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Este documento estabelece diretrizes para a fiscalização do trabalho em empresas de prestação de serviços a terceiros e empresas de trabalho temporário, definindo os papéis dessas empresas e seus contratantes e orientando os fiscais sobre o que observar durante inspeções.
Descrizione originale:
Instrução Normativa MTE 03-97 Fiscalização Do Trabalho
Este documento estabelece diretrizes para a fiscalização do trabalho em empresas de prestação de serviços a terceiros e empresas de trabalho temporário, definindo os papéis dessas empresas e seus contratantes e orientando os fiscais sobre o que observar durante inspeções.
Este documento estabelece diretrizes para a fiscalização do trabalho em empresas de prestação de serviços a terceiros e empresas de trabalho temporário, definindo os papéis dessas empresas e seus contratantes e orientando os fiscais sobre o que observar durante inspeções.
Dispe sobre a fiscalizao do trabalho nas empresas de prestao de servios a
terceiros e empresas de trabalho temporrio.
O MINISTRO DE ESTADO DE TRABALHO, no uso das atribuies legais que lhe
confere o inciso IV, do art. 87, da Constituio Federal, considerando a necessidade de uniformizar o procedimento da Fiscalizao do Trabalho, frente s inovaes introduzidas pelo Enunciado n 331, do Tribunal Superior do Trabalho, que alterou o Enunciado n 256, RESOLVE: Art. 1 Baixar as seguintes instrues a serem observadas pela Fiscalizao do Trabalho.
I DA EMPRESA DE PRESTAO DE SERVIOS A TERCEIROS
Art. 2Para os efeitos desta Instruo Normativa, considerando-se empresa de
prestao de servios a terceiros a pessoa jurdica de direito privado, de natureza comercial, legalmente constituda, que se destina a realizar determinado e especfico servio a outra empresa fora do mbito das atividades-fim e normais para que se constitui esta ltima. 1 As relaes entre a empresa de prestao de servios a terceiros e a empresa contratante so regidas pela lei civil. 2 As relaes de trabalho entre a empresa de prestao de servios a terceiros e seus empregados so disciplinadas pela Consolidao das Leis do Trabalho CLT. 3 Em se tratando de empresa de vigilncia e de transporte de valores, as relaes de trabalho esto reguladas pela Lei n 7.102/83 e, subsidiariamenete, pela CLT. 4 Dependendo da natureza dos servios contratados, a prestao dos mesmos poder se desenvolver nas instalaes fsicas da empresa contratante ou em outro local por ela determinado. 5 A empresa de prestao de servios a terceiros contrata, renumera e dirige o trabalho realizado por seus empregados.
6 Os empregados da empresa de prestao de servios a terceiros no esto
subordinados ao poder diretivo, tcnico e disciplinar da empresa contratante. Art. 3Para os efeitos desta Instruo Normativa, considera-se contratante a pessoa fsica ou jurdica de direito pblica ou privado que celebrar contrato com empresas de prestao de servios a terceiros com a finalidade de contratar servios. 1 A contratante e a empresa prestadora de servios a terceiros devem desenvolver atividades diferentes e Ter finalidades distintas. 2 A contratante no pode manter trabalhador em atividade diversa daquela para a qual o mesmo fora contratado pela empresa de prestao de servios a terceiros. 3 Em se tratando de empresas do mesmo grupo econmico, onde a prestao de servios se d junto a uma delas, o vnculo empregatcio se estabelece entre a contratante e o trabalhador colocado a sua disposio, nos termos do art. 2 da CLT. 4 O contrato de prestao de servios a terceiros pode abranger o fornecimento de servios, materiais e equipamentos. Art. 4 O contrato celebrado entre a empresa prestadora de servios a terceiros e pessoa jurdica de direito pblico tipicamente administrativo, com efeitos civis, na conformidade do 7, art. 10 do Decreto-Lei n 200/67 e da Lei 8.666/93. Pargrafo nico. No gera vnculo de emprego com os rgos da Administrao Pblica Direta, Indireta ou Fundamental, a contratao irregular de trabalhador mediante empresa interposta, de acordo com o Enunciado n 331, do Tribunal Superior do Trabalho. Art. 5 Cabe Fiscalizao do Trabalho, quando da inspeo na empresa de prestao de servios a terceiros ou na contratante, observar as disposies contidas nesta Instruo Normativa, especialmente no que se refere a: a. registro de empregado deve permanecer no local da prestao de servios, para exame do contrato do trabalho e identificao do cargo para a qual o trabalhador foi contratado, salvo quando o empregado tiver carto de identificao, tipo crach, contendo nome completo, funo, data de admisso e nmero do PIS/PASEP, hiptese em que a Fiscalizao far a verificao do registro na sede da empresa prestadora de servios, caso esta sede se localize no municpio onde est sendo realizada a ao fiscal; b. horrio de trabalho o controle de jornada de trabalho deve ser feito no local da prestao de servios. Tratando-se de trabalhador externo (papeleta), este controle deve permanecer na sede da empresa prestadora de servios a terceiros;
c. atividade do trabalhador o agente da inspeo do trabalho deve observar
as tarefas executadas pelo trabalhador da empresa prestadora de servios, a fim de constatar se estas no esto ligadas s atividades-fim e essenciais da contratante; d. o contrato social o agente da inspeo do trabalho deve examinar os contratos sociais da contratante e da empresa prestadora de servios, com a finalidade de constatar se as mesmas se propem a explorar as mesmas atividades-fim; e. contrato de prestao de servios o agente da inspeo do trabalho deve verificar se h compatibilidade entre o objeto do contrato de prestao de servios e as tarefas desenvolvidas pelos empregados da prestadora, com o objetivo de constatar se ocorre desvio de funo de trabalhador. Pargrafo nico Presentes os requisitos configuradores da relao de emprego entre a contratante e os empregadores da empresa de prestao de servios a terceiros ou desvio de funo destes, lavrar-se-, em desfavor da contratante, o competente auto de infrao, pela caracterizao do vnculo empregatcio. II DA EMPRESA DE TRABALHO TEMPORRIO Art. 6 Compreende-se como empresa de trabalho temporrio a pessoa fisica ou jurdica urbana, cuja atividade consiste em colocar disposio de outras empresas, temporariamente, trabalhadores devidamente qualificados, por estas remunerados e assistidos. Art. 7 Considera-se trabalho temporrio aquele prestado por pessoa fsica a uma empresa tomadora ou cliente, para atender necessidade transitria de substituio de seu pessoal regular e permanente ou a acrscimo extraordinrio de servios. Art. 8 Considera-se empresa tomadora ou cliente a pessoa fsica ou jurdica urbana de direito pblico ou privado que celebrar contrato com empresa de trabalho temporrio objetivando atender necessidade transitria de substituio de seu pessoal, regular e permanente, ou a demanda extraordinria de servios de servios. 1 A empresa de trabalho temporrio tem seu funcionamento condicionado ao registro no Ministrio do Trabalho. 2 As relaes entre a ampresa de trabalho temporrio e seus assalariados so regidas pela Lei n 6019, de 03 de janeiro de 1974. Art. 9 Para os efeitos dos arts. 2 e 4 da Lei n 6019/74, considera-se respectivamente: I acrscimo extraordinrio de servio, no s aquela demanda oriunda de fatores imprevisveis, como tambm os denominados "picos de venda" ou "picos de produo"; II trabalhador devidamente qualificado, o portador de aptido genrica inerente a qualquer trabalhador, e no somente e o tcnico ou especializado. Art. 10. As relaes entre a empresa de trabalho temporrio e a empresa tomadora ou cliente so regidas pela lei civil.
1 A empresa de trabalho temporrio transfere durante a vigncia do contrato de
trabalho o poder diretivo sobre os seus assalariados empresa tomadora ou cliente. 2 O trabalhador temporrio pode atuar tanto na atividade-meio, quanto na atividade-fim da empresa tomadora ou cliente. Art. 11 A empresa tomadora ou cliente exerce, durante a vigncia do contrato firmado com a empresa de trabalho temporrio, o poder disciplinar, tcnico e diretivo sobre o assalariado colocado a sua disposio. Art. 12. Incumbe Fiscalizao do Trabalho, quando da inspeo na empresa tomadora ou cliente, observar as disposies contidas nesta Instruo Normativa, especialmente, quanto : a. verificao de clusula constante do contrato celebrado com a empresa de trabalho temporrio, relativamente ao motivo justificador da demanda do trabalho temporrio, bem como as modalidades de remunerao dessa contratao; b. verificao no sentido de constatar se o contrato firmado entre a empresa contratante ou cliente e a empresa de trabalho temporrio guarda consonncia com o prazo de trs meses em que permitido o trabalhador temporrio ficar disposio da contratante ou cliente, salvo comunicao ao rgo local do Ministrio do Trabalho, nos termos da Portaria n 01 de 02.07.97, da Secretaria de Relaes do Trabalho, em que se permite a prorrogao automtica do contrato, desde que o perodo total do mesmo no exceda seis meses; e c. verificao, sempre que possvel, de dados referentes ao trabalhador temporrio, no sentido de constatar se o mesmo no est trabalhando, alm do prazo previsto na alnea anterior, em mbito da contratante, mediante sucessivas contrataes, por empresas de trabalho temporrio diversas, com o intuito de afastar a relao de emprego. Art. 13 Cabe Fiscalizao do Trabalho exigir da empresa de trabalho temporrio e da empresa tomadora ou cliente a perfeita observncia da Lei n 7.855/89, sem prejuzo do disposto no pargrafo nico do art. 18 da referida do art. 18 da referida Lei, quando for o caso. Art. 14.Esta Instruo Normativa entrar em vigor na data de sua publicao, revogada a Instruo Normativa n 07, de 21 de fevereiro de 1990. Paula Paiva