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ESCOLA SECUNDÁRIA DO PADRÃO DA LEGUA Ano Lectivo 2009/2010

3º A

TEMA COMPENSAÇÕES DA MIOPIA

Prova de Aptidão Profissional | Evandro Gabriel

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Escola Secundária do Padrão da Légua

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Preâmbulo

Relatório da Prova de Aptidão Profissional apresentado à escola Secundaria do


Padrão da Légua para conclusão do curso profissional de Técnico de Ótica
Ocular, de acordo com o consagrado na portaria 550/C, de 25de Maio, com as
alterações introduzidas pela portaria 797/2006, de 7 de Junho.

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Agradecimentos:
A realização deste trabalho não teria sido possível sem o contributo de muitos,
a quem presto os meus sinceros agradecimentos:

 À Escola Secundaria do Padrão da Légua que forneceu as instalações e


os meios para a realização deste trabalho;
 À professora de Português e diretora de turma, Fátima Velásquez pela
ajuda gramatical e linguística fornecida;
 Ao Diretor de curso, Professor Jaime Lucas, pelo apoio dado para a
realização do projeto;
 Ao meu orientador da Prova de Aptidão Profissional, Professor Miguel
Costa, pela orientação e ajuda concedido ao desenvolvimento do
projeto;
 Ao Dr. Álvaro Martins, da ótica AllainAfflelou de Matosinhos pelo seu
apoio e colaboração do desenvolvimento do projeto;
 À professora Mónica Plasencia, pela ajuda na escolha do meu tema;
 Aos meus colegas de turma, Cláudia e Filipe pela ajuda prestada e todos
os alunos que se dispuseram ao rastreio visual.

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Índice
Preambulo pag.1

Agradecimentos pag.2

Índice pag.3

Índice de imagem pag.5

Introdução pag.6

I Parte teórica

-O olho pag.8

-Estrutura do olho pag.9

-Constituintes do olho pag.10

-Exames necessários para o diagnóstico da miopia pag.15

-Erro Refrativo Miopico pag.19

-Classificação da miopia pag.19

-Diferentes tipos de miopia pag.19

-Compensações da miopia pag.21

2 Parte Teórica

-Introdução pag.32

-Dados Recolhidos pag.33

-Classificação e contagem da miopia pag.34

-Percentagem de certezas pag.35

-Conclusão do rastreio pag.36

Conclusão pag.37

Glossário pag.39

Bibliografia pag.40

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Índice de imagens
Imagem 1 - Globo Ocular pag. 9

Imagem 2 - Córnea pag. 10

Imagem 3 – Íris e Pupila pag. 11

Imagem 4 - Cristalino pag. 11

Imagem 5 – Retina pag.12

Imagem 6 – Ponto Cego pag.13

Imagem 7 – Nervo Óptico pag. 13

Imagem 8 – Esclerótica pag. 13

Imagem 9 – Músculos Externos pag.14

Imagem 10 – Sistema Lacrimal pag.14

Imagem 11 – Auto-Refratometro pag.15

Imagem 12 – Oftalmoscópio pag. 16

Imagem 13- Retinoscopio pag. 16

Imagem 14 – Queratometro pag. 16

Imagem 15 – Optotipos pag. 17

Imagem 16 – Foróptero pag. 18

Imagem 17 – Lentes Divergentes pag. 21

Imagem 18 – Lentes nas Armações pag. 22

Imagem 19 – Córnea pag. 24

Imagem 20 – Ortoqueratologia pag. 28

Imagem 21 – Funcionamento da Lente Noturna pag.29

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Introdução

O globo ocular é o órgão do corpo humano responsável pela visão, e este,


desempenha o mais importante meio de recolha de dados, sendo por isto, um
dos mais importantes para uma boa qualidade de vida.

Porem este órgão nem sempre funciona nas perfeitas condições, podendo
assim apresentar alguns defeitos refrativos que impedem a pessoa de ver
normalmente.

Neste trabalho, tenho o objetivo de dar a conhecer um dos defeitos refrativos


mais comuns nas populações, que é a miopia, identificar e explicar as formas
mais comuns de compensações conhecidas (Lentes oftálmicas, lentes de
contato e lentes de uso noturno).

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I Parte Teórica

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O olho
O globo ocular, com cerca de 25 milímetros de diâmetro, é o responsável
pela captação da luz reflectida pelos objetos à nossa volta. Essa luz atinge em
primeiro lugar a nossa córnea, que é um tecido transparente que cobre a nossa
íris como o vidro de um relógio. No seu caminho, a luz passa agora através do
humor aquoso, penetrando no globo ocular pela pupila, atingindo
imediatamente o cristalino que funciona como uma lente de focagem,
convergindo então os raios luminosos para um ponto focal sobre a retina. Na
retina, mais de cem milhões de células fotossensíveis transformam a luz em
impulsos eletroquímicos, que são enviados ao cérebro pelo nervo óptico. No
cérebro, mais precisamente no córtex visual ocorre o processamento das
imagens recebidas pelo olho direito e esquerdo, fazendo a fusão das imagens
completando então nossa sensação visual.

O olho humano é um órgão da visão, no qual uma imagem ótica do mundo


externo é produzida e transformada em impulsos nervosos e conduzida ao
cérebro.

Ele é formado pelo globo ocular e seus diversos componentes. Basicamente


restringe-se a uma lente positiva (convergente) de alto poder refractivo e é
formado pela córnea, com +44,00 D e o cristalino com +14,00 D num total de
+58,00 D. O seu comprimento, no sentido ântero-posterior, é de 24 mm.
Entenda-se que estes dados são médios e naturalmente existem variações.

Os raios luminosos, paralelos, vindos do infinito, penetram no olho pela


pupila, convergem (com o poder dióptrico positivo) encontrando-se na retina,
mais precisamente na fóvea central, que é circundada pela mácula,
proporcionando assim visão nítida, o que ocorre com os olhos de visão normal,
conhecida como "emétropes".

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Estrutura do olho

O olho é um órgão duplo e simétrico localizado em cavidades ósseas da


parte anterior do crânio, denominadas órbitas. O globo ocular tem uma forma
esférica, mas aplanada no sentido vertical, com um diâmetro que nos adultos
pode chegar aos 24,5 mm. É formado por três camadas concêntricas e
composto por uma série de estruturas que controlam a passagem dos raios
luminosos provenientes do exterior, com vista a projetá-los sobre uma
membrana sensível aos estímulos luminosos, onde são formadas as imagens
posteriormente elaboradas pelo cérebro.

Figura 1- Globo Ocular

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Constituintes Do Olho
Córnea: É a parte saliente e anterior do globo ocular, protuberante e visível.
É totalmente transparente e, juntamente com a esclerótica, forma o invólucro
externo do globo ocular. Tem uma curvatura acentuada (cerca de +44,00
dioptrias, em média), a sua espessura central é de 0,6mm e a espessura
periférica é de 1,3mm, o seu diâmetro médio é de 12mm, podendo variar de
11mm a 12,5mm.

A curvatura da córnea não é esférica. A grande maioria das córneas tem


uma superfície tórica, ou seja, na direção vertical tem uma curvatura
ligeiramente mais acentuada do que na direção horizontal. Estas diferenças de
curvatura podem estar situadas em diversas direções, originando-se daí a
maior parte dos astigmatismos.

Por outro lado, esta curvatura vai se aplanando, à medida que se afasta da
zona ótica central – com 6mm. de diâmetro – tendo a córnea portanto uma
superfície asférica.

A córnea cobre a íris e a pupila, por onde a luz passa. Esta parte do olho
(córnea) tem a forma aproximada de uma lente
negativa e o seu raio interno é menor do que o
raio externo.

A sua espessura central é muito pequena.


Tendo 0,6mm., possuindo 6 camadas que são:
Epitélio (a camada externa), Bowman (a meio
externa), Estroma (a do meio), Descemet (a
meio interna), Endotélio (a camada interna).
Imagem 2 - Córnea
É portanto a córnea um elemento de suma importância no sistema dióptrico
do aparelho visual, pois com a sua curva acentuada, é o principal meio de
convergência que faz com que os raios paralelos, que vem do infinito,
convirjam e cheguem juntos à fóvea central.

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Íris: É o colorido do olho. Trata-se de uma membrana


de forma circular, com 12mm de diâmetro com uma
abertura circular, no centro, chamada "pupila", cujo
diâmetro médio é de 4,4mm. (em ambiente interno). A
pupila tem uma aparência preta mas é totalmente
transparente e toda a luz que incide no olho passa através
dela (diafragma de entrada). Imagem 3 – Íris e
pupila

A íris fica localizada entre a córnea e o cristalino. Ela funciona como se fosse
uma espécie de diafragma de máquina fotográfica. Quando exposta a muita
luminosidade, diminui sua abertura central, e ao contrário, quando exposta a
pouca luminosidade, dilata-se, aumentando o tamanho da pupila. A sua função
é controlar a entrada de luz no olho e tem papel preponderante na acuidade
visual.

Humor Aquoso: trata-se de uma substância semi-líquida, transparente,


semelhante a uma gelatina incolor. Esta substância preenche a câmara anterior
do olho e, pela sua pressão interna, faz com que a córnea se torne
protuberante. O humor aquoso é renovado lenta e constantemente e o seu
excesso é escoado pelo canal de Schlemn. Quando este canal entope, o olho
fica com excessiva pressão, sendo uma das causas do glaucoma, doença que
danifica a fóvea central, podendo causar cegueira parcial ou total.

Cristalino: Corpo aproximadamente


biconvexo, em forma de lente, transparente,
com um poder dióptrico de perto de +14,00 D,
localizado logo atrás da íris, entre a câmara
anterior e a câmara posterior do olho. A função
principal do cristalino é permitir a visão nítida
em todas as distâncias. Quando se olha para
perto, o cristalino torna-se mais convergente,
aumentando o seu poder de refração e quando Imagem 4 - Cristalino
se olha para longe, torna-se menos convergente, diminuindo seu poder
dióptrico. Isso faz com que a visão seja nítida em todas as distâncias. O
cristalino é uma lente que, através da sua variação dióptrica, conhecida como
acomodação, torna possível a visão nítida, para perto, para longe e para todas
as distâncias. Esta capacidade de acomodar diminui, à medida que os anos
passam, até que surge a presbiopia.

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Músculo Ciliar: Promove a acomodação, feita pelo cristalino, é o músculo


ciliar, que o circunda, através de pequenos ligamentos muscular.

Corpo Vítreo: É também conhecido como " Humor Vítreo ". É uma
substância totalmente transparente, semelhante ao humor aquoso, mais
viscoso e preenche internamente o globo ocular, fazendo com que tome a
forma aproximada de uma esfera, com a protuberância da córnea.

Coróide: Trata-se de uma membrana conjuntiva, localizada entre a


esclerótica e a retina que liga o nervo óptico à ora serrata e nutre a retina.
Também conhecida como "úvea" e é assim chamada porque é toda
entrecortada de vasos sanguíneos, numa verdadeira trama de pequenos
capilares que envolvem o globo ocular, tornando a câmara posterior um local
escuro, condição importante para uma boa visão. Quando se observa a pupila,
tem-se a impressão de ela ser preta mas é apenas a câmara posterior que é
escurecida pela coróide, dando a falsa impressão da pupila ser preta.

Retina: É a camada que envolve


internamente ¾ do globo ocular e
tem papel importantíssimo na visão.
Ela é composta de milhares de
células sensíveis à luz, conhecidas
como fotossensoras. Estas células
são conhecidas como: Cones
(pertinentes à visão a cores) e
Bastonetes (são os que
proporcionam a visão em preto e
branco e visão noturna).
Imagem 5 – Retina
A retina, na sua área periférica, oferece uma acuidade visual de apenas 1/10
ou 20/200 que é uma visão deficiente, obtida quando se vê somente a maior
letra do quadro de optotipos.

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Fóvea Central: Fica localizada no fundo da


retina, ligeiramente para o lado temporal e seu
tamanho é de 3mm. de largura por 2mm. de altura.
Como se nota é bem pequena e é nela onde há o
encontro focal dos raios paralelos que penetram no
olho. A fóvea é de suma importância para a visão
pois a acuidade visual, nela obtida, e de 10/10 ou
20/20 (um inteiro), ou 100%, ou seja, a visão
normal de uma pessoa emetrope. Fora da fóvea a Imagem 6 – Ponto Cego
acuidade visual vai gradativamente perdendo a eficiência, à medida que a
concentração de cones se vai reduzindo. Basicamente a fóvea é composta de
três cones: um para a cor verde, outro para azul e outro para a vermelha
(sistema RGB em que funcionam todos os dispositivos visuais).

Ponto cego: O ser humano tem um pequeno ponto cego no olho. Fica
localizado no fundo da retina. Está situado ao lado da fóvea e é o ponto que
liga a retina ao nervo óptico. Estranhamente é desprovido de visão. Na figura
ao lado é representado pelo ponto amarelo.

Nervo óptico: É um grupo de fibras nervosas, de


forma tubular, com algumas artérias, que conduz as
imagens captadas pela retina e fóvea, para o córtex
cerebral. O seu ponto de ligação com a retina é o ponto
cego do olho.
Imagem 7 – Nervo Óptico

Esclerótica: Também conhecida como esclera.


É a parte “Branca do Olho " e trata-se de uma
camada que envolve externamente o globo ocular.

Imagem 8 – Esclerótica

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Músculos externos: Também conhecidos como "extrínsecos". Os globos


ocular tem os seus movimentos conduzidos pelos músculos externos. Quatro
destes músculos são chamados de "recto" e são os seguintes: Recto superior
(responsável pela movimentação do
globo para cima), Recto Inferior
(responsável pela movimentação do
globo para baixo), Recto Interno
(responsável pela movimentação do
globo para o lado nasal) e Recto
Externo (responsável pela
movimentação do globo para o lado
temporal). Imagem 9 – Músculos Externos

Outros dois músculos são conhecidos como oblíquos: Oblíquo superior e


Oblíquo inferior, ambos responsáveis pelos movimentos rotativos do olho.

Lágrimas
As lágrimas não são
compostas apenas de água.
Numa gota pode haver mais
e 60 combinações proteicas,
além de minerais e
substâncias bactericidas,
que protegem o olho de
infeções. Quando
pestanejamos, as lágrimas
banham os olhos,
conservando a córnea
húmida. O fluido é drenado Imagem 10 – Sistema lacrimal

pelo canto interno do olho


para um saco lacrimal e daí
para o nariz.

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Exames necessários para o diagnóstico da miopia

Os exames realizados visam fornecer informações aos júris sobre


características dos equipamentos usados em estabelecimentos comerciais de
Ótica e Lentes de Contato, tais como descrição das suas aplicações e outras
informações úteis a ter em conta.

Maquinas utilizadas

Auto-refratometro
Oftalmoscópio
Retinoscópio
Queratômetro
T a b e l a de Optotipos Luminosos
C a i x a de Provas de lentes côncavas, cilíndricas e convexas
Foróptero

Auto-refratometro- O sistema mede uma área


mais ampla da retina ao permitir as medições através
das pequenas pupilas desde 2 mm de diâmetro.
O alvo do anel fora do centro pode cobrir áreas que
podem estar oclusas pela pequena pupila. As
utilidades deste equipamento são: Medições
Refrativas Exatas e Confiáveis e medições de
Espessura da Córnea.

Aparelho utilizado para medir a acuidade visual e


verificar o graduação aproximado do paciente. Não é
necessario fazer dilatacão pupilar para este exame.
Rápido e indolor. Imagem 11 – Auto-Refratometro

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Oftalmoscópio - Instrumento com que se


examina a parte interior do olho.
Descoberto em 1851 Por Hermann Ludwig Van
Helmholtz, é um aparelho que se destina a iluminar o
fundo do olho para exame da retina.
Os oftalmoscópios modernos tal qual o
instrumento em questão, trazem no seu cabeçote Imagem 12 – Oftalmoscópio
uma variedade de lentes esféricas que são
empregadas como Lupa Focalizadora, que é selecionada de acordo com a
distância de exame.
São ainda dotados de um filtro verde, destinado a permitir a observação
do fundo do olho sem os raios vermelhos, evidenciando certas alterações
na retina que não seriam percebidas com luz natural.

Retinoscópio- Instrumento destinado a


verificações de refração ocular objetiva, conhecida
por Esquiascopia, isto é, verificação da graduação
da ametropia e sua classificação através de lentes
de ensaio da Caixa de Prova, conferidas por
medidas específicas com o Projetor de Optotipos
ou com a Tabela de Optotipos. Inventado por
Copeland, é uma evolução da régua de
Esquiascopia e constitui-se de cabo, luva, cabeçote,
Imagem 13- Retinoscopio
lâmpada, lente e espelho.
Esse instrumento, diferente do Oftalmoscópio, aplica-se apenas a
medições da acuidade visual

Queratometro – Esse instrumento (que se assemelha a um microscópio


convencional) destina-se a determinar o raio de curvatura, tanto da face
anterior da córnea, quanto das faces anterior e
posterior das lentes de contato, bem como sua
potência e toricidade (raios de curvatura irregulares)
em qualquer eixo angular (qualquer direção).Em
Contatologia, aplica-se ainda na verificação da
adaptação das lentes de contato, pois permite a
verificação da integridade da superfície córneo-
lacrimal e o acompanhamento das suas possíveis
alterações no decorrer da adaptação. A avaliação
com o Oftalmômetro é que permitirá a escolha do
raio de curvatura da lente de contato a ser adaptada.
Imagem 14 – Queratometro

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Tabela de Optotipos Luminosos – Equipamento composto de uma


tabela de plástico acondicionada em caixa também de plástico ou de
madeira, iluminada a partir de seu interior, Apresenta letras e/ou outros
símbolos gráficos que permitem a avaliação subjetiva da acuidade visual.
Modernamente, essas tabelas são
substituídas pelos Projetores de
Optotipos. Em Ótica, o seu emprego
destina-se a testes preliminares de
acuidade visual, medindo a percentagem
visual em comparação com um olho
emétrope. Em Contatologia, é essencial
no cálculo do valor dióptrico da lente,
pela comparação na escala
Bi-cromatico (cores verde e vermelho)
evidentemente a partir da graduação
prescrita. Imagem 15 – Optotipos

Caixa de Provas – Equipamento que consiste numa caixa onde são


acondicionadas lentes esféricas, cilíndricas positivas e negativas, filtros
coloridos e prismas. Tais lentes, possuem graduação até 3 D incrementos de
0,25 D em 0,25D e acima deste valor utiliza-se em 0,5 D em 0,5 D
Modernamente, tal equipamento é substituído pelo Refrator Eletrônico, ou
Refratômetro de Greens, o qual, embora seja bastante mais prático devido a
rapidez e facilidade com que se faz a troca de lentes corretoras inpedindo a
acomodação do cristalino, possui a desvantagem de acumular lentes,
provocando pequena diferença em força dióptrica devido a influência de
espessura. Além disso, o Refratômetro permanece imóvel, sem proporcionar
ao paciente a oportunidade simular as condições com as quais ele faz maior
uso da visão. A Caixa de Provas, por outro lado, oferece uma refração ocular
bastante artesanal, mas não invalida o resultado final que se torna muito mais
fiel, pois o paciente pode se mover com a “Armação de Provas”, simulando
as suas condições de trabalho, detalhe muito importante no exame de
refração ocular, principalmente no que se refere à visão de perto.
Os exames optométricos destinam-se à aferição da graduação do
paciente, resultando na prescrição e fabrico de lentes oftálmica. Em
Contatologia, permite o cálculo do valor dióptrico da lente, a partir da
graduação prescrita (sobre-refração), sendo também imprescindível na
verificação final das lentes de contato.

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Foróptero eletroativo – serve para medir a prescrição de visão de um


paciente. O foróptero eletroativo inclui uma série de lentes eletroativas
individualmente endereçáveis. As lentes têm um poder óptico tanto positivo
quanto negativo. Quando é aplicado um potencial elétrico através da lente.
Cada lente fornece um poder ótico que é parte de um poder ótico em rede da
série de lentes, quando um paciente visualiza através do foróptero. O poder
ótico do foróptero pode ser ajustado de forma incremental alterando a
distribuição do potencial elétrico através das diferentes lentes da série para
fornecer poder ótico crescente ou decrescente até que o paciente obtenha um
nível desejado de nitidez e tenha sido determinada uma prescrição de visão.

Imagem 16 – Foróptero

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Erro Refrativo Miopico

Distorção caracterizada pela formação da imagem antes da retina.

A miopia é atribuída a problemas no desenvolvimento embrionário ou do


crescimento. Numerosos casos podem ser devidos a herança genética.

Os indivíduos com miopia apresentam baixa acuidade visual para longe e,


para poderem compensar a deficiência, comprimem as pálpebras para
melhorar a imagem desfocada e difusa. A sua visão para perto é geralmente
boa.

Classificação da miopia
 Muito Baixo - Até 1,00D
 Baixa -> 1,25 até 3,00D
 Média -> 3,25 até 6,00D
 Alta -> 6,25 até 9,00D
 Muito Alta -> 9,25D

Diferentes tipos de miopia

 Axial - comprimento do eixo ântero-posterior do olho e maior que o normal.

A miopia axial ocorre se o comprimento do globo ocular é mais do que o


comprimento médio, de cerca de 24 mm. Neste caso, a razão entre o
comprimento do olho (dimensão ântero-posterior) para a altura / largura do olho
(dimensão transversal) é maior que 1,0. Cerca de 1 mm de comprimento
corresponde a - 3,0 D. Existem várias formas de miopia axial:

 Miopia simples (às vezes chamado de miopia escolar), que normalmente


começa na idade 10 – 12 anos, fica normalmente abaixo de - 6 D e
continua a ser bastante estável após a idade de 20 anos. Sem defeitos
estruturais do olho.

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 Miopia progressiva benigna até 12 D, que muitas vezes é estabilizado


por volta dos 30 anos de idade. Provavelmente provocada por defeitos
estruturais bioquímicos do olho, que pode ser diagnosticados.

 Miopia maligna, que não pára de progredir. Pode atingir valores até - 30
D, com graves consequências, que podem levar à cegueira. Defeitos
estruturais bioquímicos do olho que podem ser diagnosticada.

 Miopia patológica, se houver alterações patológicas no olho,


independente do erro de refração.

 Refractiva - há aumento do índice de refração dos meios transparentes

 Patológica, degenerativa e progressiva - causada por distúrbios de


tiróide e por sarampo, podendo provocar o descolamento da retina.

 Conata - o indivíduo já nasce míope.

 Espasmódica, transitória ou pseudomiopia - aparece em indivíduos


emetropes, após leituras prolongadas, ou como resultado de diabetes, do
uso de certos medicamentos, de contusões oculares, etc., e desaparece
após a eliminação das causas (com correcção da taxa de glicose,
suspensão da medicação, diminuição da leitura, etc.).

 Noturna - é quando o olho se ajusta no escuro ou quando há pouca luz, ou


devido à falta de contraste da imagem. À noite a miopia pode atingir
valores de até cerca de - 4,0 D, sendo mais típico com valores à volta de -
1,0 D. Pode ser de especial importância para os jovens condutores. À
noite, numa experiencia com pessoas com idades entre 16 e 25 anos, 38%
tinham miopia noturna de - 0,75 D ou mais, e 4% - 2,50 D ou mais.

 Especial - ocorre quando não há objetos para fixar.

 De curvatura - Aparece associado ao queratocone (na córnea), á


microfacia e ao lenticone (do cristalino).

 Senil - aparece quando há mudança de refração devido à idade avançada


e à flacidez dos tecidos oculares.

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Compensações da miopia
Os tratamentos mais comuns para a miopia são o uso de óculos corretores e
de lentes de contato (que melhoram a amplitude do campo visual do míope) ou,
ainda, a utilização de lentes de contato noturnas, que molda a topografia da
córnea, aplanando-a, assim tirando potência do olho tornando-o praticamente
emetrope.

Lentes oftálmicas
O míope tem no olho uma excessiva convergência do cristalino. Isso leva a
imagem a formar-se antes da retina.

Para corrigir o problema do míope usamos lentes divergentes/ lentes


côncavas.

Lente divergente

Quando um feixe de raios de luz, paralelos ao eixo principal, incide numa


lente divergente, ele emerge divergindo os raios de luz. Prolongando os raios
divergentes, estes se interceptam no ponto F' denominado foco imagem da
lente. O foco objeto F da lente divergente é obtido pelo prolongamento dos
raios incidentes.

Os óculos são um "instrumento" versátil,


prático e económico. O único inconveniente
dos óculos é a limitação imposta para o
exercício de algumas atividades
profissionais e desportivas, além da redução
do campo visual e dos reflexos do indivíduo,
nomeadamente nos casos de miopia
elevada. Quanto mais elevada for a miopia,
mais espessas são as lentes nos bordos e
mais pesadas.

Imagem 17 – Lentes Divergentes

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Lentes nas armações

Quanto maior a dioptria, mais baixas serão as bases externas. Dependendo


da graduação do usuário, é necessário fabricar lentes com curvaturas fora de
padrão para garantir uma montagem segura ou então abrir as hastes da
armação.

Em qualquer uma das opções escolhidas, o usuário corre sério risco de ficar
insatisfeito com o serviço: primeiro pode perder qualidade visual, segundo pode
ficar insatisfeito com o resultado estético em função do ajuste da armação não
corresponder àquele que foi visto na loja, já que os óculos perdem sua
curvatura original, chegando às vezes a ficarem deformados.

Imagem 18 – Lentes nas armações

Obs: exemplo baseado em montagem real, onde o cliente ficou insatisfeito


com o resultado.

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Lentes de contato

Como atuam as lentes de contato:

A córnea está em contato com o meio ambiente, protegida pelas pálpebras


e pelas lágrimas que a cobrem, lubrificam, e protegem quimicamente. A lente
de contato flutua sobre esta camada de lágrima permitindo que a mesma
circule entre a lente e a córnea fornecendo assim a respiração celular
(intercambio de oxigeno com o ar).

Para adaptar uma lente de contato é necessário conhecer perfeitamente a


curvatura da córnea e a ametropia do olho. A curvatura e potência da córnea
determinam-se mediante aparelhos especialmente desenhados para isto com
atrás já mencionei. Com esses dados a lente é solicitada ao fabricante e o
laboratório confecionará a curvatura e potência necessárias.

Ao colocar uma lente perfeitamente esférica sobre uma córnea irregular


(astigmática ou com deformações como no caso do queratocone), a lágrima
que se intercala entre a lente e córnea corrige estas irregularidades. Isto ocorre
principalmente com lentes de contato rígidas. Quando as deformações
corneais são pequenas, podem ser adaptadas as lentes hidrófilas
(gelatinosas). Existem lentes hidrófilas (tóricas) especiais para quem tem
astigmatismo.

A córnea é irregular, e entre esta e a lente de contato está a lágrima que


"regulariza" a superfície corneal. O resultado final é uma lente cuja superfície
anterior corresponde à face anterior da lente de contato, a superfície posterior
é a face posterior da córnea, formada por três elementos distintos que são a
lente, a lágrima e a córnea.

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Ao ter neutralizado a irregularidade corneal, neutraliza-se igualmente o


astigmatismo.

Ao contrário do que
ocorre algumas vezes
com os óculos, usando a
lente de contato como
compensação ótica, a
mesma não ocasiona o
aumento, ou redução da
imagem, já que a lente
está colocada sobre a
córnea.
Imagem 19 – Córnea

No caso da miopia é a diminuição. Uma vez que com a diminuição da


distancia vertex o tamanho da imagem retiniana se mantém igual ao tamanho
da imagem original.

Como a lente acompanha os movimentos oculares, a correcção ótica é


óptima, independentemente da posição. Desta forma pode ser evitado todo o
tipo de aberrações.

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Historial das lentes de contato


Lentes Corneanas

A grande alteração no campo da contatologia só viria em 1947, quando o norte-


americano Kevin Touhy trabalhou com lentes de plástico menores que as
utilizadas ate então, utilizando polimetilmetacrilato. Essas lentes eram do
tamanho da cornea, e o seu desenho foi sendo aperfeiçoado, ao longo dos
anos, por outros pesquisadores, como Butterfield (EUA) e Sohnges
(Alemanha), que introduziu as lentes microcorneanas, ou seja, com um
diâmetro total menor que o da córnea.

Durante os anos 50 e 60, as lentes microcorneanas sofreram alterações que


permitiram melhorar a renovação do filme lacrimal que fica sob a lente. Os
fabricantes, baseados nos conhecimentos mais atualizados sobre o
metabolismo corneano, dedicavam-se a fabricar lentes mais finas (menos
espessura central) e de diâmetro menor.

Nesta época, era corrente a ideia de que a lente de contato não deveria cobrir
mais do que dois terços do diâmetro total da córnea, a fim de não interferir
demasiadamente no metabolismo corneano. Uma vez que a córnea, não sendo
um tecido vascularizado, obtém o oxigénio por contato direto com o ar. Para a
perfeita estabilização, as lentes eram adaptadas com uma curva-base mais
apertada que a curva k.

Lentes de contato hidrofilicas ou hidrofilas

Por volta de 1950, o professor Otto Wichterle, do Instituto de química macro


molecular de Praga, na República Checa, fez varias experiencias com
hidrogeis (solução de consistência gelatinosa) para uso médico, como
implantes de lentes, por exemplo.

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Um dos hidrogeis aprovados foi o hidroxietimetacrilato (HEMA) - que começou


a ser testado também na fabricação de lentes de contato. Enquanto o PMMA
era impermeável à passagem de gases e absorvia somente 1.5% de agua, o
HEMA podia absorver de 30 a 85% de agua, de acordo com seu peso,
tornando-se macio e confortável.

Essa qualidade de liquido permitia a passagem de moléculas de oxigénio até a


córnea, o que supria as suas necessidades metabólicas mais imediatas.

As lentes hidrofilicas (que absorvem bem a água), também chamadas de


gelatinosas, foram-se aperfeiçoando até que o material chegou aos Estados
Unidos. Lá, uma empresa especializada em patentes adquiriu os direitos do
processo de centrifugação na sua fabricação e vendeu-os para a Bausch &
Lomb, como sub-licenças para fabricar lentes de HEMA pelo processo de
torneamento.

A grande diferença entre os dois processos está na centrifugação, que age na


deposição do material: os monómeros, na forma líquida, são injetados num
molde, da quantidade do material injetado e da velocidade de rotação.

No processo de torneamento, o pedaço de HEMA é desbastado e polido


quando ainda está seco. Terminado o processo de manufatura, a lente é limpa
de possíveis resíduos tóxicos, deixados pelos líquidos impregnados no
polimento, e hidratada. Nesse momento a lente absorve o total de agua
previsto, geralmente cerca de 38% para lentes de uso diário e de 55%, ou
mais, para lentes de uso prolongado.

Obs:

Tentou-se fabricar algumas lentes de contato de silicone, que, teoricamente, se


apresentava como um excelente material. A silicone, cuja confecção necessita
do método de prensagem e moldagem, permite a passagem de moléculas de
gases, é macio e confortável. O que inviabilizou o silicone, no campo da
contatologia, foi o facto de repelir a água.

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Algumas dicas sobre Lentes de Contato

A graduação da lente de contato não é a mesma usada nos óculos, as


características da lente são obtidas através da realização de um novo
exame.

É necessário obter a curvatura da córnea, portanto não comprar lentes


em farmácias ou por internet.

Todas as lentes devem ter um movimento ao pestanejar.

O usuário de lentes de contato deve ter sempre uns óculos para ser
utilizado no período em que não estiver a usar a lente. Um não substitui o
outro.

As lentes de uso prolongado não garantem a durabilidade de um ano.


Significa que oferecem maior oxigenação ou transmissibilidade, mas não se
deve dormir com elas.

O uso das lentes de contato em ambientes com ar condicionado pode


secar as lentes.

Quando estiver no computador não esqueça de pestanejar, a maioria


das pessoas fixa o olhar no monitor e esquece que a pestanejo realiza a
renovação do filme lacrimal.

Existe a lágrima artificial, que é própria para ser usada quando se sentir
o olho seco. Não use colírios indevidamente.

As lentes devem ser limpas diariamente.

A desproteinização deve ser realizada semanalmente (quando for


utilizada a pastilha enzimática), ou diariamente junto com a solução própria
para a desinfecção, no estojo em que se acondicionam as lentes.

Torne a limpeza das lentes um hábito diário.

Os produtos especiais, destinados a cada tipo de lente, deverão ser


indicados pelo seu Ótico, Optometrista, Contatólogista.

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Ortoqueratologia
O Tratamento utiliza lentes especiais, permeáveis ao gás, que durante o sono
exercem o Tratamento Refractivo sobre a superfície da córnea, aplanando-a, o
que oferece ao paciente uma visão nítida durante todo o dia pois os raios
luminosos que incidem sobre a mesma vão divergir mais em comparação ao
normal antes do tratamento, diminuindo a potência do olho e compensando a
miopia.
Ao acordar quando se retiram as lentes de
contacto, a córnea que recebeu o
Tratamento Refractivo faz com que os raios
luminosos foquem sobre a retina oferecendo
uma Visão natural para todo o dia.

Imagem 20 – Ortoqueratologia

Iluminação

As novas lentes não são capazes de garantir plena visão se as condições no


ambiente de trabalho conspiram contra a saúde dos olhos. Essa é a
preocupação da ergoftalmologia, área que envolve médicos, oftalmologistas,
psicólogos e até arquitectos.

Salas mal iluminadas ou focos de luz no campo de visão alteram o ritmo de


abertura das pupilas, gerando cansaço e fadiga dos músculos dos olhos. Há
ambientes ainda mais perigosos, principalmente onde existem gases tóxicos
como amoníaco e solventes, que irritam os olhos. Actualmente, a luz azul é a
mais preocupante, presente nas fortes lâmpadas de halogéneo metálico,
utilizadas em supermercados e copiadoras, pode causar degeneração macular.
A doença, comum em idosos, escurece o campo central da visão, levando à
cegueira.

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Como funciona a lente

COMO FUNCIONA A LENTE


As lentes são usadas durante a noite, quando moldam a córnea do míope

1 - Miopia
A imagem forma-se antes da retina. Má visão de
longe

2 - Visão normal
A luz passa pela córnea e forma imagem na retina

Com a lente

O filme de lágrimas que normalmente protege os olhos é usado pela


lente para se apoiar nos olhos e moldar a córnea. A lágrima entra pelas
bordas, acumula-se nas curvas reversas e pressiona a córnea. Com o
olho mais curto, a miopia é corrigida

1 - Por onde entra a lágrima

2 - Lágrima

3 - Lente

Imagem 21 – Funcionamento da lente noturna

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Exemplo:

O estudante Marcelo Resende, de 15 anos, tem 2,5 dioptrias de miopia e


joga pólo aquático. Até descobrir as novas lentes, só identificava o adversário
pela cor da touca. ''Não via ninguém'', confessa o rapaz, que não se adaptou às
lentes convencionais. Há seis meses dispensou os óculos - que ficavam
sempre esquecidos em casa e adoptou a novidade. ''Só me lembro que tenho
miopia quando vou dormir'', comemora.

Estudos que garantem credibilidade à nova tecnologia. A lente utiliza as


lágrimas naturais dos olhos para moldar a córnea, corrigindo a miopia de até
4D - o que representa de 70% a 80% dos casos - e até 1,5D de astigmatismo.
Feita de material permeável, permite que o olho ''respire'' durante o sono.

Como liberta o paciente de utiliza-la durante o dia, é ideal para pessoas que
praticam desportos, não se adaptam à lente tradicional ou não podem fazer a
cirurgia. Mede 11 milímetros de diâmetro e não incomoda porque durante o
sono a pessoa não pestaneja.

A visão perfeita pode surgir logo na primeira manhã após o uso das novas
lentes ou despontar apenas seis meses depois do início do tratamento.
Algumas pessoas, no entanto, jamais alcançam o resultado esperado.

''Por enquanto, é preciso experimentar em cada paciente para ver se


funciona e em quanto tempo ocorre a adaptação'', explica o oftalmologista Nilo
Holzchuh, que conduz o trabalho. Segundo os estudos submetidos à Food and
Drug Administration (FDA) para aprovação do produto nos Estados Unidos, o
tempo de boa visão depois de retiradas as lentes vária de cinco a 60 horas.
Não houve relatos de complicações.

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2 Parte Teórica

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Introdução

O despiste vai proporcionar um aconselhamento personalizado com vista à


prevenção e compensação de defeitos refractivos do foro optométrico e
oftalmológico.
Determinar o número de alunos ao acaso da ESPL que tem ametropias e em
particular miopia.
Proporcionar uma base de dados das ametropias para análise prática dos
resultados.
Este rastreio não substitui o papel que o oftalmologista/optometrista tem.

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DADOS
Nº OD / OE OD / OE Tipo de compensação OD / OE
1 -0.25-2.50 5 / -0.25-2.50 0 90 / 90 Óculos -2.00 180 / -2.00 180
2 -0.50-1.25 170 / -1.00 100 / 90 Óculos
3 0.00-0.75 5 / +0.25-0.75 5 100 / 100 Nada
4 +1.50-0.50 175 / +1.00 90 / 50 Óculos 0.00-0.25 175 / 0.00-0.25 170
5 +0.25-0.75 25 / -14.75-3.00 10 90 / 60 Nada
6 -1.25 / -0.75-0.25 5 80 / 80 Nada
7 0.00 / 0.00 70 / 90 Nada
8 -1.50 / -1.00 90 / 90 Nada
9 -0.25 20 / +0.25-0.25 40 90 / 90 Nada
10 -0.75 / -1.00-0.25 65 70 / 80 Óculos
11 -1.50-0.25 20 / -1.25-0.25 170 90 / 90 Óculos
12 -1.50-0.25 20 / -1.25-0.25 170 90 / 90 Óculos -0.75 / -0.50
13 -0.25 180 / -0.25-0.25 55 80 / 90 Utiliza LC
14 +0.25 / +0.25-0.75 75 100 / 100 Óculos
15 -0.50-0.25 5 / +0.50-0.50 35 90 / 80 Óculos
16 -2.00-0.50 120 / -2.50-0.75 30 90 / 100 Óculos
17 -0.50 / 0.00-0.75 5 90 / 100 Óculos
18 +0.50-0.50 25 / +0.50-0.75 20 100 / 90 Nada
19 -0.75 / -1.00-0.25 65 70 / 80 Nada
20 -0.25-0.25 130 / -0.25 100 / 100 Nada
21 -0.25-0.25 165 / +0.25-0.75 25 90 / 90 Nada
22 -3.00-2.25 10 / -2.50-3.00 180 90 / 70 -3.75-3.00 10 / -3.00-2.75 180
23 -4.00-0.75 175 / -4.25-0.75 90 100 / 90 LC -3.75-1.25 0 / -4.50-0.50 90
24 -0.25-0.50 10 / -0.50 80 / 80 Nada
25 -0.25-0.25 120 /0.00 -0.50 90 90 / 80 Nada
26 +0.25-0.25 0 / +0.25-0.25 50 90 / 90 Nada
27 +0.25-0.50 150 / +0.25-0.75 35 90 / 90 Nada
28 -0.75-0.25 90 / -0.75-0.50 85 100 / 80 Nada
29 0.00 / -0.25-0.25 25 100 / 90 Nada
30 -0.75-0.50 170 / -0.50-1.00 20 90 / 90 Com LC
31 -0.75-0.50 170 / -1.00-0.25 70 90 / 100 Nada
32 0.00 /0.00 -0.25 10 90 / 100 Nada
33 -0.25-0.50 100 / -0.50-0.50 50 90 / 100 Nada
34 0.00-0.50 110 / +0.25-1.25 80 90 / 90 Nada
35 -0.50-0.50 50 / -1.00 90 / 100 Nada
36 -0.50-0.25 175 / -0.25-0.50 35 90 / 90 Nada
37 -0.50 25 / +0.50-0.25 130 100 / 90 Nada
38 -0.50-0.50 175 / -0.25 90 / 100 LC -1.50 / -1.50
39 -0.75-0.75 165 / -0.25-1.00 5 80 / 90 Nada
40 +0.50 / 0.00 100 / 90 Nada
41 +0.25-0.50 180 / +0.25-0.75 0 90 / 90 Nada

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OD OE
39 -0.75-0.75 165 -0.25-1.00 5
31 -0.75-0.50 170 -1.00-0.25 70
Obs: Só foram considerados as graduações
30 -0.75-0.50 170 -0.50-1.00 20 míopes.
38 -0.50-0.50 175 -0.25
36 -0.50-0.25 175 -0.25-0.50 35
23 -4.00-0.75 175 -4.25-0.75 90 Classificação da miopia OD OE
2 -0.50-1.25 170 -1.00 Muito Baixa: de -0,25 até -1,00 18 18
21 -0.25-0.25 165 +0.25-0.75 25 Baixa: de -1,25 até -3,00 6 4
13 0.00-0.25 180 -0.25-0.25 55 Média: de -3,25 até -6,00 1 1
28 -0.75-0.25 90 -0.75-0.50 85 Alta: de -6,25 até -9,00 0 0
20 -0.25-0.25 130 -0.25 Muito Alta: a partir de -9,25 0 1
33 -0.25-0.50 100 -0.50-0.50 50
25 -0.25-0.25 120 0.00 -0.50 90
16 -2.00-0.50 120 -2.50-0.75 30
35 -0.50-0.50 50 -1.00
12 -1.50-0.25 20 -1.25-0.25 170
11 -1.50-0.25 20 -1.25-0.25 170
24 -0.25-0.50 10 -0.50
15 -0.50-0.25 5 +0.50-0.50 35
1 -0.25-2.50 5 -0.25-2.50 0
19 -0.75 -1.00-0.25 65
10 -0.75 -1.00-0.25 65
17 -0.50 0.00-0.75 5
8 -1.50 -1.00
22 -3.00-2.25 10 -2.50-3.00 180
6 -1.25 -0.75-0.25 5
29 0.00 -0.25-0.25 25
5 +0.25-0.75 25 -14.75-3.00 10

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Percentagem de certeza

OD OE
Media 90% 88.53659
Mínimo e máximo 70% à 100% 50% à 100%

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Algumas conclusões tiradas com a recolha de dados.

Rastreio realizado a 41 pessoas voluntarias.

A margem de acerto que o Auto-Refratometro assume é em media é de 90%


para o olho direito e de 88.53% para o olho esquerdo.

Relativamente a classificação da miopia e os dados recolhidos pode-se


identificar que: para o olho direito, houve 18 casos muitos baixos, 6 casos
baixos e 1 caso médio de miopia. Para o olho esquerdo, registou-se 18 casos
muitos baixos, 4 casos baixos, 1 caso médio e 1 caso muito alto de miopia.

Das 41 pessoas rastreadas, cerca de 15 utiliza algum tipo de compensação


ocular.

Quatro pessoas que utilizam lentes de contato e 11 que utilizam óculos.

Todos os casos de hipermetropia não foram Considerados.

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Conclusão Final
Concluo que, com este trabalho, a grande maioria das pessoas necessitam de
compensações oculares, mas nem todas as pessoas conhecem os seus
defeitos refrativos. Pois cada pessoa necessita de fazer um exame à visão
mesmo sem sintomas aparentes ou casos familiares.

Este trabalho serve para orientar e dar uma noção global das formas mais
comuns de como compensar a miopia e das partes do olho que mais
influenciam na nossa visão.

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GLOSSÁRIO

No contexto dos exames e com o objetivo único de auxiliar na


compreensão, entendem os peritos a necessidade das seguintes definições:

Acomodação – Regulação automática do foco do olho, pelo cristalino,


que se torna mais espesso ou mais fino, graças aos músculos que o
repuxam, sob o comando do sistema nervoso autónomo.
Ametropia – Distúrbio dos poderes de refração do olho, que produz
Hipermetropia, Miopia ou Astigmatismo (a=contra; metro=medida;
pia=visão).
Astigmatismo – Deformação da córnea, provocando um desvio de
imagem.
Correção: uso de lentes cilíndricas, por não serem as imagens
recebidas pela retina no formato adequado.
Ambliopia – Imprecisão de visão sem lesão orgânica perceptível do
olho.
Dioptria – Medida de convergência de uma lente, igual ao inverso da
distância focal, expressa em metros.
Dióptrica – Parte da física que estuda a refração da luz
Dioptro – Toda superfície que separa dois meios de densidades diferentes.
Emetropia – Olho com visão normal, isto é, possui o foco-objeto no
mínimo, com o foco imagem na retina, sem qualquer esforço de
acomodação.
Específico – Relativo à, ou próprio de espécie, exclusivo, especial.
Exclusivo – Que exclui, põe a margem ou elimina, privativo, restrito.
Hipermetropia (ou “olho-curto” ou hiperopia) – Defeito da visão onde
as imagens se formam depois da retina. Caracteriza-se pela falta de visão de
perto. Correção: Uso de lentes convergentes, que aproximam as imagens
para junto da retina.
Miopia (ou “olho longo”) - Defeito da visão onde as imagens se formam
antes da retina.(do grego, mio=comprido; ops=visão, ou seja, olho comprido
em relação ao foco visual). Caracteriza-se pela visão curta, ou seja o míope
só enxerga de perto. Correção: Uso de lentes divergentes, que afastam as
imagens fazendo-as coincidir com a retina.
Oftalmologia – Ramo da medicina que estuda os olhos e suas doenças.
Oftalmoratia – Qualquer doença ocular.
Optometria – Medida da acuidade visual ou medida da refração ocular.
Optometrista – Especialista em optometria
Presbiopia (ou Presbiopsia) – Vista cansada. Na Presbiopia o indivíduo
também não possui visão de perto, mas, neste caso é decorrente da
diminuição de amplitude de acomodação, isto é, o cristalino não possui
suficiente acomodação para focalizar na visão de perto. A perda de
acomodação, embora tenha início a partir do nascimento, e se faz sentir por

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volta dos 40 anos, podendo se apresentar precoce se o indivíduo já for


hipermétrope, ou se retarda, se for míope.
Privativo – Que exprime privação, peculiar, próprio, particular.
Refração – Modificação da forma ou da direção de uma onda que,
passando através de uma interface que separa dois meios (dióptro),
tem, em cada um deles diferentes velocidades de propagação.
Refração Ocular – O exame de refração ocular pode ser objetivo ou
subjetivo. O exame de refração ocular objetivo é conhecido por
Retinoscopia de faixa ou Esquiascopia (do grego skios=sombra;
skopein=ver), isto é, a medição da refração através de instrumentos
adequados, enquanto, na refração subjetiva, o indivíduo é quem acusa
sua melhor condição de acuidade visual.
Refratar – Quebrar ou desviar a direção.

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Anexos

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Autorização

Eu__________________________________ encarregado (a) de educação do


aluno(a) ___________________________________ Nº___ turma____,
Autorizo/não autorizo a comparência de meu educando (a) ao rastreio visual
que se realizará no dia____________ com carácter informativo para despistes
refrativos no âmbito da realização de uma parte prática para um projeto final do
curso profissional.

Encarregado de educação

____________________

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Requerimento

Ao cuidado da diretora da Escola Secundaria do Padrão da Légua, Professora Isabel


Morgado

Venho por este mês requerer a utilização do espaço escolar para a realização de um
rastreio visual com o objetivo de conclusão da parte prática da Provo de Aptidão
Profissional (PAP) do aluno Evandro Magno P. S. Gabriel nº7 do 3º ano do Curso
Técnico de Ótica Ocular.

Para este fim o orientador professor Miguel Ângelo, com a concordância da escola,
disponibiliza a trazer todos os equipamentos necessários para a realização da
atividade.

Pede deferimento.

Aluno:

Professor orientador:

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Bibliografia
Internet
http://www.prof2000.pt/users/isabelf/correc.htm (correcções)

http://www.miopia.com.br/ (geral)

http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDG67925-6014,00.html (Lentes
noturnas)

http://www.croosp.org.br/work/profissional/index2.html (lentes de contato)

http://www.guiaoptico.com.br/noticias/lcontato.asp (lentes de contato)

http://translate.google.com/translate?hl=pt-
BR&langpair=en|pt&u=http://www.agingeye.net/myopia/1.4.php (tipos de miopia)

http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/tipos-de-lentes/tipos-de-lentes-2.php (lentes
oftálmicas)

http://www.mediphacos.com/br/img/catalogos/MediconXTRA.pdf (lentes de contato)

http://sadato.hypermart.net/weblog/regenerando_o_nervo_optico.html/05/2006 (nervo
ótico)

http://www.zonaoptica.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=90&Itemid=
90 (ortoquerotologia)

http://www.if.ufrgs.br/tex/fis01183/applets/DivergingLenses.html (lentes oftálmicas)

www.estig.ipbeja.pt/~fmc/Docs/lentes.doc (Lentes oftálmicas)

http://www.sofisica.com.br/conteudos/Otica/Lentesesfericas/divergentes.php (lentes
oftálmicas)

Livro
Fernando Dome, Estevão. Estudo do olho humano aplicado a optometria 3ª
edição, senac São Paulo

Senac, Lentes – Oficio e benefícios, senac nacional.Brasil

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