"Ao termo "Deus", porm, podem ser atribudos os mais variados sentidos.
Assim, tambm h muitas teologias diferentes. No existe ser humano que,
de maneira consciente, inconsciente ou subconsciente, no tenha seu Deus ou seus deuses como objeto de seu desejo e confiana mais elevados, com base de sua vinculao e compromisso mais profundos. Nesse sentido, qualquer ser humano telogo. E no h nem religio, nem filosofia, nem cosmoviso que - quer seja profunda, quer superficial - no se relacione com alguma divindade, interpretada e circunscrita dessa ou daquela forma, e que, portanto, no seja teologia. Isso se aplica no s a situaes nas quais se tenta fazer valer positivamente ou pelo menos deixar valer tal divindade como quintessncia da verdade e do poder de algum princpio supremo, mas tambm a situaes nas quais se nega a existncia dessa divindade: nestes casos, o que acontece em termos prticos que exatamente a dignidade e funo da divindade so transferidas "natureza", a um impulso vital inconsciente e amorfo, "razo", ao progresso, ao ser humano de pensamento e ao progressistas, ou, qui, a um "nada" redentor, considerado destino ltimo do ser humano. Tambm tais ideologias aparentemente "ateias" so teologias", Karl Barth.