo vs, racionalisiio A corrente cognitive-fancional, segundo Ferrari (2001), propde que as dicotomias tradicionais do tipo racionalismo/empirismo ou inato/aprendido devem ser repensals, jf que € df distinguit com exatio o que éinato do que éaprendido. A autora argumenta que pesquiias recenes suigerem que bebés aprendem parte do sistema entoacional de suas mies no ttero,¢ isso desafia a distingio entre inato € aprendido, jd que nesse caso cal sistema & aprendido e a crianga ji nasce com ele. (© mesmo se dé para a dicotomia relaivismo/fundacionalismo. A gramética “caring, po inflata de chara -comion > “amino, por influgnia de eininho presente ous cxemplos de anslog 4) Ao apresntar a dcotomia ence lenge ¢ perl, Saussure pops que lege deve sro objeto de tstudo da ling, decando de foe a perl como atvdade linguists individual. Que cca podem se feat «cin atitade& luz ds lingistica cognitive funcional 5) Que esol linge 2 afimaso seguir caracein?Jrlique sun expose, "As ings natusis so adauirds falas cspontaneamente apenas plor membros da capécie humana, ou sea, por orgasismnos com um determinada tipo de epecifice de exrututa € ‘organzacio mene Purece pois diel ecapar 8 condusio de ques proptioddescmenciis da linguagem so diamente dtcrinadas por propredades meatas ds sere: que as fam € que esudar 2 linguagem humana conse ex exdar decrsinadas prpriodades da mente humana, radicadas er dkima instinca na organingiobiolgia da exis” (Rapoo 1992) 6) Apresence uma definisio de 2) principio do inatismo 1) principio ds moduardade da mente 7) Quaisas pincpsis difrengas events cote a gramdicagrativa ca gramtica cogniivo-fanional 8) Dena o méiodo induivoe digs 2 que conceit de gramdica ese mé:od cstums st relacionada? Notas "Otic pus asr dle ofl a Giacomo conegteca dhegenonia pais etal de Avena ne Gia conqustds porn pric a uc conta Fem (Os sinlos «i rest epacivamens, osm dec (hei, em poi) eo de apt ur pos Gian fo pine a per comepodcace semis ene scones grits eas indo- ropes. dinaraqus Rss Ruka oad al conespondtci Rsk divide com Bopp os de ‘indade d erica Reieomporate, Sout ¢ neem de Bop ears esd pice pois en 1818, dis ans aps pubic de Bopp) «aoc oss em sis compe “se coun de guposde aguas sede Maen, 197, 70 Menual de inguistoa » ovine suid na nvenidade de ei qo reve comorepesntanes rnp Kad Bropman, Hermann (sia Berhad Dek kab Wckcrmig c Herman al Ene teen pena severe primes poporas compare. Algns pecs des sk de madangs frm adoader po cones Ingen incoming umn ag oo gi © fe Sasi Cun dengue Sto Tal, Clr 197. ses emo fanz cou adds ped fe spctamene,Jouuim Mato Cima J costume ilar emo dice ta Sight sua de pave * Giudaasasdevides ropa, nes pets cout decent ogi oo Siem a

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