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30
julho
2010
ano III
ficina
fim?
SAMIZDAT 30
julho de 2010
O Fim da SAMIZDAT 8
Henry Alfred Bugalho
CONTOS
Como o melro no seu dragoeiro 10
Joaquim Bispo
La Chason Dernière 14
Ju Blasina
O sinal 16
Henry Alfred Bugalho
Na corda bamba 18
Henry Alfred Bugalho
Noite de festa 20
Cirilo S. Lemos
Vertigens de um recomeço 24
Léo Borges
ARTIGO
O que é o prazer? 28
Joaquim Bispo
A inspiração 32
Joaquim Bispo
CRÔNICA
Sex Toys 34
Ju Blasina
POESIA
Ciclo 36
Fatima Romani
fim? 37
Marcia Szajnbok
Testamento 38
Caio Rudá de Oliveira
Orvalhinho 40
Wellington Souza
Da mulher 41
Wellington Souza
dois poemas desvairados 42
Maria de Fátima Santos
Etapas 43
Maristela Deves
ficina
5
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Por que Samizdat?
“Eu mesmo crio, edito, censuro, publico,
distribuo e posso ser preso por causa disto”
Vladimir Bukovsky
6
E por que Samizdat? revistas, jornais - onde ele des tiragens que substituam
possa divulgar seu trabalho. o prazer de ouvir o respal-
O único aspecto que conta é do de leitores sinceros, que
A indústria cultural - e o
o prazer que a obra causa no não estão atrás de grandes
mercado literário faz parte
leitor. autores populares, que não
dela - também realiza um
perseguem ansiosos os 10
processo de exclusão, base- Enquanto que este é um mais vendidos.
ado no que se julga não ter trabalho difícil, por outro
valor mercadológico. Inex- lado, concede ao criador uma Os autores que compõem
plicavelmente, estabeleceu-se liberdade e uma autonomia este projeto não fazem parte
que contos, poemas, autores total: ele é dono de sua pala- de nenhum movimento
desconhecidos não podem vra, é o responsável pelo que literário organizado, não
ser comercializados, que não diz, o culpado por seus erros, são modernistas, pós-
vale a pena investir neles, é quem recebe os louros por modernistas, vanguardistas
pois os gastos seriam maio- seus acertos. ou q ualquer outra definição
res do que o lucro. que vise rotular e definir a
E, com a internet, os au- orientação dum grupo. São
A indústria deseja o pro- tores possuem acesso direto apenas escritores interessados
duto pronto e com consumi- e imediato a seus leitores. A em trocar experiências e
dores. Não basta qualidade, repercussão do que escreve sofisticarem suas escritas. A
não basta competência; se (quando há) surge em ques- qualidade deles não é uma
houver quem compre, mes- tão de minutos. orientação de estilo, mas sim
mo o lixo possui prioridades
a heterogeneidade.
na hora de ser absorvido A serem obrigados a
pelo mercado. burlar a indústria cultural, Enfim, “Samizdat” porque a
os autores conquistaram algo internet é um meio de auto-
E a autopublicação, como que jamais conseguiriam de publicação, mas “Samizdat”
em qualquer regime exclu- outro modo, o contato qua- porque também é um modo
dente, torna-se a via para se pessoal com os leitores, de contornar um processo
produtores culturais atingi- od iálogo capaz de tornar a de exclusão e de atingir o
rem o público. obra melhor, a rede de conta- objetivo fundamental da
tos que, se não é tão influen- escrita: ser lido por alguém.
Este é um processo soli-
te quanto a da grande mídia,
tário e gradativo. O autor
faz do leitor um colaborador,
precisa conquistar leitor a
um co-autor da obra que lê.
leitor. Não há grandes apa-
Não há sucesso, não há gran-
ratos midiáticos - como TV,
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Comuunicado
O Fim da SAMIZDAT
dos os meses em que ainda fim do mês, da vida fami- decimentos pela confiança
estávamos por aqui. Foram liar. Somos todos humanos que um dia depositaram
trinta edições, mais de oi- e também precisamos de em mim, por dedicarem seu
tocentos textos publicados, teto e comida, e isto acaba tempo e talento a um proje-
aproximadamente cinquen- sufocando, às vezes, a Lite- to ambicioso e que nos deu
ta autores colaboradores ratura. Nem todos engolem muito trabalho. E também
e meio milhão de acessos. meses e anos sem nenhum agradeço aos nossos leitores,
Para uma publicação li- resultado, sem reconheci- fiéis ou eventuais, que são o
terária, tenho certeza que mento, sem um tostão, e é fim e a motivação de tudo
fizemos mais do que jamais exatamente esta a realidade que escrevemos.
poderíamos ter imaginado. de milhares de escritores Vemo-nos em breve.
Se um dia, um dos auto- por aí.
res da SAMIZDAT obtiver Ninguém disse que seria Henry Alfred Bugalho.
reconhecimento, alguns fácil...
olharão para trás e se Por isto, do mesmo modo
espantarão diante de nos- que não duvido que um
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Contos
Joaquim Bispo
http://www.flickr.com/photos/maxbisschop/151463268/sizes/o/
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peitos esfacelados papel colorido, o que o
íntimo lhe inspira: À noite, antes de ador-
Uns meses depois, um mecer, com o «Só» de
tio, que trabalhava no Todo o caule por mi- António Nobre à cabe-
Jardim Tropical, puxou- nhas mãos tange. ceira, sente às vezes algo
o para jardineiro. Tratar indefinível, como que
Esgrimo da mandrágora uma sintonia com um es-
das plantas e dos can- o alfange,
teiros, manter o jardim pírito desconhecido, mas
limpo, eram tarefas que o aloendro murmura e tão íntimo como si pró-
lhe agradavam. O con- range. prio. Gosta de imaginar
tacto com as plantas e que, lá longe, numa praia
os animais, a percepção remota, do outro lado do
Quando o dia de tra- Atlântico, alguém, vague-
dos seus ciclos, faziam-no balho termina, dirige-se
sentir-se em comunhão ando ao sabor dos seus
para a beira-rio, a jusante pensamentos solitários,
com o mistério da Natu- da estação dos barcos,
reza. Escrevia: encontra uma das suas
com uma bolsa de pano garrafas e lê:
a tiracolo. Senta-se no
Deixa a palmeira para paredão e fica a olhar o
a algazarra dos pardais rio. «Para onde irão todas Penso em ti,
aquelas águas? Alguém minha amiga, alma gé-
e a araucária para o lhes marca o destino?
bulício dos demais! mea, minha irmã.
Certo é que seguem de-
Na paz do dragoeiro faz, cididas, na direcção do Só e triste. Anseio por te
melro, o teu poleiro! sol-pôr. Outras pessoas as conhecer.
irão contemplar, lá lon- Pensa em mim, assim
ge.» nos vamos encontrar!
Quando ganhou expe-
riência, encarregaram-no Armindo tira então da
dos alfobres nas estufas, bolsa, uma garrafa vazia E adormece mansa-
onde pode trabalhar so- de vidro transparente, mente.
zinho, como gosta. Pre- separa a folha de cader-
para as pequenas leiras no com o seu pequeno
de terra, semeia e cobre poema, enrola-a, ata-a
as sementes, identifica as com um junco seco e
plantações, rega as pe- introdu-la meticulosa-
quenas plantas quando mente na garrafa. Num
rebentam, transfere-as ritual sempre igual, tira
para vasos ou canteiros, do bolso uma das rolhas
quando atingem tamanho e veda a garrafa cuidado-
adequado, e cuida delas samente. Então, levanta-se
até serem mudadas para e atira a garrafa ao rio,
o ar livre. tão longe quanto a sua
força alcança. Solene, fica
Embora atento ao que a observá-la, primeiro
faz, a sua mente arqui- com o gargalo a esbrace-
tecta frases, avalia rimas jar, como se apelasse por
e sonoridades, sobretudo socorro, depois num su-
ausculta o coração. De- ave gesto de adeus e, por
pois, à hora de almoço, fim, a deslizar lentamente,
senta-se num banco e imperceptivelmente, em
verte, num caderno de direcção ao mar.
ficina
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Contos
La Chanson Dernière
Ju Blasina
http://www.flickr.com/photos/ilianov/3468044909/sizes/o/
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Contos
http://www.flickr.com/photos/raphic/4001822051/sizes/l/
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Contos
Na Corda Bamba
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Contos
Noite de Festa
Cirilo S. Lemos
http://www.flickr.com/photos/kntr/3765788204/sizes/o/
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Contos
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Contos
Vertigens de um recomeço
Léo Borges
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que ela fazia sozinha ali, já mas se você fizer isso a que possamos viver o que
que, até para experientes vitória será dos seus pro- ainda não vivemos – disse,
guias, aquela parte da ca- blemas. mantendo o braço estica-
choeira era muito traiço- Sua cabeça não levantou do.
eira. Acenei com as mãos. e seus olhos permanece- Nínive relutava em re-
Ela viu, mas não respon- ram namorando o preci- ceber a ajuda. As gotas da
deu. Seu rosto denuncia- pício. chuva se confundiam com
va uma chaga na alma, as lágrimas em seu rosto.
uma tristeza semelhante a – Eu não quero vitória,
Julian. Eu só queria que Um de seus pés derrapou.
que eu despejara no lago
minutos atrás. Um pânico respeitassem meus senti- – Segure minha mão.
atroz dominou minhas mentos. Mas não adianta... Vamos conversar um
ações quando vislumbrei quem é você para enten- pouco. Só estou pedindo
em seu semblante uma in- der alguém abandonado um minuto! Nem é tanto
tenção de autodestruição. pelo amor? tempo assim...
Corri por entre a mata – Talvez alguém que Finalmente Nínive ce-
lateral, escalando aos pulos também tenha sido. deu e segurou meu braço.
e tropeços robustas pedras A moça ergueu a ca- No momento em que sua
escorregadias, alheias ao beça e finalmente nossos perna buscava apoio na
desespero da situação. Gri- olhares se sintonizaram. parte seca, escorregou. Se-
tei para que ficasse parada Uma fina chuva começou gurei-a com força enquan-
até minha chegada, ouvin- a cair sobre a Cachoeira to ouvia seus gritos cor-
do como resposta apenas da Vertigem. O risco de tando o ar. Com alguma
o eco de minhas próprias queda aumentava a cada dificuldade, abracei sua
súplicas. Ao chegar perto segundo. Nínive comentou cintura e a puxei com fir-
de onde estava pude me sobre o motivo da decisão meza para, então, cairmos
certificar do risco real que derradeira. entre as árvores. Olhei
sua vida corria. Nínive com muito afeto para seu
– Meu noivo me lar- rosto afogado em medo
estava descalça na parte gou para ficar com minha
onde a incidência de lodo e desilusão. Seus cabelos
irmã. Tiveram um relacio- molhados deixavam ex-
era maior, sem nenhum namento durante meses
apoio para as mãos. Sua postos apenas parte de sua
sem que eu soubesse. face de traços angulosos, o
expressão carregada de
mágoa evidenciava claro – A mulher que eu suficiente para perceber o
desejo de morte. A primei- amava foi embora para a quanto era bela.
ra coisa que fiz foi pedir cidade. Disse que tinha vá- – Por que as pessoas
para que ela não se me- rias ambições, mas eu não fazem isso com quem as
xesse. Chorando, ela disse estava incluído em nenhu- ama? – indagou Nínive
em baixa voz para que eu ma delas. Meus amigos querendo uma resposta
não me intrometesse em contam que ela me trocou impossível.
sua vontade. Coloquei-me por outro.
– Não acredito que seja
o mais perto possível de – O apoio de meus ami- por ódio. Pode ser ego-
onde estava, num ângulo gos não serviu para juntar ísmo, mas quem não é
inferior, amparado pelo meus pedaços. Victor e egoísta? Eu queria Nágila,
galho de uma árvore, com Ariadne foram embora e ela queria ouras coisas.
o braço estendido. A água me deixaram aqui, morta – Talvez um dia ela também
fria fluía forte por entre falou, como se ali só hou- queira algo que não possa
seus pés. vesse um corpo oco, sem ter. Acho sinceramente que
– Nínive, olha, não sangue e sem espírito. na vida podemos ter tudo
conheço sua vida nem sei – Oportunidades apare- o que almejamos, só que
o que te trouxe até aqui, cem a cada momento para existem coisas que não
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Artigo
Joaquim Bispo
O que é o Prazer?
7 Perguntas à «Ética a Nicómaco» de Aristóteles
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Nada impede que o supremo antes dos prazeres do olfacto, atinge nela um maior «grau
bem seja uma certa forma da visão e da audição. Como de discernimento e rigor».
de prazer, só porque alguns se podia fazer sentir a falta, e Torna-se mais competente
prazeres são maus. Se não consequente prazer de pre- nessa tarefa.
houvesse formas de prazer enchimento, da falta que não A ligação entre uma
boas nem actividades que existia? actividade e o prazer que
dessem prazer, aquele que O prazer parece es- lhe pertence pode tornar-se
é feliz não teria uma vida tar completo em qualquer tão profunda e indissociável
agradável. Então, para que momento temporal do seu que se pode duvidar se não
precisaria dos prazeres, caso decurso. Por isso não se trata são uma única coisa. O que,
não fossem um bem? de uma mudança. As mu- muitas vezes, significa subal-
Todos pensam que a vida danças transcorrem no tem- ternizar outras actividades,
feliz é uma vida doce e po, enquanto que o prazer próprias ou alheias, igual-
envolvem o prazer na feli- pode transcender o tempo – mente merecedoras de aten-
cidade. O facto de todos os ser total num “aqui e agora”. ção, mas que não induzem o
animais e Humanos perse- «A actividade que chega mesmo prazer. Os prazeres
guirem prazeres é um indí- à máxima completude é a associados a essas actividades
cio de que a felicidade é de que dá um prazer extremo.» são vistos como estranhos
alguma maneira o supremo Quando a capacidade per- e funcionam à maneira dos
bem. Se houver activida- ceptiva se encontra em boas sofrimentos – arruínam a
des livres de impedimento condições, e é activada pela actividade mais aprazível.
para cada disposição, e a excelência do objecto que cai Cada homem encara cada
felicidade for uma delas, tal no seu campo de percepção prazer de modo diferente e o
actividade será a coisa mais específico do objecto, acon- que pode ser delicioso para
querida. Uma actividade livre tece a percepção mais com- um pode ser execrável para
de impedimento é o prazer. pleta nesse campo específico outro. Mas o que é unanime-
Portanto, o supremo bem e um prazer extremo. Tal mente considerado vergonho-
será uma certa forma de prazer, conduz a actividade so não poderá ser chamado
prazer. a uma maior completude, prazer senão pelo depravado.
numa interacção de estimu- Actividades diferentes
5. O prazer é um proces- lação. geram prazeres diferentes. «A
so de regresso a um estado Porque não acontecem, percepção visual é superior
equilibrado? então, estados de prazer em nível de pureza à táctil»,
A situação do prazer pare- permanente? É que a excita- bem como a acústica e a
ce assemelhar-se à da saú- ção inicial do pensamento, olfactiva são superiores às do
de. Admite maior e menor que intensifica a actividade gosto ou do paladar. «Tam-
equilíbrio. E não parece ser perceptiva, esmorece com o bém os prazeres se distin-
um fenómeno de mudança tempo. guem de modo semelhante:
de estado, como dizem os os do pensamento teórico
platónicos, pois a sua intensi- são superiores em grau de
6. Que relação existe pureza aos prazeres das sen-
dade não depende da rapidez entre prazer e completude
ou da lentidão da mudança sações.»
de actividade?
de estado. E qual será o que é, por
«A intensidade de uma excelência, pertencente à na-
Será um preenchimento actividade aumenta com o
do que falta ao estado natu- tureza humana? Deve ser o
prazer que lhe é pertinen- que se manifesta nas activi-
ral? O preenchimento não te», «porque cada espécie de
é prazer; acontece é que se dades especificamente huma-
prazer tem um laço estreito nas. E deve proporcionar um
sente prazer no decurso dele. de afinidade com a activida-
E nem todos os prazeres são alto grau de completude.
de a que confere um maior
precedidos pela dor da falta: grau de completude» , como Todos os homens desejam
não se sente dor antes do dito atrás. «Quem exerce a alcançar completude nas
prazer da aprendizagem, nem sua actividade com prazer», actividades a que estão mais
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Artigo
A Inspiração
Joaquim Bispo
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Crônica
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Poesia
No verão rubro
As ondas submergindo
O mundo todo
http://www.flickr.com/photos/victornuno/429759418/sizes/o/
As folhas mortas
Levadas pelas águas
No outono mortal
Gelo profundo
Cobriu toda a Terra
Outra era glacial
No âmago do
Planeta a vida ainda
deixou sua raiz...
Recomeço...
fim?
Marcia Szajnbok
http://www.flickr.com/photos/lunadirimmel/347588179/sizes/o/in/set-72157594456811573/
o pó das palavras
não se assopra
não se limpa
espalha tanto
deixa marcas
deixa rimas
deixa sonhos divididos
emoções compartilhadas
forja rastros
faz amigos...
37
Poesia
Testamento
38
38 SAMIZDAT julho de 2010
http://www.flickr.com/photos/mezone/73876655/sizes/l/
Eu quero morrer louco
são nem um pouco
doido de pedra
demente, decadente
sem mente, sim
completamente doente.
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Poesia
Orvalhinho
Wellington Souza
És a gota
que vence
o incêndio.
e depois queda
esbaforida
na calma
40
40 SAMIZDAT julho
junho de
de 2010
2010
Da Mulher
Wellington Souza
Se poda os galhos,
http://www.flickr.com/photos/maubrowncow/565391508/sizes/o/
afia os espinhos,
unta as folhas
com essências
e fantasias.
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Poesia
viagens
42
42 SAMIZDAT julho de 2010
Poesia
Etapas
Maristela Deves
Cada fim
é um recomeço
um novo início
(um pouco do avesso).
Desafios vão,
desafios vêm
o sonho, no entanto,
http://www.flickr.com/photos/m2digital/3541739600/sizes/l/
se mantém.
Samizdat termina,
deixa saudade
Uma literatura
de verdade.
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SOBRE OS AUTORES DA
SAMIZDAT
Edição, diagramação e capa
Revisão
Maria de Fátima Brisola Romani
Nasceu em SP em 1957 mas mudou-se para Salvador
em 1984 onde reside até hoje. É arquiteta e artista plás-
tica, além de tradutora (inglês e italiano) e revisora de
textos. Escreve poesias esporadicamente desde adoles-
cente e há cerca de um ano começou a escrever contos.
Pretende concorrer ao mestrado em Artes Cênicas na
Escola de Teatro da Ufba.
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44 SAMIZDAT julho de 2010
Colaboração
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Maria de Fátima Santos
Nasceu em Lagos, Algarve, Portugla em 1948. Vi-
veu a adolescência em Angola e reside em Lagos.
Licenciada em Física, é aposentada de professora do
Ensino Secundário. Já participou na SAMIZDAT e por
afazeres de vida afastou-se. Tem poemas em diversas
antologias, e publicou em Janeiro de 2009 um livri-
nho com pequenas histórias, aquelas que lhe voam
no teclado: Papoilas de Janeiro é o título, com ilus-
trações de TCA do blogue http://abstractoconcreto.
blogspot.com/ Muito material está publicado nos
blogues e www.intervalos.blogspot.com e http://tris-
teabsurda.blogspot.com/ Escreve pelo gosto de deixar
que as palavras vão fazendo vida. Escreve pelo gozo.
Maristela Deves
Gaúcha nascida na pequena cidade de Pirapó, co-
meçou a sonhar em ser escritora tão logo aprendeu
a ler. Escreve principalmente nos contos nos gêneros
mistério, suspense e terror, além de crônicas. Man-
tém ainda o blog Palavra Escrita, sobre livros e litera-
tura (www.pioneiro.com/palavraescrita).
Léo Borges
Nasceu em setembro de 1974, é carioca, servidor
público e amante da literatura. Formado em Comu-
nicação Social pela FACHA - Faculdades Integradas
Hélio Alonso, participou da antologia de crônicas
“Retratos Urbanos” em 2008 pela Editora Andross.
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Joaquim Bispo
Ex-técnico de televisão, xadrezista e pintor ama-
dor, licenciado recente em História da Arte, experi-
menta agora o prazer da escrita, em Lisboa.
episcopum@hotmail.com
Wellington Souza
Paulistano, mas morou também em Ribeirão
Preto, onde cursou economia na Universidade de São
Paulo. Hoje, reside novamente no bairro em que nas-
ceu. Participou das antologias do concurso Nacional
de Contos da Cidade de Porto Seguro e do Poetas
de Gaveta/USP. Escreve poemas, contos, crônicas e
ensaios literáios em um blog (Hiper-link), na revista
digital SAMIZDAT e no portal Sociedade Literária.
“Escrever é um modo de ser outro ser”.
Caio Rudá
Bahiano do interior, hoje mora na capital. Estuda
Psicologia na Universidade Federal da Bahia e espera
um dia entender o ser humano. Enquanto isso não
acontece, vai escrevendo a vida, decodificando o enig-
ma da existência. Não tem livro publicado, prêmio,
reconhecimento e sequer duas décadas de vida. Mas
como consolo, um potencial asseverado pela mãe.
Marcia Szajnbok
Médica formada pela Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo, trabalha como psiquiatra
e psicanalista. Apaixonada por literatura e línguas
estrangeiras, lê sempre que pode e brinca de es-
crever de vez em quando. Paulistana convicta, vive
desde sempre em São Paulo.
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http://www.photoshoptalent.com/images/contests/spider%20web/fullsize/sourceimage.jpg
Jú Blasina
Gaúcha de Porto Alegre. Não gosta de mensurar
a vida em números (idade, peso, altura, salário). Não
se julga muito sã e coleciona papéis - alguns afir-
mam que é bióloga, mestre em fisiologia animal e
etc, mas ela os nega dizendo-se escritora e ponto fi-
nal. Disso não resta dúvida, mas como nem sempre
uma palavra sincera basta, voltou à faculdade como
estudante de letras, de onde obterá mais papéis para
aumentar a sua pilha. É cronista do Caderno Mulher
(Jornal Agora - Rio Grande - RS), mantém atualiza-
do seu blog “P+ 2 T” e participa de fóruns e oficinas
virtuais, além de projetos secretos sustentados à base
de chocolate e vinho, nas madrugadas da vida.
Cirilo S. Lemos
Nasceu em Nova Iguaçu, Baixada Fluminense,
em 1982, nove anos antes do antológico Ten, do
Pearl Jam. Foi ajudante de marceneiro, de pedreiro,
de sorveteiro, de marmorista e mais um monte de
coisas. Fritou hambúrgueres, vendeu flores, criou
peixes briguentos. Chorou pela avó, chorou por seus
cachorros. Então cansou dessa vida e foi estudar
História. Desde então se dedica a escrever, trabalhar
como voluntário numa escola municipal e fazer feliz
a moça ingênua que aceitou ser mãe dos seus filhos.
www.revistasamizdat.com 47
Também nesta edição, textos de