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Este documento descreve a consolidação do Reino de Portugal sob o domínio de D. Afonso Henriques no século XII. Ele derrotou as tropas de sua mãe em 1128 e procurou reconhecimento de seu título e reino junto ao Papa, que o reconheceu como Rei de Portugal em 1179. Afonso Henriques expandiu o território português através da Reconquista Cristã contra os Muçulmanos, conquistando Santarém, Lisboa e outras cidades entre 1147 e 1185. A Reconquista pros
Este documento descreve a consolidação do Reino de Portugal sob o domínio de D. Afonso Henriques no século XII. Ele derrotou as tropas de sua mãe em 1128 e procurou reconhecimento de seu título e reino junto ao Papa, que o reconheceu como Rei de Portugal em 1179. Afonso Henriques expandiu o território português através da Reconquista Cristã contra os Muçulmanos, conquistando Santarém, Lisboa e outras cidades entre 1147 e 1185. A Reconquista pros
Este documento descreve a consolidação do Reino de Portugal sob o domínio de D. Afonso Henriques no século XII. Ele derrotou as tropas de sua mãe em 1128 e procurou reconhecimento de seu título e reino junto ao Papa, que o reconheceu como Rei de Portugal em 1179. Afonso Henriques expandiu o território português através da Reconquista Cristã contra os Muçulmanos, conquistando Santarém, Lisboa e outras cidades entre 1147 e 1185. A Reconquista pros
Com origem no primitivo Condado Portucalense, o reino de Portugal
autonomizou-se da restante pennsula no sculo XII, graas aco tenaz e empenhada de D. Afonso Henriques (1109?-1185).
Logo em 1128, o jovem prncipe mostrou as suas ambies ao derrotar as
tropas de sua me, D. Teresa, na batalha de So Mamede, e assumir, de imediato, o governo do Condado Portucalense. Depois vieram as peripcias da sua luta contra o primo Afonso Raimundes, rei-imperador de Leo e Castela com o nome de Afonso VII. O Acordo de Tui, celebrado em 1137, lembrava a Afonso Henriques os seus deveres vasslicos de fidelidade, segurana, auxlio militar e conselho para com Afonso VII, seu suserano. Pouco durou.
Logo em 1140, o insubmisso Afonso Henriques invadiu a Galiza e Afonso VII
retaliou, entrando hostilmente em terras portucalenses. A paz definitiva s chegaria, contudo, em Outubro de 1143, na Conferncia de Zamora, quando Afonso VII reconheceu a Afonso Henriques o ttulo de rex, que ele, alis, orgulhosamente ostentava desde 1139; mas, uma vez mais, a condio de vassalo de Afonso Henriques era reiterada. Decidido a pr cobro a tal sujeio, Afonso Henriques procurou o reconhecimento do seu ttulo e do seu reino perante o chefe mximo da Cristandade: o Papa.
Em 1142, disps livremente do territrio portucalense, que encomendou
Santa S e a quem prometeu um tributo anual em ouro. Em 1179, finalmente, o papa Alexandre III reconheceu, atravs da bula Manifestis Probatum, Afonso Henriques como rei e Portugal como reino independente. A independncia de Portugal configurou, portanto, um acto tpico de rebeldia feudal. Como seria de esperar num tempo marcado pelos conflitos entre reis e senhores, vidos uns e outros de terra, privilgios, poder! Mas tambm verdade que tal acto teve a seu favor um contexto poltico, militar e religioso favorvel: a Reconquista crist da Pennsula Ibrica aos Muulmanos. De facto, foi no contexto da Reconquista que os monarcas cristos da Pennsula Ibrica das Astrias a Leo e Castela, de Navarra a Arago e a Portugal alargaram, durante sculos, o territrio dos seus remos, definiram fronteiras, consolidaram autonomias e fortaleceram os seus poderes. D. Afonso Henriques no foi excepo. No satisfeito com as fronteiras do condado que arrebatara a sua me e transformaria em reino, expandiu-lhe o territrio. Consolidou o domnio da linha do Tejo, com as conquistas de Santarm e Lisboa em 1147. Em 1158, firmou a presena portuguesa na linha do Sado com a conquista de Alccer do Sal. Em 1162 e 1165, Beja e vora, respectivamente, caram em mos dos Portugueses. Em 1185, morreu Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal, a quem a Histria chamaria o Conquistador.
Entre avanos e recuos, a Reconquista do reino de Portugal prosseguiu
durante aproximadamente mais um sculo. D. Sancho 1 rei de 1185 a 1211, mostrou-se, tal como seu pai, um grande chefe guerreiro, apesar de ter sido menos feliz. A sul do Tejo perderam todas as posies, excepo de vora.
J D. Afonso II, rei de 1211 a 1223, revelou-se um monarca de aco militar
inferior, to absorvido que esteve na organizao da administrao e na consolidao do poder real. Com D. Sancho II, rei de 1223 a 1245, a fronteira portuguesa avana vitoriosamente no Alentejo, beneficiando da tomada leonesa das cidades muulmanas de Cceres, Mrida e Badajoz. Do seu reinado datam as conquistas de Elvas, Jurumenha, Serpa, Moura, Beja, Aljustrel e Mrtola, revestindo-se esta de um significado particularmente especial por se tratar de um afamado centro muulmano. Entre 1234 e 1238, a soberania portuguesa chegou ao Algarve oriental.
Foi no reinado de D. Afonso III (1248-1279) que, atravs de uma campanha
fulgurante, se concluiu a conquista do Algarve. Em Maro de 1249, o monarca apoderou-se do enclave isolado que os muulmanos ainda detinham no Algarve. O Norte cristo anexava para sempre o Sul islmico e a Reconquista portuguesa chegava ao fim.