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117-155
Terceira Objeção
A evolução explica a origem da vida, de modo que Deus não é necessário
“Charles Darwin não quis assassinar Deus, como disse certa vez. Mas ele o fez.” –
Revista Time.
“[A teoria da evolução] ainda é, como era na época de Darwin, uma hipótese altamente
especulativa inteiramente desprovida de apoio factual direto e muito distante do axioma
autocom probatório no qual alguns de seus defensores mais agressivos gostariam que
acreditássemos.” – Michael Denton, biólogo molecular.
O feito de Darwin
Embora muitas coisas tenham contribuído, acho que poderia dizer que perdi os últimos resquícios
da minha fé em Deus nas aulas de biologia do colégio.
A experiência foi tão profunda que me fez lembrar até da carteira em que me sentava quando me
ensinaram pela primeira vez que a teoria da evolução explicava a origem e o desenvolvimento da
vida.
As implicações eram claras: a teoria de Charles Darwin eliminava a necessidade de um Criador
sobrenatural ao demonstrar como processos naturais podiam explicar a crescente complexidade e
diversidade dos seres vivos.
A minha experiência não foi incomum. O estudioso Patrick Glynn descreveu como ele enveredou
por um caminho semelhante e que terminou no ateísmo:
“Abracei o ceticismo bem jovem, quando tomei conhecimento pela primeira vez da teoria de
Darwin sobre a evolução, imaginem só, em um colégio católico. Ocorreu-me imediatamente que, ou
a teoria de Darwin era verdadeira, ou veraz era a história da criação no livro de Gênesis. As duas
não podiam ser verdadeiras, foi o que disse em aula à pobre freira. Assim começou uma longa
odisséia de afastamento da fé sincera e prática religiosa, que havia caracterizado a minha infância,
em direção à perspectiva cada vez mais secular e racionalista”.
Na cultura popular, o caso, em favor da evolução, é geralmente considerado encerrado. “O
darwinismo continua sendo uma das teorias científicas mais bem-sucedidas já publicadas”, escreveu
a revista Time em sua recapitulação do segundo milênio. Para Charles Templeton, está
simplesmente fora de questão que “qualquer vida é resultado de forças evolucionárias imemoriais”.
O biólogo Francisco Ayala disse que “o maior feito” de Darwin foi mostrar como o
desenvolvimento da vida é “resultado de um processo natural, a seleção natural, sem qualquer
necessidade de apelar a um Criador”. Michael Denton, biólogo e físico molecular australiano,
concordou que o darwinismo “rompeu a ligação do homem com Deus” e conseqüentemente “o
deixou vagando no cosmo sem propósito”. E acrescentou:
“No que diz respeito ao cristianismo, o advento da teoria da evolução [...j foi catastrófico [...]
Provavelmente o declínio da crença religiosa pode ser atribuído mais à propagação e defesa da
teoria darwinista da evolução pela comunidade intelectual e científica do que a qualquer outro fator
isolado”.
Como declara o livro didático Evolutionary Biology [Biologia evolutiva]: “Ao associar variações
não-dirigidas e sem propósito com o processo cego e implacável da seleção natural, Darwin tornou
supérfluas as explicações teológicas ou espirituais dos processos da vida”. O biólogo inglês Richard
Dawkins falou em nome de muitos quando disse que Darwin “tornou possível ao indivíduo ser um
ateu intelectualmente realizado”.
Com efeito, o destacado evolucionista William Provine, da Universidade Corneli, admitiu
honestamente que, se o darwinismo for verdadeiro, existem então cinco implicações inevitáveis:
não existem evidências a favor de Deus; não existe vida após a morte; não existe um fundamento
absoluto para o certo e o errado; não existe um sentido último para a vida; e as pessoas realmente
não têm livre-arbítrio.14
Contudo, é o darwinismo verdadeiro? Encerrei minha educação formal convencido que sim.
Todavia, quando a minha jornada espiritual começou a me levar para o âmbito da ciência, comecei a
ter um sentimento de crescente inquietação. Do mesmo modo que a prova da comparação de fios de
cabelo no caso de Williamson, será que a prova a favor da evolução significa provar mais do na
verdade o faz?
Quanto mais investigava o assunto, mais percebia como havia subestimado certos detalhes
significativos, num juízo apressado que lembrava o julgamento do assassinato de Oklahoma.
Quando examinei a matéria meticulosamente, comecei a questionar se as radicais conclusões dos
darwinistas são realmente justificadas por fatos científicos concretos. (A propósito, uma viagem
semelhante ajudou a levar Glynn de volta à fé em Deus.)
Esse não é, logo descobri, um caso de religião versus ciência; é antes, uma questão de ciência
versus ciência. Em anos recentes, cada vez mais biólogos, bioquímicos e outros pesquisadores —
não somente cristãos — têm levantado sérias objeções à teoria da evolução, asseverando que as suas
amplas conclusões às vezes estão baseadas em dados frágeis, incompletos ou defeituosos.
O que à primeira vista parece uma prova científica acabada a favor da evolução começa a se
desfazer mediante um exame mais detido. Novas descobertas feitas nos últimos trinta anos têm
levado um número cada vez maior de cientistas a contradizer Darwin, concluindo que houve um
Planejador Inteligente por trás da criação e do surgimento da vida.
“O resultado desses esforços cumulativos no sentido de investigar a célula investigar a vida no
plano molecular — é um brado forte, claro e penetrante de ‘desígnio!”, disse o bioquímico Michael
Behe, da Universidade Lehigh, na sua crítica pioneira do darwinismo.’ E prosseguiu:
“A conclusão do desígnio inteligente flui naturalmente dos próprios dados — não de livros sagrados
ou crenças sectárias [...] A hesitação da ciência em abraçar a conclusão do desígnio inteligente [...]
não tem um fundamento justificável [...] Muitas pessoas, inclusive muitos cientistas importantes e
respeitados, simplesmente não querem que exista algo além da natureza”.
Essa última frase me tocou. Estava mais que feliz em me agarrar ao darwinismo como desculpa
para descartar a idéia de Deus, de modo que eu pudesse pôr em prática descaradamente a minha
agenda de vida, sem restrições morais.
“No entanto, alguém que me conhece bem certa vez me descreveu como um indivíduo ‘ávido pela
verdade’.” Minha formação em jornalismo e direito me impele a desencavar opiniões, especulações
e teorias, até chegar aos fundamentos dos fatos concretos. Por mais que tentasse, não conseguia dar
as costas para as persistentes inconsistências que estavam solapando as bases da teoria de Darwin.
Ponderações
Perguntas para reflexão ou estudo em grupo
1. Descreva os ensinamentos que você recebeu da teoria da evolução. De que maneira eles afetaram
a sua perspectiva acerca de Deus?
2. Antes de ler esta entrevista com Bradley, quão especifica mente você acreditava que a vida havia
surgido na terra? A entrevista mudou o seu ponto de vista? Como e por quê?
3. Com base nas evidências, você acredita que é racional concluir pela existência de um Planejador
Inteligente? Por que sim ou por que não? À luz dos fatos, você acredita que seria necessário mais fé
para crer que a vida surgiu naturalmente ou através de uma causa inteligente?
• DEMBSKI, William A. Mere creation. Downers Grove, Illinois: InterVarsity Press, 1998.
• DENTON ,Míchael. Evolution: A theory in crisis. Chevy Chase, Maryland: Adler & Adler, 1986.
• HANEGRAAF, Hank. The face that demonstrates the farce of evolution. Nashville: Word, 1998.
• JoHNsoN, Phillip E. Darwin on trio], 2d ed. Downers Grove, Illinois: InterVarsity Press, 1993.
• MORELANn, J. E., org. The creation hypothesis. Downers Grove, Illinois: InterVarsity Press,
1994.
• THAXTON, Charles B., BRADLEY, Walter L & OLsEN,Roger L. The mystery of life’s origin.
Dallas: Lewis and Stanley, 1984.
Digitalização: