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LOCUS DE CONTROLE E TRABALHO Liliana A. Guimarae Ignez C. Stephanini, Neomar H. Souza Barr Vania Maria Mayer, Paulo Renato de Andrade, Adelzira Souza Soa Maria Rosane Hentschenke, soares Ribeiro, Terezinha Elaine Antecedentes [Apalavra focus tem origem no latim, significando lugar Barry, 1996), arr0s et al (1993) apontam duas razées principais pelas quais conceito de Locus de Controle (LC) tem merecido substancial atencio expectativas, cont 2) integra diferentes correntes psicolégicas, como 0 behaviorismo obre LC, Rotter (1990, p. 489) afirma que * Membros le Sade Mental e Qualidade de Vida do Traulhador e do studane da UC ida para avaliar © consiruto ter sido pragmética da invest foi desenvolvido por Julian Rotter nos anos 1960, com base na Teoria da Aprendizagem Social. Este autor foi 0 pioneiro na investigacio sobre a crenca das pessoas, de que a vida est controlada por elas prOprias, ou pelo meio externo: sociedade, outras entre outros (Vera Noriega, Albuquerque, Laborin, Oliveira, oronado, 2003). Spector e¢ al. (2004, p. 39) define LC como “tema varidvel de personalidade que reflete is das pessoas sobre se elas proprias ou as forcas externas possuem o controle das situagGes", ist LC se refere a0 espaco ao qual uma pessoa atribui a causa ¢ 0 controle de um evento de vida. O LC pode ser classificado em: Locus de Con- trole Interno (LCD e Locus de Controle Externo (LCE), Rotter (1966) descreve 0 LCI como a tendéncia do individuo em atribuir significado aos eventos vivenciados, colocando-se como sujeito do processo, estando positivamente relacionado a sua capacida- de em lidar com as circunstincias e situagbes de pressio. Por outro lado, pessoas com LCE acreditam que 0 destino, a chance, a sorte, 0 aicaso, que pessoa(s) poderosa(s), forgas complexas ¢ imprevisiveis, sic responsaveis pelos eventos de sua vida; créem ter pouca ou nenhuma influéncia sobre os acontecimentos, o que normalmente 0s leva a s tirem-se incapazes de alteré-los ou influencid-los, pois acreditam que 0s eventos sio determinados externamente. Marino ¢ White (1985) complementam, afirmando que as pes- soas com LCI respondem ao estresse diferentemente daquelas com LCE, ‘ou seja, a orientagio do LC, se interna ou externa, influencia a magni- tude das reagbes do individuo ao estresse. Os individuos orientados pela internalidade tendem a agir contra as fontes de estresse, utlizan- do formas de minimizar seus efeitos, enquanto os orientados pela rernalidade, se colocam mais passivamente, estando mais suscetiveis impacto do: ) menciona que “pessoas com LCL acreditam serem capazes de controlar os acontecimentos e tém ‘maior nivel de motivacio do qu m LCE”. Vera Noriega et al. (2003, p. 3) acrescentam que 0 LCI esta relacionado com Trabalho 103 caracterfsticas positivas da personalidade, maior capacidade para resolugio de problemas e redugio do impacto ao evento estressante. Os autores facrescentam que individuos com LCI so mais perseverantes € apresentam ruto-conceito e dominio sobre o ambiente, corroborando Dela De maneira oposta, individuos com tendéncia a apresentarem tum LCE mostram-se menos satisfctos, faltam mais, ese envolvem menos com o trabalho; pereebem-se com pouco controle sobre os resultados ‘organizacionais im mais condescendentes © disp. seguir instrucées (Vera Noriega et al, 2 Os individuos podem ser classificados ao longo de um continuum desde uma internalidade extrema a uma externalidade dominantemente internos te fa a categoria fangio da prépria competéncia e, por isso, sob o seu controle pe enquanto que os predominantemente externos tendem a cate fem fungio da sorte e, por isso, fora do proprio controle. Muitos sujei- ros situam-se entre os dois extremos, formando uma distribuigdo com: tinua de crengas de LC. (Ribeiro, 2000). ‘A importincia desse construto relative a0 estresse justifica-se, pela constatacio de que 0s estimulos do meio-ambiente nfo afetam da fnesma forma todos os individuos, haja vista o importante papel 1: grau de manifestagio do estresse do significado atribuido pelo indivi- duo aos eventos de vida, ‘Vera Noriega etal. (2003, p. 4) colocam que os aspectos dos a0 LCE tém efeitos sobre a motivagdo, a cognicio ¢ a em¢ ‘motivacio: atraso no inicio das respostas voluntérias, revelando-se na pas- sividade, lentiddo intelectual ¢ inadequagio das relacdes sociaiss na ‘cognigie: dificuldade de aprender que as respostas produzem resultados tem como conseqiiéncia a incapacidade de perceber contingencias entre -sposta e reforco; na emocio: devido a aprendizagem de que as conse: agiiéncias sfo independentes das respostas, ocorre diminuicao eferiva da agressividade e da competéncia. ‘Atualmente ji ha consideravel evidéncia cientifica de que, quan- to maior 0 controle pereebido pe! iuo sobre os eventos de vid ‘ou LCI, menor sera sua reagao neg ‘eventos estressantes (Rees ‘oper, 1992). Spector, Cooper, Sanchez, O'Driscoll, & Sparks (002) complementam afirmando que a internalidade-LCI esta asso- Ciada ao bemvestar positivo, tanto no trabalho, quanto fora dele Sore Soide Meme Th Locus de controle e trabalho Esta “nova varlivel”, o LC do trabalhador, tom recebido uma erescente atengio dos pesquisadores, merecendo uma refes ‘Gal 0 classico estudo realizado por Andresani e Nestel (1976) jf se constata que os trabalhadores 0s" hos: i) saisfazem mais, através de sua atividade laboral, suas des ¢ expectativas; ii) alcangam um maior status laboral; ii) se dizem mais satisfeitos com o cargo que desempenham no trabalho. Kern (1992) investiga através de que varidveis o LC transmite seus efeitos as condutas e A eficécia ocupacional, mostrando que as relagdes entra as seguintes variaveis: “incentivos”, “pasticipagio” e “ren- dimento no trabalho” se modificam pelo caréter “interno” ou “exter- no” do LC do trabalhador. (Ver figura 1 abaixo) Figura I - Locus de Controle Interno ou Externo e sua relagio com 0 esforgo laboral ote: Ke ‘A meta-andlise realizada por Spector (19 strou que a ia percebida € a patticipacio no trabalho estio relacionadas 3 ‘ca outras medidas de bem-estar. O modelo proposto pelo mesmo autor (Spector, 1998) postula que o controle ajuda a filtrar as percepedes das situagdes, que podem set vistas como positivas ou n: afetando sua avaliagio, acu de Controle e Tabalho Spector et a. (2004) comentam que muitos comportamen irecionadlos 3 aquisicdo ou manutengio do controle em todas as reas da vida, incluindo o trabalho ¢ que a crenga de controle é ti: flemento importante para uma adaptagao psicoldgica eficaz a percepcio de controle tém sido investigadas nas pe Crease e bem estar no trabalho e as teorias, por sua vez, tém dad Stengio is percepgdes de controle e sta repercussio no bem estar do srabalhador ¢ Carver (1980) postularam que individuos com perso nalidade tipo A séo excessivamente reativos controlam Exresse, No estudo que desenvolveram, 0 LC foi a varidvel que ap Senton maior correlacio com fatores estressotes no trabalho tnomia (falta de), Na maior parte dos casos, 0s participantes com LCI presentaram niveis mais baixos de estresse no trabalho, corroboran- do de forma consistente os resultados de pesquisas prévias, nas quais pessoas com LCI apresentaram-se mais satisfetas com seu trabalho Guando comparadas Aquelas com LCE. Além disso, individuos com TCT relataram niveis mais baixos de ansiedade no trabalho do que aqueles com LCE. Spector et al. (2001), em investigagio realizada em 24 paises, pesquisaram 5.185 administradores, a maioria do sexo masculing, ca peda e com escolaridade superior. Coletaram dados sobre: individua- lismo, coletivismo ¢ bem-estar (trabalhe sio psicol6gica efisica). Atribui eutopéias, anglo-saxdnicas Sdentais a representacio da categoria individualist, ¢ as asiéticas € teuropéias orientais, do coletvismo. A relacio do LC com satisfagio no trabalho foi consistente para todas as 24 amostras, apesar de uma am- pla gama de diferencas cultuais. Foi encontrada relagio estatistica Frente significativa entre LC e bem estar psicoldgico em quas amostras, porém, nos Estados Unidos, a internalidade (que esteve ass0~ Gada 2 um reduzido bem estar fisico) nfo se manteve para todas as Smostras,Os autores conchuftam que ha diferengas entre os pafses quanto igo bemestar, e que estas estio ligadas tanto quanto as creneas de controle. (Os autores concluiram que a relac fer universal quanto & satisfagio no trabalho € ao bem estar p to, mas nao € generalizével para o bem estar fisico, Embora os resulta- dee indiquem que as crengas de controle entre gerentes sejam uma testratégia organizacional saudavel para alguns pafses, estes dados no tnostram formas especificas e eficazes de controle para cada pat Spector et al. (2004) realizaram uma inve: Estados Unidos com 0 objetivo de comparat as er. orientais, sobre controle no trabalho. A amostra compds-se de 530 tra- balhadores (146 da Reptiblica Popular da China , 130 de Hong Kong © 254 dos Estados Unidos). Os achados revelaram que os asisticos apre~ Sentaram menos internalidade que o Argumentourse que teste resultado se deu em funcio de que o construto de LC utilizado foi desenvolvido nos Fstadi io de controle ameri- cana, ¢ gue as escalas de avaliago também foram baseadas ¢ elaborada: de acordo com o construto. Desta forma, a visio de que os chineses e talver outros asiticos apresente -xcessivamente baixos de cren- ‘rio, 0s controles podem rerar de forma diferente na sociedade chinesa ¢ em outras sociedades letivistas (Spector et al, 2004). ‘A literatura referencia que pessoas com atividade intelectual ele- vada possuem grande internalidade (Dela Coleta, 1997). Além di individuos 3°, demonstram maior necessidade de realizagio (Galom de Bustamante, 198 Dela Coleta et al. ¢ studaram as causas atribuidas por trabathadores 3 sua permanéncia no emprego, verificando a importan- ‘ia atribuida & qualificagio profissional para a manutengio do empre go. o principal motivo que leva o individuo a trabalhar. Baseados nos resultados, os autores perceberam que os entrevistados apresentaram predominantemente um LCI, ou seja, attibuiram a si mesmos sua empregabilids ido sua forca de vontade, sua qualificacao, ha- vendo tuma porcentagem menor que atribuit sua empregabilidade a Deus, sendo que para 56,79 dos sujeitos entrevistados, a sorte nao é a savel ps o de seu empr or (1988) desenvolveu um instrumento espectfico para ;ominado Escala de Locus de Controle do Trabalho (ELCT), uma medida de 16 itens para avali- ar erengas de controle nos locais de trabalho, No processo de valida- ‘Go original, verificou-se que o instrumento se correlacionou signifi- ‘mente com a satisfacio do trabalho, propensio a desisténcia, influéncia percebida no trabalho, papel do estresse € percepgdes so e a escala tem sido utilizada amplamente znos estudos mais relevantes internacionais realizados. No Brasil, en- ‘contra-se em processo de validacio pelo Laboratdrio de Satide Men tal e Qualidade de Vida do Trabalhador ¢ do Estudante- UCDB-MS, fenagio da Profa, Dra. Liliana A. s, jf vendo rocus de Contac ¢"Fablho 107 sido aplicado A amostra de policiais militares ¢ a trabalhadores de Teenologia de Informagao-TI. Os achados obtidos bem como a disponibilizac ala validada, se dario em proxima publi Consideragées finais A idemificagio do LC do trabalhador, se interno on externo, podera orientar ou auxiliar no planejamento do desenvolvimento © Freinamento dos trabalhadores. O primeiro passo para a introjegio destes hovos valores seria o desenvolvimento do sentimento de pertenga nc Empregados, e de que crenca em sua prépria competéncia poder fazer diferens Bridentemente que 0 LC, em algumas situagbes, no deve ser siderado como a varidvel mais influente ¢ nem a tnica. Outras ¥ Hiiveis sio igualmente importantes, nomeadamente as que dizem res peito 20 valor dos reforgos em questio, 8 expectativa de obtengio tes mesmos reforgos em sitnacbes especificas ¢ & percepcio realista de {que muitas situagbes estio, no todo ou em grande parte, para além de qualquer espécie de control Assim, apesar da nao existéncia de um consenso geta, verifica- se uma tendéncia entre os autores por considerarem o LC como uma varidvel importante para a expli trabalhador, pois, se sentem que possuem controle pessoal sobre 2 pro- pra tarefa e que a sua eficdcia depende do prOprio esforco dispendido, poderio empenhar-se em determinadas atividades ou estratégias €, con- Seqilentemente, incrementar a sua performance. ‘Oucras pesquisas dever ser desenvolvidas para continuidade do estudo sobre as repercussdes das varidveis que envolvem processos de interagao entre individuo-ambiente de trabalho, tais como LC, esta- pelecendo-se uma maior visibilidade quanto 2 sua participagio nos fe nomenos relacionados & saiide geral, mental ¢ & qualidade de vida de trabalhador. Este capftulo € dedicado 4 uma das mais importantes variéveis pessoais (individuais) © sua repercussio no contexto ocupacional, ¢ pretende contribuir para uma visiblidade cada vez maior dessa impor- ante area de interface entre a satide ocupacional ¢ as psicologias da satide, organizacional e do trabalho: a psicologia da satide ocupacional- PSO, um campo em construcio. 10 das variagdes no rendimento do Side Mente Tibi - Vk REFERENCIAS Andrasani, BJ; Neste, G.(1976). Internal-external control as contributor to and outcome of work experience. Jounal of Applied Psychology, p. 156-165. Barros, A M.; Barros, J. Hi 8 Neto. F. (1 gia do controle pessoa. Aplicagdes educacionais, clinicase socais. Instituto de Educagao, Universidade «lo Minko. Barry, RD. (1966) Psychosocial mursing: care of physically ill patients and their families. 3* ed. Philadelphia: Lippincott. Dela Coleta, M. F. Ds Machado, L. M.; De Oliveira, D. 8.5 Sposito, L. S Gongalves C. A.B. (2002). 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