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oie 340 Cha mecanismos para colds « voléncia daméstice & - familiar contra a mulher, nas tercos do § 8° do art. 226 ACFLS da Consfituigao Federal, da Comengée sobre 2 Eiminacao de Tedas as Foimas de Discriminacao conira as Mulheres © da Convencao tnleramericana para Wide ADIM n® 4427) Prevenir, Punir e Erradicar a Yioléncia coniva a Mulher dispée sobre a criagéo dos Juizados de Violéncia Doméstics © Familiar conira 4 Mulhern alisia 9 Chi le Processo Penal. 9 Césiag Penal = 9 Lei de ‘ecucdo Penal, 2 da oulras proviséncias © Congresso Nacional decieta = et: sanciono a seguinte © PRESIDENTE DA REPUBLICA Faco saber q) Let TiTULO I DISPOSICOES PRELIMINARES Art. 12 Esta Let cia mecanismos para coibir e prevenir a voléncia domésiice e familiar contra @ mulher, nos termos do § €% do at_226 da Constituicéo Federal, da Convencao sobre a Eliminagio de Todas as Formas de Vioiéncia contra @ Mulher, da Convengao Interamericana pata Prevenir, Punir e Erradicar a Violéncia conira a Mulher e de outros tratados intemacionais ratifcados pela Republica Federativa do Brasil: dispde sabre a criac8o dos Juizados de Violéncia Doméstica e Familiar contra a Mulher, © estabelece medidas de assisténcia protecao as mulheres em situacdo de voléncia doméstica e familiar Art. 22 Toda mulher, independentemente de classe, raga, etnia, orientagdo sexual, renda, cullura, nivel dade e religido, goza dos direitos fundamentals inerentes @ pessoa humana, sendo-{he eduracional, m violencia, presenar sua salide fisica e mental ¢ seu asseguradas as oportunidades e facilidades pare vier 6! aperfeigoamento moral, intelectual e social. ‘Ast, 32 Seréo asseguradas as mulheres as condigGes para 0 exercicio efetivo dos dieilos & vida, | sequranga, a sade, & alimentarao, 8 educago, & cultura, & moradia, 20 acesso & justiga, ao esporte, 20 lazer. 20 trabalho, 8 eidadania, &liberdade, & dignidade, ao respeita e & comivencia familiar « comunitaria 105 das mulheres no Ambito negligéncia, discriminagao, § 12 0 poder pitblico desemolverd polticas que visom garantir os direitos hums das relagdes domésticas e familiares no sentido de resguardé+las de toda forma de exploracao, voléncia, crueldade e opressao. © efetive exercicio § 22 Cabe a familia. 4 sociedade e ao poder publica criar 2s condigdes necessarias dos direitos enunciados no caput Art. 42 Na interpretago desta Lei, sero considerados os fins sociais a que ela se destina e, especialmente, as condicdes peculiares das mulheres em situacao de viléncia doméstica e familiar TITULO Ih DA VIOLENCIA DOMESTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER CAPITULO! DISPOSIGOES GERAIS sph planta goubefil_00,_ate2008 2006 zansteit 124084 ss2014 Lem igo Art. 5% Para os efsites deste Lei, configura voléncia doméstica familiar contre « mulher qu omissao beseaca ne género que Ine cause morte, les80, soirimento fisico, sexual ou psicoligico e « patimonial 1- no ambito cla unidade doméstica, compreendida como o espaco de convivio parmanente « ou sem vinculo familiar, inclusive 2s esporadicamente agregadas, Hl = no Ambito da familia, compreendida como a comunidade formada por individuos que consiceram aparentades, unides por lacos naturais, por afinidade ou por \ontede expressa, {il — em qualquer relago intima de afsto, na qual o agtessor comviva ou tenha convvido cc: independentemente de coabitagéo. Paragrafo Unico. As relagdes pessoais enunciadas neste artigo independem de orientagéo Art. 62 A violéncia doméstica e familiar contra a mulher constitui uma das formas de violagée tos. humanos. CAPITULO 1 DAS FORMAS DE VIOLENCIA DOMESTICA E FAMILIAR. CONTRA A MULHER Art. 72 SZ0 formas de woléncia doméstice e familiar contra a mulher, entre outras: 1+ violéncia fisica, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridace ov satide corporal, I~ a voléncia psicolégica, entendids como qualquer conduta que the cause dar > emecional e dinins7%0 da auto-estima ou que Ihe prejucique e perturbe o pieno desenvohimento ou que vise degradar oy contin suas ‘aces, comportamentos, crengas © decisées, mediante ameaga, constrangimento, humilhagdo, maninvlagao, isolamento, vigilancia constante, perseguigSo contumaz, insulto, chantagem, ridicularizagdo, axric: 49% limitago do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que the cause prejuizo @ satide psicoloywa © = autodeterminagao; Il a voléncia sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja.a presenciar, @ manter ou @ partcipar de relagao sexual nao desejada, mediante intimidacdo, ameaca, coagao cu use da forga; que induze S comercializar ou a utilizar, de cualquer modo, a sua sexvalidade, que a impeya de usar qualquer métedo Contraceptive ou que a force ao matrimonio, & gravidez, 20 aborlo ou & prostituicdo, mediante coocéo, Chantagem, subomo ou manipulacao; ou que limite ou anule 0 exercicio de seus direitos sexuais @ yeprodulivos, IV - a Voléncia patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retengdo, subiracao, destruigac parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, vens, valores e dirsitos ou Fecursos econémicos, incluindo 0 destinados a salisfazer sas necessidades; \V -avioléncia moral, entendida como qualquer conduta que configure calnia, cifamazae ou injdsa. TiTULO It DA ASSISTENCIA & MULHER EM SITUAGAO DE VIOLENCIA DOMESTIC: CAPITULO! DAS MEDIDAS INTEGRADAS DE PREVENGAO a mulher farse-d por meio ‘Ant, 82 A politica publica que visa coibir 2 voléncia doméstica ¢ familiar cont 2 Junicipios © de agoes ndo- de um conjunto articulado de agdes da Unido, dos Estados, do Distrito Federal ¢ clos governamentais, tendo por diretrizes: 1 = integrago operacional do Poder Judiciaio, do Ministério Publico © da Detensoria Pablice com ° ttip:amavglnato gob ech 0_slo2004-202672006Reit 1240 Kim raseots Lae nao de seguranga publica, assisténcia sccial, saide, educagéo, trabatho e habitagao, N= a promogao de estudos pesquisas, estatisticas e outras informagées relevantes, com a perspective género e de raga ou etnia, concementes as causas, as conseqiéncias € @ freqdéncia da violencia doméstice © familiar contra a mulher, para a sistematizacao de dados, @ serem unificedos nacionalmente, € a avaliagéo periddica dos resultados das medidas adotade: ssoa © da familia, de I= 0 respeite, nos meios de comunicegao social, dos valores éticos @ sociais da p de acorde forma a coibir os papéis estereotipados que legitimem ou exacerbem a Vialéncia dom éstic: com © estabelecido no incise Il do.art. 19, no inciso IV do at. 2° @ no Federal, IV - a implementagéo de atencimento policial especializado para as mulheres, ern particular nas Delegacias de Atendimento 4 Mulher, V = a promogéo e a realizagao de campanhas eclucathas de prevencao da vicléncia doméstica’e familiar contra a mulher, voltadas a0 piblico escolar e a socledade em geral, @ 2 difusdo desta Le: © dos insirumentos de protecdio aos direitos humanos das mulheres; VI-a celebragéo de coménios, protocolos, ajustes, termos cu outros instrumentos de promogao de parceria entre érgaos governamentais ou entre estes e entidaces ndo-govemamentais, tendo por objetivo @ implementagao de programas de erradicagdo da violéncia doméstica e familiar contra 2 mulher, * Vila cepacitagéo permanente das Policias Civile Milter, da Guarda Municipal, de Corpo de Bombeiros © dos profissionais perlencentes acs ¢rgdos e as éreae enunciados no inciso | quanto jis questées de género e de raga au etnia; Vill - a promogéio de programas educacionais que disseminem valores éticos de irrestrito respelto & dignidade da pessoa humana com a perspectiva de ganero e de raga ou etnia; X= 0 destaque, nos curricuios escolares de todos os niveis de ensino, para os contetidos relativos aos cireitos huryanes, 8 eqhidade de género e de raza ou etniae ao problema da voléncie doméstica e femiliar contre 2 mulher aa CAPITULO I DA ASSISTENCIA A MULHER EM SITUAGAO DE VIOLENCIA DOMESTICS E FAMILIAR, ‘Art, 92 A assisténcia & mulher em situagéo de violéncia doméstica e familiar ce: prestada de forma erticulada € conforme os principios e as diretrizes previsios na Lei Organica da Assisténcia Social, no Sistema Unico de Satide, no Sistema Unico de Seguranga PUblica, entre outras normas e politicas pliblicas de protecéo, fe emergencialmente quando for 0 caso. § 12 O juiz determinara, por prazo certo, a incluso da muiher em situagdo de violencia doméstica e familiar no cadastro de programas assistencials do govemo federal, estadual e municipal, : § 22 0 juiz assegurara & mulher em situagiio de viléncie doméstica © familiar, para presener sua integiidade fisica e psicolégica: ~ acesso prioritario & remogdo quando senidora piblica, integrante da edministracao direta ou incirela, Il = manutengo do vinculo trabalhista, quando necessério 0 afastamento do local de trabalho, por até seis meses. \cia 4 mulher em situagao de violencia doméstica e familiar compreenderd 0 acesso aos de contracepsao de da Imunodeficiéncia § 32 A assistén beneficios decorrentes do desenvolvimento cientifice e tecnolégico, inciuindo os senic a proflaxia das Doengas Sexualmente Transmissiveis (DST) ¢ da Sincrome 1s necessatios e cabiveis nos casos de violzncia sexual emergéncia, Adquirida (AIDS) e outros procedimentos mecico: CAPITULO I ain esp itnweslaneto goubelecil_08!_aez00# 2008200661940 im DO ATENDIMENTO PELA AUTORIDADE POLICIAL Art. 10. Na hipétese da iminéncia ou da prética de violércia doméstica © familiar conira a mulher, @ autoridade policial que tomar conhecimento da ocorténcia adotara, de imediato, as providéncias legals cabivels, Pardgrafo nico. Aplica-se 0 disposto no capul deste arligo ao cescumprimento de medida protetiva de urgéncia deferida, 7 Art. 11. No atendimento 4 mulher em situagao de woléncia doméstica © familiar, a autoridade policial deverd, entre outras providéncias: lério Publico e ao Poder | - garantir prategao policial, quando necessério, comunicanda de imediato 30 Mini su rio; - encaminhar a ofendida ao hospital ou posto de satide e ac Instituto Médico Legal, Ill- fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes para abrigo ou local seguro, quando hower risco de vida, * — IV - se necessério, acompanhar a ofendida para assegurar a retirada de seus pertences do local da ecorréncia ou do domicilio familiar, \V - informar & ofendida os direitos a ela conferidos nesta Lei e os senicos disponiveis. Art. 12, Em todos 0s casos de Woléncia doméstica e familiar contra a mulher, feito 0 registio da ocorréncia, deverd a autoridade policial adotar, de imediato, os seguintes procedimentos, sem prejulzo daqueles prevstos no Cédigo de Processo Penal | ouvir a ofendida, lavrar o boletim de ocorréncia e tomar a representagao a termo, se apresentads; Il- colher todas as provas que senvirem para 0 esclarecimento do fato e de suas circunstancias, I remeter, no prazo de 48 (quarenta ¢ cito) horas, expediente apartado a0 juiz com o pedide de ofendida, para a concessao de medidas protetivas de urgéncia; NV - determinar que se proceda ao exame de compo de delito da ofendida e requisitar ovtros exames periciais necessarios; \V - ouvir o agressor ¢ as testemunhas; VI - ordenar @ identificagio do agressor e fazer juntar aos autos sua folha de anlecedentes criminais, indicando a existéncia de mandado de priséa au registro de ovtras ocorréncias policiais contra ele; Vil-remeter, no praze legal, os autos do inquéito policial ao juiz @ a0 Ministéric Puiblico. conter? § 12 O pedido da ofendida sera tomado a termo pela autoridade policial e devers | - qualificacdo da ofendida e do agressor Il nome e idade dos dependentes; I= descrigao sucinta do fato e das medidas protetvas solictadas pela ofendicia § 22 A autordade policial deverd anexar ao documento referido no § 12 0 boletim dle ocoréncia © cépia de todos os dacumentos aisponteis em posse da ofencida § 32 Serdo admitidos como meios de prova os laudos ou prontuérios médicos fornecidos por hospitals e postos de satide. Tirso lv hip #paralie govbveci_ 08 ts2t04-200872006K4N1130 him 10 tan Lele 11300 DOS PROCEDIMENTOS - CAPITULO OISPOSIGOES GERAIS Art. 13. Ao processo, a0 juigamento e & execueso das causas civsis e criminals decorentes de violencia domestica e familiar contra a mulier aplicarse-do as nomas dos Cédgos de Proce e Proceso Cwil e da legislacgo especifica relativa & crianga, a0 adolescente ¢ ao idosa que no con) no estabelecido nesta Lei Art. 14, Qs Juizados de Violéncia Ooméstica e Familiar contra a Wlulher, érgacs da Justice competéncia civel e criminal, poderdo ser criados pela Unido, no Distrito Federal e nos Teric Estados, pera 0 proceso, o julgamento e a execuicgo das causas decorrentes da pritica de volénvis ¢ familiar contra a mulher. Paragrafo Unico. Os atos processuals poderdo realizar-se em horario nolum9, conforme dispuserem normas de organizacdo judiciaria, Art. 15. E competente, por oped da ofendida, para os processos cheis regidos por esta Lei, o Juizado: Ido seu domicilio ou de sua residéncia II- do lugar do fato em que se baseou a demanda, Iil-do domicitio do agressor. Ait, 16. Nas agdes penais piblicas condicionadas a tepresentagao da ofendicla de que trate esta Lei, so sera admitida a rentincia a representaco perante o juiz, em audiéncia especictmente designada ‘com tal finalidade, antes do recebimento da dentincia e auido o Ministério Publico. Art, 17. & vedada a aplicagdo, nos casos de violencia doméstica @ familiar contra a mulher, de penas de cesta basica ou outras de prestacéio pecuniaria, bem como a substituigao de penz que implique © ate a isolado de multa CAPITULO I DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGENCIA Segao! Disposi¢des Gerais Art. 18. Recebido 0 expediente com o pedido da ofendida, caberd ao juiz, no prazo de 48 (quarenta e cito) horas’ |-conhecer do expediente e da pedide e decidir sobre as medidas protetivas de ur Il - determiner 0 encaminhamento da ofendida ac érgéo de assisténcia judiciaria, quando for 0 caso, 1il- comunicar a0 Ministerio Publico pera que adate as providéncias cabiveis, Ail. 19, As medidas protetivas de urgéncia poderdo ser concedidas pelo juiz, @ requierimento do Ministre Publica ou a pedido da ofendida. § 12+ As medidas protetivas de urgéncia poderdo ser concedidas de imetiiato, independentemen!: Je audiéncia das partes e de manifestagéia do Ministério Publico, devendo este ser prontamente comunicado § 22 As medidas protetivas de urgéncia seréo aplicadas isolada ou cumvlativamente, e poderdo “er substituides a qualquer tempo por outras de maior eficacia, sempre que os direitos reconhecidos nesta |r! ip tovarclrelixhovbrlciv_ 03 _ata0o4-zcas/2006teia 240m Ler tia sno ameagados ou violados. 5 8® Poderd 0 juiz, a requerimento do Ministé:io Publico ou 8 pedide da ofendida, conesder novas medidas protetives de urgéncia ou rever aquelas ja concedidas, se entender necessario @ proteodo da ofendida, de seus familiares ¢ de seu patriménio, cuvido o Minis!ério Publico. Art. 20, Em qualquer fase do inquérita policial ov da insirucdo criminal, cab2r a prisdo preventiva do agressor, decretada pelo juiz, de oficio, a requerimento do Ministério Publico ou mediante representago da autoridade policial Parégrafo tinico. © juiz poderd revoger a prisdo preventive se, no curso do proceso, venifiear a falta de motivo para que subsista, bem como de nove decretéla, se sobrevierem razées que a justifiquem. Ark. 21. A ofendida deverd ser nolificada dos atos processuais relativas ao agressor, especialmente dos pertinentes a0 ingresso e @ saida da piso, sem prejuizo da intimacéo do advogado constiuide ov do, defensor pilblica Peragrafo Unico. A ofendida néo podera entregarintimacéo ou notifcagao 20 agicesor Segéo I Das Medidas Protetivas de Urgéncia que Obrigam o Agresscr ‘Art. 22. Constatada a pratica de violencia doméstica e familiar contra a mulher, nos termos desta Lei, 0 juiz poderd aplicar, de imedieto, ao agressor, em conjunto ou separadamente, as seguinies medidas protetives de Urgéncia, entre outras: = suspens4o da posse ou restrigfio do porte de armas, com comunicacao a0 érgao competente, nos 2 22 de dezembro de 2003; termos da Il afastamento do lar, domicilio oy local de convvéncia com a ofendida: Ill- proibiedo de determinades condutas, entre as quais: 12) aproximago da ofendida, de seus familiares © das testemunhas, fixando o limite minimo de distancia entre estes © 0 agressor, b) contato com a ofendida, seus familiares e testemunas por qualquer meio de comunicagao; ¢) freqtientag3eide determinados lugares a fim de presenar a integridade fisica © psico\égica da ofendida, IV = restrig&o ou suspensdo de visitas 20s dependentes menores, ouvida a equipe de atendimento multidiseiplinar ou senigo similar, \V-- prestagao de alimentos provisionais au prowsérios. pedem a aplicagéo de outras prevsias na legislacao em vigor, 512 As medidas referidas neste artigo no im fincias o exigirem, devendo a previdéncia ser comunicada a0 sempre que a seguranga da ofendida ou as circunst: Ministério Publico. § 22 Na hipétese de aplicagaio do inciso 1, encontrando-se 0 agressor nas condi;Ges mencionadas no Gabi ¢ incisos do art, 6° da Lei n® 10.626, de 22 de dezembro de_2003, 0 juiz comunicaré a0 respective draéo, comporagao ou instituicdo as medidas protetivas de urgéncia concedidas e determinaré a restrigao do porte de Simas, ficando 0 superior imediato do agressor responsavel pelo cumprimento da determinagae jusicial, sob pena de incorrer nos crimes de prevaricacao ou de desobediéncia, conforme o caso. § 32 Para garantir a efethidade das medidas protetivas de urgéncia, poderd o juiz requisiter, qualquer momento, auxitio da forga policial tpwselenallo gored l_08/sl0200$- 2008200611 1S40.rIm oo ss2018 laine 11240 § 42 Aplica-se as hipsteses previs!as neste artigo, no que couber, 0 disposto mo caput © nas $8.5F.2.6° do 1 da Lei no 8,859, de 11 de janero de 1973 (Cétiga de Process Segao Il Das Medides Protetivas de Urgéncia @ Ofencida At, 23. Poderd 0 juiz, quando necess2tio, sei prejuizo de outras medidas: | - encaminhar @ ofendida e seus dependentes a programa oficial ou comunitaria de protegao ou de atendimento; l= determinar a tecondugao da ofendida e a de seus dependentes ao respectivo domnicilio, pés afastamento do agressor, a das fihos Iil- determiner 0 afastamento da ofsndida do lar, sem prejuizo dos direitos relativos a bens, gu: e alimentos; IV - determinar a separago de compos. Ait. 24, Para a protegéo patrimonia! dos bens da saciedade conjugal ou daqueles de propriecade particular da mulhet, 0 juiz podera delerminar, liminarmente, as seguintes medidas, entre outias: | -restituicao de bens indevidarnente subtraidos pelo agressor @ ofendida, Il proibigao temporéria para a celebragao de atos e contratos de compre, venda © locagao de propriedade em comum, sale expressa autorizagso jucicial Iil- suspensdo das procuracées conferidas pela ofendida a0 agressor, s decorrentes da IV - prestagéo de caugéo proviséria, mediante depésito judicial, por perdas © danos mate pratica dewioléncia doméstica e familiar contra a ofendida. Paragrafo Unico. Deverd 0 juiz ofiar ao cartério competente para 8 fins previstos nos incisos ie Ml deste artigo. CAPITULO I DA ATUAGAO DO MINISTERIO PUBLICO sis ¢ criminais decorrentes da Art, 25. O Ministério Publico intenirs, quando néo for parte, nas causas ch \iolencia doméstica e familiar contra a mulher. ‘Art. 28. Caberé a0 Ministétio Publica, sem prejuizo de outras atribuigdes, nos casos de woléncia domestic familiar contra a mulher, quando necessério: . | -requisiter forga polcial e senicos publicos de sade, de educagao, de assisténcia social ¢ de soguranti entre outros: r2s de atendimento & mulher em situagao de voléncia i fiscalizar os estabelecimentos puilicos e particular ‘administrativas ou jusliciais cabiveis no focante 2 doméstica e familiar, © adotar, de imediato, as medidas quaisquer imegularidades constatades; I cadastrar os casos de violéncia doméstica e familiar contra a mulher - CAPITULO IV DA ASSISTENCIA JUDICIARIA ‘ant 27. Em todos 08 alos processtais, citeis e cimineis, a mulher em situagao de wolencia deméstica © familiar deveré estar acompanhada de achogado, ressalvado 0 prevsto no art. 19 desta Lei a tpsvmnaplanate govtrleel 0! eo2004-20002ccEReA1 40m aso Len 11.40 ‘Art, 28. & garantido a toda niulher em situago de violencia domé: Defenso‘ia Publica ou de Assisténcia Judiciaria Gratuita, nos temos da lei, em sede 1 atendimente especifico humanizado, ca e familiar 0 sceeso Nicial e just TITULO DA EQUIPE DE ATENDIMENTO MULTIDISCIPLINAR - Art, 29. Os Juizados de Violéncia Doméstice e Familiar contra a Mulher que vierem a ser crie ‘0 contar com uma equipe de atendimento multidisciplinar, a ser integrada par profissionais espe areas psicossocial, juridica e de sade. Art. 30. Compete & equipe de atendimento multicisciplinar, entre outras airibuigdes cy n resenades pala legislacao local, fomecer subsidios por escrito ao juiz, ao Ministério Publico © Publica, mediante laudos ou verbalmente em audincia, e desenvolver Irabalhos de orienterao, ence prevengo'e outras medidas, voltados para a ofendida, o agressor e os familiares, com esp: cliangas e acs adolescentes. ‘Art. 31. Quando @ complexidade do caso exigir avaliago mais aprofundada, 2 juiz poderd deteiminar a manifestagaa de profssional especializado, mediante a indicacao da equipe de etendirento multidisciplinar. ‘Art: 32, © Poder Judiciario, na elaborago de sua proposta orgamentaria, poderd prever recursos para 8 criagdo e manutengdo da equipe de atendimento multicisciplinar, nos termos da Lei de Diretrizes Orgamentanas. TITULO VE DISPOSIGOES TRANSITORIAS. ‘Ayt, 33, Enquanto nao estruturados 03 Juizados de Violéncia Doméstice @ Familier contra a Mulher, 8s vares criminais acumulardo es competéncias civel e criminal para canhecer e julgar as causas decovreites de piatica de woléncia doméstica e familiar contra mulher, ebsenadas as previsé2e do Titulo IV desta Lei subsidiada pela legistagao processual pertinente. Pardgrafo Gnico. Serd garantido o dlrelto de preferéncia, nas varas crimineis, para 0 processo © julgamento das causas referidas no caput. TiTULO Vi DISPOSIGOES FINAIS ‘Art. 34. A institui¢do dos Juizados de Violéncia Doméstica e Familiar conira a Mulher poderé ser ‘acompanhada pela implantago das curadorias necessérias e do senigo de assisténcia judiciaria. ‘Art. 35. A Unido, 0 Distrito Federal, os Estados ¢ os Municipios poderéo criar ¢ promover, no lirite das respectivas competéncias |= centros de atendimento integral e mulidisciplinar para mulheres ¢ respectics dependentes em situagzo de volgncia doméstica e femiliar, |= casas-abrigos para mulheres e respectios dependentes menores em situaco de woléncic domestica ¢ familiar, I~ delegacies, ndcleos de defensovia publica, senigos de saiide e centios de pericia medicotegs! especializados no atendimento a mulher em situacao de violencia domestica e femilin, IV - pregramas @ campanhas de entfrentamento da voléncia doméstica e familia \ -centras de educagaa e de reabilitacéo para os agressores; ‘Art. 36. A Unido, 08 Estados, 0 Distito Federal e 05 Municipios promoverao 2 aceptagao de seus rg0s = de seus programas as diretiizes e aos principios desia Le tip plate govtrfechdl 3) s102004-2006/2005e ADIN Leier #1940 hit. 37, A’ defesa dos interesses e direitos trensindividuais previstos nesta Lei podera ser exercida, concerrantemente, pelo Ministério Publico e por asscciagdio de atuagé0 ne érea, regularmente constituica ha pelo menos um no, nos temmos da legislagao civil ivan . sasz014 Paragrafo Unica. © requisito da pré-constituigaa poderd ser dispensacio pelo juiz quando entender qjie no ha outra entidade com representatividade adequada para o ajuizamente da demanda coletive ‘Ast. 38, As estatisticas sobre a violéncla doméstica ¢ familiar contra a mulher serac incluidas nas bases de dados dos 6rg8es oficieis do Sistema de Justica e Seguranca a fim de subsidiar o sistema nacional de dados informas6es relativo as mulheres. rel poderao remeter Pardgrafo tinico. As Secretarias de Seguranga Publica dos Estados ¢ do Distr to F suas informagées criminals para a base de dados do Ministério da Justiga. At. 39, A Unifio, 08 Estados, 0 Distr to Federal e 08 Municipios, no limite de suas competéncias © nos temos das respectives leis de diretrizes orpamentarias, poderdo estabelece” ciolagées orgementérias, ‘especificas, em cada exercicio financeiro, pera a implementacao das mecidas estabelecisins nesta Lei ‘Ait, 40, As obrigages previstas nesta Lei nd excluem outras decorrentes dos prrincipios par ela adotados. ‘Art, 41, Aos crimes praticados com vialéncia doméstica e familiar contra @ mulher, independentemente da ., no se aplica a Lei n® 9,099, de 26 de setembro de 1995. pena pravista ‘Ant. 42. © art, 313 do Desreto-Lej n® 3,689, de 3 de outubre de 1941 (Cédigo de Proceso Penal), passa 2 \igorar acrescido do seguinte inciso IV: “Art. 313, IV - se 0 crime envolver violéncia doméstica e familiar contra a mulher, nos temos da lei especifica, para garantir a execugao das medidas protetivas de urgéncia." (NR) 8, de T de dezem|aro de 1940 (Cédiga Penal), Art 43. A alinea fdo inciso il do art. 61 do Deere! passa a vigorar com a sequinte redaczo: “Art. G1. domésticas, de 2 forma da fei f) com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relagdes coabitagdo ou de hospitalidade, ou com wolancia contra a mulher r= especifica, "(NR) ‘At. 44, © atl 129 do Decreto-tei n? 2.648, de 7 de dezembro de 1940 (Cécige Penal), passa a vigorar com as seguintes alteragdes: “art. 128. § 9° Se a lesdo for praticada contra ascendente, descendent, liao, cOnjuge oo Gompanheiro, ou com quem conviva ou tenha conuvida, ou, ainda, prevslecendo-se @ ‘agente das relagdes doméstizas, de coabitarao ou de hospitalidade: Inst planalie gowbricehil_03/_eto2004-20nevz006Re 113404 sevsn0u tele 11340 Pena - detengéo, de 3 (trés) meses a 3 (trés) anos. § 11. Na hipétese do § 92 deste aitigo, a pena sera aumentada de um terco se 0 rime for cometido contra pessoa portadora de deficiéncia.” (NR) de julho de 1984 (Lei de Execugao Penal), passa a vgorar com @ Art. 48, Q att. 152 da Lei n® 7.210, dé seguinte redago: “art, 152, Paragrafo unico. Nos casos de woléncia doméstica contra a mulher, 0 |ulz poderé determiner 0 comparecimento obrigatério do agressor a programas de recuperacao reeducagao.” (NR) ‘Art. 46, Esta Lei entra em vigor 45 (quarenta e cinco) dias apés sua publicacao. Brasilia, 7 de agosto de 2006; 185° de Independéncia e 118° da Republica. LUIZ INACIO LULA DA SILVA Dilma Rousset! texto no substitu © publicado no 0.0.U. de 8.8.2008 ttipshwnustanalt.goubrfes\_ 03! sto2004-zon6/2008 e194. soi CAPITULO A PSICOLOGIA — | OU AS PSICOLOGIAS Samos 0 termo psicologia no cotidiaho com varios sentidos. Por exemplo quando falamos do poder de persuasto de um vendedor, dizemas que ele usy de psicolegia para vender seu produto: quando nos roferimos 4 jovem estudan. te que usa seu poder de sedugao para atrair 0 rapaz, falamos que ela usa de psicolopia: ¢ quando procuramos aquele amigo, que esta sempre disposto » ouvir nossos problemas, dizemos que ele tem psicologia para entender 4s pessoas, 4 essa a psico-ogia dos psicdlogos? Certalnente nao. Esse psicologia, usad: tidiaio pelas pessoas, em geral, é denominadalde psicologia do senso comum, Mas 80 deixa dle ser uma psicotogia. Crque estamor querendedizer & que as pes Iueno ¢ superficial, do conhecimento plicar ov compreender seus s la no co- E nem por soas, em geral, t8m 1m dominio, mesmo que acumulado pela Psicologia cientifica, © que Iheq permite ¢ problemas cotidianos de um ponto de vista psicpligico 0 SENSO ComUM: CONHECIMENTO DA REALIDADE ncia: 60 Existe um dominio da vida que pode ser entendido come vida por excel cotidiano. F no cotidiano que tudo fhui, que as coisas acontecem, que nos sentimos vivos, que vivemos a realidade. Nese instante estou lendo um livre de Psicologia, Jogo mais estarei em uma sala de aula fazendo umal prova c «depois irei ao cinema Enquarito isso,sinto sede e tomo um refrigerante na cantina cla escola; sinto um sono irresistivel e preciso de muita forca de vontade para n: aula; fem, + bro-tne de que-havia prometido chegar cedo para 0 almoce. ‘Todos ess acontéci ee mentos denunciam que estamos vivos. Ji a ciéncia é tuma atividade eminentemente a partir de sev > dormir em ph reflexia. Ela procura compreeniler, elucidar ¢ alterar esse cotidiano, . estudo sistemitico. : Quando fazemos ciéncia, baseamo-nos na realidade cotidiarns ¢ pensamos sobre ela Afastamo-nos dele. para refletit e conhezer além de suas'aparéncias. O votidimo eo co. + _hecimento cientifico que temos da realidadeaproximam-se ¢ se alastam. Aproximan)- “Se porque a ciéncia se refere ao real: afastam-se porque a cineca abstrai a realidade para Asmossas refeigos sio exerplos da realidace cotiiana. Breakfast in Suuk-su (1918). de Konstantin Chebot compreendé-la melhor, ou seja, a ciéncia afasta-se da realidade, transformando-a em obje. to de investigagao ~ 0 que permite a construgas do conhecimento cientifico sobre 6 real Para compreender isso melhor, pense na abstragao (no distanciamento € no trabalhe mental) que Newton teve de fazer para, partindo da fruta que caia da arvore (fato cotidiano), formular a lei da gravidade (explicacio cientifica). mo 0 mais especializado dos cientistas, quando sai de seu laborats: Ocorve que, me tio, esta submetido & dindmica do cotidiano, que cria suas préprias regras de soc dee funcionamento. Nessa dimensio do conhecimento, o que importa é a praticid: asolugao répida para os problemas que se apresentam no dia 2 dia, Por vezes, usamos sos antepassados e o fazemos tnuitas vezes esquecendo suta origem. [im tificas, mas a usamos de forma sim tradigao de no ‘outros momentos, agimos baseados em teorias cier plificada ¢ improvisada. Também utilizamos frequentemente 0 ensaio e o erro, que ness estigio funciona muito bem. O fato ¢ que o conhecimento consstiuido no cotidiano usa 105 (algumas vezes sofisticados) 2 a0 mesmo tempo é um conhecimento muitos rect improvisado, que depende da aco imediata térios, fisicos, moradores de rua, tedlogos, artistas ~ vivemos boa parte do nosso “odos nés ~ estuclantes, psicdlogos, op: esse cotidiano e as regras, 18 | PsicoLocias Realidade Seconsultarmos 0 dicionsrio, verernos que realidade 6a ‘qualidade do que real: um fato, acontecimento, coisa. Entretanto, atribui essa qualidade & uma caracteristica humana esempre dependeré do crtério ‘que usaremos para defin-a. Do pont de vista das Ciencias Humanas, discutem-se ‘os pressupostos para a definigdo desses critérios. | O fato € que a dona de casa, quando usa a garrafa térmica para manter o café quent sabe por quanto tempo ele permanecera razoavelmente quente, sem fazer nenhum cai culo complicado e, rauitas vezes, desconhecendo completamente as leis da termodina mica. Quando alguém em casa reclama de um problema digestivo, ela faz um ché de bol do ~ que é uma planta medicinal jé usada pelos avés de nossos avés ~, sem, no entante conhecer o principio ativo de suas folhas nas doengas hepaticas e sem nenhum estude farmacoldgico. Nos mesmos, quando precisamos atravessar uma avenida movimentada com 0 trafego de veiculos em alta velocidade, sabemos perfeitamente medir a distancic € velocidade clo aucomével que vern em nossa diregao. Até hoje nao conhecemos nin: guém que usasse maquina de calcular ou fita métrica para essa taref Esse tipo de conhecimento que vamos acumulando em nosso cotidiano é chamade de senso comum. Sem esse conhecimento intuitivo, espontineo, de tentativas ¢ erros, a nossa vida didria seria muito complicada. A necessidade de acumularmos esse tipo de conhecimento espontineo parece-nos obvia, Imagine termos de descobrir diariamente que as coisas tendom a cair, gracas a0 efeito da gravidade; termos de descobrir diariamente que algo atirado pela janela vai cair e€ no subir; que um automével em velocidade vai se aproximear rapidamente de nés; ¢ que, para fazer um aparelho eletrodoméstico funcionar, precisamos de cletricidade senso comum, na produgao desse tipo de conhecimento, percorre um caminho que vai do habito a tradicao, a qual, quando estabelecida, passa de geracao para geracio Assim, aprendemos com nossos pais a atravessar uma rua, a fazer o liquidificador fun- cionar;a plantar alimentos na época certa e de maneira correta ¢ assim por diante. E nessa tentativa de facilitar o dia a dia que o senso comm produz suas proprias “teorias’; na realidade, um conhecimento que, em uma interpretacao livre, poderiamas chamar de teorias médicas, fisicas, psicoldgicas etc. O tema que trata da definigao do que é ou nio éa realiclade vem sendo discutido hé muitos séculos, desde os fildsofos gregos, ¢ até hoje ¢ um tema polémico. Berger & Luckmann, do pento de vista fenomenolégico, e john Searle, do ponto de vista do 6s-racionalismo, fazem uma discussio bem contemporanea co assurito. © fato & que nao € tao simples para qualquer um de nds definir o que ¢ a realiciade. Pense sobre 0 assvnto, trata-se de um bom tema para uma pesquisa SENSO COMUM: UMA VISAO-DE-MUNDO Esse conhecimento do senso comum, além de sua producio caracteristica, acaba por se apropriar, de uma maneira muito singular, de conhecimentos produziclos pelos outtos setores do saber humano. O senso comum mistura e reciéla esses outros saberes, muito mais especializados, e os reduz.a um tipo de teoria simplificada, produzindo uma deter- minada visdo-de-mundo. O que estamos querendo mostrar a vocé é que 0 senso c precirio (mas é esse 0 seu modo), o conhecimento humano. [claro que isso nao ocorre muito rapidamente. Leva certo tempo para que 0 conhecimento mais sofisticado ¢ espe- cializado seja absorvido pelo senso comum, e nunca o & totalmente. Quando utilizamos termos como “rapaz complexado’ “menina histérica’ “ficar neurético’ estamos usando termos definidos pela Psicologia cientifica. Nao nos preccupamos em definir as palavras umn integra, de um modo | usadas e nem por isso deixamos de ser entendidos pelo outro, Pocemos até estar mut | oximos do conceito cientfico, mas, na maria das vezes, nem o sabemos. Esses sto { exemplos da apropriacao que o senso comurn faz da ciéncia >| AREAS DE CONHECIMENTO L Somente esse tipo de conhecimento, poréra, nao seria suficiente para as exigéncias de desenvolvimento da humanidade. © ser humano, desde os tempos primitivos, fo cocupando cada vez. mais espago no planeta, e somente esse conhecimento intuitivo seria muito pouco para que ele dominasse a Natureza em seu préprio proveito, Os gregos, por volta do século IV a.C,, jd dominavam complicados cilculos matematicos, que aii da hoje sio considerados dificeis por qualquer jovem colegial. Os gregos precisavam } | \ ' | | : j entender esses calculos para resolver seus problemas agricolas, arquitetonicos, navais | { | i cc. Era uma questio de sobrevivéncia, Com o tempo, esse tipo de conhecimento foi-se especializando cada vez mais, até atingir o nivel de sofisticacao que permitiu ao ser hu mano conquistar 0 espaco sideral. A esse tipo de conhecimento chamamos de ciéncia. Mas 0 senso comum ea ciéncia nao sio as tini- cas formas de conhecimento que o homem apre- senta para descobrir e interpretar a realidade. Povos antigos, ¢ entre eles cabe sempre men- cionar os gregos, preocuparam-se com a origem ecom o significado da existéncia humana. As es- peculagdes etn torno desse tema formaram um corpo de conhecimentos denominado filosofia. A formulagio de um conjunto de pensamentos sobre a origem do ser humano, seus mistérios, principios morais, forma outro corpo de conhe- cimento humano conheciclo como religit | No Ocidente, um livro muito conhecido traz as crencas e tradigées de nossos antepassados € & para muitos um modelo de conduta:a Biblia, que é o registro do conhecimento religioso judaico-crs- tio. Outro livro somelhante é o livro sagrada dos hindus: Livro dos Vedas. Veda, em sanscrito (antiga lingua clissica da India), significa conhecimento. Por fim, desde a sua pré-histéria, 0 ser hu- mano deixou marcas de sua sensibilidade nas paredes das cavernas, quando desenhou a sua propria figura e a figura da caga, criando uma expressio do conhecimento que traduz. a emo ca0 ea sensibilidade. Denominamos esse tipo de conhecimento de arte. Arquimedes, matemiico grego (287 aC. 2212 2 INcia e€ SENSO COMUM —egundo.o qual cad corpo mergulhado em um lquic de baixo para cima igual 20 volume do fluido deslacaco. formula o principio recebe impubo Arte, religito, filosofia, ci sao dominios do conhecimento humano. 20 | PsicoLoaias A PSIcOLOGIA CIENTIFICA Apesar dle reconhecermosa existincia de uma psicologia do senso comum e, de cert modo, estarmos preocupados em defini-la, écom a outta psicologia que este livro dever se ocupar ~ a Psicologia cientifica, Foi preciso definir 0 senso comuim para que o leito pudesse demarcar o campo de atuagao de cada uma, sem confiandi-las Entretanto,a tarefa de definir a Psicologia como ciéncia é bem meis érdua e complica da, Comecemos por definir 0 que entendemos por ciéncia (que também nao é simples) para depois explicarmos por que a Psicologia ¢ hoje consiclerada uma de suas areas, O Que E CIENCIA 7” A ciéncia compoe-se de um coniunto de conhecimentos sobre fatos ou aspectos ds {realidad (que chamamos de objeto de estudo), expresso por meio de uma linguagem precisa e rigorosa. Esses conhecimentos devem ser obtidos de maneira programada, sis tematica e conirolaca, para que se permita a verificacao de sua validade. Assim podemos ~ apontar 0 objeto des diversos ramos da ciéncia e saber exatamente como determinado contetido foi constr sido, possibilitando a reproducao da experiéncia. Dessa forma, o sa- ber pode ser transrritido, verificad, utilizado e desenvolvido. ee Essa caracteristiva da produgao cientifica possibilita sua continuidade: um novo co- produrido sempre nhecimento é prod.zido sempre a partir de algo anteriormente desenvolvido. Negam- partie algo -se, reafirmam-se, descobrem-se novos aspectos, ¢ assim a ciéncia avanga. Nesse senti- ere do, a ciéneia caracteriza-se como um process Pense no desenvolvimento do motor flex, que utiliza mais de um tipo de combustivel. Ele nasceu de uma necessidade concreta — a crise do petrdleo e o desenvolvimento do biocombustivel no Brasil — ¢ reiine a tecnologia do motor movide a alcool, 2 gasolina ¢, eventualmente, 2 gis natural, Foi uma forma que engenheiros e cientistas brasileiros encontraram para 1esolver 0 problema relative & economia do pe‘rdleo, a sazonalida- de da safra da cana -de-acuicar (utilizada na fabricagao do alcool) e & dificuldade com 0 abastecimento de gis natural no pais. Antes do motor flex, foi necessario criar 0 moter movido a élcool. Veia como a tecnologia responde aos problemas que se apresentam em nosso dia a dia i A ciéncia tem ainda uma caracteristica fundamental: ela aspira objetividade. Suas | conclusdes clevem ser passiveis de verificacio ¢ isentas de emogao, para, assim, torna- | rem-se validas para todos. Objeto especifico, linguagem rigorosa, métodos ¢ técnicas especificas, pro- | cesso cumulativo do conhecimento e objetividade fazem da ciéncia uma forma | de conhecimento que supera em muito 0 conhecimento espontneo do senso comum. | Esse conjunto de caracteristicas é 0 que permite que denominemos de cientifico um | conjunto de conhecimentos. i OBJETO DE ESTUDO DA PsiIcoLocia Como dissemos anteriormente, um conhecimento, para ser considlerado cientifico requer um objeto especifico de estudo. O objeto da Astronomia sio os astros, o objeto da Biologia sio os seres vivos. Essa classificagao bem geral demonstra que é possivel tratar ao 1 © | | se A rvolUucao DA citnicia psicotdaica | p objeto dessas ciéncias com certa distancia, ou seja, é posstvel isolar o objeto de estudé ‘No caso da Astronomia, o cientista-observador esté, por exemplo, em um observatsrio, eoastro observado, a anos-luz de distancia de seu telescdpio. Esse cient minimo risco de confundir-se com o fenémenc que esta estudand. O mesmo nao ocorre com a Psicologia, que, como a Antropologia, a Economia, a Sociologia e todas as ciéncias humanas, estuda o ser humano, Certamente, essa divisio ¢ ampla e apenas coloca a Psicologia entre as ciéncias huma is. Qual é, entio, o objeto especifico de estudo da Psicologia? Se dermos a palavra a um psicélogo comportamentalista, ele diré: “O objeto de es: icologia é 0 comportamento haan’ Se a palavra for dada a um psicslogo psicanalista, ele dird: “O objeto de estudo da Psicologia ¢ o inconsciente” Outros dirso que éa consciéncia humana, e outros, ainda, a personalidad Diversidade de objetos da Psicologia Muito se fala sobre a diversidade de objetos da Psicologia e muitos atribuem diversidade ao fato de a Psicologia ter se desenvolvido como ciéncia muito recen temente (final do século XIX), quando comparada com as ciéncias exatas. Muitos argumentam que nao foi possivel ainda a construcao de paradigmas confidveis ¢ convincentes que pudessem ser adotados sem receios por todos os psicdlogos. Mas 0 problema é de outra ordem! Provavelmente, a Psicologia jamais ter um Gnico paradigma confidvel que possa ser adotado por todos sem questionamentos (ao menos por um dado perfodo). Isso porque a Psicologia ¢ uma ciéncia humana, e as ciéncias humanas sio caracterizadas pela con- taminac3o que sofrem por estudar o que estuclam: o proprio ser humano. Isso significa estudar um ser qué € histbrico e est4 em permanente mudanca. Como seria possivel transformar toda riqueza do ser humano em um objeto natural, com regularicade ¢ repeticao suficientes para que sejam descobertas verdades definitivas sobre ele? As ci ferentes formas de pensar a Psicologia representam a propria riqueza do ser humano ¢ sua capacidade miiltipla de pensar sobre si mesmo. O mesmo ocorre com as ciéncias sociais (Sociologia, Antropologia, Ciéncia Politica), com Economia, com Historia, com Geografia. A Filosofia, que nao pretende ser um conhecimento cientifico, mas que est na base de toda ciéncia, também apresenta essa caracteristica, E no devemos nos es- quecer que a Psicologia tem sua origem na préptia Filosofia e, em fungao disso, mantén \gumas de suas caracteristicas. ssa, Saiba que ..O conhecido estudioso das ciéncias, Thomas Khun, afirma que as ciéncias duras (hards sciences), Como a Fisica e a Quimica, definem paradigmas a9 decorrer de longos perfodos. Foi 0 caso cla mecdnica newtoniana, que foi superada pela Teoria da Relatividade, Um novo paradigma incorro- ra oconhecimento do paradigma anterior, mas é superior a ele, Ha pleno reconhecimento dessa superacio pela comunidade cientifica Hé também expectativa de quanto tempo duraré o novo, paradigma e ¢ vital trabalhar para a sua superagao Khun considera as ciénclas humanas pré:pa- radigmaticas, isto &, ainda no so capazes de construir um paradigma confidvel. Provavelmente, pelo que as caracteriza, nuncé chegario a definir ura paradigms. Outro motivo que contribui para dificultar uma clara definigao de objeto da Psicalo- fato de o cientista — 0 pesquisador ~ confundir-se com 0 objeto a ser pesquisado. Paradigma Padéo; que serve como madelo. 22 | psicoLocias luManNo, € nesse caso o No sentido mais amplo, 0 objeto de estudo da Psicologia ¢ 0 pesquisador estd inserido na categoria a ser estudacta. Assim, a concepcao humana que o pesquisador traz, cons'go contamina inevitavelmente a sua pesquisa em Psicologia. Isso ocorre porque ha diferentes concepgées entre os cientistas, na medida em que estudos filosdficos e teolégicos e mesmo doutrinas politicas acabam definindo o homem a sua maneira, e 0 cientista acaba necessariamente se vinculando a uma dessas crengas. £ ¢ caso da concepcio de homem natural, formulada pelo filésofo francés jean-Jacques Rousseau (1712-1778), que pensou que o ser humano era puro e fo: corrompido pela sociedade, cabendo entio ao fildsofo reencontrar essa pureza perdida, Outros o veer como ser abstrato, cor caracteristicas definidas e que nao muciam, a despeito das condi- Gdes sociais a que esteja submetido. Nés, autores deste livro, vemos 0 ser huimano come SROUMEEE ser datado, determinado pelas condiqoes hist6ricas e socinis que 0 cercam, ompnainertebomn ms (7 Na realidade, esse ¢ um problema enfrentado por todas as ciéncies humanas, muito secorompeu Forestodes | discutido pelos cientistas de cada area e até agora sem perspectiva de solugao. Conforme Dorstonend mas Par | a definigao adotada, teremios uma concepgao de objeto que combine com ela, Come ees rc camara | este momento, hé wma riqueza de valores sociais que permnitem varias concepgdes de ser humano, dirjamos simplificadamente que, no caso da Psicologia, essa ciéncia estuda, “diversos seres humanos” concebidos pelo conjunto social. Assim, a Psicologia hoje s- caracteriza por uma civersidade de objetos de estudo. Por outro lado, essa diversidade de objetos justifica-se porque os fenémenos psico: logicos sao tao divers9s que no podem ser acessiveis ao mesmo nivel de observagio , portanto, néo podem ser submetidos aos mesmos padroes de descrigav, medida, controle e interpretacio. © objeto da Psicologia, considerando suas caracteristicas, deve ser aquel2 de aglutinar uma ampla variedade ce fendmenos psicolégicos. (Gre Mueechrere ne que retina as condigo A subjetividade como objeto da Psicologia Considerando toda essa dificuldade na coneeituagao tinica co objeto de estudo da Psi- cologia, optamos por apresentar uma definigdo que sirva como referéncia pata os préxi- mos capitulos, uma vez.que voce iri se deparar com diversos enfoques: que trazem defint- Ges especificas desse objeto ~ 0 comportamento, o inconsciente, a consciéncia etc. A identidade da Psicologia é 0 que a diferencia dos demais ramos das ciéncias huma nas e pode ser obtida considerando-se que cada um desses ramos enfoca o ser humano de maneira particuler. Assim, cada especialidade ~ a Economia, a Politica, a Histor ete. ~ trabalha essa rmatéria-prima de maneira particular, construindo conhecimentos distintos e especifices a respeito dela. A Psicologia colabora com 0 estudo da subjetivi- dade — é essa a sua forma particular, especifica de contribuicao pars a compreensio da totalidade da vida humana. éoserhumano- Nossa matéria-prima, portanto, é 0 ser humano em todas as sues expressoes, as v “corpo, ser humano- siveis (0 comportamento) e as invisiveis (os sentimentos), as singulares (porque som pierre ered ‘0 que somos) ¢ as genéricas (porque somos todos assim) ~ ¢ 0 ser humnano-corpo, hhumano-afeto, ser : humaroaciestede _huumano-pensament, ser humano-afeto, ser humano-acio « tudo isso esta sintetizaco issoestésintetizadono no termo subjetividade. Ci A subjetividade é a sintese singular e individual que cada um de nds vai constituis- do conforme vamos nos desenvolvendo e vivenciando as experiéncias da vida social e cultural; é uma sintese que de um lado nos identifica, por ser tinica; ¢ de outro lado nos iguala, na medida em que os elementos que 2 constituem sio experienciados no campo AevoUGAG DA CIENCIA PsIcoLeEICA | 23 . | comum da objetividade social. Essa sintese — a subjetividade ~ 6 0 mundo de ideis, | significados e emogdes construido internamente pelo sujeito a partir de suas relacées/ / sociais, de suas vivencias e de sua constituicgo biologica; ¢, também, fonte de suas mani festagdes afetivas e comportamentais. - O mundo social e cultural, conforme vai sento experienciado por nés, possibilita-nos | | a construgao de um mundo pessoal e singular. Sao diversos fatores que se combinam v | 5 atribuimos sentido a essas experiéncias } - | nos levam a uma vivéncia muito particular. Ne e vamos nos constituindo a cada dia. | Asubjetividade é a maneita de sentit, pensar fantasiar, se comportar, sonhas, ama deccada um, E.0 que constitui o nosso modo de ser: sou flo de japoneses ¢ militante ce ' | um grupo ecol6gico, detesto Matematica, ado-o samba e rap, pratico ioga, tenho von- tade mas no consigo ter uma namorada. Me. melhor amigo & filho de descendentes, | de italianos, primeiro aluno da classe em Matemética, trabalha e estuda, é corinthiano fanatico, adora comer sushi e conversar pelo Messenger. Ou seja, cada um tem sua sin- gularidade. Chiando e Entretanto, a sintese que a subjetividade representa nao ¢ inata ao individuo, Ele ansformandoo a constréi aos poucos, apropriando-se do material do mundo social e cultural (a ex unde ertere) © pressio subjetiva coletiva),e faz isso ao mesmo tempo em que atua sobre 0 mundo, ou transormaas proprio. seja, é ativo na sua construgao. Criando e transformando o mundo (externo), 0 homem constr6ie transforma a si proprio Um mundo objetivo, em movimento, porque seres humanos 0 movimentam per manentemente com suas intervengdes; um mundo subjetivo em movimento, porque 05 individuos esto permanentemente se apropriando de novas matérias-primas par _constituir a subjetividade, i « De certo modo, podemos dizer que a subjetividade nao so é produzida, moidaca, || mas também é automoldavel, ou seja, o homem pode promover novas formas de sub-# g» | jetividade, recusando-se a0 assujeitamento ¢ 8 perda de meméria imposta pela fagaci- |. dade da informacao; recusando a massificagao que exclui e estigmatiza o diferente, « |F-aceitacio social condicionada 20 consumo, a inedicalizacao do softimento. Nesse sen | tido, retomamos a utopia de que cada ser humano pode participar na construgao de set: | destino e de sua coletividade. {Por fim, podemos dizer que estudaras | om ender a pioducio, de novos modos de ser, sta ¢-as subjetividades emergentes, cuja |) produce é social e histdrica. O estudo esas novas subjetividades vai desvendand 3s | telagdes do cultuyal, do politico, do econdmicy e do historico na produgao do mais i | L is, &tentar com ubjetividade, nos tempos atu tino € de mais observavel no ser humano — acuilo que o captura, submete ou mobilize pata pensar e agir sobre os efeitos das formas de ch subjetividade. O movimento e a transformagao sio os elementos bisicos de toda essa historia E aproveitamos para citar, Guimaraes Rosa, que em Grande sertdo: veredas consegue expressar, de modo muito adequado e rico, 0 que aqui vale a pena registrar: “O importante e bonito do mundo ¢ isso: que as pessoas néo esto sempre iguais, ainda ndo foram terminadas, mas que elas do sempre mudando. Afinam ¢ desafinar.” Convidamos vocé a refletir um pouco sobre esse pensamento de Guimaraes Rosa As pessoas nio esto sempre iguais. Ainda nic foram terminacas. Mas por qué? Como? Simplesmente porque a subjetividade nao cessars de se modificar, pois as experiénicias sempre trario novos elementos para renové-la PSICOLOGIAS Aspessoasestio sempre se modificando. Talvez, voce esteja pensando: Mas eu acho que sou o que sempre fui, ett nado me modifico! Por acompanhar ¢ perto suas proprias transformagoes (nao poderia ser diferente!), vocé pode nao percebé-lase tera impressio de ser como sempre foi. Vocé & © construtor 9 . por isso, el da sua transformaga pode pasar despercebida, fazendo- pensar que ndo se transformou. Mas voce crescen, mudou ce corpo, de von: tades, dle gostos, de amigos, de ativida des, afinou e desafinou, enfim, tudo em sua vida m gico, sua com todos nos Bem, esperamos que voce ja tenha uma nogo do que seja subjetividade e possamos, entio, voltara nossa dis sio sobre o objeto da Psicologia. Ciéncias Humanas, a ‘A Psicologia, come dissemos anteriormente, é um ramo das sua identidade, isto ¢, aquilo que a diferencia, pode ser obtida considerando-se que um desses ramos enfeca de maneira particular o-ebjeto-humano, construindo conheci- mentos distintos e especificos a respeito dele. Assim, com 0 dade, 2 Psicologia contridui para a compreensio da totalidadle d vida humar ~E dlaro que a forme. de se abordar a subjetividade, e mesmo a forma de pendérd da concepgao de sex humano adotada pelas diferentes escoles psicologicas. No momento, pelas caracteristicas do desenvolvimento historico ca Psicologia, essas escolas acabam formulando wn conhecimento fragmentario de uma tinica e mesma totalicade ~ 0 ser humano: sua subjetividade e suas manifestagdes. A superagio do a:ual impasse levard a uma Psicologia que compreenda esse individuo como ser concreto € multideterminado. Esse é0 papel de uma ciéncia critica, da compreensio, da comunicagao e do encontro do; humano como mundo em que vive, jd que o individuo que compreende a Histéria (9 mun: doexterno) também compreende a si mesmo (sua subjetivicade}, ¢ aquele que compreende asi mesmo pode compreender o engenidramento do mundo e criar novas rotas ¢ utopias. das Ciéncias po das Cién- ada ‘Algumas correntes da Psicologia consideram-na pertencente ao campo do Comportamento, 2 outras, das Ciencias Sociais. Acreditaros que 0 ¢ é mais abrangente e condizente com a nossa proposta, que vincula a Psi Economia etc. cias Human; cologia & Historia, a Antropologia, A PsicoLoGiA E 0 MISTICISMO 'A Psicologia, como érea da ciéncia, vem se desenvolvendo na histéria desde 1879, quando Wilhelm Wendt (1832-1926) criou 0 primeiro Laboratério de Experimentosem Psicofisiologia, em Leipzig, Alemanha. Esse marco histérico significou o desiigamento a hl Ra ETN ABVOLUCAD DA CIENCIA PsicouseIcA | 25 das ideias psicolégicas de ideias abstratas ¢ espicitu- istas, que defendiam a existéncia de uma alma nos seres humanos, a qual seria a secle da vida psiquica. ‘A partir dai, a histdria da Psicologia ¢ de fortale- cimento de seu vinculo com os principios ¢ métocos cientificos. A ideia de um ser auténomo, capaz de se responsabilizar por seu préprio desenvolvimento ¢ por sua vida, também vai se fortalecendo a partir dese momento. Hoje, a Psicologia ainda nao consegue explicar muitas coisas sobre o ser humano, Sabe-se que a Wile Wand crow o primero borat ciéncia nao esgotara o que ha para conhecer, pois a cde experimentosem Psicofisiologsa. realidade esta em permanente movimento, novas perguntas surgem a cada dia, 0 ser humano esta em movimento e em transformagio, colocando também novas perguntas para a Psivologia. A invengao dos computadores, por exemplo, trouxe e trara mudangas as formas de pensamento, a inteligéncia, ¢ a Psi- cologia precisard estudar essas transformagdes 2m seu quadro tedrico. Alguns dos desconhecimentos da Psicolgia tém levado os psicélogos a buscarem respostas em outros campos do saber humano. Com isso, algumas priticas nao psicol6: gicas tém sido associadas As priticas psicoldgicas. O tard, a astrologia, a quiromancia, a numerologia, entre outras praticas adivinhatorias e/ou misticas, t8m sido associados a0 fazer e ao saber psicol6gico. Essas no siio praticas da Psicologia. Sio outras formas de saber ~ de saber sobre ohumano — que néo podem ser confundidas com a Psicologia, pois «© nio sao construidas no campo da ciéncia, a partir do método e dos principios cien: tificos * estao em oposicao aos principios da Psicologia, que vé nao sé o set humano como ser auténomo, que se desenvolve e se consti-ui a partir de sua relago com 0 mundo social e cultural, mas também o vé sem destino pronto, que constréi seu futuro 20 agir sobre o mundo, As praticas misticas té-n pressupostos opostos, pois nelas ha a concepeao de destino, da existéncia de forcas que nao esto no campo do humano ¢ do mundo material Jos sem A Psicologia, ao relacionar-se com esses saberes, deve ser capaz de enfrent preconceitos, reconhecendo que o ser humnano construiur muitos "saberes” em busca de sua felicidade. Mas é preciso demarcar nossos campos. Esses saberes nao estao no carn- po da Psicologia, mas podem se tornar seu objeto de estuido. E possivel estudar as praticas adivinhatérias e descobrir o que elas tem de efi ciente, de acordo com os critérios cientificos, e aprimorar tais aspectos para um uso eficiente ¢ racional. Nem sempre esses’ crité-ios cientificos t¢m sido observados, « alguns psicdlogos acabam usando tais pratic:s sem o devido cuidado e observacae Esses casos, seja do psicdlogo que usa a pratica mistica como acompanhamento psi- coldgico, seja daquele que usa desse expediente sem critérlo cientifico comprovado, sio previstos pelo cédigo de ética dos psicd ogos ¢, por isso, passiveis de punicio 60, como pritica de charlatanismo e, no segundo, como desempenho No primeiro inadequado da profissao. Esses sab2res nao este no campo da Psico‘agia, mas podem se toinar seu objeto de estuco. rE + runs ianyan © 26 | psicougaias Santa Inquisigao Tiibunel religioso instituido para Investigar e punir crimes contra afé catélica, A inguisigao. que se iniciou no século XI, fo‘ instieica peta leja Cacélca parajulgar os hhereges.O caso mais femoso do periodo rmeclival foio da fran- cesajoana DIArc, que foi . Vale informar que animais utilizados pelos analistas um conhecido experimento feito com ratos de laboratér como ratos, pombos e macacos ~ para citar alguns — foram: experimentais do comportamento, inclusive Skinner, para verificar como variacdes no ambiente interferiam nos comportamentos. Tais experimentos hes permitiram faves afirmagoes sobre o que chamaram de leis comportamentais, Um ratinho, ao sentir sede em seu habitat, certamente manifesta algum compo famento que lhe permita satisfazer a sua necessidade orginica. Esse somportamento {01 aprendido por ele e se mantém pelo efeito proporcionado: saciar a sede. Assim, se deixarmos um ratinho privado de égua duranite 24 horas, cle certamente apresentard o comportamento de beber égua no momento em que tiver sede. Sabendo disso, os pes. duisacores da época dleciiram simular essa situagao em laboratério sob condigdes espe ciais de controle, o que os levou a formulacao de uma lei cor nportamental. Um ratinho {0 colocado na ‘caixa de Skinner” — um recipiente fechado no qual encontrava apenas uma barra. Essa barra, ao ser pressionada por ele, acionava um mecanismo (camuflado) | que Ihe permitia obter uma go- tinha de agua, encaminhada & caixa por meio de uma peque. na haste. Que resposta esperava-se do ratinho? Que pressionasse a barra. Como isso ocorreu pela primeira vez? Por acaso, uurante a exploracio da caixa, 0 ratinho pressionou a | barra acidentalmente, o que lhe trouxe, pela primeira vez, uma gotinha de agua, que devido 4 sede foi rapidamente consumi- da. Por ter obtido égua ao en. costar na barra quando sentia sede, constatou-se a alta pro babilidacie de que, estando em situagdo semelhante, 0 ratinho a pressionasse novamente. Nesse caso de comporta- mento operante, o que propici a aprenclizagem dos comporta mentos é a ag30 do oxganismo sobre 0 meio ¢ 0 efeito dela resultante ~ a satisfacao de al guma necessidade, ou seja, 2 f xinho, por acasa, pressiona a barra e recebe entre uma aco e seu efeil © processo de aprenclzagem, “a Esse comportamento operante pode ser re- presentado da seguinte maneira: R > §, em que Ra resposta (pressionar a barra) e § (do latin stimulus) 60 estimulo reforgador (a agua), que tan: tojinteressa ao organismo; a seta significa “levar a "Esse estimulo reforgador é chamado de re- forco. O termo “estimulo” foi mantido da rela- a0 R-S do comportamente respondente para designar-Ihe a responsabilidade pela aco, apesar de ela ocorrer apés a manifestagao do comportamento. O comportamento operante refere-se a interagao sujeito-ambiente. Nessa interagdo, chama-se de relago funcional a relagao entre a aco do individuo (a emissio da resposta) e as consequéncias. E considera- da funcional porque 0 organismo se compor- ta (emitindo essa ou aquela resposta), ou seja, sua ago produz uma alteragao ambiental, consequencia que, por sua vez, retroage sobre 0 sujeito, alterando a probabilidade futura de peorréncia. Assim, agimos sobre 0 mundo em fungao das consequéncias criadas pela aco. As consequéncias da resposta sio as varidveis de controle mais relevantes. Pense no aprendlzaco de um inserumento: tocamos um instrument para ouvir seu som harmonioso, Ha outros exernplos dancar para estar Préximo do corpo do outra, mexer com uma garota para receber seu olhar abrir uma janela para a luz entrar er EVENTOS CONSEQUENTES — REFORCAMENTO E PUNICAO Acoes so mantidas, ou nao, pelas consequéncias que produzem no meic biente. Essas consequéncias sto denominadas reforgadoras quando aumeniai frequéncia de emissao das respostas que as produziram e punidoras ou aversivas quando diminuem, mesmo que temporariamente, a frequéncia das respostas quc as produziram, Chamamos de reforgo a toda consequéncia que, mediante uma resposta, altera babilidade futura de ocorréncia da resposta. Considerando as consequéncias que aumer tam a frequéncia das respostas, é dito que o reforgo pode ser positivo ou negativo. O reforgo positive é todo evento que aurnenta a probabilidade futura ca resposta que o produz. O reforco negativo é todo evento que aumenta a probabilidade furtura da resposta que o remove ou atenua. Assim, poderiamos voltar 4 nossa “caixa de Skinner” do experimento anterior oferecia uma gota de gua ao ratinho sempre que ele encostasse na barra. Agora, a0 se colocado na caixa, recebe choques do assoalho. Apés varias tentativas de evitar os cho ques, o ratinho chega a barra e, a0 pressionté-la acidentalmente, os choques cessam. Com isso, as respostas de pressio tenderao a aumentar de frequéncia. Chama-se de reforgo negativo ao proceso de fortalecimento dessa classe de respostas (pressio a barra), isto é a remocio de um estimulo aversivo controla a emissao da resposta. £ condicionamento 64 | Pst Por se tratar de aprendizagem, e também reforgamento, porque um comportame apresentado e aumentado em sua frequéncia zo aleancar o efeito desejad O teforcamento positivo oferece alguma coisa ao onganismo (gotas de dgua c ressio da barra, por exemplo). O reforgo negativo permite a retirada de algo indese (os choques do iiltimo exemplo) Nio se pode, a prior, definir um evento como reforcacior. A funcao reforcado, tum evento ambiental qualquer 56 ¢ definida pelo aumento na frequéncia da resp ue o produziu, ou seja, pela relagao funcional estabelecida entre o comportament individuo e o ambiente Entretanto, alguns eventos tendem a ser reforgaclores para toda uma esp Por exemplo, égua, alimento e afeto. Esses sto denominados reforcos primrios reforgos secundérios, 20 contréio, io aqueles que adguiriram a funcao quando p ados temporalmente com os primérios. Alguns desses reforcadores secunclérios, qua émparelhados com muitos outros, tornam-se reforcadores generalizados, como c nheito e a aprovagio social, que reforcam grande parte dio repertério comportament taque: a No reforcamento negativo, dois processos importantes merecem d quiva ea fuga, A esquiva é um processo no qual 0s estimulos aversivos condicionados ¢ incon ionados estao separados por um intervalo de tempo aprecigvel, permitindo que o dividuo execute um comportamento que previna a ocorréncia ou reduza a magnitu do segundo estimulo. Vocé, com certeza, sabe que o raio (primeiro estimulo) precede trovoada (segunde estimulo), que o chiado precede ao estouro dos rojées, que 0 50m « “motorzinho” usado pelo dentista precede & dor no dente. Esses estimulos sio aversive mas os primeiros nos possibilitam evitar ou reduzir a magnitucle dos seguintes, ou se ‘Ao owvirmos 0 som do "mororzinho" usado pelo dentista ancecipamos « dor, Desviaro rosto é esquivars A evoLUGae 9A tapamos os ouvidos para evitar o estouro dos trovées ou desviamos o rosto da broés usada pelo dentista, Por que isso acontece? Quando osestimulos ocorrem nessa ordem,o primeiro torna-se um reforgador-n2pa tivo condicionado (aprendido), e a agao que o reduz.¢ reforgada pelo condicionamento operante. As ocorréncias passadas de teforcadlores negativos condicionados sio respon siveis pela probabilidade da resposta dle esquiva No processa, de esquiva, apés o estimulo condicionado, 0 individuo-apresenta um comportamento que é reforcado pela necessidlade de reduzir ou evitar 0 segundo esti smulo, que também é aversivo. Ou seja, apés a visio do raio, o individuo manifesta tim comportamento (tapar os ouvidos), que é reforgado pela necessidade dle reduzit 0 so gundo estimulo (0 barulho do trovéo), igualmente aversivo. Outro processo semelhante 6 0 de fuga. Nesse caso, o comportamento reforgado é aque Je que termina com um aversivo jé em andamento, A diferena é sutil. Se posso colocar as ‘nos nos ouvidos para nao escutar 0 estrondo do rojfo, esse comportamento & de esquiva, pois estou evitando o segundo estimulo antes que ele aconteca, Mas, se os rojdes comesatnt a pipocar e s6 lepois apresento um comportamento para evitar 0 barulho que incomes, s¢jafechando a porta, indo embora ou mesmo tapando os ouvidos, pode-se falar em fuga Ambos reduzem ou evitam os estimulos aversivos, mas em processos diferentes, No caso da esquiva, ha um estimulo condicionado que antecede 0 estimulo incondicio- rnado.e me possibilta a emissio do comportamento ce esquiva. Uma esquiva hem-sucedicia impede a acorréncia do estimulo incondicionado. No caso da fuga, sé ha um estimulc ave sivo incondicionaco que, quando apresentado, serd evitado pelo comportamento de fga No segundo caso, nio se evita o estimulo aversivo, mas se foge dele depois de iniciacl. Outros PROCESSOS ExtingaGo Outros processos foram sendo formulados pela Anilise Experimental do Compor'a mento. Un deles é 0 daextingao. A extingdo é um procedimento no qual uma resposta deixa abruptamente de ser reforgada! Como consequéncia, a resposta diminuira de frequéncia eaté mesmo poder deixar de ser emitida. O tempo necessdrio para que a resposta deixe de ser emitida cle- pendera da historia e do valor do reforco envolvido, Assim, quando uma pessoa na qual estivamos interessados deixa de nos olhar e passa 4 nos ignorar, nossas “investidas” tendem a desaparecer Punigéo A punigo é outro procedimento importante que envolve a consequéncia de una Fespasta quando ha a apresentacio de um estimulo aversivo on a remogao de um refor- sacor positivo presente. 05 dados de pesquisas mostram que a supressio do comportamento punido 6 & definitiva sea puni¢ao for extremamente intensa, isso porque as razbes que levam 3 2¢30 ~ que se pune ~ nao sao alteradas com a puni¢io. No caso da fuga, s6 ha ‘um estimulo aversive incondicionado, 66 PsicoLoGia unit a¢ supressio tempordiria da vespostal Por cau sade resultados como os behavioristas ém debatido a vali de clo procedimento da punicdo como. forma de redu: cia de certas respostas, AS. praticas _punitivas correntes na Educacio foram — questionadas pelo. Behaviorismo - obtigava-se 0 aluno a ajoelhar-se no milho, fazer intimeras cépias dle um mesmo text ira frequén- receher “reguadas’ a ‘Aspedticas puntvascorentes na educacio foram questionadas pelo ar isolado etc Behaviormna Os behavioristas, res. substituigho defini wtamentos desejé- paldados por critica feita por Skinner e outros autores, propuserar tiva das priticas punitivas por procedimentos de instalacao de comp veis. Esse principio pode ser aplicado no cotidiano e em todos as espacos onde se trabalhe para instalar comportamentos desejaclos. © transito é um excelente exemplo. Apesar das na maior parte das infragées cometidas nc punicdes aplicadas a motoristas e pedestr transito, tais punicdes nao os tém motivado a adotar um comporiamento considerado z dle adotarem novos comportamentos, tornaran-se es adequado para o transito, Em v pecialistas na esquiva e na fuga. ESTIMULO. CONTROLE DE Tem sido polémica a discussio sobre a natureza ou a extensio do contr gum controle. Assumir a ambiente exerce sobre nés, mas no ha como negar que hé a existéncia desse controle e estud-lo perraite maior entendimento dos meios pelos quais os estimulos agem. Assim, quando a frequéncia ou a forma da resposta é diferente sob estimulos diferen diz-se que o comportamento esta sob o controle de estimulos. Se 0 motorista para ou ora esta verde, ora verme acelera 0 6nibus no cruzamento de ruas onde ha seméforo que Iho, sabemos que o comportamento de dirigir esta sob o controle de estimutos Dois importantes processos devem ser apresentados:a discriminacao e a general Discriminacdo Diz-se que se desenvolveu uma discriminagao de estimulos quando uma res imulo, mas sofre ce posta se mantém na prasenca de um ¢ ingao na f A evowcio oa citwers esenca de outro. Isto é, certo estimulo adquire a possibilidade de ser conhecido. como discriminativo da situagio reforcadora. Sempre que ele for apresentado « x rexposta for emitida, haverd reforgo. Assim, nosso motorisia de énibus vai parar o veiculo quando o seméforo estiver vermelho, ou melhor, esperamos que pars ee « sinal vermelho tenha se tornado um estimulo discriminativo para a emissao do com. portamento de parar Pocleriamos refletir, também, sobre o aprendizado social. Por ‘exemplo; existem nor- amas € regras de conduta para festas ~ cumprimentar os presentes, ser genti, procera: imanter dilogo com as pessoas, agradecer ¢ elogiar a dona de casa etc. No entanto, as festas poclem ser diferentes: informais ou pomposas, dependendo de onde, dle como e ce quem as organiza. Somos, entao, capazes de discriminar esses diferentes estirntios « nos comportar de maneira diferente em cada situagiio. Generalizagdo Na generalizagao de estimulos, um estimulo adquire controle sobre uma re posta devido ao reforgo na presenga de um estimulo similar, mas diferente. Frequen femente, a generalizacdo depende de elementos comuns a dois ou mais estimulos, Poderiamos aqui brincar com as cores do serniforo: se fossem rosa ¢ vermelho, cor. “ferlamos o risco de os motoristas acelerarem seus veiculos no seméforo vermelho, Pols poderiam generalizar os estimulos. Mas isso nao-acontece com o verde e cor 10 cores muito distintas e, além disso, estio sitiadas em extremidades permitindo yermelho, que s opostas do semaforo ~ 0 vermelho, na parte superior, ¢ 0 verde, na inferi adiscriminagao dos estimulos, Na generaliza¢ao, portanto, respondemos de forma semelhante a um conjunto de estimulos percebidos como semelhantes. Esse principio da generalizagao é fundamental quando pensamos na aprendizagem escolar. Nos aprendemos na escola alguns conceitos biisicos, como fazer contas ¢ es crever: Gracas & generalizagao, podemos transferir esses aprendizados para diferentes situagdes, como dar ou receber troco, escrever para alguém Fisica para consertar aparelhos eletronicos etc. stante, aplicarconceitocle~ x va coilana, também dprendernos anos Na vida cotidiana, também aprendemos a nos comportar em diferentes situa- comportarem fees sociais, dada a nossa eapacidade de generalizagio no eprendizado de regros © ince strecses normas sociais, BEHAVIORISMO: SUA APLICAGAQ Uma rea de aplicagao dos conceitos apresentados tem sido a Educagao. Sao cone. cidos os métodos de ensino programado, 0 controle e a organizacao das situacées cle aprendizagem, bem como a elaboracao de uma tecnologia de ensino. Tntretanto, outras areas também tém recebido a contribuigao de técnicas e con. ceitos desenvolvides pelo Behaviorismo, como a de treinamento de empresas, nices psicol6gicas, o trabalho educativo de criangas com necessidades especiais, Publicidade e outras, 68 | psicoLocias © einaments em empresas ter ecebido a contribu de tcnicase concise vidos pelo Behaviorism nossos A Analise Experimental do Comportamento pode nos auixiliar a descreve comportamentos em qualquer situagao, ajudando-nos a modhies SSiRRRSENHER: 1 Fundagio da perspectiva e diferentes denominacdes 2 Objeto da Psicologia para o Behaviorismo: + Comportamento respondente; + Comportamento operante. 3 Eventos consequentes: + Reforcamento: positivo e negativo: » Esquiva e fuga » Exting’o; + Punicao; + Controle de estimulos: discriminagao e generalizacio, do Behaviorismo, ;

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