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Capitulo 3 Guerras indigenas e guerras coloniais/pés-coloniais A conquista do territérlo na América portuguesa no 1 shsolutamente pacific. As vérias regides do continente tn ocupadas apés combates violentos contra os povos siigenas. Alem da presenga estrangeira constante © amea- », a5 guerras tinham como alvo os indips hostis que, Século XVI a0 XIX, desafiavam ou mesmo impediam a snsio das fronteiras portuguesas. Foram eles os princi- yuls responsiveis pelo malogro da maforia das capitanias, século XVI As guertas coloniais se misturavam 3s guetras indigenas, 1 medida em que se faziam com indios aliados contra in- ‘ows hostis. Eurapeus de nacionalldades distintas e indios de Invontes etnlas lutavam como aliados numa mesma guetta, 1m tinham motivagBes diversas, que se alteravam, con- rn a8 eitcunstincias e a dinamica das relagdes. Os indios um, sem dtivida, os maiores perdedores, porém souberam vinieém valer-se das hostilidades entre os curopeus e obter “vss prépeios ganhos a partir delas. : FovdeBoko No século XVI, 0 auge das guerras indigenas ocorteu na costa brasileira entre as décadas de 1530 e 1560, quando os ‘povos nativos reagiram violentamente ag incremento das cs ravizagbes forcadas para atender as necessidades da colon. ‘zagdo mais sistemitica iniciada com as capitanias herediti. tas. A criagio do governo geral veio atender 4 necessidade a Coroa em manter a soberania sobre a colénia contta os ataques estrangeiros e, principalmente, em submeter os nz dios inimigos e integrar 0s aliados. O Regimento do primeiro governador-geral, Tomé de Souza, jéinclula as diretrzes bi, seas da politica indigenista que, grosso modo, iria se manter durante todo o periodo colonial, Recomendava a guerra justa para 05 indios inimigos que, uma vez vencidos, se tornariam fesoravos; e 08 aldeamentos para os aliados. Com Tomé de Souza, vieram os seis primeiros jesuitas que, chefiados por Manoel da Nobrega, tornaram-se tesponsivels pelo estabelecimento das aldeiascoloniais. Sua prinelpal fun so seria a de reunir os indios aliados em grandes aldeias proximas aos micleos portugueses nas quais iriam se tor siditos cristios para garantir e expandir as fronteitas por. ‘tuguesas na coldnia. Fra preciso manter os indios aliados derrotar os inimigos de forma a seguir adiante com o projeto da colonizacio, Isso se fez 4s custas de iniimeras guerras bastante vio- lentas que se estenderiam até o século XIX. Algumas delas tomaram grande vulto e alcangaram vastas extensdes territo. Fiais, tendo envolvido enormes contingentes militares ¢ gr ps indigenas variados. Além dessas, houve imimeras outtas uceras de resisténcia localizada ecotidiana de vitios grupos Indigenas que se recusavam a colaborar com os portugueses Ocorriam, grosso modo, nas fronteiras internas da colonia, nos sertdes, onde habitavam os “indios bravos’. Do sécule ‘tindcs maha do Bast ° 1130 0% esses “indlos braves” no apenssdefendim seus rn, dean» epee rer rg ‘on anda fain ncurses guereias sobre regis oct sila, Conta els, erm enviadas as bandeias expedigdes Cas qu, além dor meal precisos, Buscar pine mente tndios que seram vendidos como corevos. as suas expedigtes amavanrse com 0 objelvo expicto de ni grupos hosts. : lgune desses grupos foram especialmente apueridos vagamse bastante conhecidor plas desrgbes exe ‘wnte negatives estereoipadas, como ov cies, 0 Po ura, os gltacazes eos terrvels almorés que, # pari do ‘So XVI, foram sendo chamados de botocudos Os dois Pineios eram tupis eos demals Inculanese, como tantos os entre os chamadostapuis.Tupis © tapas podam sn como alias ou como iiigos,estabeecendo entre si hmm os estrangeiros relates luldaseinstévls, Alias de + nso grupo tamben, nao raramente, se subdviglm em tnebeapolando ora uns oa cues lm dis, grpos i ges podiam também se uni para combater un adversrio tu, ssa rites eam frequents ents o ae dere vupos indigenes, com cetera, se aeatuaram considravel- Te, desde oséeulo XVI quando os europe pasar = insti em suas teases ° Sem compreender bem as ras culturas ds inion © sem perebero forte impacto de suas propia ages tigo- raseobre as instivels elagtes dos indlog, ox europeus, com requencla, 08 descreviam coma traidorcs inconsantes Sat entendiom como madavarn de umn Ido para 0 oso © “vn interromplam guerras para comer, tanto com oates ‘nis, como com etropeus de diferentes nacoralidates, A Vomplexidade das relays entre grupos mndigenasalados © ™ Fovedesolo {inimigos, principalmente em regiges de fronteira, tem sido evidenciada por pesquisas regionais que questionam a idela de oposigdo rigida entre os variados atores. Indios de diferen tes etnias e ndo indios (missionarios, bandeirantes, soldados, colonos pobres, escravos negros, quilombolas etc.) desenvol- viam milltiplas formas de interaglo que passavam de relagbes, de conflitos intensos para acordos, mediagdes, trocas comer. cials e culturais, A instabilidade das relagdes acentuava-se, com certeza, nas situagdes de guerra, levando os indios a mudar de lado conforme interesses © possibilidades. Entre os chamados “mansos", isso era bastante comum, dadas as intimeras tra ses dos portuguesese as dificelssituagdes que enfrentavam, entre as quais as epidemias, tio frequentes nas aldeias. N30 foram poucos os allades que retornaram aos sertbes, passan do a realizar ataques esporidicos is suas antigas aldeias. | Convém lembrar que, no séeulo XVI, a dependéncia dos Portugueses em relasio aos indios era praticamente total ¢ 4 politica de aliansas era indispensivel. As capitanias bem sucedidas tiveram apoio dos indios ¢ as demais fracassaramn principalmente devido aos seus ataques. A superioridadle tec noldgica das armas europeias nio é absolutamente sufciente para explicar a vitéria de um punhado de portugueses contra rilhares de povos guerreiros, principalmente se levarmos em. conta as limitagdes técnicas da época. A conquista do territé. "io 86 se explica pelasallancas que os portugueses puderam estabelecer com os indios Acescolha de Sto Vicente como micleo inicial da coloniza- sie baseou-se, como destacou John, Monteiro, principalmen- tena conperacio segura e confiével dos tupiniquins liderados [por Tibirigé sob a forte influéncia de seu genro Joio Ramalho, Fste era o jd citado degredado portugués que alcancara po. Indios na stra do Brat co de dstaquee ideranga ent os tpiniquins grass 20 ‘amento com filha do grande chefe Ting. Sus presen Nom cere, grant abs portgueses a sgiranga neces rin pra da ino ao povonment portpus, Os nd, or sve passaram a cata com poderosos ladon mas eras nen us proprosnimigos Mats tarde algae grupos timiquins stam se rebelar conta os porte, enquanto ro liderado por Tibigi ranteria»alange. A faker “i ages entre os tupiniquins aparece em varios relatos Hoventemente conttoverss.Inconstancas ¢ disdéncas wnt em vray regis e Intensieavam-se com 9 incre ito dager No slo XVI na conta ral. "Nose portuguese sputnvar, am da iqueas dere, "iprescindvel ling com os ativos, vat do vrios trnposindigenas entre corde confrontos ene she com os ranges ft ntenso. ‘conqusta da copia de Pernmbuco ess anexas ’ eaplania de Permanbuco 6 prosperou depols de m- .ftentaento, pial dso via os poigarase "nce Brum ambos grupos ps, embor rvaliassen ene

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