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TAN
GO
RO
MAN
GO
Recife, 2015

Eram nove irms numa casa

Foram fazer biscoito;
Deu o tangoromango numa,
No ficaram, meu bem, seno oito.
Estas oito, meu bem, que ficaram
Foram jogar os trs-sete;
Deu o tangoromango numa,
No ficaram, meu bem, seno sete.

Estas sete, meu bem, que ficaram,

Foram todas jogar o xadrez;
Deu o tangoromango numa,
No ficaram, meu bem, seno seis.
Destas seis, meu bem, que ficaram,
Uma foi limpar o brinco;
Deu o tangoromango nela,
No ficaram, meu bem, seno cinco.

Destas cinco, meu bem, que ficaram,

Uma foi lavar um prato;
Deu o tangoromango nela,
No ficaram, meu bem, seno quatro.
Destas quatro, meu bem, que ficaram,
Uma foi aprender o francs;
Deu o tangoromango nela,
No ficaram, meu bem, seno trs.

Estas trs, meu bem, que ficaram,

Foram todas correr as ruas;
Deu o tangoromango numa,
No ficaram, bem, seno duas.
Estas duas, meu bem, que ficaram,
Foram comprar uma varruma;
Deu o tangoromango numa delas,
No ficou, meu bem, seno uma.

Esta uma, meu bem, que ficou,

Foi Igreja fazer orao;
Deu o tangoromango nela,
E acabou-se de todo a gerao.

Este livro parte integrante da Oficina

Cartonera, realizada pela
Liga Cartonera, e baseado
na parlenda do Folk-lore
Pernambucano, de Pereira da Costa.