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‘Anna Carolina K.P, Reset ReoweR, A. C. K. P. Argumentos retéricos na ciéncia: re-pensando Aristoteles, Episteme: Filosofia e Historia das Ciéncias em Revista, v. 3,n. 7, p. 6483, 1998. papel da metéfora no Jongo argumento da origem das especies. Ini SEMIARIO NACIONAL DE HistoRIA DA CIENCIA E TecNoLocla, 6., Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro: Uerj, v. 6, 1997. p. 35-40. Soman, A. J. Psychology as metaphor. London: Sage Publications, 1994. Waewett, William. The philosophy of the inductive sciences founded upon their history. 2 v. New York: Johnson Reprint, 1967, (introduction by John Herivel) e PHILOSORHOS 92) + 135166, alder. 2008 ossiés NOTAS SOBRE O RELATIVISMO COGNITIVO' Caetano Ernesto Plastino Univetsidade de Sto Paulo ceplasti@urp.be Resumo: Neste artigo procuramos mostra que orelatvismio moderado ¢ relevante para ‘uma concepgto adequada da racionalidade clentfica, Palavraschave: Relatvisno cogntiv, conhecimento cientfico, racionalidade cientific, ‘ncomensorabiidade. No didlogo platdnico “Teeteto”, atribuise a Protigoras uma concepcio relativista do conhecimento, por haver afirmado que “o homem é a medida de todas as coisas”, Nesse caso, cada um de nés 6, por assim dizer, 0 juiz daquilo que é e daquilo que nao é. Sécrates levanta entio uma série de objegdes contra essa forma radical de relativismo subjetivista, tentando mostrar a incoeréncia interna da suposigéo de que 0 que parece verdadeiro a alguém ¢ verdadeiro para ele ou ela. Se sio verdadeiras todas as opiniGes mantidas por qualquer pessoa, entio também é preciso reconhecer a verdade da opiniio do oponente de Protigoras que considera que o relativism é falso. Ou seja, se 0 relativismo ¢ verdadeiro, entio ele € falso (desde que alguém o considere falso). Haveria, por assim dizer, uma auto-refutacio (ou. uma autodestruicio) do relativismo cognitivo. (Sisoet, 1987). Em nossos dias, o relativismo cognitivo tem assumido vitias formas distintas. Nas versOes mais radicais, entende-se que quaisquer opinides séo igualmente justficaveis, dadas suas respectivas regras de evidéncia, e que nio ha questio objetiva sobre qual conjunto de FHEMOSORHOS 917.178, juke. 2008 Recbido em 4 de ours de 1005 ‘sito eo 8 de sovembre 2004 (Caetano Ernesto Paring regras deve ser preferido (“igualitarismo cognitivo” ou tese da “equipoléncia das ra25es"). Em suma, é possivel dar boas razBes tanto para admitir quanto para recusar qualquer opinigo. E, portanto, 0 procedimento de dar boas razdes nunca permite decidir entre opinides rivais, nunca nos obriga a substituir uma erenga por outra. Nesse caso, uma critica do relativismo cognitivo pode ser feita de ‘acordo com a seguinte linha argumentativa: se toda regra de evidéncia é tao boa quanto qualquer outra, entdo para que uma opinigo qualquer seja tomada como justificada basta formular um conjunto apropriado de regras em relago ao qual ela esta justificada. Em particular, a opiniéo de que nem toda regra de evidéncia ¢ tio boa quanto qualquer outra deve poder ser igualmente justificada. (E 0 relativista assiin no consegue mostrar, mas deveria mostrar, {que a sua posigéo é melhor que ade seu oponente.) Uma alternativa seria dizer que algumas regras de evidéncia so melhores do que coutras, mas entio deveria haver fatos independentes de perspectiva sobre 6 que as toma melhores do que outras, e nesse caso estariamos assumindo a falsidade do relativismo cognitive. [Em contraposigao, ha espécies de relativismo que sio bastante triviais, como, por exemplo, a tese da diversidade (também chamada de “relativismo cultural”): consiste em registrar que diferentes pessoas mantém crengas diferentes e que as opinides variam de comunidade para comunidade, de uma época para outra. Nesse caso, nl se afitma que tais crengas ou opinides sejam verdadeiras ou justificadas , portanto, nfo se tem ainda um relativismo cognitivo {epistemolégico). Tal diversidade de crengas ¢ plenamente compativel com uma visio absolutista ou objetivista do conhect mento Todavia, nao sio essas formas de relativismo (extremamente fortes ou fracas) que encontramos nas filosofias de Kuhn, Rorty e até mesmo Feyerabend (em alguns de seus tltimos escritos). O que eles sugerem, a partir de evidencias historicas, € que as preferéncias por certos padrdes de investiga¢io, por certos objetivos cognitivos, variam com o tempo e dependem do.contexto considerado. E mais 6s PRILOSOPHOS 9 0) Hj. 2008 possits [NOTAS SOBREORELATIVISNOCOGNITIVO do que isso: sua validade e autoridade dependem da pratica estabelecida no interior de uma comunidade. Eles questionam as tentativas de codificar a racionslidade cientifica mediante um certo conjunto de regras metodolégicas que guiam a atividade cientifica; ‘mas nfo apenas isso, eles questionam também a tese de que a racionalidade cientifica permaneca em grande parte estivel € invariante com 0 passar do tempo, apesar das novas descobertas € das mudangas sociaise culturas. Bes criticam o que Shapere chamou de “essencfalismo”; a sup osicio de que as marcas caracteristicas da racionalidade cientifica néo estéo elas proprias sujeitas a mudancas, ce revisbes. Fles reconhecem que as normas do que conta como “boa ciéncia” também se transformam ao longo da historia e nao deve _ ser consideradas como uma estrutura rigida que nao sofre mudangas substanciais. ‘No caso especifico das cincias navurais, eles reconhecem, fazendo justica & historia da cigncia, que as madangas ¢ as divergéncias envolvem nio apenas as teorias (ndo apenas afirmagoes factuais), mas também os critérios e os valores cafacteristicos da pratica cientifica. Por exemplo, é possivel, em certas ocasides, justificar uma teoria T,, com respeito aos princfpios e valores de um sistema evidencial B, (por exemplo, que permite hipéteses sobre inobservaveis) e ainda justificar uma teoria alternativa T, (incom- pativel com T,), com respeito aos principios e valores de outro sistema evidencial E, (por exemplo, do empirismo indutivista), ‘mesmo na auséncia de uma fundamentacio independente que, sem petigao de principio, “favorega inequivocamente” E, ou E, (ou seja, ‘um caso de incomensurabilidade). A justificagio de uma crenga é sempre relativa a um sistems evidencial e, havendo uma disputa entre E, e E,, poderia nao haver acordo racional quanto 4 aceitacao deT, ouT,, mesmo que tivéssemos a disposigo todas as evidéncias possiveis, Por outro lado, quando se da preferéncia a um sistema evidencial a partir de um metasistema dominante, tal escolha racional nao pressupée que esse meta-sistema reptesente uma visio PANLOSOPHOS 92 «17.178, /der 2008 16 ‘Carano Emmett Platina objetiva ou correta (em todo tempo ¢ lugar) que permita justificar de modo absoluto. Quando ocorre de abandonarmos a ciéncia normal anterior, de transcendermos nossa propria tradicéo de esquisa, no somos levados a um ‘ponto arquimediano”, fora do espago e do tempo, que defina absolutamente o que deva ser racional, visto que a propria racionalidade cientifica pode transformar-se no processo evolutivo da ciéncia. Como diz Feyerabend (1993), os padroes de um debate cientifico s6 parecem ser““objetivos” porque se omite a referéncia a tradicio considerada, ao grupo de adeptos que os utilizam. Assim sendo, o relativismo cognitivo ndo consiste apenas em afirmar que a verdade (ou a justificaco) de toda crenca ¢ relativa a prineipios e padrdes de um sistema de regras de evidencia; tratase ainda de recusar a suposigio de um sistema absoluto, neutro (independente) e universal em relacao 20 qual toda crenga possa set julgada, Nesse sentido, o relativista nfo atribui “estacuto privi- legiado” a nenhuma visio particular, nem mesmo ao relativismo. O relativista ndo pode impedir que o absolutista sustente que 0 relativismo ¢ falso; mas ainda assim é permitido ao relativista manter a preferéncia por sta posicio (que a seus olhos se “salienta” em relac3o as demais), pois (segundo o relativista) o absolutista também no tem como evitar que o relativista se mantenha relativista. ‘As tentativas de mostrar que 0 relativismo € inconsistente (ou se aurorefuta) baseiai apresentar uma defesa em que sua posicéo se mostre, sem peticio de principio, melhor que a de seu oponente e 0 possa compelir a optar pelo relativismo. Mas o relativista consistentemente admite {que nao é 86 o relativism que tem boas razdes em seu favor; também © absolutista pode ter suas boas raz6es para manterse em tal posiglo, ‘numa tipica situacio de incomensurabilidade. Enfim, nao ha nada de paradoxal no fato de o relativismo ser mantido por uns e ndo por outros, pois ninguém esta obrigado a aceitar todas as opinides dos outros como sendo verdadeiras. Por exeinplo, um relativista poderia acreditar que a Terra gira em torno de si mesma ¢ que € se na suposigdo de que o relativista deva a PROSORHOS 92) 168 je 2004 ossiés NOTASSOBRE ORELATIVIHO COGNITIVO falso que esta fixa, a0 mesmo tempo em que esté ciente de que alguém acredita que ela se mantenha fixa (Haan e Kxausz, 1996, p. $8). O que o relativista tenciona é, nas palavras de Goodman, converter alguém ao seu ponto de vista, sem tentar fundamentat absolutamente esse seu ponto de vista. O que ele diz é: “Veja como as pessoas naquela época tinham uma outra concepgio de mundo. Se voce estivesse no lugar delas, no manteria suas crengas atuais”. Com efeito, o relativista nao se obriga a demonstrar quea partir de certas premissas segue-se inexoravelmente a verdade do relativismo (Hanaé e Krausz, 1996). Voltando agora ao tema da mudanga cientifica (que envolve teorias, métodos, valores etc.), colocase a seguinte questio central fem nossa andlise: podemos abandonar o “essencialismc” (isto é, as tentativas de apresentar cAnones anistdricos, absolutos, objetivos e imutiveis de racionalidade cientifica) sem nos comprometermos pelo menos com uma forma moderada de relativismo acerca do valor cognitivo da cigncia? Dois importantes filésofos contempo- raneos, Putnam e Laudan, dizem que sim, ou seja, que podemos encontrar uma alternativa ao essencialismo (positivismo) € a0 relativismo. Vejamos como isso ocorre. Putnam utilizase de uma proposta de Peirce que consiste em caracterizar a verdade como o limite ideal de uma investigagao conduzida racionalmente, Ou seja, a verdade € o.que se obtém, a longo prazo, com a aplicagio sistemitica dos métodos racionais da cigncia. Desenvolvida por Putnam em’seu realistno interno, essa teoria da verdade encerra duas idéias centrais: (I) verdade ¢ independente da justificago aqui agora, mas ro de toda justificacto. Afirmar que um enunciado ¢ verda- deiro € afirmar que ele poderia ser justificado, e (2) presume- se que avverdade sejaestivel e “convergente”; se um enunciado assim como sua negacéo pudessem ser “justficados", mesmo em condigdes tho ideais quanto se possa esperar, nao haveria sentido em pensar o enunciado como tendo um valor de verdade. (Puma, 1981, p. 56) MLOSOMHOS & 217.178, aL /der. 2008 m Carano Ernesto Plastno: Portanto, sem pretender formular uma exata definigio de verdade, Putnam explica a nogio de verdade como uma idealizagio, di aceitabilidade racional e, portanto, como um conceitodimite objetivo e transcultural. Para Purnam (1983), a verdade é um ideal requlador em direcio ao qual nossa investigacao racional deve convergit. Para a maioria dos enunciados, existem condicdes epistémicas melhores piores, embora Putnam saliente que “nio hha uma simples regra geral ou método universal para saber que condigées s0 melhores ou piores para justificar um juizo empirico arbitrério” (p. xvii). Ainda que Putnam reconhega que a “verdade” é tdo vaga e dependente do interesse ¢ do contexto quanto nés, € que no ha uma matte fixae anistorica de padrées de racionalidade, uma tese central do seu realismo interno é que se trata de uma questo objetiva a de “qual seria 0 veredito se as condigdes fossem suficientemente boas, um veredito a que a opinido deveria ‘eonvergir’ se fossemos razodveis” (p. xvii). Em termos comparativos, “deve haver um sentido objetivo em que alguns juizos sobre o que é ‘razodvel’ s40 melhores que outros” (PUTNAM, 1987, p. 74), néo importa qual seja 0 contexto historico e cultural. Mas se nfo temos a minima idéia de 0 que pode ser corretamente asseverado por nés em situagGes epistemicamente ideais e perfeitas, que papel a verdade (no sentido, do realismo interno) pode desempenhar na pritica e no avango da ciéncia? Tal nocio idealizada de verdade nao seria, do ponto de vista do agente, totalmente indiferente a suas crencas atuais sobre a'realidade. Além disso, 0 que seria para uma investigagio ter um final? De fato, & dificil imaginar um resultado da pesquisa cientifica que sobreviveria a todas as objecdes que pudessem ser levantadas, pois nao temos como antecipar tudo que possa ocorrer durante uma conversa¢io. (Roxry, 1982, cap. 9). Concordamos com Field (1982, p. 566) que nao é necessario haver sistemas “maximamente bons”, ou seja, para cada sistema cientifico, sempre poderia haver outro melhor. Contudo, se “considerar uma certa investigacio como ideal é supor que no se deveria questionar seu resultado” (Honwict, 1990, m HMLOSORHOS 9 2) AS, ae. 2004 ossits NOTASSOBREORELATIVSMOCOGNITINO p. 63), ou que foram eliminadas as possibilidades de erro, entio podemos estar seguros (da verdade) das conclusdes fundamentadas a partir de uma tal investigacio. A afirmacao de que uma investigacio ideal conduz & verdade tornase, entretanto, uma conseqiéncia trival da propria caracterizacéo da investigagdo ideal (como a que estabelece resultados para além de qualquer controvérsia) e da verdade (tal que a proposico de que p é verdadeira se e somente se p),€ por isso nao detém nenhuma forca explicativa. Desse modo, podemos com Davidson (1990, p. 307) suspeitar que se fossem explicitadas as condigdes sob as quais alguém esté idealmente justificado em asseverar alguma coisa, ficaria claro que ou essas condigées permitem a possibilidade de erro, ou elas sfo tho ideais que nao fazem uso da tencionada conexio ‘com as habilidades humanas. Por outro lado, ainda que toda investigacao ideal resulte em conclusdes verdadeiras, no se segue que todas as proposigées vverdadeiras possam ser alcancadas por uma investigacio ideal. Talvez existam hipoteses que mesmo em condigdes ideais nao poderiamos justificar sua assercéo ou negacio. Horwich (1990, p. 63-64) considera, a titulo de exemplo, as proposigdes com conceitos vagos, as teorias subdeterminadas pelos dados e certas suposigdes’ probabilisticas. ‘Além disso, por que haveria uma situacio ideal tinica em que as opiniGes poderiam ser corretamente julgadas? Ou, em rermos ‘comparativos, por que existiriam objetivamente “melhores e piores situagées epistémicas com respeito a enunciados particulares”, como supée Putnam (1990, p. vii Pelo contratio, as evidencias histéricas indicam que as preferéncias cientificas por certas teorias, métodos ¢ objetivos cognitivos variam com o tempo, dependem do contexto da pesquisa cientifica, sem que se possa vislumbrar “um término leal” para o qual todas essas transformagées convergem. Uma outra importante alternativa de compreensio da mudanga cientifica é apresentada por Laudan (1977). Inicialmente, PHNLOSORHOS 92) 16-6 jl/e. 2004 ms ‘Caeravo Ernesto Plano ele também foi um adepto da tese essencialista de que “existem 1pes otsojanyp ‘owsUoToeaadO aTUTIS DAMP FEAT cajquim inbe oppnonp 28 yea anb 0 "uy ap © w0> ‘pore cans p zouunyg 9p youa> ep eposDTy e mse eppuenudwued ‘FexSopoper=N seo sooypuop sopeunta 4 usu rei 10d opp oxtauinoduoo un ¥opENpSs {as tap OR susp sop cuteurniodures o eioqus ,"msucpado, oxzUpuo}SO tun ousea epugf 8 raids owoo 9 exatgord 0 ms ap cmuod arm eG “OUND ‘9 woo FUIRNOp estep rgIaUOD exp ENE 0d owswoPEIado Op COPD tin 7 HAUTE rung sey e}uaP Bp meopPeLado Byosopy Eun tepuajep easARGAq so an HD {param puts eadoad eepenide 9 eouts1odiwo> op asyyue vouiog -outimroduio> O sepppou > sejomuos ap manos eun owe seus ‘(esfeuen 2) esnjear wus0) ap epmoiiat os oft sfojootad na] saad se ‘opbd2ouoo eso moo opsoce apnbsed ‘ousquopeiedo ox onpdazs anusurste 9 stuPg rE MUDD sa] se 9 DHIFOPEITA SEAS) seanqos sung op fripes neotnnyeg ovSdapues e mos exnooid ofa ai Ou, ona ug 9p 18994 oP wang ofpery ap anburuoyy 27 OOMLINAIO OLNAWV.LNOdNOO : Od VIONgIO Va ONSITYNOIOVaaO ‘OWSTYOLAVHAT saiss0a 0 “2p /" BUEN») 6SOHAOS TIE eu “L961 EPIAW 2yP%pI0g pamyfox usianM2y “}]{ “13031 26] ‘sshd VIOSSUUIY, jo Aarsiaarup ssyodeauuryy susaouiind fo seouanbesuoc) “y ‘AINOY “0661. 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