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ISBN 978-85-60263-33-2

978856 0263332
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ISSN 1678-6831

DIREITO CANÔNICO
CADERNOS DE

Ano 4 Nº. 2 Jul / Dez 2006

Brasília/DF agosto de 2008


SACRAMENTOS
CANÔNICO
O DIREITO

em cartas
Dom Lelis Lara, C.SsR.
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C122 Cadernos de Direito Canônico / Dom Lelis Lara. – v. 4, n. 2 (Jul / Dez. 2006).
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Brasília. Edições CNBB, 2008.


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56p. : 15 x 21 cm
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Semestral
ISSN 1678-6831
ISBN 978-85-60263-33-2

1. Direito Canônico – Sacramentos.


CDU 348(05)

Cadernos de Direito Canônico


Sacramentos
Dom Lelis Lara
Publicação que condensa os diversos temas do Direito Canônico, refletidos em
forma de cartas escritas pelo Bispo Dom Lelis Lara, CSsR. Destina-se aos sacer-
dotes, seminaristas, religiosos e aos leigos engajados no serviço da Igreja.

Coordenação Editorial
Pe. Valdeir dos Santos Goulart
Capa
Henrique Billygran da Silva Santos
Diagramação
Henrique Billygran da Silva Santos
Projeto Gráfico
Edições CNBB
Edição
Edições CNBB - Tel.: (61) 2103-8383 / Fax: (61) 3322-3130
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Correspondência com o autor
Email: dlara@unilestemg.br - Tel.: (31) 3841-3298 / 3841-2312
SUMÁRIO
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APRESENTAÇÃO 5
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PRIMEIRA CARTA
CONSIDERAÇÕES INTRODUTÓRIAS 7
SEGUNDA CARTA
OS SACRAMENTOS DA IGREJA 11
TERCEIRA CARTA
CRISTO SACRAMENTO DE DEUS 13
QUARTA CARTA
OS SACRAMENTOS DA INICIAÇÃO 15
QUINTA CARTA
O SACRAMENTO DO BATISMO 17
SEXTA CARTA
O SACRAMENTO DA CONFIRMAÇÃO 23
SÉTIMA CARTA
O SACRAMENTO DA EUCARISTIA 27
OITAVA CARTA
O DIA DO SENHOR 33
NONA CARTA
O SACRAMENTO DA PENITÊNCIA 35
DÉCIMA PRIMEIRA CARTA
O SACRAMENTO DA ORDEM 43
DÉCIMA SEGUNDA CARTA
O SACRAMENTO DO MATRIMÔNIO 49
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APRESENTAÇÃO

A Igreja desempenha o seu múnus, isto é, o seu dever, de


santificar, de modo especial, por meio da sagrada Liturgia, que é
tida como exercício do sacerdócio de Jesus Cristo, na qual, por
meio de sinais sensíveis, é significado e, segundo o modo próprio
de cada um, é realizada a santificação dos homens, e é exercido
plenamente pelo Corpo místico de Jesus Cristo, isto é, pela Cabe-
ça e pelos membros, o culto público da Igreja (cf. Sacrosanctum
Concilium, n.7, cânon 834 § 1).
Os Sacramentos, principalmente a santíssima Eucaristia,
são a principal manifestação do Culto divino. É por isso que
resolvi abordar neste sétimo Caderno de Direito Canônico os Sa-
cramentos, na esperança de estar prestando um modesto, porém,
importante serviço aos ministros do Culto divino, como também
aos demais fiéis.
Espero que, pela ação do Espírito Santo, consiga o meu
objetivo.

Dom Lelis Lara, C.Ss.R.

• 5 •
TERCEIRA CARTA
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CRISTO SACRAMENTO DE DEUS


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Coronel Fabriciano, 10 de agosto de 2006.


Caro amigo Pe. Teófilo,

Volto à sua presença continuando nosso estudo sobre os


Sacramentos da Igreja. Cristo é o grande sacramento de Deus,
isto é, a presença de Deus encarnado na Igreja.
“A Palavra se fez carne e habitou entre nós; e nós vimos
a sua glória, glória que ele tem junto ao Pai como Filho único,
cheio de graça e de verdade” (Jo, 1,14). N a pessoa de Jesus, o
Filho eterno que se fez homem, a glória de Deus tornou-se visível
para nós: “O que era desde o princípio,...” (1Jo 1,1-3).
N ele, o mundo de Deus e o mundo dos homens se encontram
sem divisão ou separação, mas também sem confusão e alteração.
Por isso, Jesus Cristo é, por excelência, o lugar de encontro com
Deus, o sacramento original, que expressa e realiza, da maneira
mais sublime, a aliança dos homens com o Pai. “N ão existe de
fato, outro sacramento de Deus a não ser Cristo” (Santo Agosti-
nho, Cartas 187,34).
De outro lado, escreve Bruno Forte, “a palavra feita car-
ne introduz, enquanto verdadeiro homem, dentro do mais íntimo
mistério da divindade, a realidade de todo o mundo dos homens:
graças à sua natureza humana, Cristo Jesus é o sacramento do
mundo, aquele através do qual o êxodo da natureza humana atinge
o íntimo do eterno, não apenas na duração provisória do tempo
presente, mas também como antecipação e penhor da glória futu-
ra”. Cf. 1Cor 15,23s. 28). “Sacramento de Deus e sacramento do
homem, Cristo é, em si próprio, a aliança de dois mundos, Aquele
em que o céu e a terra se encontraram” (Bruno Forte).

• 13 •
QUINTA CARTA
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O SACRAMENTO DO BATISMO
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Coronel Fabriciano, 10 de setembro de 2006.


Prezado Pe. Teófilo,

Com esta carta inicio o nosso estudo sobre cada um dos


sacramentos da Igreja, seguindo a ordem do Código de Direito Ca-
nônico. Comecemos, então, pelo Batismo. Cito como referências:
Mt 28,19 s., CATECISMO CATÓLICO (C.C), n. 1213 – 1284 e o
CÓDIGO DE DIREITO CAN ÔN ICO, CÂN . 849 – 878.
“O santo batismo é o fundamento de toda a vida cristã,
o pórtico da vida no Espírito (“vitae spiritualis ianua”) e a
porta que abre o acesso aos demais sacramentos. Pelo batis-
mo somos libertados do pecado e regenerados como filhos de
Deus, tornando-nos membros de Cristo e somos incorporados
à Igreja e feitos participantes de sua missão” (C.C n. 1213).
Cf. Cân. 204, § 1.
“O batismo com água em nome da Santíssima Trindade é
o ato desejado pelo Senhor para dar início à vida da nova cria-
tura naqueles que abriram sua alma para a palavra da vida”.
(Bruno Forte, o.c., p 41)
“Ou não sabeis que todos os que fomos batizados em
Cristo Jesus, é na sua morte que fomos batizados? Portanto,
pelo batismo nós fomos sepultados com ele na morte, para que,
como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos por meio da glória
do Pai, assim também nós possamos caminhar numa vida nova”
(Rm 6,3-4).
O rito central da celebração deste sacramento é que lhe
confere o nome “batismo”, do grego “batizein”, que significa
“mergulhar”, “imergir”. Este “mergulho” se faz em nome do Pai

• 17 •
SEXTA CARTA
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O SACRAMENTO DA CONFIRMAÇÃO
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Coronel Fabriciano, 30 de setembro de 2006


Prezado Pe. Teófilo,

Você está bem? Feliz no ministério? Rogo a Deus por você,


para que não esmoreça no insano trabalho da construção de um
mundo novo.
Vamos continuar nosso estudo sobre os sacramentos. Hoje
vamos abordar o Sacramento da Confirmação ou Crisma. Indico
referências bíblicas:
At 8,12.14-17; 19,1-7
E fontes de legislação: Cânones 879-896.- CATEC. CAT. n.
1285 e ss.
A característica do batismo é que, por ele, a pessoa é
consagrada a Deus e assim se entrega ternamente como filho ao
Pai. É nova criatura. Pela crisma a pessoa batizada é convidada
a se tornar plenamente aquilo que é e a testemunhar aos outros
com firme convicção sua condição de nova criatura em que foi
transformada.
“Se o batismo plasmou o fiel segundo a imagem de Je-
sus Cristo, tornando-o participante do seu ministério pascal, a
confirmação o torna plenamente testemunha do Senhor Jesus,
ativando nele um novo comportamento em união ao Crucificado
Ressuscitado. Finalmente, se o batismo cumulou o fiel dos dons
do Espírito Santo e o incorporou à Igreja, a confirmação, graças
à concessão especial do Espírito que através dela se efetua, o
impele a fazer com que os carismas recebidos tenham como fruto
o serviço ao próximo e o tornem plenamente unido à Igreja inteira
pela sua consagração e missão. O fato de o Bispo, sinal e servo
da união da Igreja, ser o ministro ordinário da confirmação vem

• 23 •
SÉTIMA CARTA
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O SACRAMENTO DA EUCARISTIA
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Coronel Fabriciano, 10 de outubro de 2006


Pe. Teófilo,

N esta carta quero abordar com imensa satisfação o Sa-


cramento da Eucaristia. Inicialmente, indico os textos bíblicos e
outros, que são referência para o nosso estudo:
Mc 14,22-25 e paralelos
1Cor 11,23-26
CAT CATÓLICO, n. 1322-1419
CÓDIGO DE DIREITO CAN ÔN ICO, cân. 897 – 958
“A santa Eucaristia conclui a iniciação cristã. Os que
foram elevados à dignidade do sacerdócio régio pelo batismo e
configurados mais profundamente a Cristo pela confirmação, estes,
por meio da Eucaristia, participam com toda a comunidade do
próprio sacrifício do Senhor” (Cat. Cat. N . 1322).
Ensina o Concílio Vaticano II: “N a última ceia, na noite em
que foi entregue, nosso Salvador instituiu o sacrifício Eucarístico
de seu Corpo e Sangue. Por ele, perpetua pelos séculos, até que
volte, o sacrifício da cruz, confiando destarte à Igreja, sua dileta
esposa, o memorial da sua morte e ressurreição: sacramento do
amor, sinal da unidade, vínculo da caridade, banquete pascal em
que Cristo é recebido como alimento, o espírito é cumulado de
graça e nos é dado o penhor da glória futura” (Sacrosanctum
Concilium, n 47).
A Eucaristia é a culminância e a fonte de toda a vida da
Igreja. Todos os sacramentos vão dar na celebração eucarística e
vivem dela. “A celebração eucarística é a ação do próprio Cristo
e da Igreja, na qual, pelo ministério do sacerdote, o Cristo Senhor,

• 27 •
este banquete antecipa a festa do teu Reino (...)”.
“N ós te damos graças, Senhor do céu e da terra, porque

Dom Bruno Forte


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1. Diferença essencial entre o sacerdócio comum dos fi-
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éis (que tem sua origem no batismo) e o sacerdócio


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2. Possibilidade de se conferir o sacramento da ordem


a mulheres. Esta questão foi fechada pelo Papa João
Paulo II (cânon 1024).
3. Relação entre o sacerdócio e o celibato: A tradição
da Igreja fala da suma conveniência do sacerdócio
celibatário, a exemplo de Cristo. N o princípio da
Igreja (até ao séc. IV) não era assim. E na Igreja Ca-
tólica oriental existe o sacerdócio celibatário e o não
celibatário.
Pe. Teófilo, quero referir aqui alguns pontos práticos mais
importantes estabelecidos pelo Código de Direito Canônico. Os
candidatos ao presbiterado ou ao diaconado sejam ordenados
pelo Bispo próprio ou com legítimas cartas dimissórias suas. O
Bispo próprio, não impedido por justa causa, ordene pessoalmente
seus súditos; sem indulto apostólico, porém, não pode ordenar um
súdito de rito oriental. Quem pode dar cartas dimissórias para a
recepção das ordens pode também conferir pessoalmente essas
ordens, se tiver o caráter episcopal (Cânon 1015).
Cartas ou letras dimissórias são documentos em que o Bispo
ou o superior próprio de um candidato à ordenação pede a outro
Bispo que confira esse Sacramento.
As cartas dimissórias podem ser limitadas ou revogadas
por quem as concedeu ou por seu sucessor; mas, uma vez conce-
didas, não caducam com a cessação do direito de quem concedeu
(cânon 1023).
N ão se confira o presbiterado a quem não tenha comple-
tado vinte e cinco anos de idade e não possua maturidade sufi-
ciente, observando-se o intervalo de ao menos seis meses entre o
diaconado e o presbiterado. Os que se destinam ao presbiterado

• 45 •
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DIREITO CANÔNICO

O DIREITO PENAL
Ano 5 Nº. 1 Jan. / Jun. 2007
CADERNOS DE

Brasília/DF junho de 2010


CANÔNICO
O DIREITO

em cartas
Dom Lelis Lara, C.SsR.
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L318d Cadernos de Direito Canônico / Dom Lelis Lara. O Direito Penal – v. 5, n. 1
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada

(Jan / Jun 2007). Brasília. Edições CNBB, 2010.


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40p.: 15 x 21 cm
em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do autor - CNBB.

Semestral
ISSN 1678-6831
ISBN 978-85-7972-038-3

1. Direito Canônico, Igreja Católica


2. Direito Penal, Delitos
CDU 348(05)

Cadernos de Direito Canônico


O Direito Penal
Dom Lelis Lara
Publicação que condensa os diversos temas do Direito Canônico, refletidos em
forma de cartas escritas pelo Bispo Dom Lelis Lara, CSsR. Destina-se aos sacer-
dotes, seminaristas, religiosos e aos leigos engajados no serviço da Igreja.

Coordenação Editorial
Pe. Valdeir dos Santos Goulart
Capa e Diagramação
Henrique Billygran da Silva Santos
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APRESENTAÇÃO 5
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PRIMEIRA CARTA
DIREITO NATIVO E PRÓPRIO DA IGREJA
DE PUNIR OS FIÉIS DELINQUENTES 7
SEGUNDA CARTA
PENAS MEDICINAIS OU CENSURAS – EXCOMUNHÃO
INTERDITO – SUSPENSÃO 9
TERCEIRA CARTA
PENAS EXPIATÓRIAS 13
QUARTA CARTA
APLICAÇÃO DA PENA (I) 15
QUINTA CARTA
APLICAÇÃO DA PENA (II) 17
SEXTA CARTA
IMPUTABILIDADE DO DELITO E CIRCUNSTÂNCIAS
QUE AFETAM A IMPUTABILIDADE 21
SÉTIMA CARTA
TENTATIVA DE DELITO E CONCURSO NO DELITO 25
OITAVA CARTA
CESSAÇÃO DA PENA 29
NONA CARTA
PENAS PARA CADA DELITO 33
Exulta, meu coração, porque o Senhor
justo é misericordioso
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APRESENTAÇÃO

Este oitavo Caderno de Direito Canônico em cartas trata


de um tema muito importante do Direito Canônico: o Direito
Penal.
É um tratado infelizmente mal entendido e muitas vezes
mal aplicado.
O assunto é tratado no livro VI do Código de Direito
Canônico, que traz como título: “Das sanções na Igreja”.
Os princípios gerais que dão a estrutura e o conteúdo do
Direito Penal da Igreja, correspondem ao espírito do Concílio
Vaticano II. Dentre esses princípios destacamos: o foro externo é
o foro próprio do Direito Penal; pelo que, todo o Direito Penal se
desenvolve no foro externo; em seguida, sempre se há de respeitar
a dignidade da pessoa humana e, portanto, a defesa dos direitos; a
misericórdia terá um lugar primordial, fazendo com que a pena não
seja obstáculo, ao contrário colabore na consecução dos objetivos
pastorais. Por isso, a instância penal deve ser o último recurso a
utilizar, depois de se ter esgotado todos os instrumentos possíveis,
dentro das vias pastoral e jurídica, “para reparar o escândalo,
restituir a justiça e emendar o réu” (Cânon 1341).
Espero que o conteúdo deste opúsculo contribua para que o
Direito Penal cumpra adequadamente a sua função na Igreja, que
é de reparar o escândalo, restituir a justiça e emendar o réu.

Dom Lelis Lara, CSsr.


Coronel Fabriciano, 1 de janeiro de 2007

• 5 •
SEGUNDA CARTA
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada

PENAS MEDICINAIS OU CENSURAS – EXCOMUNHÃO


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INTERDITO – SUSPENSÃO
em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do autor - CNBB.

Coronel Fabriciano, 10 de janeiro de 2007.


Prezado Pe. Teófilo,

Na carta anterior eu lhe escrevi sobre o direito nativo e


próprio, que a Igreja tem, de punir com sanções penais os fiéis
delinquentes.
Quais são essas sanções penais?
São as penas medicinais ou censuras, mencionadas nos
cânones 1331 a 1333, e as penas expiatórias, mencionadas no
cânon 1336.
Pode-se definir a pena como “privação de um bem espi-
ritual ou temporal, ou a imposição de uma obrigação, destinada
à correção ou à expiação do delinquente, ou ainda para prevenir
delitos” (cânon 1312, §1 e 2).
Além de penas, Pe. Teófilo, existem no Direito Penal remé-
dios penais e penitências; os remédios penais são principalmente
para prevenir delitos, e as penitências para substituir ou aumentar
a pena.
Penas medicinais são as que visam, em primeiro lugar, a
correção do delinquente; por isso, cessam logo que se comprova
o arrependimento do delinquente. Expiatórias são as que visam
prevalentemente restabelecer a ordem social e dar um exemplo à
sociedade.
As penas medicinais ou censuras são: a excomunhão, o
interdito e a suspensão.
A excomunhão é a pena mais grave. Justamente por causa dos
efeitos graves que resultam, o legislador só deve cominar censuras,

• 9 •
do c. 1331, §1,2° (cf. c. 882-884;966;1108). Deve intervir um ato
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada

de revogação por parte da autoridade competente ou a perda do


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ofício pelo qual a pessoa tem a faculdade, levando em consideração


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o c. 109 para a faculdade de assistir ao matrimônio e do c. 974


para a faculdade de ouvir as confissões.

Interdito

Embora seja uma censura grave, o interdito é mais leve


que a excomunhão, pois não exclui da comunhão eclesiástica.
Também o interdito é censura indivisível, isto é, os seus efeitos, que
consistem na privação de alguns bens espirituais e na limitação
do exercício de direitos (c. 1332), não podem ser separados, mas
se acumulam. Quem é interditado fica sujeito às proibições men-
cionadas no c. 1331, §1, 1°, 2°; se o interdito tiver sido declarado
ou infligido, deve-se observar o c. 1331, §2, 1°.

Suspensão

É uma censura que se refere só aos clérigos. Não é censura


indivisível, portanto os efeitos podem ser separados. A suspensão,
segundo o c. 1333, §1, proíbe:
1) todos ou alguns atos do poder de ordem, evidente-
mente só para a liceidade (cf. c. 1338. §2);
2) todos ou alguns atos do poder de governo, para a li-
ceidade, mas na lei ou no preceito pode ser estabele-
cida a invalidade dos atos de governo, se houver uma
sentença de condenação ou a declaração da pena
(c. 1333, §2);

• 11 •
TERCEIRA CARTA
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PENAS EXPIATÓRIAS
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Coronel Fabriciano, 5 de fevereiro de 2007


Caro companheiro Pe. Teófilo,

Depois que lhe expus, na última carta, questões referentes


às penas medicinais ou censuras, quero continuar o assunto, abor-
dando primeiro a noção de penas expiatórias, isto é, aquelas que
se destinam imediatamente à expiação do delito e, enquanto não
privam de bens espirituais indispensáveis para a salvação, podem
ser aplicadas perpetuamente ou então por um tempo determinado
ou indeterminado, mesmo que o réu tenha se arrependido (cânon
1336, §1). A lista das penas expiatórias, dada no cânon 1336, §1,
não é taxativa, pois a lei universal ou particular pode estabelecer
também outras.
As penas expiatórias são aplicadas segundo o que pres-
crevem os cânones 1336, §2, 1337 e 1338, § 1 e 3. Não se pode
dar privação do poder de ordem, mas só proibição de exercê-lo
em todo ou em parte. Não se pode privar de graus acadêmicos
(cânon 1338, §2).
Ao contrário, pode-se ser privados do poder de jurisdição,
de ofício, de encargo, de um direito, de um privilégio, de uma fa-
culdade, de uma graça, de um título, de uma insígnia, mesmo que
seja simplesmente honorífica (cânon 1336, §1 e 2°).
Prezado Pe. Teófilo, estas são as penas previstas e estabe-
lecidas no Direito Canônico, de duas espécies, penas medicinais
ou censuras e penas expiatórias.
Além das penas no sentido estrito, o Código, no cânon
1312, §3, cita também os remédios penais e as penitências, com
estas palavras:

• 13 •
QUINTA CARTA
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APLICAÇÃO DA PENA (II)


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Coronel Fabriciano, 20 de fevereiro de 2007.


Caro Pe. Teófilo,

Vamos retomar o assunto iniciado na última carta que lhe


enviei, a saber, a aplicação da pena canônica.
Um princípio solene nesta questão é:
“Não existe pena canônica, se uma norma penal (isto é,
lei ou preceito penal) não a instituir. Em outras palavras, a fonte
constitutiva da pena canônica é a lei ou preceito penal, excluída
qualquer outra fonte de direito objetivo, como por exemplo, o
costume.
Outro princípio importante nesta matéria é o que vem es-
tabelecido pelo cânon 18: “As leis que estabelecem pena... devem
ser interpretadas estritamente”.
Outros princípios análogos a este encontramos no câ-
non 1313: §1 – “Se a lei for modificada depois de cometido o
delito, deve-se aplicar a lei mais favorável ao réu”. E o §2: “Se
a lei posterior suprimir a lei ou pelo menos a pena, esta cessa
imediatamente”.
Este princípio geral da “benevolência” para com o réu se
manifesta ainda nestes casos:
Cânon 1343: Se a lei ou preceito faculta ao juiz aplicar ou
não a pena, o juiz pode também, segundo sua consci-
ência e prudência, atenuar a pena ou, em seu lugar,
impor uma penitência.
Cânon 1344: Mesmo que a lei use de palavras preceptivas,
o juiz, segundo sua consciência, pode:

• 17 •
VI. Delitos contra a vida e a liberdade humana
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada
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Delito: Homicídio, rapto, detenção, mutilação, ferimento


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grave (cân. 1397)


Pena: privações e proibições (preceptivas)
Delito: Aborto, seguindo-se o efeito: morte do feto pro-
curada de qualquer maneira e a qualquer tempo
desde o momento da concepção (cân. 1398)
Pena: Excomunhão latae sententiae

Os delitos reservados à Sagrada Congregação para a


Doutrina da fé, são chamados por essa Congregação de “delitos
mais graves”.
Veja Carta “Ad exsequendam ecclesiasticam legem”, de 18
de maio de 2001, da Sagrada Congregação para a doutrina da fé
(AAS, n. 93, 2001, p. 785 – 788).

Com esta carta, prezado Pe. Teófilo, concluímos a exposição


de mais um tema jurídico-canônico.
Espero ter feito algo que possa ajudá-lo no exercício do seu
ministério. Mais tarde voltaremos a nos comunicar.

Amigo,
Dom Lelis Lara, CSsr

• 40 •

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