0 valutazioniIl 0% ha trovato utile questo documento (0 voti)
469 visualizzazioni3 pagine
Este documento resume um capítulo do livro "Metodologia Científica nas Ciências Sociais" de Pedro Demo sobre a demarcação científica. O capítulo discute como definir ciência, os critérios para estudos serem considerados científicos, e como a ciência constrói uma realidade estudada que está sujeita a limitações e é passível de ser superada. Demo argumenta que a ciência evolui através de sucessivas "verdades" e que o pesquisador deve reconhecer as limitações dos métodos científicos.
Descrizione originale:
RESENHA CRÍTICA
DEMO, Pedro. Demarcação científica. In: Metodologia Científica nas Ciências Sociais. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2009. P. 13-28.
Este documento resume um capítulo do livro "Metodologia Científica nas Ciências Sociais" de Pedro Demo sobre a demarcação científica. O capítulo discute como definir ciência, os critérios para estudos serem considerados científicos, e como a ciência constrói uma realidade estudada que está sujeita a limitações e é passível de ser superada. Demo argumenta que a ciência evolui através de sucessivas "verdades" e que o pesquisador deve reconhecer as limitações dos métodos científicos.
Este documento resume um capítulo do livro "Metodologia Científica nas Ciências Sociais" de Pedro Demo sobre a demarcação científica. O capítulo discute como definir ciência, os critérios para estudos serem considerados científicos, e como a ciência constrói uma realidade estudada que está sujeita a limitações e é passível de ser superada. Demo argumenta que a ciência evolui através de sucessivas "verdades" e que o pesquisador deve reconhecer as limitações dos métodos científicos.
DEMO, Pedro. Demarcao cientfica. In: Metodologia Cientfica nas Cincias
Sociais. 3 ed. So Paulo: Atlas, 2009. P. 13-28.
Pedro Demo nesceu em Pedras Grandes, Santa Catarina no ano de 1941.
Com nove anos iniciou a vida acadmica em instituies franciscanas, formou-se em Filosofia, doutor em Sociologia na Universitt Erlangen-Nrnberg Alemanha e ps-doutor pela University of California at Los Angeles (UCLA). Professor Titular da Universidade de Braslia, desde 1982, Departamento de Sociologia. Aposentado em maio de 2008. Ocupou cargos importantes em ministrios e secretarias de vrios governos, fez dezenas de participaes em governos e misses nacionais e internacionais. Escreveu mais de 90 livros alm de numerosos artigos (MARTINS, 2011).
Pedro Demo, no seu livro denominado Metodologia Cientfica nas Cincias
Sociais, no primeiro captulo intitulado Demarcao cientfica, inicia abordando a controversa definio de cincia. mais fcil dizer que a ideologia e o senso comum no so cincia do que a definir. O processo cientfico incapaz de produzir conhecimento puro, historicamente no contextuado e dessa forma est cercado de ideologia e senso comum.
A ideologia intrinsecamente tendenciosa no aspecto que interpreta a
realidade como gostaria que fosse frente a determinados interesses. O senso comum, atravs do bom senso entendido como saber simples, inteligente, bvio e circunspecto.
Os estudos, para que sejam de fato cientficos, devem seguir alguns
critrios internos que so coerncia, consistncia, originalidade e objetividade. que so importantes para que o trabalho seja honesto, coeso e relevante. E o critrio externo que a intersubjetividade, significando a opinio dominante da comunidade cientfica em determinada poca e lugar.
O autor coloca em discusso a qualidade formal e a poltica, sendo que a
primeira se refere a instrumentos e a mtodos e a segunda, a finalidades e a contedos. A primeira pode ser reaplicada indefinidamente nos casos previsto, seria neutra e poderia significar a perfeio na seleo e montagem de instrumentos, como acontece, por exemplo, no campo tecnolgico. A qualidade poltica coloca mais questes do que respostas e uma conquista humana, pois objetos naturais no possuem propriamente qualidade. Uma das questes mais importantes para a cincia a sua coincidncia com a realidade do que estudado. Dada a dificuldade em afirmar a correspondncia entre o pensamento e o pensado diz-se que a cincia trabalha com uma realidade construda. A cincia apenas uma das formas de ver a realidade e o pesquisador incapaz de descrever um objeto de forma neutra. O objeto construdo expressa a relao distinta entre o sujeito e o objeto.
Todo conhecimento est fundado em conhecimentos anteriores e em
tradies herdadas e a demarcao cientfica a comear pela concepo subjacente do que realidade e do que cincia para capt-la e influenci-la.
A metodologia tradicional fundamenta-se, essencialmente, na qualidade
formal. A lgica formal tem como princpio a identidade, a deduo e a tautologia e mesmo sendo muito importante no completa sem a incluso do fenmeno processual histrico. A metodologia precisa considerar que a cincia trabalha com o objeto construdo que, muitas vezes, inventado, o pensamento nunca esgota o pensado, a cincia tambm produto e atividade social e no gera certezas cabais.
O autor coloca que a cincia um mtodo sempre e continuamente
superado por mtodos novos e por isso, a cincia verdade apenas durante um perodo. No entanto, os conceitos superados no deixam de ser teis. A evoluo da cincia se d, especialmente, devido as crticas j que a verdade uma etapa do processo. Demo coloca que a prtica s pode ser parcial, porque est historicamente determinada e a teoria pode ser dominante, porque no tem compromisso histrico. Logo, no existe afirmao absoluta e nesse dilema conclui-se que a cincia utopia. A evoluo que o cientista busca fruto dessas sucessivas verdades e a concluso por uma encerraria o processo cientfico.
O autor encerra o captulo afirmando que, uma teoria, quanto mais
convencida de si mesma, mais tapada (p. 40). Saber das limitaes das metodologias, buscar incluir a qualidade formal e poltica e saber que a cincia ser, por um processo natural, superada diminui a precariedade da construo cientfica.
Demo traz discusses importantes acerca de cincia e como esta feita.
Saber das limitaes das metodologias, da impossibilidade de neutralidade por parte do observador, da transitoriedade das verdades estabelecidas e da evoluo e superao (marcados por retrocessos e avanos) da cincia faz o pesquisador mais consciente dos seus limites e mais cauteloso com suas proposies. Referncia: MARTINS, Alexandra. Pedro Demo recebe ttulo de professor emrito. Disponvel em: <http://www.unb.br/noticias/unbagencia/unbagencia.php?id=5531>. Acesso em: 22 ago. 2011.