O idiota da Ma

Eu estava na Inglaterra, sem saber bem que fazer, eu tinha dinheiro e onde ficar.
Mas no havia escolhido uma profisso ainda, eu encontrei um homem quando eu
estava sentado em uma rvore, ele no me notou, apenas sentou embaixo dela e
comeou a falar sozinho, pensei que era doido. Ele por fim comeou a dormir, at
ento eu no estava incomodado, era um lugar bom pra dormir, porm o sujeito
comeou a roncar to alto, chegava a ser humanamente impossvel. Eu
simplesmente joguei uma ma na cabea dele esperando que o barulho cessasse,
deu certo, o cara acordou assustado e olhou a ma como se ela fosse de outro
mundo. Ele correu pra uma casa um pouco mais adiante e depois voltou com um
caderno e lpis, escrevendo um monte de nmeros sem sentido e falando sozinho
sobre como a ma tinha cado na cabea dele, como isso podia mudar o mundo.
Desci da rvore e observei, levou um bom tempo at ele me notar, indaguei sobre
o que estava fazendo e ele simplesmente disse Calculando a gravidade.
Ele no falava coisa com coisa. Eu no tinha ideia do que ele estava falando, ele
comeou a me explicar que as coisas caiam pra baixo e no podia cair pra cima por
conta da gravidade. Quanta besteira, eu podia usar um feitio e a ma subiria pra
minha mo, mas ele no sabia disso, no era bruxo. O cara falava sem parar sobre
como era um gnio e como isso mudaria o jeito de se ver as coisas, foi ai que usei
um feitio de levitao e o fiz calar a boca. Ele entrou em choque, ficou passando a
mo por cima e por baixo da ma, me olhando igual idiota. Expliquei que era um
feitio simples, qualquer bruxo conseguir fazer, conversamos bastante, mas ele
ainda era um idiota, s que agora um pouco mesmo. Ensinei Alquimia a ele e em
troca aprendi sobre matemtica avanada, aritmtica, construes geomtricas at
mesmo uma lngua nova. Hebreu, nunca tive interesse em aprender, mas me foi til
depois.
Quando ele morreu eu perdi um amigo, fizemos grandes avanos na Alquimia e ele
me ensinou muito, investi em suas descobertas. A nica coisa que pedi em troca
era anonimato, ningum poderia saber que eu existia ou que ele me conhecia. Ele
manteve a palavra, sempre visito seu tmulo, pelo menos uma vez ao ano.