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Setor de Educação
Curso de Especialização em Organização do Trabalho Pedagógico na
Educação Popular
Disciplina: Categorias Teóricas da Análise Dialética da Educação e das
Dimensões do Trabalho Pedagógico
Professor: Ms. Vilson Aparecido da Mata
Aluna: Eliane Abel de Oliveira
RESENHA
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Marx e Engels acreditam em uma educação que seja contextualizada
com a realidade do educando e que lhe sirva para o pensamento crítico e não
apenas para o exercício de uma profissão.
Neste capítulo do livro, os autores fazem distinção entre o homem do
campo e o homem da cidade. Isto porque, segundo os mesmos, o homem do
campo tem uma vantagem natural no desenvolvimento físico sobre o homem
da cidade. Para eles o homem da cidade é “fisicamente atrofiado e
intelectualmente mutilado”, isto se deve ao fato do homem da cidade ser
sedentário e, como a maioria trabalha em fábricas, ter um trabalho com
movimentos repetitivos, além de não precisarem pensar para realizar seu
trabalho. Quando do surgimento de alguma demanda, esta não é solucionada
pelo trabalhador das fábricas, já o homem do campo tem que resolver suas
demandas, necessita da elaboração de hipóteses e da tentativa e erro até
solucionar determinado problema.
Para Marx e Engels é a cidade quem prepara a síntese do ser social,
isto porque é a cidade quem detém os saberes considerados superiores e
também as artes.
Outro ponto defendido pelos autores é a combinação do ensino com o
trabalho produtivo a fim de vencer a oposição entre trabalho intelectual e
trabalho corporal. Esta forma de ensino é chamada por eles de “saber fazer
prático”. Esta posição é baseada na concepção de que o trabalho humaniza o
homem e o forma um ser social.
Defendem também uma atividade produtiva das crianças e adolescentes
para assegurar base prática a uma atividade científica, uma vez que no sistema
capitalista as relações entre o saber e o fazer se separam.
Outro ponto a se considerar é que os autores acreditam que todo
trabalho intelectual deve ser realizado em benefício da sociedade. Para eles é
um desperdício um trabalho que não seja desta forma, pois aqueles que têm o
privilégio de poder utilizar do aparelho científico devem fazê-lo para contribuir
para a melhoria de vida de todos.
Também fazem uma crítica ao desenvolvimento da tecnologia e seus
fins. Engels e Marx acreditam que se a tecnologia não for pensada e
repensada, ela acabará sendo um instrumento para subjugar o proletariado.
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Particularmente concordo com as ideias de Engels e Marx,
principalmente no que tange a função social da educação e do trabalho
intelectual. Podemos ter os melhores pesquisadores, os mais reconhecidos
intelectuais, mas se tudo o que for produzido na academia não se reverter em
melhoria para a sociedade, todo esforço terá sido em vão. Outro ponto que me
chamou a atenção foi em relação ao desenvolvimento tecnológico. Assim como
os autores acredito que toda a tecnologia seja necessária e deverá trazer o
benefício de todos, portanto, cabe à sociedade a discussão e reflexão de
alguns pontos como que deixo aqui: para quê e para quem a tecnologia está
sendo desenvolvida? Como ela está sendo usada? A quem ela serve? Qual o
uso se faz de toda a tecnologia desenvolvida?