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INTRODUÇÃO:
Apesar da carnalidade que havia na igreja em Corinto, havia também manifestação dos dons espirituais (I Co 1.7).
Surgiu, então, dúvidas por parte dos cristãos acerca dos dons, o que os motivou a escrever para Paulo, afim de que este lhes
desse o seu parecer sobre os dons espirituais. O apóstolo Paulo, então, revela a importância deste tema quando afirma que não
queria que eles fossem ignorantes acerca deste assunto: “Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais
ignorantes.” (I Co 12.1). Este é um dos principais assuntos tratados nesta Epístola.
1.2 “Dons Espirituais são capacidades sobrenaturais concedidas pelo Espírito para ministérios especiais” (Myer
Pearlman).
Em resumo: “É uma operação especial e sobrenatural do Espírito Santo por meio do crente”.
A Palavra da Ciência (I Co 12.8). Esse Dom tem uma relação bastante estreita com o Dom de Profecia, e manifesta-
se através de mensagem vocal pelo conhecimento divino, trazendo à luz fatos ocultos à respeito de pessoas ou
circunstâncias, ou revelando verdades bíblicas de difícil compreensão (At 5.1-10; 2 Rs 6.8-12; I Co 14.24,25).
Discernimento de Espíritos (I Co 12.10). É um Dom extremamente importante para a Igreja dos últimos dias. Trata-se
de uma capacitação sobrenatural dada pelo Espírito Santo, para o crente saber discernir e julgar corretamente as
profecias e outras manifestações espirituais (1 Co 14.29; 1 Jo 4.1; At 16.16-18). Mais do que nunca, os crentes
precisam do conhecimento divino para discernir os espíritos.
4.2 OS DONS DE PODER
Como o próprio nome já diz, são dons que transmitem poder, através de operações sobrenaturais. É o poder de Deus
concedido ao crente para ele realizar maravilhas:
O Dom da Fé (I Co 12.9). Esse Dom opera frequentemente em conjunto com os dons de curas e operação de
maravilhas. Não se trata da fé natural nem da fé para a salvação, mas uma Fé sobrenatural capacitando o crente a crer
em Deus, para a realização de milagres extraordinários como a cura de doenças incuráveis, ressurreição de mortos ou a
realização de coisas impossíveis pelos meios naturais. O Dom da Fé é a capacitação sobrenatural do crente para crer no
impossível (Gn 22.5; Mt 8.1-3; Mc 1.22-24; Lc 17.6; Hb 11).
Os Dons de Curar (I Co 12.9). Os dons de curar são dados à Igreja para, por meios divinos, proporcionar a restauração
da saúde do corpo físico. A palavra “dons” no plural pode sugerir a multiplicidade desses dons, bem como a cura de
diferentes tipos de enfermidades, de acordo com o Dom que se recebe (Mt 4.23-25; 10.1; At 3.6-8; 4.30; 19.11,12;
28.7,8). Os dons de curar não são concedidos a todos os membros do corpo de Cristo (I Co 12.11,30), todavia, todos
podem orar pelos enfermos, na autoridade do nome de Jesus (Mc 16.17,18), e havendo fé, os enfermos serão curados.
Pode haver também cura de enfermidades através da unção com óleo, conforme ensinou o apóstolo Tiago (Tg 5.14-
16).
Dom de Operação de Maravilhas (I Co 12.10). Esse Dom manifesta-se como os demais, de maneira sobrenatural,
geralmente sendo uma intervenção divina nas leis da natureza. É Deus modificando as leis naturais para manifestar o
seu supremo poder (Js 10.12-14; At 9.36-42; 20.9-12). Sempre que o Dom de Operação de Maravilhas se manifesta,
os resultados são imediatos e visíveis (At 2.43; 8.5-8,13; 19.11).
Dom de Profecia (I Co 12.10). É um Dom que habilita o crente a transmitir uma palavra sob o impulso do Espírito
Santo, proclamando, sobretudo, a vontade de Deus, em relação à sua vida espiritual ou outros assuntos do interesse de
Deus e do Seu reino. O Dom de Profecia tem como finalidade: edificar, exortar e consolar (At 2.16-18; 1 Co
14.3,24,25,29-31).
O Dom de Variedade de Línguas (I Co 12.10). O Dom de variedade de línguas é o poder de expressão vocal em
línguas desconhecidas, dadas pelo Espírito Santo, e capaz de serem interpretadas por outro dom igualmente
sobrenatural. No tocante às “línguas” (gr. glossa, que significa língua) como manifestação sobrenatural do Espírito,
notemos os seguintes fatos: (a) Essas línguas podem ser humanas e vivas (At 2.4-6), ou uma língua desconhecida na
terra, “línguas... dos anjos” (I Co 13.1). A língua falada através deste dom não é aprendida, e quase sempre não é
entendida, tanto por quem fala (I Co 14.14), como pelos ouvintes (I Co 14.16). Devemos distinguir as línguas
estranhas como sinal e como dom: As línguas estranhas como evidência do batismo com o Espírito Santo é para todos
que forem batizados (At 2.4), mas como dom, não é para todos (I Co 12.30; 14.27,28).
O Dom de Interpretação das Línguas (I Co 12.10). Não se trata da capacidade humana de interpretar idiomas
estrangeiros ou de traduzir humanamente uma mensagem falada para outra língua. É a capacidade sobrenatural, dada
pelo Espírito Santo, para a compreensão e transmissão do significado de uma mensagem em línguas desconhecidas,
mesmo que sejam línguas humanas não aprendidas e faladas por outros povos diferentes daquele que fala e
principalmente daquele que interpreta. Uma mensagem em línguas estranhas, quando interpretada, pode se constituir
numa grande bênção para a vida da Igreja. Sempre que houver a manifestação do Dom de variedades de línguas, se faz
necessário o Dom de interpretação (1 Co 14.12-14,27,28).
CONCLUSÃO
Dentre as insondáveis riquezas espirituais que Deus coloca à disposição da sua igreja na terra, destacam-se os dons
sobrenaturais do Espírito Santo (I Co 12.7-11). Essas manifestações do Espírito visam à edificação e à santificação da igreja
mediante os quais o crente recebe poder e capacidade para servir na igreja de modo mais permanente (I Co 12.7; 14.26). Paulo
sabia que havia manifestação dos dons em Corinto, mas havia a necessidade de lhes ensinar sobre este assunto. Por isso, o
ensinamento acerca dos dons espirituais ocupa um lugar de destaque nesta Epístola.
BIBLIOGRAFIA:
• Bíblia de Estudo Pentecostal. João Ferreira de Almeida. C.P.A.D.
• I & II Coríntios. Stanley Horton. CPAD.
• I Coríntios Introdução e Comentários. Leon Morris. Mundo Cristão.
• As Grandes Doutrinas da Bíblia. Raimundo de Oliveira. C.P.A.D.