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Relatório Final
Alunos em Ensino Individual / Doméstico
2008/2009

Relatório Final. Alunos em Ensino Doméstico / Individual 2008/2009


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Índice

 Introdução

 Lei de Bases do Sistema Educativo (LBSE) Lei nº 46/86 de 14 de Outubro, com as alterações
introduzidas pela Lei nº 115/1997, de 19 de Setembro e Lei nº 49/2005, de 30 de Agosto

 O Estatuto do Ensino Particular e Cooperativo (não Superior), Decreto-Lei nº 553/80, de 21


de Novembro

 Ensino Doméstico (ED) e Individual (EI)

 A matrícula e a matrícula no ensino individual / doméstico

 Avaliação dos alunos

 Exames

 Processo Individual do aluno

 Alunos estrangeiros a residirem em Portugal

 Direcções Regionais de Educação no acompanhamento e avaliação de alunos em ensino


individual e doméstico

 A Escola. Aspectos práticos

 Advertências

 Ano Lectivo de 2008/2009 – Alunos em ensino doméstico / individual nas escolas e


agrupamentos de escolas da área da DREC.

 Análise comparativa desde o Ano lectivo 2002/2003.

 Alunos em Ensino Individual / Doméstico. Outros – Ano Lectivo 2009/2010.

 Desenvolvimento verificado na área da DREC – Anos Lectivos 2002/2003 – 2008/2009

 Diligências de acompanhamento

Relatório Final. Alunos em Ensino Doméstico / Individual 2008/2009


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Introdução

A modalidade de ensino doméstico e ou individual tem subjacente a liberdade de aprender e de


ensinar e a tolerância pelas escolhas possíveis, escolha que Estado português admite aos Pais
reconhecendo a importância do papel da família no processo educativo dos filhos.

O aluno tem direito a usufruir de ensino e educação; aos pais incumbe uma especial responsabilidade
inerente ao seu poder-dever de dirigirem a educação dos respectivos filhos e educandos, no
interesse destes, promovendo e estimulando o respectivo desenvolvimento físico, intelectual e moral.

No dia-a-dia, no âmbito do trabalho desenvolvido na área técnico-pedagógica, os procedimentos são


consumados no pressuposto de ser a Escola – o espaço escolar, a vivência na comunidade educativa
– a melhor solução para as crianças e os jovens, respeitando contudo o direito de opção dos pais. O
trabalho que foi sendo desenvolvido ao longo do ano lectivo, visou esclarecer os intervenientes e
munir os estabelecimentos de ensino, envolvidos, com informações de natureza legislativa e prática,
que lhes permita concretizar o apoio e acompanhamento dos casos identificados, em prol do sucesso
global dos alunos, em particular, do respectivo desenvolvimento educativo.

Na ausência de regulamentação específica sobre a matéria, importa separar princípios e normas que
servem de suporte ao ensino doméstico / individual, aos alunos e escolas da área da Direcção
Regional de Educação e conceber o presente relatório não apenas como uma forma de balanço do
ano lectivo transacto mas, também, como instrumento de trabalho prospectivo disponível e acessível
a todos os intervenientes, especialmente, às escolas e agrupamentos de escolas com alunos
abrangidos, de forma a, entre outros princípios plasmados na LBSE, contribuir para que a educação
promova o «desenvolvimento do espírito democrático e pluralista, respeitador dos outros e das suas
ideias, aberto ao diálogo e à livre troca de opiniões, formando cidadãos capazes de julgarem com
espírito crítico e criativo o meio social em que se integram e de se empenharem na sua
transformação progressiva» (cf. nº 5, do artigo 2º, LBSE).

Lei de Bases do Sistema Educativo (LBSE) Lei nº 46/86 de 14 de Outubro, com as alterações
introduzidas pela Lei nº 115/1997, de 19 de Setembro e Lei nº 49/2005, de 30 de Agosto

A LBSE define direitos gerais em matéria de educação e ensino, deveres dos intervenientes,
objectivos e critérios de organização. Assim,

«O sistema educativo é o conjunto de meios pelo qual se concretiza o direito à educação (…)».
Desenvolve-se «segundo um conjunto organizado de estruturas e de acções diversificadas, por
iniciativa e sob responsabilidade de diferentes instituições e entidades públicas, particulares e
cooperativas (…) e tem por âmbito geográfico a totalidade do território português (…) incumbindo ao
Ministério da Educação «a coordenação da política» (cf. artigo 1º, da Lei nº 46/86, de 14 de Outubro).

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Constitui-se segundo os «princípios organizativos» fixos no artigo 3º, da Lei nº 46/86, de 14 de
Outubro.

«No acesso à educação e na sua prática é garantido a todos os portugueses o respeito pelo princípio
da liberdade de aprender e de ensinar, com tolerância para com as escolhas possíveis»,
designadamente, pela garantia do «direito de criação de escolas particulares e cooperativas» (cf.
artigo 2º da Lei nº 46/86, de 14 de Outubro).

O Estatuto do Ensino Particular e Cooperativo (não Superior), Decreto-Lei nº 553/80, de 21 de


Novembro

«As Leis nº 9/79, de 19 de Março, e 65/79, de 4 de Outubro, reconhecem aos pais a prioridade na
escolha do processo educativo e de ensino para os seus filhos, em conformidade com as suas
convicções. Do mesmo passo, cometem ao Estado a obrigação de assegurar a igualdade de
oportunidades no exercício da livre escolha entre pluralidade de opções de vias educativas e de
condições de ensino. Deu-se, assim, plena expressão aos preceitos constitucionais que consagram a
liberdade de aprender e de ensinar (artigo 43.º) e o papel essencial da família no processo educativo
dos filhos (artigo 67.º), na esteira dos princípios acolhidos na Lei n.º 7/77, de 1 de Fevereiro, sobre
associações de pais e encarregados de educação (…)

1 - O Estado reconhece a liberdade de aprender e de ensinar, incluindo o direito dos pais à escolha e
à orientação do processo educativo dos filhos (…)

2 - O exercício da liberdade de ensino só é limitado pelo bem comum, pelas finalidades gerais da
acção educativa e pelos acordos celebrados entre o Estado e os estabelecimentos de ensino
particular (…)»(cf. Decreto-Lei nº 553/80, de 21 de Novembro)

Ensino Doméstico (ED) e Individual (EI)

A Lei nº 2.033, de 27 de Junho de 1948 estipulava que «1. O ensino particular pode ser ministrado
(…) individualmente. 2. O ensino doméstico, ministrado individualmente no domicílio (…) por parentes
até o 3º grau ou por pessoas que vivam na mesma economia familiar».

O enquadramento mais recente decorre da publicação do Decreto-Lei nº 553/80, de 21 de Novembro,


que define ensino doméstico e ensino individual (cf. alíneas a) e b), do nº 4, do artigo 3º):

«a) Ensino individual, aquele que é ministrado por um professor diplomado a um único aluno fora de
estabelecimento de ensino

b) Ensino doméstico, aquele que é leccionado no domicílio do aluno, por um familiar ou por pessoa
que com ele habite». Contudo, o

Estatuto do Ensino Particular e Cooperativo não se aplica «não se aplica aos ensino individual e
doméstico» (cf. alínea a), nº 3, artigo 3º, do Decreto-Lei nº 553/80, de 21 de Novembro).

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A matrícula e a matrícula no ensino individual / doméstico

As crianças e jovens com idades compreendidas entre os 6 e os 18 anos são consideradas em


«idade escolar», o que implica estarem abrangidas pelo «regime da escolaridade obrigatória».

A escolaridade obrigatória implica, para o encarregado de educação, o dever de proceder à matrícula


do seu educando em escolas da rede pública, da rede particular e cooperativa ou em instituições de
educação e ou formação, reconhecidas pelas entidades competentes, determinado para o aluno o
dever de frequência (cf. nº 3, do artigo 2º da Lei nº 85/2009, de 27 de Agosto).

O Despacho Normativo nº 24/2000, de 11 de Maio define parâmetros gerais relativos à organização


do ano escolar, a serem desenvolvidos pelas escolas e agrupamentos de escolas, no âmbito dos
respectivos projectos educativos e planos anuais de actividades. Este diploma aplica-se «aos
estabelecimentos de ensinos básico e secundário, públicos e particulares e cooperativos, e às
diferentes modalidades de ensino nelas ministradas e aos ensino doméstico e individual» (cf. artigo
1º) e determina sobre matéria como matrículas, renovação de matrículas e transferências.

«A matrícula ou renovação da matrícula nos ensinos individual e doméstico é efectuada pelo


encarregado de educação do aluno no estabelecimento de ensino oficial da área da residência, nas
mesmas condições e prazos dos correspondentes graus de ensino» (cf. alínea f), do artigo 4º, do
Despacho Normativos nº 24/2000, de 11 de Maio).

Avaliação dos alunos

Os alunos em ensino individual e ou doméstico são objecto de avaliação no final do 2º e 3º ciclos do


1
ensino básico . Relativamente ao ensino secundário, os alunos em ensino doméstico e individual
realizam exames nas disciplinas terminais do 10º e 11º e às disciplinas do 12º ano não sujeitas ao
regime de exame final ou, para aprovação no ensino secundário, realizam exames ao nível de escola
equivalentes a exames nacionais (cf. Despacho Normativo nº 19/2008, de 19 de Março com a
redacção do Despacho Normativo nº 10/2009, de 19 de Fevereiro).

Exames

Os exames nacionais do 2º e 3º ciclos realizam-se no final do ano lectivo e destinam-se aos alunos
que «c) Estejam abrangidos pelo ensino individual ou doméstico» (cf. ponto 48 do Despacho
Normativo nº 1/2005, de 5 de Janeiro.

1
De acordo com os normativos, no final dos 2º e 3º ciclos do ensino básico e no ensino secundário os alunos em
ensino doméstico / individual realizam provas (exames nacionais / equivalência à frequência). Em outras
Direcções Regionais, algumas escolas avaliam os alunos do 1º ciclo do ensino básico com provas públicas
presenciais. Não sendo prática verificada na última década, na DREC, reporta-se a esta decisão para cada
escolas e ou agrupamentos de escolas, face a capacidade de intervenção dos órgãos, dos recursos e ou dos
alunos em ensino doméstico / individual.

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Os exames de equivalência à frequência dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico destinam-se aos alunos
que se encontrem numa das seguintes condições «c) Estejam abrangidos pelo ensino individual e
doméstico»; (cf. 1.6, do Anexo II, Regulamento dos Exames do Ensino Básico; 10.3, 14.5 e 14.6 da
Secção II, Exames de Equivalência à Frequência; 1.5 e 1.6.2, do Anexo III, Regulamento dos Exames
do Ensino Secundário, do Despacho Normativo nº 19/2008, de 19 de Março com a redacção do
Despacho Normativo nº 10/2009, de 19 de Fevereiro).

Processo Individual do aluno

O processo individual do aluno «acompanha-o ao longo de todo o seu percurso escolar (…). São
registadas no processo individual do aluno as informações relevantes do seu percurso educativo» (cf.
artigo 16º da Lei nº 30/2002, de 20 de Dezembro com as alterações introduzidas pela Lei nº 3/2008,
de 18 de Janeiro e artigo 26º do Decreto-Lei nº 301/93, de 31 de Agosto).

Alunos estrangeiros a residirem em Portugal

A Constituição da República Portuguesa no nº 1 do artigo 15º estende aos estrangeiros e aos


apátridas que se encontrem ou residam em Portugal o gozo dos direitos e a sujeição aos deveres do
cidadão português. Em reforço, pelo Decreto-lei nº 67/2004, de 25 de Março cria-se o registo nacional
de menores estrangeiros que se encontrem em situação irregular no território nacional, confiando ao
«Alto-Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas, em articulação transversal com os serviços
da Administração Pública (…) garantir que os menores registados acedam ao exercício dos mesmos
direitos que a lei atribui aos menores em situação regular no território nacional» (cf. artigo 3º).

Direcções Regionais de Educação no acompanhamento e avaliação de alunos em ensino


individual e doméstico

O Despacho nº 19.944/2002, de 10 de Setembro, no ponto 2 determina que o «processo de avaliação


dos alunos (…) do ensino doméstico e individual passa a ser acompanhado pelas respectivas
direcções regionais de educação».

A Direcção Regional procede ao acompanhamento das escolas e alunos, prestando informações /


orientações, procede à recolha de elementos sobre os processos e avaliação dos mesmos e, no final
de cada ano lectivo, elabora Relatório final.

A Escola. Aspectos práticos

À Escola cabe um importante papel na defesa dos direitos dos alunos e na garantia dos deveres.
Relativamente ao ensino individual / doméstico, em termos práticos e operacionais, o processo inicia-
se com a matrícula / renovação da matrícula a par do pedido do encarregado de educação
(requerimento):

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Ao pedido de ensino doméstico, devidamente fundamentado, devem ser anexados todos os
elementos e comprovativos da situação do aluno e do familiar, até ao 3º grau, bem como
comprovativos de ser possuidor das habilitações previstas no Despacho nº 32/1977, de 21 de Março.
Tratando-se de pedido de Ensino Individual, deverá constar a indicação do professor diplomado,
anexado a curriculum vitae com prova das respectivas habilitações e fundamentos do pedido.

É recomendável que seja anexado elementos, outros, que possam ser considerados pertinentes ou
que facilitem no acompanhamento do desenvolvimento das aprendizagens e competências dos
alunos e da sua avaliação, considerando o seu desenvolvimento global e educativo.

O Familiar do/a aluno ou pessoa com quem habite (até ao 3º grau na linha de parentesco) bem como
o Professor são responsáveis por organizar o portefólio ou dossier do aluno, no qual deve conter tudo
o que vier a acontecer ao longo do tempo em que o aluno se mantém em ensino individual /
doméstico, sendo um instrumento indispensável para recolha de informações sobre desenvolvimento
e ou avaliação.

Ensino individual e doméstico como mudança de modalidade de ensino “desobriga” o aluno do dever
de frequência do estabelecimento escolar.

A Escola analisa o pedido, com os fundamentos e elementos anexos, e decide. Na decisão e no


acompanhamento, devem ser tidos em consideração princípios gerais e organizativos e os objectivos
dos ensinos básico e secundário da LBSE (artigos 2º, 3º, 7º e 9º da LBSE).

O deferimento do pedido deve implicar um acordo ou protocolo de cooperação entre as partes (escola
e o encarregado de educação do aluno, ou aluno sendo maior) onde fique entre outros aspectos,
definido a finalidade e a forma de acompanhamento do aluno. Tratando-se de um acordo / protocolo
importa também que: identifique as partes; o objecto do acordo (incluindo avaliação); a forma de
execução; as obrigações das partes (incluindo acompanhamento da avaliação); a forma de
acompanhamento e compromisso de aceitação e considere formas de actuação em caso de
incumprimento (deliberado ou fortuito).

O órgão de gestão das escolas ou agrupamentos de escolas deve colaborar com os pais /
encarregados de educação providenciando e disponibilizando os elementos relevantes para o
sucesso educativo dos alunos: competências essências de ano e de ciclo; programas, conteúdos,
planificação e objectivos, fichas e ou outros. Deve manter devidamente actualizado o processo
individual do aluno, anexando todos os elementos pertinentes que forem sendo pedidos ou
voluntariamente entregues, procedendo às adequações a projectos educativos e curriculares, de
escola e de turma, se necessário.

Não configurando a modalidade de ensino uma transferência, deve providenciar-se o


acompanhamento e avaliação dos alunos, mantendo diálogo aberto entre os intervenientes.

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Atendendo a situações antes verificadas, convém que o processo seja entendido como tendo
subjacente o pressuposto de ser situação transitória e de que o o/a aluno/a pode, a todo o tempo,
voltar à escola.

Advertências

Tem havido notícia de situações como as que a seguir se reportam:

Pedidos de «anulação» de matrícula – os alunos em idade escolar encontram-se abrangidos pelo


regime da escolaridade obrigatória. Na ausência de matrícula, dever que incumbe aos pais, o Estado
/ Escola deve substituir-se providenciando para que o aluno veja reconhecido o direito à educação
nos termos previstos na LBSE, Regime da Escolaridade Obrigatória e no Estatuto do Aluno.

Pedidos de transferência – o deferimento implica, entre outros aspectos, o conhecimento da escola


ou agrupamento de escolas de destino e informação / indicação da existência de vaga. Importa
chamar a atenção para regularização da escola, designadamente, a existência de autorização de
funcionamento emanado pelo Ministério da Educação Português.

Indicação de que o aluno irá para o estrangeiro acompanhando os progenitores – formalizado através
de uma declaração dos pais do/a aluno/a. Procedimento recorrente, sobretudo em períodos de crise
económica e de grande mobilidade geográfica das famílias em busca de melhores condições
(económicas/sociais…). A comunidade educativa deve estar atenta à situação dos seus alunos e agir,
prevenindo e evitando situação de abandono, recorrendo e accionando os mecanismos previstos,
nomeadamente no Estatuto do Alunos dos ensinos básico e secundário.

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Ano Lectivo de 2008/2009 – Alunos em ensino doméstico / individual nas escolas e
agrupamentos de escolas da área da DREC

No último ano lectivo aumentou significativamente o número de alunos em ensino doméstico, em


resultado, sobretudo, de novos pedidos e alunos. Quanto a três dos alunos em ensino doméstico,
acompanhados nos anos lectivos anteriores, uma voltou à escola e dois mudaram de agrupamento
de escolas, por transferência, para escolas da área da Direcção Regional de Educação do Norte
(DREN).

Outro aspecto a registar, reside no facto de grande parte dos alunos, em ensino doméstico em
2008/2009, ser de nacionalidade estrangeira ou filhos de pais não portugueses, realidade que tem
vindo a crescer.

Como fundamentos apresentados para o pedido de ensino individual / doméstico dos educandos
regista-se a necessidade de os alunos acompanharem os progenitores em deslocações ao
estrangeiro ou a residirem no estrangeiro, por razões de natureza profissional (contratos de trabalho);
problemas de saúde (física, «fobia social / escolar») clinicamente comprovada; opção dos pais /
encarregados de educação (ambiente de aprendizagem consentâneo com a realidade vivida pelo
aluno e ou família, em que o agregado e comunidades familiares referem seguir valores e
especificidades vivenciais específicas (tipo: «quinta terapêutica», comunidades «hippies», núcleos de
cidadãos estrangeiros) e outras situações referidas tem a ver com o tempo do aluno em comunidade
que é valorizado, quando comparado com o tempo gasto em deslocações, casa-escola-casa,
incluindo o período de permanência na escola.

O acompanhamento efectivado pelos estabelecimentos de ensino oficial da área de residência


concretizou-se sobretudo trimestralmente, no final de cada período, coincidindo com períodos de
avaliação dos restantes alunos.

Registou-se, no entanto, outro tipo de acompanhamento diversificado consoante recursos disponíveis


e relação que é conseguida com a Família, como, por exemplo, o recurso a plataforma «moodle» e
com presença dos alunos na escola.

No geral, houve lugar a avaliação mensal e ou trimestralmente, de natureza sumativa, realizada de


forma conjunta entre elementos da escola e o/a responsável pelo ensino doméstico / individual.
Presencial ou através do envio / entrega à Escola (professor titular 1º Ciclo; Director de Turma; órgão
de gestão) elementos comprovativos do desenvolvimento efectuado pelo/a aluno/a (portefólio; fichas
ou trabalhos realizados), elementos esses que, depois de analisados, são registados / incluídos no
processo do/a aluno/a.

Em situações pontuais, analisadas caso a caso, os alunos encontram-se acompanhados pela Escola
Móvel, em regime de ensino à distância (e-learning e b-learning), nos termos da Portaria nº 835/2009,
de 31 de Julho, através de acordos de cooperação com as respectivas escolas de matrícula.

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Análise comparativa desde o Ano lectivo 2002/2003.

As solicitações para a frequência destas modalidades de ensino, especialmente em ensino


doméstico, apresentam uma tendência de sentido crescente. Entre os alunos que mais recentemente
passaram a integrar a modalidade de ensino encontram-se filhos de cidadãos estrangeiros a residir
em território nacional.

Um dado novo, obtido por conhecimento não confirmado, indica que alguns dos alunos usufruem ou
pretendem vir a usufruir de sistemas de ensino à distância, obtido a partir de instituições de ensino de
outros países ou escolas não sediadas em território nacional, situação que pode implicar reflexão
2
conjunta dos Serviços do Ministério, se não for de carácter complementar .

Figura 1 – Anos lectivos 2002/2003 – 2008/2009

Distribuição. Dados comparativos por ano lectivo.

Tipologia: 2002 / 2003 2003 / 2004 2004 / 2005 2005 / 2006 2006 / 2007 2007 / 2008 2008 / 2009
Ensino doméstico 1 1 1 2 7 6 11
Ensino Individual 0 0 0 0 0 1 1
TOTAL: 1 1 1 2 7 7 12

Género: 1H 1H 1H + 1M 5H + 2M 3H + 4M 7H + 4M
Homem / Mulher

Concelho / EAE: Castelo Branco Castelo Branco Castelo Branco Leiria Leiria Castelo Branco
Leiria Coimbra Coimbra Coimbra
Aveiro Viseu Guarda
Guarda Leiria
Viseu

Subjacentes aos pedidos estão aspectos ou motivos como os seguintes:


Decorrentes da actividade profissional do(s) pais / encarregado de educação (itinerância no país / estrangeiro)
Razões clínicas / médicas relacionadas com a saúde física e ou psíquica do(a) aluno(a) (especialmente fobias)
Distâncias e tempo dispendido (fora da escola e fora da casa / família)
Opção de ensino dos pais / encarregados de educação (docentes e ou com habilitações superiores)
Filhos de cidadãos estrangeiros a residir em Portugal (residência temporária / permanente)

Alunos em Ensino Individual / Doméstico. Outros – Ano Lectivo 2009/2010.

No corrente ano lectivo, encontram-se também em ensino individual / doméstico, com


acompanhamento efectivado pelos estabelecimentos de ensino oficial da área de residência, três
novos alunos, um dos quais através de um acordo celebrado entre a Escola de matrícula e a Escola
Móvel com o objectivo de criar condições para que possam ser realizadas as competências
essenciais previstas para o respectivo ciclo de ensino.

2
Veja-se as situações identificadas e as orientações constantes do item «Advertências».

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Desenvolvimento verificado na área da DREC – Anos Lectivos 2002/2003 – 2008/2009

A evolução dos últimos sete anos (verificada em escolas e agrupamentos de escolas) relativamente
aos alunos em ensino individual / doméstico, facilmente demonstrada nos gráficos a seguir (Gráfico 1
e Gráfico 2), demanda uma nova atitude perante a realidade, de maior colaboração entre os vários
intervenientes e, mesmo, um acompanhamento partilhado / reflectido.

Gráfico 1: Distribuição dos alunos por tipologia de ensino.

12

10
Ensino
8 doméstico

6
11 Ensino
Individual
4
7
6
2
2
1 1 1 1 1
0 0 0 0 0 0
2002 / 2003 2003 / 2004 2004 / 2005 2005 / 2006 2006 / 2007 2007 / 2008 2008 / 2009

Ano Lectivo

Gráfico 2: Evolução últimos anos lectivos (2002 - 2009).

14
12
12

10

8 7 7
Alunos

4
2
2 1 1 1

0
2002 / 2003 / 2004 / 2005 / 2006 / 2007 / 2008 /
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Anos Lectivos

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Diligências de acompanhamento

No ano lectivo transacto procurou manter-se contacto com os estabelecimentos de ensino com
alunos em situação de ensino individual / doméstico, através de comunicações telefónicas e ou
escritas.

Ao longo do ano lectivo, com particular incidência antes do início do ano lectivo e durante o primeiro
período – facto que se tem relacionado com prazos previstos na legislação em vigor para mudanças
de cursos / transferências e ou alterações nas modalidades de ensino (cf. Despacho nº 24/2000, de
11 de Maio e Despacho nº 13.170/2009, de 4 de Junho) – registaram-se outras solicitações, de
entidades diferenciadas, com predominância para pedidos de esclarecimento telefónicos e
presenciais de pessoas que se identificam como sendo pais / encarregados de educação de alunos
do ensino básico, grande parte a frequentar o 1º ciclo.

A cada novo pedido de esclarecimentos, devidamente identificado, procura-se logicamente


estabelecer contacto com a escola / agrupamento de escolas para, por um lado, dar conhecimento da
situação e, por outro, disponibilizar quaisquer esclarecimentos que possam ser julgados necessários.
O número de situações reportadas em cada ano lectivo, ou seja, de pedidos efectivos para alunos em
ensino individual / doméstico, é significativamente inferior ao número de pedido de esclarecimentos.

Figura 3 – acções de acompanhamento

MAIL 0 218/09 25-03-2009 Acompanhamento do processo de avaliação


MAIL 0 636/09 05-11-2009 Acompanhamento do processo de avaliação. Recolha com vista à elaboração do Relatório Final

DSAPOE – TP

Dezembro de 2009

Relatório Final. Alunos em Ensino Doméstico / Individual 2008/2009

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