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MORAES TREINAMENTOS DE GESTÃO EMPRESARIAL

PRÁTICO DE RETENÇÕES NA FONTE


IRRF, PIS, CONFINS, CSLL, ISS e INSS

PROFESSOR:
DIRECEU PASSOS

RIBEIRÃO PRETO
2016
ÍNDICE

Introdução 4

1 . Imposto de Renda na Fonte 4


1.1. Serviços sujeitos a retenção 5
1.2. Cuidados especiais nos pagamentos comissões, propaganda e publicidade 6
1.3. Cuidados nos pagamentos a cooperativas do trabalho 7
1.4. Cuidados na prestação de serviços a órgãos públicos 7
1.5. Limites para a retenção 7
1.6. Recolhimento: prazo, documento de arrecadação 8
1.7. Compensação dos valores retidos 8
1.8. Reflexos contábeis para a prestadora 8
1.9. Reflexos contábeis para a tomadora 9
1.10. Obrigações acessórias 9
1.10.1. DIRF – Declaração de Imposto de Rendas Retidos na Fonte 9
1.10.2. Arquivos de Documentos 11

2 . Retenção das contribuições (PIS/ Cofins/ CSLL) 11


2.1. Serviços sujeitos a retenção 11
2.2. Empresas tomadoras dispensadas de realizar a retenção 11
2.3. Empresas prestadoras dispensadas de sofrer a retenção 11
2.4. Percentual de retenção 12
2.5. Cuidados nos pagamentos a cooperativas do trabalho 12
2.6. Cuidados na prestação de serviços a órgãos públicos 13
2.7. Desdobramento das alíquotas 14
2.8. Procedimentos na emissão da nota fiscal 14
2.9. Situações envolvendo amparo judicial 15
2.10. Forma de compensação dos valores retidos 15
2.11. Reflexos contábeis para a prestadora 16
2.12. Reflexos contábeis para a tomadora 16
2.13. Obrigações acessórias 17

3 . Retenção do ISS 17
3.1. Contribuinte 17
3.2. Responsáveis (tomador dos serviços) 18
3.3. Inovações da LC 116/03 18
3.4. Lista de serviços sujeitos ao ISS 19
3.5. Incidência do ISS na importação dos serviços 19
3.6. Definição do local da prestação de serviços 19
3.7. ISS na fonte: empresas obrigadas a reter e recolher o ISS 19
3.8. Base de cálculo do ISS na fonte 19
3.9. Alíquota do ISS na fonte 20
3.10. Reflexos contábeis para a prestadora 20
3.11. Reflexos contábeis para a tomadora 20
3.12. Obrigações acessórias 20
4 . Retenção Previdenciária de 11% para o INSS 20
3

4.1. Conceitos básicos 21


4.2. Conceitos de cessão de mão de obra 24
4.3. Conceitos de empreitada 24
4.4. Pessoa jurídica e pessoa física 24
4.5. Hipóteses de retenção 25
4.6. Apuração da base de cálculo 26
4.7. Deduções autorizadas 26
4.8. Reflexos contábeis para a tomadora 26
4.9. Reflexos contábeis para a prestadora 26
4.10. Obrigações acessórias 27

5 . Anexos 27
5.1. Tabela de Imposto de Rendas Retidos (Progressiva) 27
5.2. Tabela de serviços com incidência de IRRF 29
5.3. Tabela de serviços com incidência de PIS, COFINS e CSLL 29
5.4. Código de DARF 30
5.5. Legislação do INSS – Artigos da INSS – IN 971/09 32
5.6. Legislação do IRRF – Artigos do RIR – Decreto 3.000/09 41
5.7. Legislação do PIS, COFINS e CSLL – Artigos da Lei 10.833/03 44
5.8. Legislação do ISS, Lei Complementar 116/03 44
5.9. Resumo da Lei 13.161 – Desoneração da Folha de Pagamento 49
Bibliografia 50

Desenvolvido por Dirceu Antonio Passos, com base em bibliografia citada.


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Introdução
Procuramos apresentar nesta apostila, de maneira simplificada, as principais características e
embasamentos legais que determinam a retenção e o recolhimento dos tributos na fonte (IRRF,
PIS, COFINS, CSLL, ISS e INSS)
Este trabalho foi elaborado com base nas legislações vigentes e têm por finalidade orientar o
contribuinte sobre os respectivos procedimentos e cumprimento da legislação aplicável, contudo,
cabe frisar que as legislações mudam freqüentemente de forma a obrigar o aplicador do direito a
uma atualização diária.
Outro aspecto que merece observação é que só podemos falar em retenção de impostos na
fonte quando há uma relação de prestação de serviços envolvida. Assim, só há que se falar em
retenção de impostos diante de documento fiscal válido e que a atividade de recolher os tributos
retidos na rede bancária jamais pode ser delegada ao prestador do serviço.
O contribuinte de posse do documento fiscal tem o dever de analisar com o máximo cuidado
todos os campos preenchidos, para verificar se o serviço prestado está sujeito ou não à retenção
de impostos na fonte, se o cálculo está correto, etc.
Não é demais lembrar que Reter na Fonte significa descontar determinado valor de um
pagamento a ser realizado, estando este informado ou não no documento fiscal e que o valor
descontado deve ser posteriormente recolhido ao seu titular (INSS, Secretaria da Receita
Federal do Brasil ou Prefeitura Municipal), através de guia apropriada.
Lembramos ainda que esta apostila não pretende esgotar o assunto, devendo servir como
auxílio na compreensão dos temas tratados em curso. Assim, cabe ressaltar que o resultado aqui
apresentado é fruto do entendimento e prática do autor, em relação a essas questões e desta
forma, posições oficiais são expedidas apenas pelos órgãos responsáveis pelos tributos, tais como
INSS, Secretaria da Receita Federal do Brasil e Prefeituras Municipais.
Por oportuno, informamos que em caso de dúvidas, sugerimos formalizar consulta por
escrito aos respectivos órgãos de fiscalização, pois suas respostas também escritas terão caráter
legal elidindo multas e autuações e neste sentido, quando não aceitas pelos contribuintes,
poderão ser questionadas judicialmente.

1. Imposto de Renda na Fonte


Primeiramente, lembramos que é função do profissional fiscal, analisar os aspectos jurídicos
que cercam o contrato de prestação de serviço, ou seja, verificar se o prestador tem relação de
funcionário, autônomo ou de pessoa jurídica, pois cada uma destas formas de contratação
ensejará ao profissional aplicar um tratamento tributário diferenciado.
O instituto da retenção de impostos foi criado para que um contribuinte (tomador de serviço)
fiscalize o outro contribuinte (prestador dos serviços) obrigando-o ao dever de recolher o tributo
por “substituição tributária”. Esta sistemática é muito vantajosa para o Estado, pois
proporcionam agilidade e controle dos pagamentos dos tributos (elimina a inadimplência),
facilidade a fiscalização e principalmente antecipa a arrecadação tributária.
A retenção tem base legal no Art. 128 da Lei 5.172/66 (CTN): “A lei pode atribuir de modo
expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador
da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo a este em
caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação”
A retenção na fonte segue o chamado “princípio da praticidade”, ou seja, em prol da
simplificação e viabilização da exeqüibilidade das normas tributárias, o legislador cria técnicas

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de arrecadação do imposto, criando a figura do “Responsável Tributário” que fica obrigado a


descontar e recolher o tributo em “Substituição” ao verdadeiro “Contribuinte”.
Conforme estatuto da Responsabilidade Solidária cabe ao tomador do serviço verificar se a
empresa prestadora está retendo na fonte corretamente todos os tributos, sob pena de ser
responsabilizada pelo seu pagamento, bem como pelo pagamento de eventuais multas e juros,
pois o Responsável Tributário tem o dever de efetuar o desconto do tributo e recolher
diretamente aos cofres públicos.
A atual legislação que rege a matéria do Imposto de Renda Retido na Fonte - IRRF é o Art.
153, III da Constituição Federal, Regulamento do Imposto de Renda - Decreto 3.000/99 (Artigos
620 a 661), Lei 10.833/03 e as Diversas Instruções Normativas que prevê a retenção do Imposto
de Renda na Fonte à alíquota de 1,5% ou 1%, sobre vários serviços prestados por pessoas
jurídicas a outras pessoas jurídicas, como é o caso dos serviços relacionados nos arts. 647 a 651
do RIR/99.

1.1 Serviços Sujeitos a Retenção


Conforme art. 29 da Lei 10.833/03: “Sujeitam-se ao desconto do imposto de renda, à alíquota
de 1,5% (um inteiro e cinco décimos por cento), que será deduzido do apurado no encerramento
do período de apuração, as importâncias pagas ou creditadas por pessoas jurídicas a título de
prestação de serviços a outras pessoas jurídicas que explorem as atividades de prestação de
serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos,
administração de contas a pagar e a receber.
As importâncias pagas ou creditadas a pessoas jurídicas, civis ou mercantis, pela prestação
de serviços caracterizadamente de natureza profissional sujeitam-se à tributação na fonte
mediante aplicação da alíquota de 1,5% (art. 647 do RIR/99 e Lei nº 9.064/95 art. 6º). Estão
compreendidos neste contexto, os serviços a seguir indicados:
1-Administração de bens ou negócios em geral (exceto consórcios ou fundos mútuos para aquisição de bens)
2-Advocacia
3-Análise clínica laboratorial
4-Análises técnicas
5-Arquitetura
6-Assessoria e consultoria técnica (exceto serviço de assistência técnica prestado a terceiros e concernente a ramo
de indústria ou comércio explorados pelo prestador do serviço)
7-Assistência social
8-Auditoria
9-Avaliação e perícia
10-Biologia e biomedicina
11-Cálculo em geral
12-Consultoria
13-Contabilidade
14-Desenho técnico
15-Economia
16-Elaboração de projetos
17-Engenharia (exceto construção de estradas, pontes, prédios e obras assemelhadas)
18-Ensino e treinamento
19-Estatística
20-Fisioterapia
21-Fonoaudiólogia
22-Geologia
23-Leilão
24-Medicina (exceto a prestada por ambulatório, banco de sangue, casa de saúde, casa de recuperação ou repouso
sob orientação médica, hospital e pronto-socorro)
25-Nutricionismo e dietética
26-Odontologia
27-Organização de feiras e amostras, congressos, seminários, simpósios e congêneres
28-Pesquisa em geral

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29-Planejamento
30-Programação
31-Prótese
32-Psicologia e psicanálise
33-Química
34-Raio X e radioterapia
35-Relações públicas
36-Serviço de despachante
37-Terapêutica ocupacional
38-Urbanismo
40-Veterinária
41-Comissões e Corretagem, Serviços de Recrutamento e Seleção

1 – Imposto de Renda – Alíquotas para Retenção


Estão sujeitas à incidência do Imposto na Fonte à alíquota de 1,5%, as importâncias pagas ou
creditadas por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas, a título de comissões, corretagens,
bem como as comissões pagas a agências de empregos pelas empresas que contratam pessoal
pelo seu intermédio, ou qualquer remuneração pela representação comercial ou pela mediação na
realização de negócios civis e comerciais (art. 651 do RIR/99).
Serviços de Limpeza, Conservação, Segurança, Vigilância Transporte de Valores e Locação
de Mão-de-Obra estão sujeitos à incidência do Imposto na Fonte à alíquota de 1% os
rendimentos pagos ou creditados por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas civis ou
mercantis pela prestação de serviços de limpeza, conservação, segurança, vigilância e locação de
mão-de-obra (art. 649 do RIR/99 e ADN COSIT nº 6/00).
2 - Situações Especiais quanto a Retenção na Fonte
2.1 – Alcance do termo “Manutenção”
A legislação determina que haja incidência do IRRF para as importâncias pagas ou
creditadas pelas pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas de direito privado pela
prestação de serviços de manutenção de bens móveis e imóveis.
Serviços de manutenção é todo e qualquer serviço de conservação de edificações,
instalações, máquinas, veículos automotores, embarcações, aeronaves, aparelhos,
equipamentos, motores, elevadores ou de qualquer bem, quando destinadas a mantê-los
em condições eficientes de operação, exceto se a manutenção for feita em caráter
isolado, como um mero conserto de um bem defeituoso.
INCIDÊNCIA - As importâncias pagas ou creditadas pelas pessoas jurídicas a
outras pessoas jurídicas de direito privado pela prestação de serviços de
manutenção de bens móveis e imóveis e transporte (...) - MP 232/04 - convertida
na Lei nº 11.119/2005.
REFORMA E MANUTENÇÃO OU CONSERVAÇÃO DE EDIFICAÇÕES -
RETENÇÃO NA FONTE - INCIDÊNCIA - Os pagamentos efetuados por pessoas
jurídicas a outras pessoas jurídicas de direito privado pela prestação de serviços
de construção total ou parcial de prédios novos ou de reforma em edifícios não
estão sujeitos a retenção na fonte do IRPJ. Enquadram-se como reforma os
serviços realizados na edificação que impliquem modificação de sua estrutura. Os
pagamentos efetuados por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas de direito
privado pela prestação de serviços de manutenção ou conservação de edificações
estão sujeitos à retenção na fonte do IRPJ. Enquadram-se como manutenção ou
conservação de edificações os reparos ou consertos destinados a restaurar as
funções da edificação, ou que apenas afetem sua aparência. Em qualquer
hipótese, se os serviços prestados enquadrarem-se como serviços profissionais de
engenharia, as pessoas jurídicas tomadoras de tais serviços estarão obrigadas, no
pagamento, à retenção do IRPJ. Dispositivos Legais: Lei nº 10.833, de 2003, Art.
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30; IN SRF nº 459, de 2004, Art. 1º; Decreto nº 3.000, de 1999 (RIR/1999), Art.
647; IN SRF nº 34, de 1989; PN CST nº 8, de 1986. Processo de Consulta nº
42/08. Órgão: SRRF / 10a. Região Fiscal. Publicação no D.O.U.: 07.05.2008.
Assim, os serviços de manutenção sujeitos à retenção na fonte, pressupõem uma
prestação continuada com contrato permanente (ainda que não escrito). Ex.: Contrato de
uma empresa que cuida dos computadores da sua empresa.

2.2 - Serviços de Engenharia e a polêmica sobre “obras assemelhadas”


O Art. 647 do RIR/99 que dispõe sobre a retenção dos serviços profissionais ao incluir os
serviços de Engenharia no campo das retenções, excluiu algumas espécies de serviços da
retenção, ou seja, não haverá a retenção na fonte os serviços de construção de estradas, pontes,
prédios e obras assemelhadas.

Art. 647. Estão sujeitas à incidência do imposto na fonte (...)


17 - Engenharia (exceto construção de estradas, pontes, prédios e obras assemelhadas)

O problema era saber o que o legislador queria dizer com “obras assemelhadas” e precisou
do Parecer Normativo (8/86) enumerar estes serviços que mesmo contido no conceito de
engenharia, não são passiveis de retenção na fonte:
(...) estão fora do campo de incidência sob exame, por exemplo, as obras de
prospecção, exploração e completação de poços de petróleo e gás, as obras de
conservação de estradas, a execução de serviços de automação industrial, a
construção de gasodutos, oleodutos e mineradutos, a instalação e montagem de
sistemas de telecomunicações, energia e sinalização ferroviária, as obras
destinadas à geração, aproveitamento e distribuição de energias, a construção de
rede e de água e esgoto, etc.
Por outro lado, serão passiveis de retenção os demais serviços de Engenharia:
(...) será exigida a retenção na fonte, por exemplo, nos contratos destinados a
estudos geofísicos, fiscalização de obras de engenharia em geral (construção,
derrocamento, estrutura, inspeção, proteção, medições, testes, etc.), elaboração
de projetos de engenharia em geral, administração de obras, gerenciamento de
obras, serviços de engenharia consultiva, serviços de engenharia informática
(desenvolvimento e implantação de software e elaboração de projetos de
hardware), planejamento de empreendimentos rurais e urbanos, prestação de
orientação técnica, perícias técnicas, contratos de cessão ou empréstimo de mão
de obra de profissionais de engenharia, etc
2.3 - Contratos de Prestação de Serviços de Caráter Múltiplo e Diversificado
O Parecer PN 8/86 estabeleceu ainda que, na execução de contrato de prestação de serviços que
abranger trabalhos de engenharia de caráter múltiplo e diversificado, não haverá tributação na fonte.
Assim, por exemplo, se o contrato de prestação de serviços compreende tão-somente a elaboração de
projetos de engenharia, o rendimento correspondente está sujeito à retenção do Imposto de Renda na
Fonte. Por outro lado, se o contrato de prestação de serviços abrange a elaboração de projetos de
engenharia e, também, a execução física da obra, o rendimento correspondente não está sujeito à
retenção do Imposto de Renda na Fonte.

2.4 . Serviço de Medicina


A retenção do Imposto na Fonte, segundo o PN 8/86, restringe-se aos rendimentos decorrentes
do desempenho de trabalhos pessoais da profissão de medicina que, normalmente, poderiam ser
prestados em caráter individual e de forma autônoma, mas que, por conveniência empresarial, são
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executados mediante interveniência de sociedades civis ou mercantis. Desta forma, o Parecer citado
declarou os serviços e condições que estão fora do campo retenção.

2.5. Assessoria e Consultoria Técnica


O item 6 do PN 37/87, dispõe que estão sujeitos à Retenção do Imposto na Fonte tão-somente
os serviços que configurem alto grau de especialização, obtidos por meio de estabelecimentos de nível
superior e técnico, vinculados diretamente à capacidade intelectual do indivíduo. Assim:
a) os serviços de assessoria e consultoria técnica alcançada pela retenção na fonte
restringem-se àqueles resultantes da engenhosidade humana, tais como: especificação técnica
para a fabricação de aparelhos e equipamentos em geral, assessoria adminitrativo-
organizacional, consultoria jurídica, etc.;

b) não se sujeitam à tributação na fonte os serviços de reparo e manutenção de aparelhos e


equipamentos domésticos ou industriais.
2.6. Serviços ligados a Informática
O item 30 da IN 23/86 lista determina que os serviços prestados por empresa especializada
referente a elaboração de programação de computador são passiveis de retenção na fonte. Assim, se
uma empresa especializada elabora, para determinada pessoa jurídica, um programa específico de
folha de pagamento por processamento eletrônico, o valor dos serviços sofre desconto do Imposto de
Renda na Fonte.
O item 21 do PN 8/86 disciplina que haverá a retenção do Imposto de Renda na Fonte
em relação aos serviços prestados no desenvolvimento e implantação de "software" e elaboração de
projetos de "hardware" e que não haverá retenção do Imposto de Renda na Fonte quando a
empresa especializada elaborar um programa, por exemplo, de contabilidade, e vende cópias desse
programa a diversas empresas, o chamado software de prateleira. O Imposto de Renda na Fonte, neste
caso, não incide porque não está havendo prestação de serviços, mas sim venda de mercadorias.

3 - Base de Cálculo para Retenção do Imposto de Rendas


O valor a ser retido a título de retenção do imposto de renda corresponde à aplicação
da alíquota definida pelo serviço sobre o valor dos serviços cobrado. Assim, a base de
cálculo corresponde ao total pago ou creditado, sem nenhuma dedução e isto quer dizer
que, nem mesmo despesas reembolsadas, ainda que previstas em contrato, podem ser
deduzidas do montante a ser utilizado no cálculo do imposto.
Esta regra, porém comporta quatro exceções, ou seja:

3.1 Serviço de propaganda e publicidade: - A base de cálculo do IR é o valor das


importâncias pagas, entregues ou creditadas, pelo anunciante, às agências de propaganda.
Desta forma, não integram a base de cálculo as importâncias repassadas pelas agências
de propaganda a empresas de rádio, televisão, jornais, publicidade ao ar livre ("out-
door"), cinema e revistas, nem os descontos por antecipação de pagamento;
Importante notar que o valor sobre qual incidirá a retenção será aquele que ficará
com a própria agência e o grande diferencial é que o imposto retido deverá ser recolhido
pela própria agência de propaganda. É o que se chama de "autorretenção". Algumas
definições:
a) PROPAGANDA: Qualquer forma remunerada de difusão de ideias,
mercadorias, produtos ou serviços, por parte de um anunciante identificado.
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b) AGÊNCIA DE PROPAGANDA: É a pessoa jurídica especializada nos


métodos, na arte e na técnica publicitários que, através de profissionais a seu
serviço, estuda, concebe, executa e distribui propaganda aos Veículos de
Divulgação, por ordem e conta de clientes anunciantes, com o objetivo de
promover a venda de mercadorias, produtos e serviços, difundir ideias ou informar
o público a respeito de organizações ou instituições a que servem.
c) CLIENTE OU ANUNCIANTE: É a entidade ou indivíduo que utiliza a
propaganda.

d) VEÍCULOS DE DIVULGAÇÃO: Qualquer meio de divulgação visual, auditiva


ou audiovisual, capaz de transmitir mensagens de propaganda ao público, desde
que reconhecido pelas entidades sindicais ou associações civis representativas de
classe, legalmente registradas.
Resumindo, caberá ao beneficiário (agência de propaganda) calcular e recolher o
correspondente imposto. À fonte pagadora (anunciante) ficará a tarefa de declarar a
agência de propaganda em sua DIRF (O valor "retido" deverá ser recolhido em DARF,
em nome da própria agência, a qual deverá incluir este débito em sua própria DCTF).
 Obrigação acessória da agência de propaganda: Entregar ao anunciante,
anualmente, até o dia 31 de janeiro de cada ano, o "Comprovante de
Rendimentos", o qual contemplará os valores que lhes foram pagos e os
impostos retidos e que será a base para preenchimento da DIRF.

3.2 Recebimento de Comissões e Corretagens: – No caso de repasse de parte da


comissão relativa a determinada operação, o recolhimento será efetuado pelo valor
líquido recebido pela pessoa jurídica. Em outras palavras, a Base de Cálculo será a
diferença entre o valor das comissões recebidas e o das repassadas a outras pessoas
jurídicas.
Assim, o recolhimento do IRRF será efetuado pela pessoa jurídica que receber de
outras pessoas jurídicas importâncias a título de comissões e corretagens decorrentes de:
a) Colocação ou negociação de títulos de renda fixa;
b) Operações realizadas em Bolsas de valores e em Bolsas de Mercadorias;
c) Distribuição de emissão de valores mobiliários, quando a pessoa jurídica atuar
como agente da companhia emissora;
d) Operações de câmbio;
e) Vendas de passagens, excursões ou viagens;
f) Administração de cartão de crédito;
g) Prestação de serviços de distribuição de refeições pelo sistema de refeições-
convênio;
h) Prestação de serviços de administração de convênios.
Desta forma, as pessoas jurídicas que pagarem ou creditarem as comissões e
corretagens ficam desobrigadas de efetuar a retenção do imposto. Neste caso, a
beneficiária da comissão ou corretagem deverá fazer constar de documento
comprobatório o valor do imposto que assume a responsabilidade de recolher.
3.3 Cooperativas de trabalho e associações profissionais ou assemelhadas: –
O critério para a definição desta retenção é a Natureza Jurídica do prestador e desta
forma, independe qual é o tipo de serviço prestado pela cooperativa de trabalho ou
associação profissional. Neste sentido, muitos serviços que não estariam sujeitos a
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retenção, se prestados por uma sociedade empresarial, ficarão sujeitos quando prestados
pelas cooperativas ou associações é o que ocorre com os serviços prestados pelas
cooperativas médicas e de transporte.
A retenção deve ser aplicada somente em relação aos serviços pessoais prestados
pelos cooperados ou associados. Assim, não se inclui na base de cálculo, por exemplo,
o valor relativo à taxa de administração.
O documento exigido para esta operação deverá conter informações acerca do valor
relativo aos serviços pessoais, para fins de que o imposto seja retido somente sobre essa
parcela. Na ausência de tais informações, a retenção deverá ser efetuada pelo valor total
pago ou creditado.
Sobre este assunto veja entendimento da Receita Federal em Solução de Consulta:
COOPERATIVAS DE TRABALHO MÉDICO. PLANOS DE SAÚDE. SERVIÇOS
PESSOAIS. RETENÇÃO. As importâncias pagas ou creditadas a cooperativas de
trabalho médico, relativas a serviços pessoais prestados pelos associados da
cooperativa, ainda que vinculados a um plano de saúde, na modalidade pós-pago
(remuneração conforme os atendimentos prestados), estão sujeitas à incidência do
imposto na fonte, à alíquota de um e meio por cento, nos termos do art. 652 do
RIR/1999. Processo de Consulta nº 88/10. Órgão: SRRF / 6a. Região Fiscal.
Publicação no D.O.U.: 21.10.2010.
COOPERATIVA - PLANOS DE SAÚDE - RETENÇÃO. Não estão sujeitas à
retenção do imposto de renda na fonte, as importâncias pagas ou creditadas por
pessoas jurídicas às cooperativas de trabalho médico, na condição de operadoras
de planos de assistência à saúde, relativas a contratos que estipulem valores fixos
de remuneração, independentemente da utilização dos serviços pelos usuários da
contratante (segurados). Por outro lado, estão sujeitas à incidência do imposto de
renda na fonte à alíquota de 1,5% (um e meio por cento) as importâncias pagas ou
creditadas pelas pessoas jurídicas às cooperativas de trabalho médico, relativas a
serviços pessoais prestados pelos associados ou colocados à sua disposição.
Dispositivos Legais: Arts. 647, § 1º, e 652 do Decreto Nº 3.000, de 26.03.1999
(republicado em 17.06.1999); e itens 24 a 26 do Parecer Normativo CST Nº 8, de
1986. Processo de Consulta nº 164/10. Órgão: SRRF / 8a. Região Fiscal.
Publicação no D.O.U.: 13.05.2010.
SERVIÇOS DE TRANSPORTE ESCOLAR - As importâncias pagas ou creditadas
por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas pela prestação de serviços de
transporte escolar não estão sujeitas à incidência do imposto de renda na fonte.
No caso de cooperativa de transporte de passageiros, as importâncias a ela pagas
ou creditadas por pessoas jurídicas, relativas a serviços pessoais que lhes forem
prestados por associados da cooperativa, submetem-se à incidência do imposto
na fonte à alíquota de um e meio por cento. DISPOSITIVOS LEGAIS: Arts. 647,
649, 651 e 652 do RIR/1999 (Decreto nº 3.000, de 1999); ADN Cosit nº 1, de 1993.
Processo de Consulta nº 44/09. Órgão: SRRF / 10a. Região Fiscal. Publicação no
D.O.U.: 31.08.2009.
COOPERATIVAS DE TRANSPORTE - Para os fins da incidência do imposto na
fonte, as cooperativas de trabalho deverão discriminar, em suas faturas, as
importâncias relativas aos serviços pessoais prestados à pessoa jurídica por seus
associados (sobre cujo valor incidirá o imposto na fonte) das importâncias que
corresponderem a outros custos ou despesas. No caso de cooperativas de
transportes rodoviários de cargas ou de passageiros, as importâncias relativas aos
serviços pessoais prestados deverão, ainda, ser discriminadas em parcela
tributável (40%, no caso de transporte de carga, e 60%, no caso de transporte de
passageiros) e parcela não tributável. Os serviços pessoais de movimentação de
carga e/ou materiais com o uso de empilhadeiras, não são considerados como
serviços de transporte de carga, salvo quando incluídos de modo complementar ou

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subsidiário em um contrato de serviço de transporte, não se aplicando a


distribuição percentual acima. Esta tributação não incidirá sobre a taxa de
administração cobrada na fatura. DISPOSITIVOS LEGAIS: RIR/1999, art. 652;
ADN Cosit nº 1, de 1993, Parecer Normativo CST nº 86, de 1976. Processo de
Consulta nº 60/09. Órgão: SRRF / 6a. Região Fiscal. Publicação no D.O.U.:
29.06.2009.

3.4 Empresa de Factoring: - A retenção somente se aplica sobre o valor da


comissão paga pela prestação de serviços, os chamados "ad valorem", que remunera os
serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, e
administração de contas a pagar e a receber.
Sobre este assunto veja entendimento da Receita Federal em Solução de Consulta:
FACTORING - A Receita Federal do Brasil emanou entendimento no sentido de
que os pagamentos efetuados por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas
pela prestação de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de
crédito, seleção e riscos, e administração de contas a pagar e a receber, inclusive
quando o serviço for prestado por empresas de factoring, se sujeitam à retenção
do imposto de renda, a que se refere o Art. 29 da Lei nº 10.833, de 29 de
dezembro de 2003, bem como à retenção da Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido (CSLL), da Contribuição para o PIS/Pasep e da Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social (Cofins), de que trata o Art. 30 da referida
Lei. Essas retenções somente se aplicam sobre o valor da comissão paga pela
prestação de serviços "ad valorem", que remunera os serviços de assessoria
creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, e administração de
contas a pagar e a receber (Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 10, de 2007).

1.5 Dispensa de Retenção


1.5.1 - Valor igual ou inferior a R$ 10,00)
O Art. 68 da Lei 9.430/96 estabelece a proibição de pagamento de DARF (Documento de
Arrecadação de Receitas Federais) com valor igual ou inferior a R$ 10,00.
O Art. 724 do RIR/99 dispõe que, é dispensada a retenção de imposto, de valor igual
ou inferior a dez reais, incidente na fonte sobre rendimentos que devam integrar:
A base de cálculo do imposto devido na declaração de ajuste anual das pessoas
físicas;
A base de cálculo do imposto devido pelas pessoas jurídicas tributadas com base
no lucro real, presumido ou arbitrado.
Observe-se que o disposto no art. 724 do RIR/99 aplica-se, tão somente, no caso de
retenção na fonte do imposto a título de antecipação. Assim, se forem rendimentos
exclusivos na fonte, como por exemplo, 13º salário, rendimentos de aplicação financeira,
entre outros, não há a dispensa. Deve haver a retenção e o respectivo recolhimento.
Sobre a polêmica acerca da dispensa de retenções para valores iguais ou inferiores a R$10,00
a Receita Federal em Solução de Consulta se posicionou no sentido de ficar o contribuinte
dispensado da retenção do imposto de renda quando, em cada pagamento ou crédito, o imposto
resultar em valor igual ou inferior a R$ 10,00. Veja:
DISPENSA DE RETENÇÃO - A dispensa de retenção do IRRF, prevista no art. 67
da Lei Nº 9.430, de 1996, para pagamentos feitos por pessoas jurídicas a outras
pessoas jurídicas, pela prestação de serviços de segurança e transporte de
valores, ocorre quando em cada importância paga ou creditada, realizada a
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qualquer tempo e tomada isoladamente, o imposto apurado for igual ou


inferior a R$ 10,00 (dez reais). Dispositivos Legais: Lei Nº 9.430, de 1996, arts.
67 e 68; Decreto Nº 3.000, de 1999, art. 649; Ato Declaratório Normativo Cosit Nº
06, de 2000. Processo de Consulta nº 99/09. Órgão: SRRF / 4a. Região Fiscal.
Publicação no D.O.U.: 18.11.2009
Não obstante o entendimento acima, para efeito de dispensa da retenção do imposto de renda
na fonte no caso de pagamentos (e/ou créditos) realizados de pessoa jurídica para outra pessoa
jurídica, recomenda-se efetuar o cálculo do IRRF sobre o valor acumulado dos pagamentos
(e/ou créditos) realizados no mesmo dia, desde que sejam referentes ao mesmo tipo de prestação
de serviços e à mesma pessoa jurídica (Matriz e suas Filiais).
A Lei 11.941/09 (Art. 68-A) determinou que o Poder Executivo poderá elevar para até R$
100,00 (cem reais) os limites e valores de que tratam os Art´s. 67 e 68 desta Lei, inclusive de
forma diferenciada por tributo, regime de tributação ou de incidência, relativos à utilização do
Documento de Arrecadação de Receitas Federais, podendo reduzir ou restabelecer os limites e
valores que vier a fixar. Uma vez isto ocorrendo, entendemos aplicar a regra aqui comentada.

1.5.2 - Dispensa de Retenção (Empresas enquadradas no SIMPLES)


Ficam dispensados da retenção quando a empresa prestadora do serviço for optante pelo
SIMPLES (Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e
das Empresas de Pequeno Porte) e nos casos em que a prestação de serviços seja realizada por
pessoa jurídica imune ou isenta do IR (Art. 30, § 2º da Lei 10.833/03). Exceção a esta regra se
faz aos rendimentos e ganhos líquidos auferidos pelas pessoas jurídicas do SIMPLES em
aplicações de renda fixa ou variável, cuja incidência do imposto na fonte será definitiva.

1.5.3 - Dispensa de Retenção (Pessoas Jurídicas Imunes e Isentas e os Condomínios)


Não haverá retenção do IR também, no caso de prestação de serviços por pessoa jurídica
imune ou isenta do Imposto.
Os condomínios edilícios (moradores), por não terem personalidade jurídica, estão fora do
campo da retenção de IR enquanto tomadores do serviço.

1.6 Recolhimento: prazo, documento de arrecadação


O Imposto de Renda Retido na Fonte deverá ser pago até o dia 20 do mês subseqüente à do
pagamento dos rendimentos, mediante utilização do código específico (ex. 1708) no campo 04
do DARF (Documento de Arrecadação de Receitas Federais).
Observe-se que, o fato gerador para o recolhimento do Imposto de Renda é o pagamento à
empresa emitente da Nota Fiscal ou a contabilização da Nota Fiscal (o que vier primeiro: RIR/99,
Arts. 192, XII, d, e 651, II). O Imposto de Renda deverá ser recolhido, então, até o dia 20 do mês
subseqüente à ocorrência do fato gerador. Caso não tenha expediente bancário no dia 20, o
imposto deverá ser recolhido até o primeiro dia útil anterior a esse dia, ou seja, ANTECIPA-SE o
recolhimento se o dia 20 não houver expediente bancário.
A legislação determina que o Fato Gerador do IRRF ocorre na data em que o rendimento
for pago ou creditado à pessoa jurídica beneficiária. No campo prático o que é “pagamento” e o
que é “crédito” para a determinação do nascimento da obrigação de reter o IRRF? Sobre o termo
“pagamento” não há o que se discutir: Pagamento do Rendimento, é a entrega de recursos,
inclusive mediante crédito em instituição financeira, a favor do beneficiário (art.38, parágrafo
único do RIR/99). O problema é quanto ao termo “crédito”

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A Receita Federal através do Parecer Normativo 121/73 dispôs que “Crédito é o registro
contábil, efetuado pela fonte pagadora, pelo qual o rendimento é colocado, incondicionalmente,
à disposição do beneficiário”.
O fato gerador da retenção do IRRF ocorre com a prestação de serviços e se materializa com
a emissão da nota fiscal. Assim, contrário do que se pensa, basta que seja prestado o serviço para
nascer o dever de reter e recolher o IR e isto independentemente de registro contábil (crédito)
pela empresa. Tomadora dos serviços.
Por esta razão temos o entendimento que o Fato Gerador do IRRF se dá, regra geral, com a
emissão da nota fiscal, pressupondo que esta seja emitida no momento da prestação do serviço.
Observe-se, ainda que um serviço que seja pago em várias parcelas, a retenção deverá ser
feita quando da prestação de serviços e não quando dos pagamentos das parcelas.
Quanto ao preenchimento do DARF, este deve ser emitido com o Nome e Nº do CNPJ do
Contribuinte Tomador e o Código da Receita (Exemplo: 1708).

1.7 Compensação dos valores retidos


Os valores retidos serão considerados como antecipação do que for devido pelo contribuinte
que sofreu a retenção, podendo ser compensados com o imposto e contribuições de mesma
espécie, devidos relativamente a fatos geradores ocorridos a partir do mês da retenção.
Assim, as retenções do Imposto de Renda serão objeto de compensação por parte do
contribuinte que as sofrer na sua apuração trimestral. No entanto, devem observar dois
importantes aspectos para garantia dessas compensações:
a) - A compensação não pode ser antecipada ao seu recolhimento em prazo normal;
b) – O contribuinte deverá estar documentado das retenções que sofrer para servir de
prova e suporte caso seja questionados no futuro.

1.8 Reflexos contábeis para a prestadora


O Imposto de Renda descontado na Fonte sobre os serviços prestados por pessoa jurídica a
outra pessoa jurídica será considerado como antecipação do devido pela beneficiária (art. 650 do
RIR/99).
Desta forma, o Imposto Retido na Fonte, na pessoa jurídica prestadora do serviço, assume
características de um direito a ser compensável, e assim sendo será classificado no Ativo
Circulante como IRRF a recuperar.

1.9 Reflexos contábeis para a tomadora


Na pessoa jurídica tomadora do serviço, que tem a obrigatoriedade de reter e recolher o
imposto devido sobre o valor do serviço a ser pago, o Imposto de Renda será tratado como uma
obrigação, e assim será classificado no Passivo Circulante como IRRF a recolher.

CONTABILIZAÇÃO
Considerando-se que determinada pessoa jurídica "XYZ" tenha emitido uma Nota Fiscal de
prestação de serviços para outra pessoa jurídica "ABC", com os seguintes dados:
- Valor da Nota Fiscal R$ 1.000,00
- Valor do IRRF informado ou não na Nota Fiscal (1,5% de R$ 1.000,00) R$ 15,00

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I - Tratamento contábil na pessoa jurídica "XYZ" - Prestadora do Serviço:

a) Pelo registro da Nota Fiscal:


D - CLIENTES (Ativo Circulante) R$ 985,00
D - IRRF A RECUPERAR (Ativo Circulante) R$ 15,00
C - RECEITAS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS (Resultado) R$ 1.000,00

b) Pelo recebimento do valor do cliente:


D - CAIXA/BANCO (Ativo Circulante)
C - CLIENTES (Ativo Circulante) R$ 985,00

c) Pela compensação do IRRF com o IRPJ devido:


D- IRPJ A RECOLHER (Passivo Circulante)
C - IRRF A COMPENSAR (Ativo Circulante) R$ 15,00

II - Tratamento contábil na pessoa jurídica "ABC" - tomadora do serviço:

a) Pelo registro da Nota Fiscal:


D - DESPESAS ADMINISTRATIVAS (Resultado) R$ 1.000,00
C - IRRF A RECOLHER (Passivo Circulante) R$ 15,00
C – FORNECEDORES (Passivo Circulante) R$ 985,00

b) Pelo pagamento do valor ao fornecedor:


D - FORNECEDORES (Passivo Circulante)
C - CAIXA/BANCO (Ativo Circulante) R$ 985,00

c) Pelo recolhimento do IRRF:


D - IRRF a recolher (Passivo Circulante)
C - CAIXA/BANCO (Ativo Circulante) R$ 15,00

1.10 Obrigações acessórias


1.10.1. DIRF – Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte
Até o último dia útil do mês de fevereiro do ano subseqüente, as empresas jurídicas que
efetuarem retenção do imposto de renda deverá fornecer à pessoa jurídica beneficiária do
pagamento (empresa emitente da Nota Fiscal) comprovante anual de retenção, conforme modelo
constante no Anexo Único da Instrução Normativa SRF nº 119/2000.
No mesmo mês, deverão apresentar Declaração de Imposto de Renda Retido na Fonte
(DIRF), nela discriminando, mensalmente, o somatório dos valores pagos e o total retido, por
contribuinte e por código de recolhimento.
A Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte – DIRF é uma obrigação tributária
acessória devida por todas as pessoas jurídicas, independentemente da forma de tributação
perante do Imposto de Rendas a ser apresentado pelo contribuinte relativo ao Imposto de Renda
Retido na Fonte.
A DIRF conterá a identificação por espécie de retenção e identificação do beneficiário, nos
termos estabelecidos pelo RIR e as Instruções Normativas baixadas pela Receita Federal do
Brasil - RFB.
A obrigação se estende as pessoas jurídicas que tenham efetuado retenção (ainda que em
único mês do ano-calendário) da CSLL, Cofins e PIS sobre pagamentos efetuados a outras
pessoas jurídicas.
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1.11.2. Arquivo de Documentos


Para efeitos da legislação tributária (Art. 173 e 195 do CTN- Lei 5.172) os livros obrigatórios
de escrituração comercial e fiscal, arquivos, documentos, papéis e comprovantes que deram
origem aos lançamentos contábeis, devem ser guardados até que ocorra a prescrição dos créditos
tributários decorrentes das operações a que se refiram.
Nos tributos de competência da União, o direito de a Fazenda Pública constituir o crédito
tributário extingue-se após 5 anos (exceção para o INSS que é de 10 anos), contados das seguinte
forma:
a) do 1º. dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado;
ou
b) da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o
lançamento anteriormente efetuado.
2 Retenção das Contribuições Sociais (PIS/ Cofins/ CSLL)
O Art. 30 da Lei 10.833/2003 dispõe que: “Os pagamentos efetuados pelas pessoas jurídicas
a outras pessoas jurídicas de direito privado, pela prestação de serviços de limpeza, conservação,
manutenção, segurança, vigilância, transporte de valores e locação de mão-de-obra, pela
prestação de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos,
administração de contas a pagar e a receber, bem como pela remuneração de serviços
profissionais, estão sujeitos a retenção na fonte da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido -
CSLL, da COFINS e da contribuição para o PIS/PASEP”
Assim, deverá haver a retenção nos pagamentos efetuados pelas pessoas jurídicas a outras
pessoas jurídicas de direito privado, pela prestação de serviços profissionais, serviços de limpeza,
conservação, manutenção, segurança, vigilância (inclusive escolta), transporte de valores e
locação de mão-de-obra bem assim serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de
crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, estão sujeitos à retenção na
fonte da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (1,0%), da COFINS (3,0%) e da
Contribuição para o PIS/Pasep (0,65%).
A responsabilidade da retenção e do recolhimento das contribuições é da fonte pagadora, ou
seja, é da pessoa jurídica tomadora de serviço e que prevê dois principais tipos de retenções
federais:
 Retenção a ser efetuada pelos órgãos públicos com as regras da IN 1234/12, e
 Retenção dos 4,65% previstas para os serviços específicos na IN 459/04.
Importante frisar que as retenções de tributos federais independem de seus destaques em nota
fiscal, cabendo ao contratante (tomador dos serviços) a responsabilidade da retenção e do
recolhimento.
A Lei nº 13.137/2015, publicada em 22/06/2015, dentre outras modificações, alterou a Lei nº
10.833/2003 no que diz respeito ao prazo de recolhimento, tendo determinado que os valores
retidos no mês, referentes a CSLL, ao PIS/PASEP e a COFINS, por pagamentos efetuados pela
prestação de serviços, deverão ser recolhidos pelo órgão público, ou de forma centralizada, pelo
estabelecimento matriz da pessoa jurídica, até o último dia útil do segundo decêndio do mês
subsequente àquele mês em que tiver ocorrido o pagamento à pessoa jurídica fornecedora
dos bens ou prestadora do serviço.

2.1- Pessoas jurídicas obrigadas a efetuar a retenção das Contribuições

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Desde 1º/02/04, todas as pessoas jurídicas que efetuarem pagamento a outras pessoas
jurídicas, pelos serviços listados, estão obrigadas a efetuar a retenção na fonte, inclusive:
a) As associações, inclusive entidades sindicais, federações, confederações, centrais
sindicais e serviços sociais autônomos;
b) As sociedades simples (novo Código Civil), inclusive sociedades cooperativas;
c) As fundações de direito privado; e
d) Os condomínios edilícios (condomínios de moradores).

2.1- Serviços Sujeitos à Retenção


Estão sujeitas à incidência do PIS/COFINS/CSLL, à alíquota de 4,65% (quatro inteiros e
sessenta e cinco décimos por cento) as importâncias pagas por pessoas jurídicas a outras pessoas
jurídicas, civis ou mercantis, pela prestação de serviços caracterizadamente de natureza
profissional. Regra geral são os mesmos serviços da lista anterior (Art. 647) acrescido ainda dos
serviços a seguir:
a) Limpeza;
b) Conservação;
c) Segurança;
d) Vigilância;
e) Locação de mão de obra;
f) Factoring.
A base de cálculo das contribuições é o valor bruto do serviço prestado, sem qualquer
dedução (art.2º da IN/SRF nº459/04).
O fato gerador da retenção das contribuições sociais é o pagamento do rendimento a outra
pessoa jurídica. As retenções alcançam também os pagamentos antecipados, por conta de
aquisições de bens ou prestação de serviços para entrega futura.
Aplica-se a retenção mesmo que a prestadora dos serviços seja contribuinte do PIS e da
COFINS na sistemática da "Não-cumulatividade" ou esteja enquadrada em quaisquer outros
regimes de alíquotas diferenciadas.

2.2- Empresas tomadoras dispensadas de realizar a retenção


As empresas prestadoras de serviços a tomadores optantes pelo SIMPLES (Sistema
Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de
Pequeno Porte) não deverão exigir a retenção destas contribuições na fonte, devendo, para
tanto, exigir apresentação a Declaração de que trata o Anexo I da Instrução Normativa SRF nº
459 (alterado pelo Anexo I da Instrução Normativa RFB nº 791, de 10/12/2007).

2.3- Empresas prestadoras dispensadas de sofrer a retenção


Empresas prestadoras de serviços de representação comercial, propaganda e publicidade não
poderão sofrer a retenção das Contribuições Sociais (PIS, COFINS e CSLL) ainda que estejam
obrigadas a retenção do IRRF.
No que se refere as Contribuições Sociais (PIS, COFINS e CSLL) é importante notar que o
Art. 30 da Lei nº 10.833/2003 incluiu os “serviços profissionais”, sem descrevê-los e que coube à

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Instrução Normativa nº 381/2003 (atual 459/04) da Receita Federal expressar o conceito de


“Serviço Profissional” ao limitar a retenção às atividades contidas no artigo 647 do RIR/99.
Neste contexto, as remunerações de serviços decorrentes de mediação de negócios,
juntamente com os serviços de propaganda e publicidade, todos previstos no Art. 651 do RIR/99,
não serão fruto de retenção e recolhimento das Contribuições Sociais (PIS, COFINS e CSLL) por
parte dos tomadores de serviços. A respeito disso, veja o que dispõe o Art. 1º, § 2º , IV da
Instrução Normativa 459/04:
Art. 1º Os pagamentos efetuados pelas pessoas jurídicas de direito privado a outras
pessoas jurídicas de direito privado, pela prestação de serviços de limpeza,
conservação, manutenção (...) bem como pela remuneração de serviços profissionais,
estão sujeitos à retenção na fonte da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL),
da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e da Contribuição
para o PIS/Pasep.
(...)
§ 2º Para fins do disposto neste artigo, entende-se como serviços:
(...)
IV - profissionais aqueles relacionados no § 1º do art. 647 do RIR/1999) ...

2.4- Percentual de Retenção


As alíquotas (4,65%) da tabela se aplicam nos percentuais indicados, mesmo que a
prestadora dos serviços seja contribuinte do PIS e da COFINS na sistemática da "Não
cumulatividade" ou esteja enquadrada em quaisquer outros regimes de alíquotas
diferenciadas.
Caso a pessoa jurídica contribuinte da CSLL, da COFINS e da Contribuição para o
PIS/PASEP, o recolhimento deverá ser feito englobadamente mediante a utilização do
código de receita 5952;
No caso de pessoa jurídica beneficiária de isenção, na forma da legislação específica,
de uma ou mais das contribuições, o recolhimento das contribuições não alcançadas pela
isenção deverá será feito mediante a utilização do código de receita 5987 para a CSLL,
5960 para a COFINS e 5979 para a contribuição para o PIS/PASEP.
Resumidamente, se couber a retenção das três contribuições, o valor total a ser retido da Nota
Fiscal é de 4,65%, emitindo a guia DARF com o Código da Receita 5952. Se a empresa emitente
da Nota Fiscal for beneficiária de isenção ou está amparada por medida judicial suspendendo
total ou parcialmente a retenção de alguma contribuição, a pessoa jurídica pagadora da Nota
Fiscal deverá calcular individualmente os valores acima, emitindo uma guia DARF para cada
contribuição retida, com os códigos de receita específicos.

2.5- Cuidados nos pagamentos a cooperativas do trabalho


O Art. 46 da Lei 11.196/05 que alterou o Art. 30 da Lei 11.051/04 e passou a vigorar com a
seguinte redação:
Art. 30 - As sociedades cooperativas de crédito e de transporte rodoviário de
cargas, na apuração dos valores devidos a título de Cofins e PIS-faturamento,
poderão excluir da base de cálculo os ingressos decorrentes do ato cooperativo
(...).
Importante lembrar que:
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“Denominam-se atos cooperativos os praticados entre as cooperativas e seus


associados, entre estes e aquelas e pelas cooperativas entre si quando
associados, para a consecução dos objetivos sociais” (Art. 79 da Lei n. 5.764/71).
Para Pontes de Miranda (Processo nº. : 10320.001177/2003-15 - Acórdão nº. :
105-15.416)”
“A sociedade cooperativa é sociedade em que a pessoa do sócio passa à frente do
elemento econômico, já que o fim primordial dessa sociedade é a prestação de
serviços aos cooperados, não auferindo receitas e tampouco possuindo despesas,
em conformidade com disposições do art. 80 da Lei n. 5.764/71.”
Observe que desde 1º de janeiro de 2005, a retenção de CSLL deixou de ser exigida nos
pagamentos efetuados às cooperativas, em relação aos atos cooperativos. Quanto as demais
contribuições, deve se observar as regras específicas. Vejam alguns entendimentos da Receita
Federal:
COOPERATIVAS DE TRABALHO ODONTOLÓGICO. PLANOS DE SAÚDE. Os
pagamentos efetuados por pessoas jurídicas de direito privado a cooperativas de
trabalho odontológico, na condição de operadoras de planos de assistência à
saúde, relativos a contratos que estipulem valores fixos de remuneração,
independentes da utilização dos serviços pelo contratante, não estão sujeitos à
retenção na fonte da Cofins, da Contribuição ao PIS/Pasep e da CSLL -
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, de que trata o art. 30 da Lei Nº 10.833,
de 2003.
SERVIÇOS PROFISSIONAIS. Os pagamentos realizados por pessoas jurídicas de
direito privado a cooperativas de trabalho odontológico pela prestação de serviços
de odontologia sujeitam-se à retenção na fonte da Cofins e da Contribuição ao
PIS/Pasep, de que trata o art. 30 da Lei Nº 10.833, de 2003. Independentemente
de configurarem serviços de operadoras de planos de assistência à saúde ou
serviços profissionais de odontologia, a partir de 1º de janeiro de 2005 deixou de
ser devida a retenção do percentual correspondente à CSLL - Contribuição Social
sobre o Lucro Líquido nos pagamentos efetuados às cooperativas, em relação
aos atos cooperativos. Dispositivos Legais: Art. 30 da Lei Nº 10.833, de 2003;
art. 647, § 1º, do RIR/1999 (Decreto Nº 3.000, de 1999); art. 1º da IN SRF Nº 459,
de 2004; Parecer Normativo CST Nº 8, de 1986. Processo de Consulta nº 328/10.
Órgão: SRRF / 8a. Região Fiscal. Publicação no D.O.U.: 25.10.2010.

2.6- Cuidados na prestação de serviços a órgãos públicos


Instrução Normativa RFB nº 1234, de 11 de janeiro de 2012, dispõe sobre a retenção de
tributos nos pagamentos efetuados pelos órgãos da administração pública federal direta,
autarquias e fundações federais, empresas públicas, sociedades de economia mista e demais
pessoas jurídicas que menciona a outras pessoas jurídicas pelo fornecimento de bens e serviços.
Referida Instrução Normativa tem como objetivo atualizar as disposições contidas na IN
SRF nº 480, revogada pela IN 1234/12 e que consolidando as alterações legais ocorridas até
2011. Principais alterações ocorridas:
a) Art. 5º Acrescentadas, em razão de alterações na legislação, outras hipóteses onde não
será devida a retenção da do PIS/Pasep e da COFINS, mas cabendo a retenção do IR e da CSLL.
b) Art. 12 Trata de situações específicas a serem observadas nos pagamentos a Agências
de Viagens e Turismo para aquisições de passagens aéreas e rodoviárias, despesas de
hospedagem, aluguel de veículos e prestação de serviços afins.
c) Art. 18 Dispõe sobre a utilização de créditos ou cartões eletrônicos na aquisição de
Refeição-Convênio (tíquete-alimentação e tíquete-refeição), Vale-Transporte e Vale-
Combustível.

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d) Art. 26 esclarece sobre as alíquotas e estabelece que as cooperativas de trabalho e as


associações de profissionais ou assemelhadas deverão emitir faturas distintas, segregando as
importâncias relativas aos diferentes serviços e comissão.
e) Arts. 27 a 29 esclarecem sobre as alíquotas incidentes sobre os pagamentos efetuados às
associações e às cooperativas de médicos e de odontólogos nas diversas modalidades, e devendo
também serem emitidas faturas distintas, segregando as importâncias relativas aos diferentes
serviços e comissão.
A IN 1234/12 também dispõe sobre as cooperativas de médicos veterinários que
comercializam planos de saúde para animal, e sobre os Planos Privados de Assistência à Saúde e
Odontológica, dentre outras alterações.

2.8- Procedimentos na emissão da nota fiscal


Dispunha o parágrafo § 3º do Art. 31, estava dispensados de Retenção os pagamentos de
valor igual ou inferior a R$ 5.000,00:
Esta regra também foi revogada pela Lei nº 13.137/15, uma vez que alterou a Lei nº
10.833/2003, estabeleceu que a dispensa da retenção das contribuições para o PIS, COFINS e
CSLL, que se aplicava a pagamentos de valor igual ou inferior a R$ 5.000,00, foi reduzida, só
ocorrerá quando resultar em um valor de retenção das contribuições igual ou inferior a R$
10,00.
Assim, também foi revogado o § 4º do art. 31 da Lei nº 10.833/03, que determinava que
quando ocorresse mais de um pagamento a mesma pessoa jurídica, deveria ser efetuada a soma
de todos os valores pagos no mês para efeito de cálculo do limite de retenção, compensando-se
o valor retido anteriormente, com isto, não há mais cumulatividade dos pagamentos, estes
devem ser considerados diariamente para a composição do valor mínimo a ser retido.

2.9- Situações envolvendo amparo judicial


Pessoa jurídica amparada por medida judicial referente à suspensão da exigibilidade do
pagamento, mediante depósito judicial, concessão de liminar em mandado de segurança ou outra
medida judicial, ou ainda por sentença judicial transitada em julgado, que determine a suspensão
do pagamento de qualquer das contribuições sujeitas à retenção, deverá proceder da seguinte
forma:
a) Efetuar o pagamento calculando, individualmente, os valores das contribuições não
alcançadas pela medida;
b) Efetuar o recolhimento do tributo (s) em DARF distintos e com código especifico para
cada um deles.
c) Exigir a cada pagamento a comprovação de que a não retenção continua amparada por
medida judicial.

2.10- Formas de compensação dos valores retidos


Os valores retidos e recolhidos pelo tomador serão considerados como antecipação do que
for devido pelo contribuinte que sofreu a retenção (prestador), podendo ser compensados com os
tributos de mesma espécie, devidos relativamente a fatos geradores ocorridos a partir do mês da
retenção. Neste sentido o prestador de serviços deverá observar dois importantes aspectos para
garantia dessas compensações:

Desenvolvido por Dirceu Antonio Passos, com base em bibliografia citada.


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 A compensação não pode ser antecipada ao seu recolhimento em prazo normal


(recomenda-se aproveitar a compensação no mês seguinte);
 Documentar as devidas retenções que sofreu para servir de prova e suporte caso de
eventual questionados no futuro.
Por se tratar de antecipação do tributo devido pela pessoa jurídica prestadora é que o mesmo
se torna compensável diretamente contra o tributo apurado como devido.
Exemplo prático:
 Tributo apurado como devido em 05/2015:...................... R$1.000,00
 Retenção ocorrida em 04/2015:......................................... (R$ 365,00)
 Tributo a recolher em 06/2015: ...........................................R$ 635,00

2.11 - Reflexos contábeis para a prestadora


Os tributos descontados na fonte (constantes da NF de prestação de serviços) decorrentes de
serviços prestados por pessoa jurídica a outra pessoa jurídica serão consideradas como
antecipação do devido no final de mês pela pessoa jurídica prestadora do serviço, assume
características de um direito a ser compensável e assim sendo serão classificados no Ativo
Circulante como PIS, COFINS E CSLL a recuperar.

2.12 Reflexos contábeis para a tomadora


Na pessoa jurídica tomadora do serviço, que tem a obrigatoriedade de reter e recolher o
imposto devido sobre o valor do serviço a ser pago, os tributos serão tratados como uma
obrigação, e assim serão classificados no Passivo Circulante como PIS a recolher, COFINS a
recolher e CSLL a recolher.

CONTABILIZAÇÃO
Considerando-se que determinada pessoa jurídica "XYZ" tenha emitido uma Nota Fiscal de
prestação de serviços para outra pessoa jurídica "ABC", com os seguintes dados:
- Valor da Nota Fiscal R$ 6.000,00
- Valor da CS (PIS, COFINS e CSLL) informados ou não na NF (4,65% de R$ 6.000,00) R$
279,00

I - Tratamento contábil na pessoa jurídica "XYZ" - prestadora do serviço:

a) Pelo registro da Nota Fiscal:


D - CLIENTES (Ativo Circulante) R$ 6.000,00
D - IRRF A RECUPERAR (Ativo Circulante) R$ 279,00
C - RECEITAS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS (Resultado) R$ 6.000,00

b) Pelo recebimento do valor do cliente:


D - CAIXA/BANCO (Ativo Circulante)
C - CLIENTES (Ativo Circulante) R$ 5.721,00

c) Pela compensação do IRRF com o IRPJ devido:


D- IRPJ A RECOLHER (Passivo Circulante)
C - IRRF A COMPENSAR (Ativo Circulante) R$ 279,00

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II - Tratamento contábil na pessoa jurídica "ABC" - tomadora do serviço:

a) Pelo registro da Nota Fiscal:


D - DESPESAS ADMINISTRATIVAS (Resultado) R$ 6.000,00
C - IRRF A RECOLHER (Passivo Circulante) R$ 279,00
C – FORNECEDORES (Passivo Circulante) R$ 5.721,00

b) Pelo pagamento do valor ao fornecedor:


D - FORNECEDORES (Passivo Circulante)
C - CAIXA/BANCO (Ativo Circulante) R$ 5.721,00

c) Pelo recolhimento do IRRF:


D - IRRF a recolher (Passivo Circulante)
C - CAIXA/BANCO (Ativo Circulante) R$ 279,00

2.13 - Obrigações acessórias


As obrigações acessórias, além das comuns ao Imposto de Rendas, também conta com a
DCTF, DACON e DIPJ.

3 Retenção do ISS
O ISS, Imposto sobre serviço de qualquer natureza, nos termos do Artigo 156, inciso IV da
Constituição Federal, compreende os serviços de qualquer natureza, não compreendidos na
competência tributária estadual, definidos em lei complementar da União.
Ressalvadas as exceções expressas na lista anexa a LC 116/06, os serviços nela mencionados
não ficam sujeitos ao Imposto Sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e
Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS,
ainda que sua prestação envolva fornecimento de mercadorias.
O Fato Gerador do ISS é a prestação de serviços, independente da denominação dada ao
serviço prestado.

Base legal
 Art. 156 da Constituição Federal;
 Lei Complementar 116/2003;
 Lei de cada município.

3.1- Contribuinte
O Prestador de serviços é o contribuinte do ISS. Assim, a empresa prestadora de serviço deve
manter cópia da Lei municipal de cada município em que presta serviço, objetivando conhecer a
legislação específica para a emissão da Nota Fiscal com retenção ou não.
Deve ainda observar, se a retenção exigida pelo município está relacionada com os serviços
constantes os incisos I ao XXII, art.3º, LC 116/03, pois poderá pagar indevidamente o ISS na
sede e o imposto ser devido no local de execução do serviço.
Os prestadores, quando da emissão de uma nota de serviço devem observar:
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o Emitir uma nota para cada tipo de serviço (observar o enquadramento nos itens e
subitens da lista) – alíquotas e incidência diferentes;
o Para quem o serviço foi prestado (pessoa física ou jurídica);
o Onde o serviço foi prestado (no município, fora do município ou no exterior);
o Onde o serviço é tributado (na origem ou no destino) – art. 3º da 116/03;
o Haverá ou não retenção na fonte;
o Qual o CFPS – Código Fiscal de Prestação de Serviço enquadrar;
o Como escriturar;
o Como declarar e recolher.
o Quais as obrigações acessórias pertinentes.

3.2- Responsáveis (tomador dos serviços)


O tomador de serviço é a pessoa jurídica que contrata o serviço permanentemente em suas
dependências, ou seja, o serviço é contratado para ser prestado diariamente, todos os dias do mês,
uma terceirização da atividade junto a contratante, nesse caso, o ISS é devido no local da
prestação do serviço.
A empresa que contrata o serviço poderá passar a condição de responsável pelo recolhimento
do ISS e assim deve ficar atenta aos casos em que é obrigatória a retenção e recolhimento do ISS.
Recomenda-se como medida de prudência, manter cópia da Lei Municipal em que está
estabelecida, a fim de acompanhar a legislação de seu município, pois mesmo que não faça a
retenção é obrigada a efetuar o recolhimento do imposto com juros e multas.
Neste sentido, os tomadores de serviços (clientes), quando da aquisição de serviços devem
observar:
o Necessidade de solicitar nota fiscal para cada tipo de serviço adquirido (observar o
enquadramento nos itens e subitens da lista) – alíquotas e incidência diferentes;
o De quem o serviço foi adquirido (pessoa física ou jurídica);
o De onde o serviço foi adquirido (no município, fora do município ou no exterior);
o Onde o serviço é tributado (na origem ou no destino) – art. 3º da 116/03;
o Se haverá ou não retenção na fonte;
o Qual o CFPS – Código Fiscal de Prestação de Serviço a enquadrar;
o Como escriturar;
o Como efetuar o recolhimento.
o Quais as obrigações acessórias pertinentes.

3.3- Inovações da LC 116/03


Atualmente, o ISS está regulamentado pela Lei Complementar 116/03, que dispõe que, o ISS
é de competência dos Municípios e do Distrito Federal e tem como fato gerador a prestação de
serviços constantes da lista anexa, ainda que esses não se constituam como atividade
preponderante do prestador.

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Assim, a LC 116/03 trouxe diversas mudanças no campo da incidência do ISS criando


elementos novos a serem observados pelos prestadores e pelos clientes, dentre elas destacam-se:
a) lista de serviços, dividida em itens e subitens;
b) serviços tributados no destino;
c) retenção na fonte;
d) prestador de serviços;
e) tomador de serviços;

3.4- Lista de serviços sujeitos ao ISS


ISS incide sobre a prestação de serviços constante da lista anexo à Lei Complementar, ainda
que esses não se constituam como atividade preponderante do prestador. Esta lista consta da Lei
Complementar 116/03 (anexa)
Imposto incide também sobre o serviço proveniente do exterior, ou cuja prestação tenha
iniciado no exterior.

3.5- Incidência do ISS na importação dos serviços


O ISS incide também sobre o serviço proveniente do exterior ou cuja prestação se tenha
iniciado no exterior.
Conforme a Constituição Federal, art. 156, O ISS não incide sobre as exportações de serviços
para o exterior do País (imunidade).
Por outro lado, são tributáveis normalmente os serviços desenvolvidos no Brasil, cujo
resultado aqui se verifique, ainda que o pagamento seja feito por residente no exterior.

3.6 - Definição do local da prestação de serviços


Regra geral, o serviço considera-se prestado e o imposto devido no local do estabelecimento
prestador ou, na falta do estabelecimento, no local do domicílio do prestador, exceto nas
hipóteses previstas nos itens I a XXII do art. 3 da Lei Complementar 116/2003.

3.7- ISS na fonte: empresas obrigadas a reter e recolher o ISS


A Retenção do ISS consiste na obrigação de o tomador do serviço (o contratante) de reter o
valor correspondente ao ISS devido pelo prestador do serviço, no momento do pagamento do
serviço contratado. Assim, o prestador do serviço receberá o preço contratado deduzido do valor
do imposto devido na prestação, que será recolhido aos cofres públicos pelo tomador do serviço.
A retenção do ISS será realizada nos serviços prestados em que o imposto seja devido no
local de prestação do serviço, em conformidade com incisos de I ao XXII, artigo 3º LC 116/03
(relação específica), nos casos em que os serviços são prestados em local diferente (outro
município) do estabelecimento prestador (sede, filial, escritório).

3.8- Base de cálculo do ISS na fonte


A base de cálculo do ISS é o preço do serviço sem nenhuma dedução, exceto os serviços de
construção civil que permitem deduções segundo a legislação de cada Município.
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No entanto, há regime especial destinado às sociedades de profissão regulamentada, que


poderão ter Base de Cálculo distinta, devendo ser verificada a legislação de cada Município

3.9- Alíquota do ISS na fonte


Cada Município tem competência para estabelecer em sua legislação o percentual do ISS,
desde que obedeça aos limites mínimos e máximos estabelecidos pelo Senado Federal
A Emenda Constitucional 37/2002, em seu artigo 3º, incluiu o artigo 88 ao Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias, fixando a alíquota mínima do ISS em 2% (dois por
cento), a partir da data da publicação da Emenda (13.06.2002).
A alíquota mínima poderá ser reduzida para os serviços a que se referem os itens 32, 33 e 34
da Lista de Serviços anexa ao Decreto-Lei nº 406, de 31 de dezembro de 1968.
A alíquota máxima de incidência do ISS foi fixada em 5% pelo art. 8, II, da Lei
Complementar 116/03.

3.10 Reflexos contábeis para a prestadora


A exemplo do que ocorre com a retenção do IRRF e das CS´s (PIS, COFINS e CSLL), o ISS
descontado na Fonte sobre os serviços prestados por pessoa jurídica a outra pessoa jurídica será
considerado como antecipação do devido pela beneficiária e desta forma o ISS na pessoa jurídica
prestadora do serviço, assume características de um direito a ser compensável e deverá ser
classificado no Ativo Circulante como ISS a recuperar.

3.11 Reflexos contábeis para a tomadora


Na pessoa jurídica tomadora do serviço, que tem a obrigatoriedade de reter e recolher o ISS
devido sobre o valor do serviço a ser pago, o Imposto será tratado como uma obrigação, e assim
deverá ser classificado no Passivo Circulante como ISS a recolher.

3.12- Obrigações acessórias


O Contribuinte e o Responsável tributário devem obrigatoriamente observar a legislação de
cada município para que tenham conhecimento específico das obrigações fiscais, acessórias e
vencimento do ISS de cada município. Abaixo elencamos algumas obrigações comuns a todos os
municípios:
o Registro de NF de Serviços Prestados – modelo 51;
o Registro de NF-Fatura de Serviços Prestados a Terceiros – modelo 53;
o Registro de NF de Serviços Tomados – modelo 56;
o Registro de Recebimento de impressos fiscais e termos de ocorrências – modelo 57.

4. Retenção Previdenciária de 11% para o INSS


A legislação básica para a compreensão da retenção do INSS é a Constituição Federal (art.
195), Lei 8.212/91, Decreto 3.048/99 e IN 971/00 (com alterações dadas pelas IN´s 980/09 e
1.027/10)
O Art. 112 da IN 971/09 dispõe que;
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“A empresa contratante de serviços prestados mediante cessão de mão-de-obra


ou empreitada, inclusive em regime de trabalho temporário, a partir da
competência fevereiro de 1999, deverá reter 11% (onze por cento) do valor bruto
da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços e recolher à
Previdência Social a importância retida, em documento de arrecadação
identificado com a denominação social e o CNPJ da empresa contratada.”
Trabalhador temporário, conforme a Lei nº 6.019/1974, é aquele contratado por três meses,
prorrogado por mais três meses e que também está obrigado a reter 11% do valor bruto da nota
fiscal a título de INSS.
Resumidamente, estão sujeitas à incidência do INSS na fonte, à alíquota de 11% (onze por
cento), as importâncias pagas ou creditadas por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas, os
serviços a seguir indicados:
o Cessão de mão de obra
o Serviços contínuos
o Empreitada;
o Trabalho temporário

Não estão sujeitas à incidência do INSS na fonte, à alíquota de 11% (onze por cento)
conforme disposto no art. 120 IN RFB nº 971/2009 nas seguintes situações:
o O valor correspondente a 11% for inferior ao limite estabelecido para recolhimento de
R$29,00
o A contratada não possuir empregados, sendo os serviços prestados pessoalmente pelo
titular ou sócio
o A contratação envolver somente serviços profissionais relativos ao exercício da
profissão regulamentada por legislação federal, ou serviços de treinamento e ensino

4.1- Conceitos básicos


a) - Empresa: É o empresário ou a sociedade que assume o risco de atividade econômica
urbana ou rural, com fins lucrativos ou não, bem como os órgãos e entidades da administração
pública direta, indireta ou fundacional. Equipara-se a empresa, para os efeitos da Lei nº 8.212/91,
o contribuinte individual em relação a segurado que lhe presta serviço, bem como a cooperativa,
a associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade, a missão diplomática e a repartição
consular de carreira estrangeira (redação dada pela Lei nº 9.876, de 26/11/99).

b) - Administração Pública: É a administração direta ou indireta da União, dos estados, do


Distrito Federal ou dos municípios, a abranger, inclusive, as entidades com personalidade
jurídica de direito privado sob o controle do poder público e as fundações por ele mantidas.

c) - Empresa de Trabalho Temporário: É a pessoa jurídica urbana, cuja atividade consiste


em colocar à disposição de outras empresas, temporariamente, trabalhadores qualificados, por ela
remunerados e assistidos, ficando obrigada a registrar a condição de temporário na Carteira de
Trabalho
A primeira providência que o tomador de serviços deverá tomar é verificar se o serviço
contratado está contido na relação do Art. 117 e 118 da IN 971/09 que dispõe acerca dos serviços
sujeitos à retenção, tanto na forma de Cessão de Mão-de-obra, como na Empreitada.
Observe-se, que a lista dos Art´s 117 e 118 é “exaustiva” por força do art. 119 da IN 997/09,
isto quer dizer que somente os serviços mencionados nelas estão sujeitos à retenção, assim, se o
serviço não estiver incluso nessa relação não poderá ocorrer a retenção:
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Art. 119. É exaustiva a relação dos serviços sujeitos à retenção, constante dos arts. 117 e 118,
conforme disposto no § 2º do art. 219 do RPS.
Parágrafo único. A pormenorização das tarefas compreendidas em cada um dos serviços,
constantes nos incisos dos arts. 117 e 118 são exemplificativas.

4.2 - Conceito de cessão de mão de obra


Dispõe o Art. 115. Cessão de mão-de-obra é a colocação à disposição da empresa
contratante, em suas dependências ou nas de terceiros, de trabalhadores que realizem serviços
contínuos, relacionados ou não com sua atividade fim, quaisquer que sejam a natureza e a forma
de contratação, inclusive por meio de trabalho temporário na forma da Lei nº 6.019, de 1974.
Dependências de terceiros são aquelas indicadas pela empresa contratante, que não sejam as
suas próprias e que não pertençam à empresa prestadora dos serviços.
Serviços contínuos são aqueles que constituem necessidade permanente da contratante, que
se repetem periódica ou sistematicamente, ligados ou não a sua atividade-fim, ainda que sua
execução seja realizada de forma intermitente ou por diferentes trabalhadores.
Por colocação à disposição da empresa contratante entende-se a cessão do trabalhador, em
caráter não eventual, ou seja, têm que haver a disponibilização desse trabalhador de forma
contínua, respeitados os limites do contrato.

4.3 - Conceito de empreitada


Dispõe o Art. 116. Empreitada é a execução, contratualmente estabelecida, de tarefa, de obra
ou de serviço, por preço ajustado, com ou sem fornecimento de material ou uso de equipamentos,
que podem ou não ser utilizados, realizada nas dependências da empresa contratante, nas de
terceiros ou nas da empresa contratada, tendo como objeto um resultado pretendido.
Assim, a empreitada difere da cessão de mão de obra em vários aspectos e, principalmente
pelo fato do serviço ter um início e um término, ou seja, o serviço tem previsão para o término.
Na cessão de mão de obra, não conseguimos precisar uma data específica, haja vista que neste
caso, constitui em necessidade permanente do contratante.

4.4 - Pessoa jurídica e pessoa física


Seguradas são sempre pessoas físicas que exercem, exerceram, ou não, atividade
remunerada. Neste sentido, pode-se dizer que segurado não é só aquele que recebe benefício,
mas também aquele que paga a contribuição, em outras palavras, pode ser trabalhadores com
vínculo efetivo ou eventual, com vínculo ou sem vínculo empregatício, que exercem ou não
atividade remunerada.

Em linhas gerais, podem-se classificar os segurados previdenciários em quatro grupos:


a) - Segurados obrigatórios comuns: os empregados, empregados domésticos e
trabalhadores avulsos;
b) - Segurados obrigatórios individuais: os autônomos, os equiparados a
autônomos, eventuais e empresários;
c) - Segurados obrigatórios especiais: produtores rurais;
d) - Segurados facultativos: donas de casa, o estudante (maiores de 16 anos), o síndico
de condomínio (desde que não remunerado), brasileiro que acompanha cônjuge que
presta serviços no exterior, quem deixou de ser segurado obrigatório, o bolsista
estagiário, bolsista que se dedique em tempo integral a pesquisa, curso de pós-graduação,

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mestrado ou doutorado no Brasil ou exterior, presidiário que não exerce atividade


remunerada e brasileiro residente ou domiciliado no exterior.
Ressaltamos que ainda e que este grupo de contribuintes da Previdência estejam fora do
escopo do nosso curso, é importante notar que as pessoas jurídicas (Empresas) que contratarem e
remunerarem um profissional autônomo ou equiparado terá a responsabilidade de descontar do
valor pago, a contribuição para a previdência social de 11% sobre o valor pago ou creditado.
Assim, as Empresas que remunerarem contribuintes individuais (autônomos) estão obrigadas
a entregar o COMPROVANTE DE PAGAMENTO PELA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS
PRESTADOS. Deste comprovante deverá constar, além das informações referentes a
remuneração paga e ao desconto efetuado, a IDENTIFICAÇÃO COMPLETA DA EMPRESA
COM O NÚMERO DO CNPJ E O NÚMERO DE INSCRIÇÃO DO CONTRIBUINTE
INDIVIDUAL NO INSS.
Além de todas essas obrigações, a Previdência Social determina que a pessoa jurídica é
obrigada a efetuar a inscrição no Instituto Nacional de Seguro Social - INSS, dos contribuintes
individuais contratados, caso estes não comprovem sua inscrição na data da contratação dos
serviços.

4.5- Hipóteses de retenção


Com base na Lei 9.711, de 20.11.98, foi atribuída nova redação ao artigo 31 da Lei 8.212/91,
alterando-se o sistema de recolhimento das contribuições das empresas que contratam serviços de
terceiros.
As empresas contratantes de serviços realizados mediante cessão de mão-de-obra ou sob a
forma de regime de trabalho temporário deverão reter 11% do valor bruto da nota fiscal ou fatura
de serviços e recolher a importância retida.
O recolhimento da contribuição deverá ser feito em nome da empresa que for cedente da
mão-de-obra, isto é, o prestador de serviços.

Cuidados na contratação de Pessoa Física


Quando a contratação envolver a prestação de serviço for de pessoa física não vinculada
empresa, o Tomador dos serviços deverá proceder da seguinte forma:
a. Cadastrar o contribuinte caso não possua nº inscrição junto à Previdência Social
b. Solicitar o comprovante desconto no caso do contribuinte já ter sofrido a retenção em
outras empresas (no mesmo período) para que seja respeitado o limite para desconto
c. Reter 11% do total da remuneração, limitado ao valor máximo de contribuição de R$
375,81 (11% de R$ 3.416,81 – Portaria Interministerial nº 350 de 30/12/2009);
d. Fornecer comprovante de pagamento individual discriminando os valores da
remuneração e descontos como também a identificação completa
e. Informar através da GFIP (Guia de recolhimento do FGTS e declaração à Previdência
Social) os pagamentos efetuados ao contribuinte individual

4.6 - Apuração da base de cálculo


Os Arts. 121 a 123 da IN 971/2009 tratam da apuração da base de cálculo da retenção, onde
é importante deixar claro que os valores de materiais ou de equipamentos, fornecidos pela

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contratada e discriminados no contrato e nota fiscal, NÃO integram a base de cálculo da


retenção, desde que comprovados

4.7- Deduções autorizadas


Determinados serviços estão sujeitos a redução da base de calculo (exemplo construção civil
e aplicação de equipamentos, maquinas, materiais e veículos) assim, a legislação deverá sempre
ser consultada.
ASSUNTO: Contribuições Sociais Previdenciárias
EMENTA: BASE DE CÁLCULO RETENÇÃO DE 11%. NOTA FISCAL DE
SERVIÇO. CESSÃO DE MÃO-DE-OBRA. Para o cálculo da retenção dos 11% da
Contribuição Previdenciária, somente, os valores dos materiais/equipamentos
fornecidos pela contratada poderão ser deduzidos do valor bruto da Nota Fiscal de
Serviço, desde que discriminados na Nota Fiscal e devidamente comprovados.
DISPOSITIVOS LEGAIS: Art.31 da Lei 8.212/91; Art.219,§ 7º e 8º, do Decreto 3.048 e Art. 149 a 151,
da IN nº 03/2005.

4.8- Reflexos contábeis para a tomadora


A retenção da contribuição ao INSS pela empresa contratante (tomadora dos serviços) será
registrada a crédito de conta própria do subgrupo de impostos e contribuições a recolher, no
passivo circulante, que pode ser intitulada "INSS Retido na Fonte a Recolher", por ocasião da
contabilização de nota fiscal, fatura ou recibo do prestador de serviços, observando-se o regime
de competência.
4.9- Reflexos contábeis para a prestadora
A empresa contratada (prestadora de serviços) deverá registrar o valor da contribuição ao
INSS a ser retida pela empresa contratante (tomadora dos serviços) a débito de conta própria do
subgrupo de impostos e contribuições a recuperar, no Ativo Circulante, que pode ser intitulada
"INSS Retido na Fonte a Compensar", por ocasião da contabilização de nota fiscal, fatura ou
recibo referente aos serviços prestados, observando-se o regime de competência.
Por ocasião da contabilização da folha de pagamentos (dos empregados, empresários e
autônomos), o valor da contribuição ao INSS devida pela empresa será registrado a crédito da
conta de "INSS a Recolher", no Passivo Circulante.
Quando for efetivada a compensação do valor retido na fonte com o valor da contribuição
efetivamente devida ao INSS (na GPS), o valor compensado, registrado na conta "INSS Retido
na Fonte a Compensar" (do Ativo Circulante), será baixado a débito da conta de "INSS a
Recolher" (do Passivo Circulante).
Na eventualidade de o valor da retenção ser superior ao valor da contribuição ao INSS
devida, o saldo remanescente na conta "INSS Retido na Fonte a Compensar", por não ser
passível de compensação e sim de restituição, deverá ser transferido para outra conta, do mesmo
subgrupo de impostos e contribuições a recuperar, intitulada "INSS Retido na Fonte a
Restituir".

Vencimento
O recolhimento das contribuições deverá ocorrer até o dia 20 do mês seguinte ao da
emissão do Documento Fiscal, antecipando-se para o primeiro dia útil imediatamente anterior
quando não houver expediente bancário naquele dia. (art. 129 da IN RFB nº 971/2009)
Código GPS: 2631 - Contribuição retida sobre a NF/Fatura da Empresa Prestadora de
Serviço CNPJ/MF

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4.10- Obrigações Acessórias


1) - Obrigações Acessórias da Contratante  A contratante deve manter em arquivo, por
contratada, em ordem cronológica, durante dez anos:
 Notas fiscais, faturas ou os recibos de prestação de serviços;
 Cópia das GFIP; e
 Se for o caso dos documentos relacionados no § 2º do art. 127 e, no caso de serviços
contratados por meio de consórcio, os relacionados no § 2º do art. 128.

2) GFIP – Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social:


A GFIP foi instituída para que a Previdência Social conheça seus segurados, agilizando a
concessão de benefícios, dificultando as fraudes, assim como, para que a empresa declare o valor
à previdência social, propiciando o cruzamento de informações entre o valor declarado e o valor
recolhido (reflexos no sistema de Certidão Negativa de Débitos – CND. Do mesmo modo, para
que a Previdência Social possa utilizar as informações contidas no sistema informatizado do
Cadastro Nacional de Informações Sociais - CNIS na Concessão de benefícios, em razão da
inversão do ônus da prova, com base na lei n° 10.403/02 (a partir de 01.09.02).
Dessa forma, a GFIP deve ser apresentada através da Conectividade Social, até o dia 05 do
mês subseqüente à ocorrência da hipótese de incidência, quando do recolhimento do Fundo de
Garantia por Tempo de Serviço - FGTS.

5. ANEXOS

5.1 - TABELA DE IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE – IRRF – A partir de 2015

OBSERVAR QUE PARA O ANO DE 2015 EXISTEM 2 TABELAS, CONFORME ABAIXO:

Medida Provisória 670/2015


Validade Base de Cálculo (R$) Alíquota (%) Parcela a Deduzir do IR (R$)
Até 1.903,98 - -
VIGÊNCIA
De 1.903,99 até 2.826,65 7,5 142,80
A PARTIR DE De 2.826,66 até 3.751,05 15 354,80
01.04.2015 De 3.751,06 até 4.664,68 22,5 636,13
Acima de 4.664,68 27,5 869,36
Dedução por dependente: R$ 189,59 (cento e oitenta e nove reais e cinquenta e nove centavos).

Medida Provisória 528/2011 convertida na Lei 12.469/2011

Validade Base de Cálculo (R$) Alíquota (%) Parcela a Deduzir do IR (R$)


Até 1.787,77 - -
VIGÊNCIA DE
De 1.787,78 até 2.679,29 7,5 134,08
01.01.2015 A De 2.679,30 até 3.572,43 15 335,03
31.03.2015 De 3.572,44 até 4.463,81 22,5 602,96
Acima de 4.463,81 27,5 826,15
Dedução por dependente: R$ 179,71 (cento e setenta e nove reais e setenta e um centavos).

5.2 - IRRF E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL

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ESPÉCIE DE SERVIÇO PRESTADO POR PESSOA IRPJ - DARF -


JURÍDICA ALÍQUOTA CÓDIGO

Limpeza 1,0%

Conservação de bens imóveis, exceto reformas e obras assemelhadas


1,0%
(Instrução Normativa SRF nº 34/89)

Segurança, inclusive o Transporte de Valores (ADN COSIT 6/2000) 1,0%

Vigilância (inclusive escolta) 1,0%

Locação de mão-de-obra de empregados da locadora colocados a serviço da


1,0%
locatária, em local por esta determinado

Administração de bens ou negócios em geral (exceto consórcios ou fundos


1,5%
mútuos para aquisição de bens)
1708
Advocacia 1,5%

Análise clínica laboratorial 1,5%

Análises técnicas 1,5%

Arquitetura 1,5%

Assessoria e consultoria técnica (exceto o serviço de assistência técnica


prestado a terceiros e concernente a ramo de indústria ou comércio explorado pelo 1,5%
prestador do serviço)

Assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos,


administração de contas a pagar e a receber, inclusive quando o serviço for prestado 1,5%
por empresas de factoring

Assistência social 1,5%

Auditoria 1,5%

Avaliação e perícia 1,5%

biologia e biomedicina 1,5%

Cálculo em geral 1,5%

Consultoria 1,5%

Contabilidade 1,5%

Desenho técnico 1,5%

Economia 1,5%

Elaboração de projetos 1,5%

Engenharia (exceto construção de estradas, pontes, prédios e obras


1,5%
assemelhadas)

Ensino e treinamento 1,5%

Estatística 1,5%

Fisioterapia 1,5%

Fonoaudiologia 1,5%

Geologia 1,5%

Leilão 1,5%

Medicina (exceto a prestada por ambulatório, banco de sangue, casa de saúde,


1,5%
casa de recuperação ou repouso sob orientação médica, hospital e pronto-socorro)

Nutricionismo e dietética 1,5%

Odontologia 1,5%

Organização de feiras de amostras, congressos, seminários, simpósios e


1,5%
congêneres

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Pesquisa em geral 1,5%

Planejamento 1,5%

Programação 1,5%

Prótese 1,5%

Psicologia e psicanálise 1,5%

Química 1,5%

Radiologia e radioterapia 1,5%

Relações públicas 1,5%

Serviço de despachante 1,5%

Terapêutica ocupacional 1,5%

Tradução ou interpretação comercial 1,5%

Urbanismo 1,5%

Veterinária 1,5%

Comissões e corretagens pela mediação de negócios 1,5%


8045
Propaganda e Publicidade (Base de cálculo de acordo com a IN SRF 123/92) 1,5%

Cooperativas de Trabalho 1,5%


3280
Associações profissionais e assemelhadas 1,5%

5.3 – TABELA DE SERVIÇOS COM INCIDÊNCIA DE PIS, COFINS e CSLL

CONTRIBUIÇÕES/CÓDIGOS ESPECÍFICOS

CSL COF SOM


ESPÉCIE DE SERVIÇOS PIS
L INS A

5987 5979 5960 5952

Assessoria creditícia, mercadológica,


gestão de crédito, seleção e riscos,
administração de contas a pagar e a receber, 1,0% 0,65% 3,0% 4,65%
inclusive quando o serviço for prestado por
empresas de factoring

Limpeza 1,0% 0,65% 3,0% 4,65%

Conservação de bens imóveis, exceto


reformas e obras assemelhadas (Instrução 1,0% 0,65% 3,0% 4,65%
Normativa SRF nº 34/89)

Manutenção (alcança todo e qualquer


serviço de manutenção efetuado em bens 1,0% 0,65% 3,0% 4,65%
móveis ou imóveis)

Segurança 1,0% 0,65% 3,0% 4,65%

Vigilância (inclusive escolta) 1,0% 0,65% 3,0% 4,65%

Locação de mão-de-obra 1,0% 0,65% 3,0% 4,65%

Transporte de valores (não compreende


os serviços de transporte interestadual ou 1,0% 0,65% 3,0% 4,65%
intermunicipal de cargas ou passageiros)

Administração de bens ou negócios em


geral (exceto consórcios ou fundos mútuos 1,0% 0,65% 3,0% 4,65%
para aquisição de bens)

Advocacia 1,0% 0,65% 3,0% 4,65%

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Análise clínica laboratorial 1,0% 0,65% 3,0% 4,65%

Análises técnicas 1,0% 0,65% 3,0% 4,65%

Arquitetura 1,0% 0,65% 3,0% 4,65%

Assessoria e consultoria técnica (exceto


o serviço de assistência técnica prestado a
1,0% 0,65% 3,0% 4,65%
terceiros e concernente a ramo de indústria ou
comércio explorado pelo prestador do serviço)

Assistência social 1,0% 0,65% 3,0% 4,65%

Auditoria 1,0% 0,65% 3,0% 4,65%

Avaliação e perícia 1,0% 0,65% 3,0% 4,65%

biologia e biomedicina 1,0% 0,65% 3,0% 4,65%

Cálculo em geral 1,0% 0,65% 3,0% 4,65%

Consultoria 1,0% 0,65% 3,0% 4,65%

Contabilidade 1,0% 0,65% 3,0% 4,65%

Desenho técnico 1,0% 0,65% 3,0% 4,65%

Economia 1,0% 0,65% 3,0% 4,65%

Elaboração de projetos 1,0% 0,65% 3,0% 4,65%

Engenharia (exceto construção de


1,0% 0,65% 3,0% 4,65%
estradas, pontes, prédios e obras assemelhadas)

Ensino e treinamento 1,0% 0,65% 3,0% 4,65%

Estatística 1,0% 0,65% 3,0% 4,65%

Fisioterapia 1,0% 0,65% 3,0% 4,65%

Fonoaudiologia 1,0% 0,65% 3,0% 4,65%

Geologia 1,0% 0,65% 3,0% 4,65%

Leilão 1,0% 0,65% 3,0% 4,65%

Medicina (exceto a prestada por


ambulatório, banco de sangue, casa de saúde,
1,0% 0,65% 3,0% 4,65%
casa de recuperação ou repouso sob orientação
médica, hospital e pronto-socorro)

Nutricionismo e dietética 1,0% 0,65% 3,0% 4,65%

Odontologia 1,0% 0,65% 3,0% 4,65%

Organização de feiras de amostras,


congressos, seminários, simpósios e 1,0% 0,65% 3,0% 4,65%
congêneres

Pesquisa em geral 1,0% 0,65% 3,0% 4,65%

Planejamento 1,0% 0,65% 3,0% 4,65%

Programação 1,0% 0,65% 3,0% 4,65%

Prótese 1,0% 0,65% 3,0% 4,65%

Psicologia e psicanálise 1,0% 0,65% 3,0% 4,65%

Química 1,0% 0,65% 3,0% 4,65%

Radiologia e radioterapia 1,0% 0,65% 3,0% 4,65%

Relações públicas 1,0% 0,65% 3,0% 4,65%

Serviço de despachante 1,0% 0,65% 3,0% 4,65%

Terapêutica ocupacional 1,0% 0,65% 3,0% 4,65%

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Tradução ou interpretação comercial 1,0% 0,65% 3,0% 4,65%

Urbanismo 1,0% 0,65% 3,0% 4,65%

Veterinária. 1,0% 0,65% 3,0% 4,65%

5.5 INSS – IN 971/09 (com alterações dadas pelas IN´s 980/09 e 1027/10)
CAPÍTULO VIII - DA RETENÇÃO - Seção I - Da Obrigação Principal da Retenção
Art. 112. A empresa contratante de serviços prestados mediante cessão de mão-de-obra ou
empreitada, inclusive em regime de trabalho temporário, a partir da competência fevereiro de 1999, deverá
reter 11% (onze por cento) do valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços e
recolher à Previdência Social a importância retida, em documento de arrecadação identificado com a
denominação social e o CNPJ da empresa contratada, observado o disposto no art. 79 e no art. 145.
§ 1º Para fins do disposto no caput, a empresa contratada deverá emitir nota fiscal, fatura ou recibo de
prestação de serviços específica para os serviços prestados em condições especiais pelos segurados ou
discriminar o valor desses na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços.
§ 2º A partir da competência junho de 2009, quando a retenção prevista no caput for efetuada em
nome de consórcio, constituído na forma dos arts. 278 e 279 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976,
aplica-se o disposto no parágrafo único do art. 113; no § 2º do art. 125; no § 3º do art. 127; no art. 128 e
nos §§ 2º e 3º do art. 129 desta Instrução Normativa.
§ 3º Quando a retenção for efetuada pela contratante diretamente sobre o valor bruto da nota fiscal, da
fatura ou do recibo de prestação de serviço da empresa consorciada que participou dos serviços prestados
pelo consórcio, o recolhimento da retenção será na forma prevista no caput, observadas as demais
disposições deste Capítulo para as empresas em geral.
Art. 113. O valor retido na forma do art. 112 poderá ser compensado, por qualquer estabelecimento da
empresa contratada, com as contribuições devidas à Previdência Social ou ser objeto de pedido de
restituição, na forma prevista em ato próprio da RFB, ressalvado o disposto no parágrafo único deste
artigo.
Parágrafo único. O valor retido em nome do consórcio, na forma prevista no § 2º do art. 112, depois de
observados os procedimentos previstos no § 3º do art. 127, no art. 128 e no § 2º do art. 129, poderá ser
compensado pelas empresas consorciadas com as contribuições devidas à Previdência Social,
proporcionalmente à participação de cada uma delas, ou ser objeto de pedido de restituição por estas, na
forma prevista em ato próprio da RFB.
Art. 114. A empresa optante pelo SIMPLES, que prestou serviços mediante cessão de mão-de-obra
ou empreitada, durante a vigência da Lei nº 9.317, de 5 de dezembro de 1996, está sujeita à retenção
sobre o valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços emitido.
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica no período de 1º de janeiro de 2000 a 31 de
agosto de 2002.
Seção II
Da Cessão de Mão-de-Obra e da Empreitada
Art. 115. Cessão de mão-de-obra é a colocação à disposição da empresa contratante, em suas
dependências ou nas de terceiros, de trabalhadores que realizem serviços contínuos, relacionados ou não
com sua atividade fim, quaisquer que sejam a natureza e a forma de contratação, inclusive por meio de
trabalho temporário na forma da Lei nº 6.019, de 1974.
§ 1º Dependências de terceiros são aquelas indicadas pela empresa contratante, que não sejam as
suas próprias e que não pertençam à empresa prestadora dos serviços.
§ 2º Serviços contínuos são aqueles que constituem necessidade permanente da contratante, que se
repetem periódica ou sistematicamente, ligados ou não a sua atividade fim, ainda que sua execução seja
realizada de forma intermitente ou por diferentes trabalhadores.
§ 3º Por colocação à disposição da empresa contratante, entende-se a cessão do trabalhador, em
caráter não eventual, respeitados os limites do contrato.
Art. 116. Empreitada é a execução, contratualmente estabelecida, de tarefa, de obra ou de serviço,
por preço ajustado, com ou sem fornecimento de material ou uso de equipamentos, que podem ou não ser

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utilizados, realizada nas dependências da empresa contratante, nas de terceiros ou nas da empresa
contratada, tendo como objeto um resultado pretendido.
Seção III
Dos Serviços Sujeitos à Retenção
Art. 117. Estarão sujeitos à retenção, se contratados mediante cessão de mão-de-obra ou empreitada,
observado o disposto no art. 149, os serviços de:
I - limpeza, conservação ou zeladoria, que se constituam em varrição, lavagem, enceramento ou em
outros serviços destinados a manter a higiene, o asseio ou a conservação de praias, jardins, rodovias,
monumentos, edificações, instalações, dependências, logradouros, vias públicas, pátios ou de áreas de
uso comum;
II - vigilância ou segurança, que tenham por finalidade a garantia da integridade física de pessoas ou a
preservação de bens patrimoniais;
III - construção civil, que envolvam a construção, a demolição, a reforma ou o acréscimo de
edificações ou de qualquer benfeitoria agregada ao solo ou ao subsolo ou obras complementares que se
integrem a esse conjunto, tais como a reparação de jardins ou de passeios, a colocação de grades ou de
instrumentos de recreação, de urbanização ou de sinalização de rodovias ou de vias públicas;
IV - natureza rural, que se constituam em desmatamento, lenhamento, aração ou gradeamento,
capina, colocação ou reparação de cercas, irrigação, adubação, controle de pragas ou de ervas daninhas,
plantio, colheita, lavagem, limpeza, manejo de animais, tosquia, inseminação, castração, marcação,
ordenhamento e embalagem ou extração de produtos de origem animal ou vegetal;
V - digitação, que compreendam a inserção de dados em meio informatizado por operação de teclados
ou de similares;
VI - preparação de dados para processamento, executados com vistas a viabilizar ou a facilitar o
processamento de informações, tais como o escaneamento manual ou a leitura ótica.
Parágrafo único. Os serviços de vigilância ou segurança prestados por meio de monitoramento
eletrônico não estão sujeitos à retenção.
Art. 118. Estarão sujeitos à retenção, se contratados mediante cessão de mão-de-obra, observado o
disposto no art. 149, os serviços de:
I - acabamento, que envolvam a conclusão, o preparo final ou a incorporação das últimas partes ou
dos componentes de produtos, para o fim de colocá-los em condição de uso;
II - embalagem, relacionados com o preparo de produtos ou de mercadorias visando à preservação ou
à conservação de suas características para transporte ou guarda;
III - acondicionamento, compreendendo os serviços envolvidos no processo de colocação ordenada
dos produtos quando do seu armazenamento ou transporte, a exemplo de sua colocação em paletes,
empilhamento, amarração, dentre outros;
IV - cobrança, que objetivem o recebimento de quaisquer valores devidos à empresa contratante,
ainda que executados periodicamente;
V - coleta ou reciclagem de lixo ou de resíduos, que envolvam a busca, o transporte, a separação, o
tratamento ou a transformação de materiais inservíveis ou resultantes de processos produtivos, exceto
quando realizados com a utilização de equipamentos tipo contêineres ou caçambas estacionárias;
VI - copa, que envolvam a preparação, o manuseio e a distribuição de todo ou de qualquer produto
alimentício;
VII - hotelaria, que concorram para o atendimento ao hóspede em hotel, pousada, paciente em
hospital, clínica ou em outros estabelecimentos do gênero;
VIII - corte ou ligação de serviços públicos, que tenham como objetivo a interrupção ou a conexão do
fornecimento de água, de esgoto, de energia elétrica, de gás ou de telecomunicações;
IX - distribuição, que se constituam em entrega, em locais predeterminados, ainda que em via pública,
de bebidas, de alimentos, de discos, de panfletos, de periódicos, de jornais, de revistas ou de amostras,
dentre outros produtos, mesmo que distribuídos no mesmo período a vários contratantes;
X - treinamento e ensino, assim considerados como o conjunto de serviços envolvidos na transmissão
de conhecimentos para a instrução ou para a capacitação de pessoas;
XI - entrega de contas e de documentos, que tenham como finalidade fazer chegar ao destinatário
documentos diversos tais como, conta de água, conta de energia elétrica, conta de telefone, boleto de
cobrança, cartão de crédito, mala direta ou similares;

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XII - ligação de medidores, que tenham por objeto a instalação de equipamentos destinados a aferir o
consumo ou a utilização de determinado produto ou serviço;
XIII - leitura de medidores, aqueles executados, periodicamente, para a coleta das informações
aferidas por esses equipamentos, tais como a velocidade (radar), o consumo de água, de gás ou de
energia elétrica;
XIV - manutenção de instalações, de máquinas ou de equipamentos, quando indispensáveis ao seu
funcionamento regular e permanente e desde que mantida equipe à disposição da contratante;
XV - montagem, que envolvam a reunião sistemática, conforme disposição predeterminada em
processo industrial ou artesanal, das peças de um dispositivo, de um mecanismo ou de qualquer objeto, de
modo que possa funcionar ou atingir o fim a que se destina;
XVI - operação de máquinas, de equipamentos e de veículos relacionados com a sua movimentação
ou funcionamento, envolvendo serviços do tipo manobra de veículo, operação de guindaste, painel
eletroeletrônico, trator, colheitadeira, moenda, empilhadeira ou caminhão fora-de-estrada;
XVII - operação de pedágio ou de terminal de transporte, que envolvam a manutenção, a conservação,
a limpeza ou o aparelhamento de terminal de passageiros terrestre, aéreo ou aquático, de rodovia, de via
pública, e que envolvam serviços prestados diretamente aos usuários;
XVIII - operação de transporte de passageiros, inclusive nos casos de concessão ou de
subconcessão, envolvendo o deslocamento de pessoas por meio terrestre, aquático ou aéreo;
XIX - portaria, recepção ou ascensorista, realizados com vistas ao ordenamento ou ao controle do
trânsito de pessoas em locais de acesso público ou à distribuição de encomendas ou de documentos;
XX - recepção, triagem ou movimentação, relacionados ao recebimento, à contagem, à conferência, à
seleção ou ao remanejamento de materiais;
XXI - promoção de vendas ou de eventos, que tenham por finalidade colocar em evidência as
qualidades de produtos ou a realização de shows, de feiras, de convenções, de rodeios, de festas ou de
jogos;
XXII - secretaria e expediente, quando relacionados com o desempenho de rotinas administrativas;
XXIII - saúde, quando prestados por empresas da área da saúde e direcionados ao atendimento de
pacientes, tendo em vista avaliar, recuperar, manter ou melhorar o estado físico, mental ou emocional
desses pacientes;
XXIV - telefonia ou de telemarketing, que envolvam a operação de centrais ou de aparelhos
telefônicos ou de teleatendimento.
Art. 119. É exaustiva a relação dos serviços sujeitos à retenção, constante dos arts. 117 e 118,
conforme disposto no § 2º do art. 219 do RPS.
Parágrafo único. A pormenorização das tarefas compreendidas em cada um dos serviços, constantes
nos incisos dos arts. 117 e 118, é exemplificativa.
Seção IV
Da Dispensa da Retenção
Art. 120. A contratante fica dispensada de efetuar a retenção, e a contratada, de registrar o destaque
da retenção na nota fiscal, na fatura ou no recibo, quando:
I - o valor correspondente a 11% (onze por cento) dos serviços contidos em cada nota fiscal, fatura ou
recibo de prestação de serviços for inferior ao limite mínimo estabelecido pela RFB para recolhimento em
documento de arrecadação;
II - a contratada não possuir empregados, o serviço for prestado pessoalmente pelo titular ou sócio e o
seu faturamento do mês anterior for igual ou inferior a 2 (duas) vezes o limite máximo do salário-de-
contribuição, cumulativamente;
III - a contratação envolver somente serviços profissionais relativos ao exercício de profissão
regulamentada por legislação federal, ou serviços de treinamento e ensino definidos no inciso X do art.
118, desde que prestados pessoalmente pelos sócios, sem o concurso de empregados ou de outros
contribuintes individuais.
§ 1º Para comprovação dos requisitos previstos no inciso II do caput, a contratada apresentará à
tomadora declaração assinada por seu representante legal, sob as penas da lei, de que não possui
empregados e o seu faturamento no mês anterior foi igual ou inferior a 2 (duas) vezes o limite máximo do
salário-de-contribuição.

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§ 2º Para comprovação dos requisitos previstos no inciso III do caput, a contratada apresentará à
tomadora declaração assinada por seu representante legal, sob as penas da lei, de que o serviço foi
prestado por sócio da empresa, no exercício de profissão regulamentada, ou, se for o caso, por profissional
da área de treinamento e ensino, e sem o concurso de empregados ou contribuintes individuais, ou
consignará o fato na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços.
§ 3º Para fins do disposto no inciso III do caput, são serviços profissionais regulamentados pela
legislação federal, dentre outros, os prestados por administradores, advogados, aeronautas, aeroviários,
agenciadores de propaganda, agrônomos, arquitetos, arquivistas, assistentes sociais, atuários, auxiliares
de laboratório, bibliotecários, biólogos, biomédicos, cirurgiões dentistas, contabilistas, economistas
domésticos, economistas, enfermeiros, engenheiros, estatísticos, farmacêuticos, fisioterapeutas,
terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, geógrafos, geólogos, guias de turismo, jornalistas profissionais,
leiloeiros rurais, leiloeiros, massagistas, médicos, meteorologistas, nutricionistas, psicólogos, publicitários,
químicos, radialistas, secretárias, taquígrafos, técnicos de arquivos, técnicos em biblioteconomia, técnicos
em radiologia e tecnólogos.
Seção V
Da Apuração da Base de Cálculo da Retenção
Art. 121. Os valores de materiais ou de equipamentos, próprios ou de terceiros, exceto os
equipamentos manuais, fornecidos pela contratada, discriminados no contrato e na nota fiscal, na fatura ou
no recibo de prestação de serviços, não integram a base de cálculo da retenção, desde que comprovados.
§ 1º O valor do material fornecido ao contratante ou o de locação de equipamento de terceiros,
utilizado na execução do serviço, não poderá ser superior ao valor de aquisição ou de locação para fins de
apuração da base de cálculo da retenção.
§ 2º Para os fins do § 1º, a contratada manterá em seu poder, para apresentar à fiscalização da RFB,
os documentos fiscais de aquisição do material ou o contrato de locação de equipamentos, conforme o
caso, relativos a material ou equipamentos cujos valores foram discriminados na nota fiscal, na fatura ou
no recibo de prestação de serviços.
§ 3º Considera-se discriminação no contrato os valores nele consignados, relativos a material ou
equipamentos, ou os previstos em planilha à parte, desde que esta seja parte integrante do contrato
mediante cláusula nele expressa.
Art. 122. Os valores de materiais ou de equipamentos, próprios ou de terceiros, exceto os
equipamentos manuais, cujo fornecimento esteja previsto em contrato, sem a respectiva discriminação de
valores, desde que discriminados na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, não
integram a base de cálculo da retenção, devendo o valor desta corresponder no mínimo a:
I - 50% (cinquenta por cento) do valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de
serviços;
II - 30% (trinta por cento) do valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços
para os serviços de transporte de passageiros, cujas despesas de combustível e de manutenção dos
veículos corram por conta da contratada;
III - 65% (sessenta e cinco por cento) quando se referir a limpeza hospitalar, e 80% (oitenta por cento)
quando se referir aos demais tipos de limpeza, do valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de
prestação de serviços.
§ 1º Se a utilização de equipamento for inerente à execução dos serviços contratados, desde que haja
a discriminação de valores na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, adota-se o
seguinte procedimento:
I – havendo o fornecimento de equipamento e os respectivos valores constarem em contrato, aplica-se
o disposto no art. 121; ou
II – não havendo discriminação de valores em contrato, independentemente da previsão contratual do
fornecimento de equipamento, a base de cálculo da retenção corresponderá, no mínimo, para a prestação
de serviços em geral, a 50% (cinquenta por cento) do valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de
prestação de serviços e, no caso da prestação de serviços na área da construção civil, aos percentuais
abaixo relacionados:
a) 10% (dez por cento) para pavimentação asfáltica;
b) 15% (quinze por cento) para terraplenagem, aterro sanitário e dragagem;
c) 45% (quarenta e cinco por cento) para obras de arte (pontes ou viadutos);
d) 50% (cinquenta por cento) para drenagem; e

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e) 35% (trinta e cinco por cento) para os demais serviços realizados com a utilização de
equipamentos, exceto os manuais.
§ 2º Quando na mesma nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços constar a execução de
mais de um dos serviços referidos nos incisos I e II do § 1º, cujos valores não constem individualmente
discriminados na nota fiscal, na fatura, ou no recibo, deverá ser aplicado o percentual correspondente a
cada tipo de serviço, conforme disposto em contrato, ou o percentual maior, se o contrato não permitir
identificar o valor de cada serviço.
§ 3º Aplica-se aos procedimentos estabelecidos neste artigo o disposto nos §§ 1º e 2º do art. 121.
Art. 123. Não existindo previsão contratual de fornecimento de material ou de utilização de
equipamento, e o uso desse equipamento não for inerente ao serviço, mesmo havendo discriminação de
valores na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, a base de cálculo da retenção será
o valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços, exceto no caso do serviço de
transporte de passageiros, para o qual a base de cálculo da retenção corresponderá, no mínimo, à prevista
no inciso II do art. 122. (Redação dada pela Instrução Normativa RFB nº 1.027, de 20 de abril de 2010)
Parágrafo único. Na falta de discriminação de valores na nota fiscal, na fatura ou no recibo de
prestação de serviços, a base de cálculo da retenção será o seu valor bruto, ainda que exista previsão
contratual para o fornecimento de material ou a utilização de equipamento, com ou sem discriminação de
valores em contrato.
Seção VI
Das Deduções da Base de Cálculo
Art. 124. Poderão ser deduzidas da base de cálculo da retenção as parcelas que estiverem
discriminadas na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, que correspondam:
I - ao custo da alimentação in natura fornecida pela contratada, de acordo com os programas de
alimentação aprovados pelo MTE, conforme Lei nº 6.321, de 1976;
II - ao fornecimento de vale-transporte, de conformidade com a legislação própria.
Parágrafo único. A fiscalização da RFB poderá exigir da contratada a comprovação das deduções
previstas neste artigo.
Art. 125. O valor relativo à taxa de administração ou de agenciamento, ainda que figure discriminado
na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, não poderá ser objeto de dedução da base
de cálculo da retenção, inclusive no caso de serviços prestados por trabalhadores temporários.
§ 1º Na hipótese de a empresa contratada emitir 2 (duas) notas fiscais, 2 (duas) faturas ou 2 (dois)
recibos, relativos ao mesmo serviço, contendo, um dos documentos, o valor correspondente à taxa de
administração ou de agenciamento e o outro, o valor da remuneração dos trabalhadores utilizados na
prestação do serviço, a retenção incidirá sobre o valor de cada uma dessas notas, faturas ou recibos.
§ 2º Em caso de faturamento de consórcio para a contratante, para fins de não retenção sobre a taxa
de administração, deverá ser emitida nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviço, somente com o
valor correspondente à taxa de administração ou de agenciamento em separado do valor dos serviços
prestados pelas consorciadas.
Seção VII
Do Destaque da Retenção
Art. 126. Quando da emissão da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços, a
contratada deverá destacar o valor da retenção com o título de "RETENÇÃO PARA A PREVIDÊNCIA
SOCIAL", observado o disposto no art. 120.
§ 1º O destaque do valor retido deverá ser identificado logo após a descrição dos serviços prestados,
apenas para produzir efeito como parcela dedutível no ato da quitação da nota fiscal, da fatura ou do
recibo de prestação de serviços, sem alteração do valor bruto da nota, da fatura ou do recibo de prestação
de serviços.
§ 2º A falta do destaque do valor da retenção, conforme disposto no caput, constitui infração ao § 1º
do art. 31 da Lei nº 8.212, de 1991.
Art. 127. Caso haja subcontratação, os valores retidos da subcontratada, e comprovadamente
recolhidos pela contratada, poderão ser deduzidos do valor da retenção a ser efetuada pela contratante,
desde que todos os documentos envolvidos se refiram à mesma competência e ao mesmo serviço.
§ 1º Para efeito do disposto no caput, a contratada deverá destacar na nota fiscal, na fatura ou no
recibo de prestação de serviços as retenções da seguinte forma:

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I - retenção para a Previdência Social: informar o valor correspondente a 11% (onze por cento) do
valor bruto dos serviços, rassalvado o disposto no § 1º do art. 112, no § 2º do art. 125 e no art. 145;
II - dedução de valores retidos de subcontratadas: informar o valor total correspondente aos valores
retidos e recolhidos relativos aos serviços subcontratados;
III - valor retido para a Previdência Social: informar o valor correspondente à diferença entre a
retenção, apurada na forma do inciso I, e a dedução efetuada conforme disposto no inciso II, que indicará o
valor a ser efetivamente retido pela contratante.
§ 2º A contratada, juntamente com a sua nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços, deverá
encaminhar à contratante, exceto em relação aos serviços subcontratados em que tenha ocorrido a
dispensa da retenção prevista no inciso I do art. 120, cópia:
I - das notas fiscais, das faturas ou dos recibos de prestação de serviços das subcontratadas com o
destaque da retenção;
II - dos comprovantes de arrecadação dos valores retidos das subcontratadas;
III - das GFIP, elaboradas pelas subcontratadas, onde conste no campo "CNPJ/CEI do tomador/obra",
o CNPJ da contratada ou a matrícula CEI da obra e, no campo "Denominação social do tomador/obra", a
denominação social da empresa contratada.
§ 3º Na hipótese de prestação de serviços por meio de consórcio e caso a empresa responsável pela
sua administração tenha efetuado retenção sobre os valores brutos das notas fiscais, das faturas ou dos
recibos de prestação de serviços de empresas consorciadas que prestaram serviços por intermédio do
consórcio, e procedido ao recolhimento no CNPJ das consorciadas, esses valores poderão ser deduzidos,
na forma desse artigo, do valor a ser retido na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços,
emitidos pelo consórcio para a contratante, por ocasião do faturamento dos serviços prestados pelas
consorciadas.
Art. 128. Se os serviços forem prestados por meio de consórcio constituído na forma dos arts. 278 e
279 da Lei nº 6.404, de 1976, sujeito à retenção de que trata o § 2º do art. 112, a empresa responsável por
sua administração deverá destacar na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, emitidos
em nome do consórcio, a retenção para a Previdência Social correspondente a 11% (onze por cento) do
valor bruto dos serviços prestados por todas as consorciadas participantes, ressalvadas as disposições
contidas no § 1º do art. 112, no § 2º do art. 125 e no art. 145.
§ 1º Para efeito do disposto no caput, a empresa responsável pela administração do consórcio deverá
anexar à nota fiscal, à fatura ou ao recibo de prestação de serviços, emitidos em nome do consórcio um
relatório com a identificação e a participação individualizada de todas as consorciadas, devendo todos os
documentos envolvidos se referirem à mesma competência e ao mesmo serviço.
§ 2º A empresa responsável pela administração do consórcio deverá encaminhar à contratante os
seguintes documentos:
I - cópia das notas fiscais, das faturas ou dos recibos de prestação de serviços das consorciadas com
o destaque da retenção correspondente;
II - cópia das GFIP, elaboradas pelas consorciadas com o seu CNPJ identificador, onde conste no
campo "CNPJ/CEI do tomador/obra", o CNPJ do consórcio ou a matrícula CEI da obra e, no campo
"Denominação social do tomador/obra", a denominação social do consórcio ou o nome da obra contratada;
e
III - relação de empresas consorciadas, com os seguintes dados:
a) razão social da consorciada;
b) identificador CNPJ da consorciada;
c) participação da consorciada de acordo com os atos constitutivos do consórcio;
d) relatório, por competência, de notas fiscais, faturas ou recibos, emitidos por consorciada, do qual
constem o número e o valor do documento.
Seção VIII
Do Recolhimento do Valor Retido
Art. 129. A importância retida deverá ser recolhida pela empresa contratante até o dia 20 (vinte) do
mês seguinte ao da emissão da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços, antecipando-
se esse prazo para o dia útil imediatamente anterior quando não houver expediente bancário naquele dia,
informando, no campo identificador do documento de arrecadação, o CNPJ do estabelecimento da
empresa contratada ou a matrícula CEI da obra de construção civil, conforme o caso e, no campo nome ou
denominação social, a denominação social desta, seguida da denominação social da empresa contratante.

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§ 1º A multa de mora devida no caso de recolhimento em atraso do valor retido será aquela prevista
no art. 35 da Lei nº 8.212, de 1991.
§ 2º Tratando-se de retenção efetuada sobre a nota fiscal, a fatura ou o recibo de prestação de
serviços, emitida pelo consórcio, o recolhimento da retenção deverá ser efetuado em nome e no CNPJ das
empresas consorciadas, proporcionalmente à participação de cada uma delas, conforme declarado pelo
consórcio em relação anexa, na forma do inciso III do § 2º do art. 128, observado o disposto no parágrafo
único do art. 113.
§ 3º Caso reste saldo de retenção a ser recolhido, após observados os procedimentos previstos no §
3º do art. 127, no art. 128 e no § 2º deste artigo, o recolhimento desse valor deverá ser efetuado em nome
e no CNPJ da empresa responsável pela administração do consórcio, que poderá compensar com as
contribuições devidas à Previdência Social ou pedir restituição, na forma prevista em ato próprio da RFB.
Art. 130. O órgão ou a entidade integrante do Siafi deverá recolher os valores retidos com base na
nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, respeitando como data limite de pagamento o
dia 20 (vinte) do mês subsequente ao da emissão da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de
serviços, observado o disposto no art. 120.
Art. 131. Quando, por um mesmo estabelecimento da contratada, forem emitidas mais de uma nota
fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços para um mesmo estabelecimento da contratante, na
mesma competência, sobre as quais houve retenção, a contratante deverá efetuar o recolhimento dos
valores retidos, em nome da contratada, num único documento de arrecadação.
Art. 132. A falta de recolhimento, no prazo legal, das importâncias retidas configura, em tese, crime
contra a Previdência Social previsto no art. 168-A do Código Penal, introduzido pela Lei nº 9.983, de 14 de
julho de 2000, ensejando a emissão de Representação Fiscal para Fins Penais (RFFP).
Art. 133. A empresa contratada poderá consolidar, num único documento de arrecadação, por
competência e por estabelecimento, as contribuições incidentes sobre a remuneração de todos os
segurados envolvidos na prestação de serviços e dos segurados alocados no setor administrativo, bem
como, se for o caso, a contribuição social previdenciária incidente sobre o valor pago a cooperativa de
trabalho relativa à prestação de serviços de cooperados, compensando os valores retidos com as
contribuições devidas à Previdência Social por qualquer de seus estabelecimentos.
Seção IX
Das Obrigações da Empresa Contratada
Art. 134. A empresa contratada deverá elaborar:
I - folhas de pagamento distintas e o respectivo resumo geral, para cada estabelecimento ou obra de
construção civil da empresa contratante, relacionando todos os segurados alocados na prestação de
serviços, na forma prevista no inciso III do art. 47;
II - GFIP com as informações relativas aos tomadores de serviços, para cada estabelecimento da
empresa contratante ou cada obra de construção civil, utilizando o código de recolhimento próprio da
atividade, conforme normas previstas no Manual da GFIP; e
III - demonstrativo mensal por contratante e por contrato, assinado pelo seu representante legal,
contendo:
a) a denominação social e o CNPJ da contratante, ou a matrícula CEI da obra de construção civil,
conforme o caso;
b) o número e a data de emissão da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços;
c) o valor bruto, o valor retido e o valor líquido recebido relativo à nota fiscal, à fatura ou ao recibo de
prestação de serviços; e
d) a totalização dos valores e sua consolidação por obra de construção civil ou por estabelecimento da
contratante, conforme o caso.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo à empresa prestadora de serviços por intermédio de
consórcio, em relação à sua participação no empreendimento, ainda que o faturamento se dê em nome do
consórcio, observados os procedimentos previstos neste Capítulo em relação à retenção e ao seu
recolhimento.
Art. 135. A empresa contratada fica dispensada de elaborar folha de pagamento e GFIP com
informações distintas por estabelecimento ou obra de construção civil em que realizar tarefa ou prestar
serviços, quando, comprovadamente, utilizar os mesmos segurados para atender a várias empresas
contratantes, alternadamente, no mesmo período, inviabilizando a individualização da remuneração desses
segurados por tarefa ou por serviço contratado.

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Parágrafo único. São considerados serviços prestados alternadamente, aqueles em que a tarefa ou o
serviço contratado seja executado por trabalhador ou equipe de trabalho em vários estabelecimentos ou
várias obras de uma mesma contratante ou de vários contratantes, por etapas, numa mesma competência,
e que envolvam os serviços que não compõem o Custo Unitário Básico (CUB), relacionados no Anexo VIII.
Art. 136. A contratada, legalmente obrigada a manter escrituração contábil formalizada, está obrigada
a registrar, mensalmente, em contas individualizadas, todos os fatos geradores de contribuições sociais,
inclusive a retenção sobre o valor da prestação de serviços, conforme disposto no inciso IV do art. 47.
Art. 137. O lançamento da retenção na escrituração contábil, de que trata o art. 136, deverá
discriminar:
I - o valor bruto dos serviços;
II - o valor da retenção; e
III - o valor líquido a receber.
Parágrafo único. Na contabilidade em que houver lançamento pela soma total das notas fiscais, das
faturas ou dos recibos de prestação de serviços e pela soma total da retenção, por mês, por contratante, a
empresa contratada deverá manter em registros auxiliares a discriminação desses valores, por contratante,
conforme disposto no inciso III do art. 134.
Seção X
Das Obrigações da Empresa Contratante
Art. 138. A empresa contratante fica obrigada a manter em arquivo, por empresa contratada, em
ordem cronológica, à disposição da RFB, pelo prazo decadencial previsto na legislação tributária, as
correspondentes notas fiscais, faturas ou recibos de prestação de serviços, cópia das GFIP e, se for o
caso, dos documentos relacionados no § 2º do art. 127 e, no caso de serviços contratados por meio de
consórcio, os relacionados no § 2º do art. 128.
Art. 139. A contratante, legalmente obrigada a manter escrituração contábil formalizada, está obrigada
a registrar, mensalmente, em contas individualizadas, todos os fatos geradores de contribuições sociais,
inclusive a retenção sobre o valor dos serviços contratados, conforme disposto no inciso IV do art. 47.
Art. 140. O lançamento da retenção na escrituração contábil de que trata o art. 139, deverá
discriminar:
I - o valor bruto dos serviços;
II - o valor da retenção;
III - o valor líquido a pagar.
Parágrafo único. Na contabilidade em que houver lançamento pela soma total das notas fiscais, das
faturas ou dos recibos de prestação de serviços e pela soma total da retenção, por mês, por contratada, a
empresa contratante deverá manter em registros auxiliares a discriminação desses valores,
individualizados por contratada.
Art. 141. A empresa contratante, legalmente dispensada da apresentação da escrituração contábil,
deverá elaborar demonstrativo mensal, assinado pelo seu representante legal, relativo a cada contrato,
contendo as seguintes informações:
I - a denominação social e o CNPJ da contratada;
II - o número e a data da emissão da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços;
III - o valor bruto, a retenção e o valor líquido pago relativo à nota fiscal, à fatura ou ao recibo de
prestação de serviços;
IV - a totalização dos valores e sua consolidação por obra de construção civil e por estabelecimento da
contratada, conforme o caso.
Seção XI
Da Retenção na Construção Civil
Art. 142. Na construção civil, sujeita-se à retenção de que trata o art. 112, observado o disposto no
art. 145:
I - a prestação de serviços mediante contrato de empreitada parcial, conforme definição contida na
alínea "b" do inciso XXVII do art. 322;
II - a prestação de serviços mediante contrato de subempreitada, conforme definição contida no inciso
XXVIII do art. 322;

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III - a prestação de serviços tais como os discriminados no Anexo VII; e


IV - a reforma de pequeno valor, conforme definida no inciso V do art. 322.
Art. 143. Não se sujeita à retenção, a prestação de serviços de:
I - administração, fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras;
II - assessoria ou consultoria técnicas;
III - controle de qualidade de materiais;
IV - fornecimento de concreto usinado, de massa asfáltica ou de argamassa usinada ou preparada;
V - jateamento ou hidrojateamento;
VI - perfuração de poço artesiano;
VII - elaboração de projeto da construção civil;
VIII - ensaios geotécnicos de campo ou de laboratório (sondagens de solo, provas de carga, ensaios
de resistência, amostragens, testes em laboratório de solos ou outros serviços afins);
IX - serviços de topografia;
X - instalação de antena coletiva;
XI - instalação de aparelhos de ar condicionado, de refrigeração, de ventilação, de aquecimento, de
calefação ou de exaustão;
XII - instalação de sistemas de ar condicionado, de refrigeração, de ventilação, de aquecimento, de
calefação ou de exaustão, quando a venda for realizada com emissão apenas da nota fiscal de venda
mercantil;
XIII - instalação de estruturas e esquadrias metálicas, de equipamento ou de material, quando for
emitida apenas a nota fiscal de venda mercantil;
XIV - locação de caçamba;
XV - locação de máquinas, de ferramentas, de equipamentos ou de outros utensílios sem
fornecimento de mão-de-obra; e
XVI - fundações especiais.
Parágrafo único. Quando na prestação dos serviços relacionados nos incisos XII e XIII do caput,
houver emissão de nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços relativa à mão-de-obra utilizada
na instalação do material ou do equipamento vendido, os valores desses serviços integrarão a base de
cálculo da retenção.
Art. 144. Caso haja, para a mesma obra, contratação de serviço relacionado no art. 143 e,
simultaneamente, o fornecimento de mão-de-obra para execução de outro serviço sujeito à retenção,
aplicar-se-á a retenção apenas a este serviço, desde que os valores estejam discriminados na nota fiscal,
na fatura ou no recibo de prestação de serviços.
Parágrafo único. Não havendo discriminação na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de
serviços, aplicar-se-á a retenção a todos os serviços contratados.
Seção XII
Da Retenção na Prestação de Serviços em Condições Especiais
Art. 145. Quando a atividade dos segurados na empresa contratante for exercida em condições
especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física destes, de forma a possibilitar a concessão de
aposentadoria especial após 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos de trabalho, o percentual da
retenção aplicado sobre o valor dos serviços prestados por estes segurados, a partir de 1º de abril de
2003, deve ser acrescido de 4% (quatro por cento), 3% (três por cento) ou 2% (dois por cento),
respectivamente, perfazendo o total de 15% (quinze por cento), 14% (quatorze por cento) ou 13% (treze
por cento).
Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, a empresa contratada deverá emitir nota fiscal, fatura
ou recibo de prestação de serviços específica para os serviços prestados em condições especiais pelos
segurados ou discriminar o valor desses na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços.
Art. 146. Caso haja previsão contratual de utilização de trabalhadores na execução de atividades na
forma do art. 145, e a nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços não tenha sido emitida na
forma prevista no parágrafo único do art. 145, a base de cálculo para incidência do acréscimo de retenção
será proporcional ao número de trabalhadores envolvidos nas atividades exercidas em condições

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especiais, se houver a possibilidade de identificação dos trabalhadores envolvidos e dos não envolvidos
nessas atividades.
§ 1º Na hipótese do caput, não havendo possibilidade de identificação do número de trabalhadores
envolvidos e não envolvidos com as atividades exercidas em condições especiais, o acréscimo da
retenção incidirá sobre o valor total dos serviços contido na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação
de serviços, no percentual correspondente à atividade especial.
§ 2º Quando a empresa contratante desenvolver atividades em condições especiais e não houver
previsão contratual da utilização ou não dos trabalhadores contratados nessas atividades, incidirá, sobre o
valor total dos serviços contido na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, o percentual
adicional de retenção correspondente às atividades em condições especiais desenvolvidas pela empresa
ou, não sendo possível identificar as atividades, o percentual mínimo de 2% (dois por cento).
Art. 147. As empresas contratada e contratante, no que se refere às obrigações relacionadas aos
agentes nocivos a que os trabalhadores estiverem expostos, devem observar as disposições contidas no
Capítulo IX do Título III, que trata dos riscos ocupacionais no ambiente de trabalho.
Parágrafo único. A contratada deve elaborar o PPP dos trabalhadores expostos a agentes nocivos
com base, dentre outras informações, nas demonstrações ambientais da contratante ou do local da efetiva
prestação de serviços.
Seção XIII
Das Disposições Especiais
Art. 148. A entidade beneficente de assistência social em gozo de isenção, a empresa optante pelo
SIMPLES ou pelo Simples Nacional, o sindicato da categoria de trabalhadores avulsos, o OGMO, o
operador portuário e a cooperativa de trabalho, quando forem contratantes de serviços mediante cessão de
mão-de-obra ou empreitada, estão obrigados a efetuar a retenção sobre o valor da nota fiscal, da fatura ou
do recibo de prestação de serviços e ao recolhimento da importância retida em nome da empresa
contratada, observadas as demais disposições previstas neste Capítulo.
Art. 149. Não se aplica o instituto da retenção:
I - à contratação de serviços prestados por trabalhadores avulsos por intermédio de sindicato da
categoria ou de OGMO;
II - à empreitada total, conforme definida na alínea "a" do inciso XXVII do caput e no § 1º, ambos do
art. 322, aplicando-se, nesse caso, o instituto da solidariedade, conforme disposições previstas na Seção
III do Capítulo IX deste Título, observado o disposto no art. 164 e no inciso IV do § 2º do art. 151;
III - à contratação de entidade beneficente de assistência social isenta de contribuições sociais;
IV - ao contribuinte individual equiparado à empresa e à pessoa física;
V - à contratação de serviços de transporte de cargas, a partir de 10 de junho de 2003, data da
publicação no Diário Oficial da União do Decreto nº 4.729, de 9 de junho de 2003;
VI - à empreitada realizada nas dependências da contratada;
VII - aos órgãos públicos da administração direta, autarquias e fundações de direito público quando
contratantes de obra de construção civil, reforma ou acréscimo, por meio de empreitada total ou parcial,
observado o disposto no inciso IV do § 2º do art. 151, ressalvado o caso de contratarem serviços de
construção civil mediante cessão de mão-de-obra ou empreitada, em que se obrigam a efetuar a retenção
prevista no art. 112.
Art. 150. Caso haja decisão judicial que vede a aplicação da retenção, prevista no art. 31 da Lei nº
8.212, de 1991, observar-se-á o seguinte:
I - na hipótese de a decisão judicial se referir à empresa contratada mediante cessão de mão-de-obra
ou empreitada, não sujeita à aplicação do instituto da responsabilidade solidária, as contribuições
previdenciárias incidentes sobre a remuneração da mão-de-obra utilizada na prestação de serviços serão
exigidas da contratada;
II - se a decisão judicial se referir à empresa contratada mediante empreitada total na construção civil,
sendo a ação impetrada contra o uso, pela contratante, da faculdade prevista no art. 164, hipótese em que
é configurada a previsão legal do instituto da responsabilidade solidária, prevista no inciso VI do art. 30 da
Lei nº 8.212, de 1991, ressalvado o disposto no art. 157, a contratante deverá observar o disposto nos arts.
161 e 163, no que couber, para fins de elisão da sua responsabilidade.
Parágrafo único. Na situação prevista no inciso I do caput, quando a contratada pertencer à jurisdição
de outra unidade da RFB, deverá ser emitido subsídio fiscal para a unidade competente da jurisdição do
estabelecimento matriz da empresa contratada, ainda que a decisão judicial não determine que se aplique
o instituto da responsabilidade solidária.
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Legislação do ISS - LC 116/03 - LC nº 116 de 31.07.2003 -

Dispõe sobre o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de competência dos Municípios
e do Distrito Federal, e dá outras providências.
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei Complementar:
Art. 1º O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de competência dos Municípios e do Distrito
Federal, tem como fato gerador a prestação de serviços constantes da lista anexa, ainda que esses não se
constituam como atividade preponderante do prestador.
§ 1º. O imposto incide também sobre o serviço proveniente do exterior do País ou cuja prestação se
tenha iniciado no exterior do País.
§ 2º. Ressalvadas as exceções expressas na lista anexa, os serviços nela mencionados não ficam
sujeitos ao Imposto Sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Prestações de Serviços de
Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação ICMS, ainda que sua prestação envolva
fornecimento de mercadorias.
§ 3º. O imposto de que trata esta Lei Complementar incide ainda sobre os serviços prestados
mediante a utilização de bens e serviços públicos explorados economicamente mediante autorização,
permissão ou concessão, com o pagamento de tarifa, preço ou pedágio pelo usuário final do serviço.
§ 4º. A incidência do imposto não depende da denominação dada ao serviço prestado.
Art. 2º O imposto não incide sobre:
I - as exportações de serviços para o exterior do País;
II - a prestação de serviços em relação de emprego, dos trabalhadores avulsos, dos diretores e
membros de conselho consultivo ou de conselho fiscal de sociedades e fundações, bem como dos sócios-
gerentes e dos gerentes-delegados;
III - o valor intermediado no mercado de títulos e valores mobiliários, o valor dos depósitos bancários,
o principal, juros e acréscimos moratórios relativos a operações de crédito realizadas por instituições
financeiras.
Parágrafo único. Não se enquadram no disposto no inciso I os serviços desenvolvidos no Brasil, cujo
resultado aqui se verifique, ainda que o pagamento seja feito por residente no exterior.
Art. 3º O serviço considera-se prestado e o imposto devido no local do estabelecimento prestador ou,
na falta do estabelecimento, no local do domicílio do prestador, exceto nas hipóteses previstas nos incisos
I a XXII, quando o imposto será devido no local:
I - do estabelecimento do tomador ou intermediário do serviço ou, na falta de estabelecimento, onde
ele estiver domiciliado, na hipótese do § 1º do art. 1º desta Lei Complementar;
II - da instalação dos andaimes, palcos, coberturas e outras estruturas, no caso dos serviços descritos
no subitem 3.05 da lista anexa;
III - da execução da obra, no caso dos serviços descritos no subitem 7.02 e 7.19 da lista anexa;
IV - da demolição, no caso dos serviços descritos no subitem 7.04 da lista anexa;
V - das edificações em geral, estradas, pontes, portos e congêneres, no caso dos serviços descritos
no subitem 7.05 da lista anexa;
VI - da execução da varrição, coleta, remoção, incineração, tratamento, reciclagem, separação e
destinação final de lixo, rejeitos e outros resíduos quaisquer, no caso dos serviços descritos no subitem
7.09 da lista anexa;
VII - da execução da limpeza, manutenção e conservação de vias e logradouros públicos, imóveis,
chaminés, piscinas, parques, jardins e congêneres, no caso dos serviços descritos no subitem 7.10 da lista
anexa;
VIII - da execução da decoração e jardinagem, do corte e poda de árvores, no caso dos serviços
descritos no subitem 7.11 da lista anexa;
IX - do controle e tratamento do efluente de qualquer natureza e de agentes físicos, químicos e
biológicos, no caso dos serviços descritos no subitem 7.12 da lista anexa;
X - (VETADO)
XI - (VETADO)
XII - do florestamento, reflorestamento, semeadura, adubação e congêneres, no caso dos serviços
descritos no subitem 7.16 da lista anexa;
XIII - da execução dos serviços de escoramento, contenção de encostas e congêneres, no caso dos
serviços descritos no subitem 7.17 da lista anexa;

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XIV - da limpeza e dragagem, no caso dos serviços descritos no subitem 7.18 da lista anexa;
XV - onde o bem estiver guardado ou estacionado, no caso dos serviços descritos no subitem 11.01
da lista anexa;
XVI - dos bens ou do domicílio das pessoas vigiados, segurados ou monitorados, no caso dos serviços
descritos no subitem 11.02 da lista anexa;
XVII - do armazenamento, depósito, carga, descarga, arrumação e guarda do bem, no caso dos
serviços descritos no subitem 11.04 da lista anexa;
XVIII - da execução dos serviços de diversão, lazer, entretenimento e congêneres, no caso dos
serviços descritos nos subitens do item 12, exceto o 12.13, da lista anexa;
XIX - do Município onde está sendo executado o transporte, no caso dos serviços descritos pelo
subitem 16.01 da lista anexa;
XX - do estabelecimento do tomador da mão-de-obra ou, na falta de estabelecimento, onde ele estiver
domiciliado, no caso dos serviços descritos pelo subitem 17.05 da lista anexa;
XXI - da feira, exposição, congresso ou congênere a que se referir o planejamento, organização e
administração, no caso dos serviços descritos pelo subitem 17.10 da lista anexa;
XXII - do porto, aeroporto, ferroporto, terminal rodoviário, ferroviário ou metroviário, no caso dos
serviços descritos pelo item 20 da lista anexa.
§ 1º. No caso dos serviços a que se refere o subitem 3.04 da lista anexa, considera-se ocorrido o fato
gerador e devido o imposto em cada Município em cujo território haja extensão de ferrovia, rodovia, postes,
cabos, dutos e condutos de qualquer natureza, objetos de locação, sublocação, arrendamento, direito de
passagem ou permissão de uso, compartilhado ou não.
§ 2º. No caso dos serviços a que se refere o subitem 22.01 da lista anexa, considera-se ocorrido o fato
gerador e devido o imposto em cada Município em cujo território haja extensão de rodovia explorada.
§ 3º. Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no local do estabelecimento prestador nos
serviços executados em águas marítimas, excetuados os serviços descritos no subitem 20.01.
Art. 4º Considera-se estabelecimento prestador o local onde o contribuinte desenvolva a atividade de
prestar serviços, de modo permanente ou temporário, e que configure unidade econômica ou profissional,
sendo irrelevantes para caracterizá-lo as denominações de sede, filial, agência, posto de atendimento,
sucursal, escritório de representação ou contato ou quaisquer outras que venham a ser utilizadas.
Art. 5º Contribuinte é o prestador do serviço.
Art. 6º Os Municípios e o Distrito Federal, mediante lei, poderão atribuir de modo expresso a
responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva
obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do
cumprimento total ou parcial da referida obrigação, inclusive no que se refere à multa e aos acréscimos
legais.
§ 1º. Os responsáveis a que se refere este artigo estão obrigados ao recolhimento integral do imposto
devido, multa e acréscimos legais, independentemente de ter sido efetuada sua retenção na fonte.
§ 2º. Sem prejuízo do disposto no caput e no § 1º deste artigo, são responsáveis:
I - o tomador ou intermediário de serviço proveniente do exterior do País ou cuja prestação se tenha
iniciado no exterior do País;
II - a pessoa jurídica, ainda que imune ou isenta, tomadora ou intermediária dos serviços descritos nos
subitens 3.05, 7.02, 7.04, 7.05, 7.09, 7.10, 7.12, 7.14, 7.15, 7.16, 7.17, 7.19, 11.02, 17.05 e 17.10 da lista
anexa.
Art. 7º A base de cálculo do imposto é o preço do serviço.
§ 1º. Quando os serviços descritos pelo subitem 3.04 da lista anexa forem prestados no território de
mais de um Município, a base de cálculo será proporcional, conforme o caso, à extensão da ferrovia,
rodovia, dutos e condutos de qualquer natureza, cabos de qualquer natureza, ou ao número de postes,
existentes em cada Município.
§ 2º. Não se incluem na base de cálculo do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza:
I - o valor dos materiais fornecidos pelo prestador dos serviços previstos nos itens 7.02 e 7.05 da lista
de serviços anexa a esta Lei Complementar;
II - (VETADO)
§ 3º. (VETADO)
Art. 8º As alíquotas máximas do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza são as seguintes:
I - (VETADO)
II - demais serviços, 5% (cinco por cento).
Art. 9º Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.
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Art. 10. Ficam revogados os arts. 8º, 10, 11 e 12 do Decreto-Lei nº 406, de 31 de dezembro de 1968;
os incisos III, IV, V e VII do art. 3º do Decreto-Lei nº 834, de 8 de setembro de 1969; a Lei Complementar
nº 22, de 9 de dezembro de 1974; a Lei nº 7.192, de 5 de junho de 1984; a Lei Complementar nº 56, de 15
de dezembro de 1987 ; e a Lei Complementar nº 100, de 22 de dezembro de 1999.

LISTA DE SERVIÇOS ANEXA À LEI COMPLEMENTAR Nº 116, DE 31 DE JULHO DE 2003.


RETENÇÃO DE TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES NOS SERVIÇOS PRESTADOS
POR PESSOAS JURÍDICAS
ISS
1. PREVISÃO NA LEI COMPLEMENTAR Nº 116/03
1.1 – LOCAL DA PRESTAÇÃO
o
Art. 3 . O serviço considera-se prestado e o imposto devido no local do estabelecimento prestador
ou, na falta do estabelecimento, no local do domicílio do prestador, exceto nas hipóteses previstas
nos incisos I a XXII, quando o imposto será devido no local:
I – do estabelecimento do tomador ou intermediário do serviço ou, na falta de estabelecimento, onde
o o
ele estiver domiciliado, na hipótese do § 1 do art. 1 desta Lei Complementar;
II – da instalação dos andaimes, palcos, coberturas e outras estruturas, no caso dos serviços
descritos no subitem 3.05 da lista anexa;
3.05 – Cessão de andaimes, palcos, coberturas e outras estruturas de uso temporário.
III – da execução da obra, no caso dos serviços descritos no subitem 7.02 e 7.19 da lista anexa;
7.02 – Execução, por administração, empreitada ou subempreitada, de obras de construção civil,
hidráulica ou elétrica e de outras obras semelhantes, inclusive sondagem, perfuração de poços,
escavação, drenagem e irrigação, terraplanagem, pavimentação, concretagem e a instalação e
montagem de produtos, peças e equipamentos (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas
pelo prestador de serviços fora do local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICMS).
7.19 – Acompanhamento e fiscalização da execução de obras de engenharia, arquitetura e
urbanismo.
IV – da demolição, no caso dos serviços descritos no subitem 7.04 da lista anexa;
7.04 – Demolição.
V – das edificações em geral, estradas, pontes, portos e congêneres, no caso dos serviços descritos
no subitem 7.05 da lista anexa;
7.05 – Reparação, conservação e reforma de edifícios, estradas, pontes, portos e congêneres (exceto
o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador dos serviços, fora do local da prestação
dos serviços, que fica sujeito ao ICMS).
VI – da execução da varrição, coleta, remoção, incineração, tratamento, reciclagem, separação e
destinação final de lixo, rejeitos e outros resíduos quaisquer, no caso dos serviços descritos no
subitem 7.09 da lista anexa;
7.09 – Varrição, coleta, remoção, incineração, tratamento, reciclagem, separação e destinação final
de lixo, rejeitos e outros resíduos quaisquer.
VII – da execução da limpeza, manutenção e conservação de vias e logradouros públicos, imóveis,
chaminés, piscinas, parques, jardins e congêneres, no caso dos serviços descritos no subitem 7.10
da lista anexa;
7.10 – Limpeza, manutenção e conservação de vias e logradouros públicos, imóveis, chaminés,
piscinas, parques, jardins e congêneres.
VIII – da execução da decoração e jardinagem, do corte e poda de árvores, no caso dos serviços
descritos no subitem 7.11 da lista anexa;
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7.11 – Decoração e jardinagem, inclusive corte e poda de árvores.


IX – do controle e tratamento do efluente de qualquer natureza e de agentes físicos, químicos e
biológicos, no caso dos serviços descritos no subitem 7.12 da lista anexa;
7.12 – Controle e tratamento de efluentes de qualquer natureza e de agentes físicos, químicos e
biológicos.
X – (VETADO)
XI – (VETADO)
XII – do florestamento, reflorestamento, semeadura, adubação e congêneres, no caso dos serviços
descritos no subitem 7.16 da lista anexa;
7.16 – Florestamento, reflorestamento, semeadura, adubação e congêneres.
XIII – da execução dos serviços de escoramento, contenção de encostas e congêneres, no caso dos
serviços descritos no subitem 7.17 da lista anexa;
7.17 – Escoramento, contenção de encostas e serviços congêneres.
XIV – da limpeza e dragagem, no caso dos serviços descritos no subitem 7.18 da lista anexa;
7.18 – Limpeza e dragagem de rios, portos, canais, baías, lagos, lagoas, represas, açudes e
congêneres.
XV – onde o bem estiver guardado ou estacionado, no caso dos serviços descritos no subitem 11.01
da lista anexa;
11.01 – Guarda e estacionamento de veículos terrestres automotores, de aeronaves e de
embarcações.
XVI – dos bens ou do domicílio das pessoas vigiados, segurados ou monitorados, no caso dos
serviços descritos no subitem 11.02 da lista anexa;
11.02 – Vigilância, segurança ou monitoramento de bens e pessoas.
XVII – do armazenamento, depósito, carga, descarga, arrumação e guarda do bem, no caso dos
serviços descritos no subitem 11.04 da lista anexa;
11.04 – Armazenamento, depósito, carga, descarga, arrumação e guarda de bens de qualquer
espécie.
XVIII – da execução dos serviços de diversão, lazer, entretenimento e congêneres, no caso dos
serviços descritos nos subitens do item 12, exceto o 12.13, da lista anexa;
12 – Serviços de diversões, lazer, entretenimento e congêneres.
12.01 – Espetáculos teatrais.
12.02 – Exibições cinematográficas.
12.03 – Espetáculos circenses.
12.04 – Programas de auditório.
12.05 – Parques de diversões, centros de lazer e congêneres.
12.06 – Boates, taxi-dancing e congêneres.
12.07 – Shows, ballet, danças, desfiles, bailes, óperas, concertos, recitais, festivais e congêneres.
12.08 – Feiras, exposições, congressos e congêneres.
12.09 – Bilhares, boliches e diversões eletrônicas ou não.
12.10 – Corridas e competições de animais.

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12.11 – Competições esportivas ou de destreza física ou intelectual, com ou sem a participação do


espectador.
12.12 – Execução de música.
12.14 – Fornecimento de música para ambientes fechados ou não, mediante transmissão por
qualquer processo.
12.15 – Desfiles de blocos carnavalescos ou folclóricos, trios elétricos e congêneres.
12.16 – Exibição de filmes, entrevistas, musicais, espetáculos, shows, concertos, desfiles, óperas,
competições esportivas, de destreza intelectual ou congêneres.
12.17 – Recreação e animação, inclusive em festas e eventos de qualquer natureza.
XIX – do Município onde está sendo executado o transporte, no caso dos serviços descritos pelo
subitem 16.01 da lista anexa;
16.01 – Serviços de transporte de natureza municipal.
XX – do estabelecimento do tomador da mão-de-obra ou, na falta de estabelecimento, onde ele
estiver domiciliado, no caso dos serviços descritos pelo subitem 17.05 da lista anexa;
17.05 – Fornecimento de mão-de-obra, mesmo em caráter temporário, inclusive de empregados ou
trabalhadores, avulsos ou temporários, contratados pelo prestador de serviço.
XXI – da feira, exposição, congresso ou congênere a que se referir o planejamento, organização e
administração, no caso dos serviços descritos pelo subitem 17.10 da lista anexa;
17.10 – Planejamento, organização e administração de feiras, exposições, congressos e congêneres.
XXII – do porto, aeroporto, ferroporto, terminal rodoviário, ferroviário ou metroviário, no caso dos
serviços descritos pelo item 20 da lista anexa.
20 – Serviços portuários, aeroportuários, ferroportuários, de terminais rodoviários, ferroviários e
metroviários.
20.01 – Serviços portuários, ferroportuários, utilização de porto, movimentação de passageiros,
reboque de embarcações, rebocador escoteiro, atracação, desatracação, serviços de praticagem,
capatazia, armazenagem de qualquer natureza, serviços acessórios, movimentação de mercadorias,
serviços de apoio marítimo, de movimentação ao largo, serviços de armadores, estiva, conferência,
logística e congêneres.
20.02 – Serviços aeroportuários, utilização de aeroporto, movimentação de passageiros,
armazenagem de qualquer natureza, capatazia, movimentação de aeronaves, serviços de apoio
aeroportuários, serviços acessórios, movimentação de mercadorias, logística e congêneres.
20.03 – Serviços de terminais rodoviários, ferroviários, metroviários, movimentação de passageiros,
mercadorias, inclusive suas operações, logística e congêneres.
1.2 – RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
o
Art. 6 . Os Municípios e o Distrito Federal, mediante lei, poderão atribuir de modo expresso a
responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva
obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do
cumprimento total ou parcial da referida obrigação, inclusive no que se refere à multa e aos
acréscimos legais.
o
§ 1 Os responsáveis a que se refere este artigo estão obrigados ao recolhimento integral do imposto
devido, multa e acréscimos legais, independentemente de ter sido efetuada sua retenção na fonte.
o o
§ 2 Sem prejuízo do disposto no caput e no § 1 deste artigo, são responsáveis:
I – o tomador ou intermediário de serviço proveniente do exterior do País ou cuja prestação se tenha
iniciado no exterior do País;

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II – a pessoa jurídica, ainda que imune ou isenta, tomadora ou intermediária dos serviços descritos
nos subitens 3.05, 7.02, 7.04, 7.05, 7.09, 7.10, 7.12, 7.14, 7.15, 7.16, 7.17, 7.19, 11.02, 17.05 e 17.10
da lista anexa:
3.05 - Cessão de andaimes, palcos, coberturas e outras estruturas de uso temporário.
7.02 - Execução, por administração, empreitada ou subempreitada, de obras de construção civil,
hidráulica ou elétrica e de outras obras semelhantes, inclusive sondagem, perfuração de poços,
escavação, drenagem e irrigação, terraplanagem, pavimentação, concretagem e a instalação e
montagem de produtos, peças e equipamentos (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas
pelo prestador de serviços fora do local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICMS).
7.04 - Demolição.
7.05 - Reparação, conservação e reforma de edifícios, estradas, pontes, portos e congêneres (exceto
o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador dos serviços, fora do local da prestação
dos serviços, que fica sujeito ao ICMS).
7.09 - Varrição, coleta, remoção, incineração, tratamento, reciclagem, separação e destinação final de
lixo, rejeitos e outros resíduos quaisquer.
7.10 - Limpeza, manutenção e conservação de vias e logradouros públicos, imóveis, chaminés,
piscinas, parques, jardins e congêneres.
7.12 - Controle e tratamento de efluentes de qualquer natureza e de agentes físicos, químicos e
biológicos.
7.16 - Florestamento, reflorestamento, semeadura, adubação e congêneres.
7.17 - Escoramento, contenção de encostas e serviços congêneres.
7.19 - Acompanhamento e fiscalização da execução de obras de engenharia, arquitetura e
urbanismo.
11.02 - Vigilância, segurança ou monitoramento de bens e pessoas.
17.05 - Fornecimento de mão-de-obra, mesmo em caráter temporário, inclusive de empregados ou
trabalhadores, avulsos ou temporários, contratados pelo prestador de serviço.
17.10 - Planejamento, organização e administração de feiras, exposições, congressos e congêneres.

5.9 - RESUMO DA LEI LEI Nº 13.161/2015 - DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO

Como de praxe, a Firjan enviou para o Moda Rio Sindiroupas, nessa segunda semana de setembro, as
últimas informações sobre a desoneração da folha de pagamento. Segue abaixo um resumo da nova
lei que aumenta a alíquota sobre a receita bruta a partir do ano que vem, mas torna optativa esta
sistemática já este ano.
A partir de novembro a empresa poderá optar pela nova sistemática ou pela antiga de 20% sobre a
folha.

CPRB - Desoneração da folha de pagamento - Regime facultativo - Alteração de alíquotas - Novas


regras
A Lei nº 13.161/2015 tornou facultativas as regras da desoneração da folha de pagamento para as
empresas já enquadradas nesse instituto. Essa opção será irretratável e se dará por meio da
substituição a Contribuição Previdenciária Patronal (CPP) pela respectiva alíquota incidente sobre a
receita bruta no mês de janeiro de cada ano ou no mês relativo à primeira competência subsequente
em que haja receita bruta apurada.

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Para o ano de 2015, a opção poderá ser realizada mediante recolhimento da respectiva alíquota no
mês de novembro ou no mês relativo à primeira competência subsequente, em que haja receita
bruta apurada, sendo irretratável até o restante do ano.

A partir de 1º.1.2016, serão aplicadas as alíquotas para os respectivos produtos, dentre os quais
destacam-se:

a) 4,5% sobre o valor da receita bruta para as empresas: a.1) de tecnologia da informação (TI), de
tecnologia da informação e comunicação (TIC); a.2) de concepção, desenvolvimento ou projeto de
circuitos integrados; a.3) do setor hoteleiro (CNAE 5510-8/01); a.4) de construção civil (CNAE 412,
432, 433 e 439); a.5) de construção de obras de infraestrutura (CNAE 421, 422, 429 e 431);

b) 3% sobre o valor da receita bruta para as empresas: b.1) de call center; b.2) de transporte
rodoviário coletivo de passageiros (CNAE 4921-3 e 4922-1); b.3) de transporte ferroviário de
passageiros (CNAE 4912-4/01 e 4912-4/02); b.4) de transporte metroferroviário de passageiros
(CNAE 4912-4/03);

c) 2,5% sobre o valor da receita bruta para as empresas: c.1) fabricantes de produtos elencados no
anexo I da Lei nº 12.546/2011; c.2) de manutenção de aeronaves; c.3) de navegação de apoios
marítimo e de portuário; c.4) de manutenção e reparação de embarcações; c.5) de varejo, listadas no
Anexo II da Lei nº 12.546/2011;

d) 1,5% sobre o valor da receita bruta para as empresas: d.1) de transporte aéreo de carga e de
serviços auxiliares ao transporte aéreo de carga; d.2) de transporte aéreo de passageiros regular e de
serviços auxiliares ao transporte aéreo de passageiros regular; d.3) de transporte marítimo de carga
e de passageiros na navegação de cabotagem; d.4) de transporte marítimo de carga e de passageiros
na navegação de longo curso; d.5) de transporte por navegação interior de carga e de passageiros em
linhas regulares; d.6) de operações de carga, descarga e armazenagem de contêineres (CNAE 5212-5
e 5231-1); d.7) de transporte rodoviário de cargas (CNAE 4930-2); d.8) de transporte ferroviário de
cargas (CNAE 4911-6); d.9) jornalísticas e de radiodifusão sonora, sons e imagens (CNAE 1811-3,
5811-5, 5812-3, 5813-1, 5822-1, 5823-9, 6010-1, 6021-7 e 6319-4); d.10) que fabricam os produtos
de artefatos têxteis, calçados e automóveis para transporte coletivo classificados na Tipi nos códig
os 6309.00, 64.01 a 64.06 e 87.02;

e) 1% sobre o valor da receita bruta para as empresas que fabricam produtos a base de carnes,
peixes e pães classificados na TIPI nos códigos 02.03, 0206.30.00, 0206.4, 02.07, 02.09, 02.10.1,
0210.99.00, 03.03, 03.04, 0504.00, 05.05, 1601.00.00, 16.02, 1901.20.00 Ex 01, 1905.90.90 Ex 01 e
03.02.

Para as empresas enquadradas simultaneamente nas letras “a” a “e”, deverá ser recolhida cada
alíquota para a respectiva receita bruta, não se admitindo a opção por uma das alíquotas.
A norma ainda determinou que as empresas de construção civil enquadradas nos grupos 412, 432,
433 e 439 da CNAE 2.0 recolherão com alíquota de 2% até o encerramento das obras: a) matriculadas
no Cadastro Específico do INSS (CEI) no período de 1º.4.2013 a 31.5.2013; b) matriculadas no CEI de
1º.6.2013 a 31.10.2013, desde que a empresa tenha optado pela desoneração nesse período; c)
matriculadas no CEI de 1º.11.2013 a 31.12.2015.

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Bibliografia
BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado, 1988.
BRASIL, Código Tributário Nacional.,13 ed. São Paulo: Saraiva, 2007.
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário. 24. ed. São Paulo: Malheiros, 2004.
FISCOSOFT. Retenções na Fonte de Impostos e Contribuições. 1ª Ed. FISCOsoft Editora, 2011.

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