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LITERATURA DE CORDEL
Minhas mo carimbada pelos calo
De um cabo de inxada de quixaba
Desses qui remodela corqu caba
Feito ispora in vazio de cavalo
purisso que abro o queixo e falo
Esse meu diproma de bacharel
Atransformo isso tudim in cordel
A leitura do meu conhecimento
O serto pode ter seus sufrimento
Mais pra nis sertanejo ele o cu
Eu num passo de um simprecabco
Qui na vida s sei cuid de gado
Rast cobra pus p dendos roado
Prant mio, feijo e ranc tco
Mair na vida aprendi di tudo um pco
Sem perder meu jeito de tabaru
Mim renovo ingu pena de xexu
Sou ingu ao canco passo marrento
O serto pode ter seus sufrimento
Mais pra nis sertanejo ele o cu
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LITERATURA DE CORDEL
Nesse cho quando um o cai duente
Num carece de dotor mode sar
Nis curamo aqui mermo cum um ch
Ou cum sumo de pranta e aguardente
Se um bruguelo cair de dor de dente
Tem uns mato qui amarga feito fel
Nis incaixa na broca a dedu
Qui ele quebra e acaba o turmento
O serto pode ter seus sufrimento
Mais pra nis sertanejo ele o cu
Cum duar lga e mea de distna
Nossa agua trazida ni carote
Dela a gente fais cumida e enche os pote
Toma banho e d banho nas criana
Nis num temo dinheiro nem sustana
Mais quer ver nis fazer um iscaru
Quando as nuve se rasga Cuma um vu
E O serto vira tapete lamacento
O serto pode ter seus sufrimento
Mais pra nis sertanejo ele o cu
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LITERATURA DE CORDEL
E purisso que eu canto meu serto
Nessa arte chamada poesia
Cada verso da minha canturia
Aluvia minha mgua meu patro
Se eu recebo du ceu inspirao
Sorto a voz em repente ou in cordel
Quando eu morrer quero l no mausoulu
Aqui jz um matuto imbirrento
O serto pode ter seus sufrimento
Mais pra nis sertanejo ele o cu
LITERATURA DE CORDEL