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Em A Lgica da Criao Literria, Kte Hamburger pretende demonstrar de que

maneira a tenso conceitual entre criao literria e realidade pode apresentar uma
lgica, padres que se repetem e estruturam a linguagem literria, pretendendo, em
suma, atribuir uma lgica ou um sistema lgico para a literatura. Partindo do
pressuposto de que todo enunciado um enunciado de realidade (p. 29), a autora
comea seu estudo dividindo os tipos de sujeito-de-enunciao e os objetos-de-
enunciao, a meu ver, como forma de estabelecer a marca da subjetividade do
enunciador, do que fala, daquele que enuncia, numa tentativa de pontuar a medida da
relao entre o enunciado e o sujeito-de-enunciao: qual o grau de subjetividade do
enunciado e, necessariamente, de que maneira pode se dar sua relao com o mundo, o
tempo histrico ou a individualidade daquele que enuncia. Disto, tem-se uma teoria que
tenta demonstrar que possvel descrever a estrutura da linguagem de maneira
completa e exata somente com o que o fundamento de toda nossa vida pensada e
falada: a estrutura sujeito-objeto (p. 20).
A preferncia pelo termo enunciado deriva da denominao recorrente dentro
da Teoria da Linguagem: uma expresso, um smbolo compreendido materialmente e
no aquilo que este smbolo representa, pois, se se quer reconhecer os critrios da
linguagem potica comparando-a com a no potica, importante que se estabelea um
exame apurado do que distingue a ltima da linguagem potica, que cria a literatura (p.
14). Hamburger tambm cita que seu mtodo deriva de uma espcie de fenomenologia
goethiana que, antes de aproximar-se de Husserl ou Hegel, busca aquilo que era caro ao
aforismo do autor de Werther, Wilhelm Meister e Fausto: uma busca atrs dos
fenmenos apenas no sentido de encontrar aquilo que neles j est contido, o de serem
eles mesmos a prpria teoria.
Aristteles tambm rege as primeiras elucidaes de Hamburger acerca de sua
teoria que, mais frente, ser desdobrada nas diferenas de criao literria a partir dos
diferentes gneros literrios, formas que invariavelmente fixam padres dentro da
criao literria, baseando-se e contestando a diviso estabelecida na Potica. Nesta,
Aristteles prega que o poeta deve falar o menos possvel por si, pois se isto muito o
faz, no mimetes.
Os sujeitos-de-enunciao so divididos pela autora em trs tipos:
A afirmao de Hegel que atravessa a obra serve para

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