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O documento descreve o surgimento e desenvolvimento inicial da psicanálise como teoria e método de tratamento. A psicanálise surgiu no século XX com os estudos de Freud sobre hipnose e histéricos, levando-o a propor que sintomas têm significado e são ligados a experiências reprimidas. Freud passou a usar a "associação livre" para acessar o inconsciente, identificando desejos reprimidos como origem dos sintomas. A psicanálise passou então a ser aplicada a sonhos e outros fenômenos, ganhando recon
O documento descreve o surgimento e desenvolvimento inicial da psicanálise como teoria e método de tratamento. A psicanálise surgiu no século XX com os estudos de Freud sobre hipnose e histéricos, levando-o a propor que sintomas têm significado e são ligados a experiências reprimidas. Freud passou a usar a "associação livre" para acessar o inconsciente, identificando desejos reprimidos como origem dos sintomas. A psicanálise passou então a ser aplicada a sonhos e outros fenômenos, ganhando recon
O documento descreve o surgimento e desenvolvimento inicial da psicanálise como teoria e método de tratamento. A psicanálise surgiu no século XX com os estudos de Freud sobre hipnose e histéricos, levando-o a propor que sintomas têm significado e são ligados a experiências reprimidas. Freud passou a usar a "associação livre" para acessar o inconsciente, identificando desejos reprimidos como origem dos sintomas. A psicanálise passou então a ser aplicada a sonhos e outros fenômenos, ganhando recon
I - A psicanlise nasceu no sculo XX com a publicao de A interpretao de Sonhos-1900. Porm, teve seu ponto de partida em ideias mais antigas, deve-se considerar as influncias que determinaram sua origem e no desprezar as circunstncias que precederam sua criao! - Seu nico objetivo inicialmente era o de compreender as doenas nervosas funcionais, visando suprir a impotncia dos tratamentos, onde os mdicos da poca deixavam aos filsofos, msticos e charlates o que dizia respeito ao fator psquico, pois no podiam entend-lo. - Segundo Freud, as pessoas se contentavam em explicar as paralisias histricas como distrbios funcionais das mesmas partes do crebro que, quando gravemente danificadas, levavam s paralisias orgnicas correspondentes. - A falta de compreenso adequada levava a tratamentos ineficazes, como prescrio de remdios e tentativas de influncias mentais. Na procura de um mtodo adequado, Freud se viu novamente monitorando a hipnose, de onde pde tirar duas lies importantes: a) Notveis mudanas relativas ao corpo podiam ser ocasionadas por influncias mentais. b) O inconsciente deixa de ser apenas um conceito terico e torna-se algo concreto, tangvel e sujeito experimentao. - Charcot suspeitou que as paralisias ocorridas devido traumas fossem de natureza histrica, e demonstrou que podia causar artificialmente paralisias do mesmo tipo com a sugesto de um trauma sob hipnose. - Em 1881 Breuer, com o auxilio da hipnose, estudou e restituiu sade uma jovem que sofria de histeria. Seus estudos s foram levados ao publico quinze anos mais tarde, e retm importante significao para nossa compreenso das neuroses at o dia de hoje. - A jovem ficara enferma enquanto cuidava do pai tambm enfermo. Breuer interligou os sintomas da jovem ao perodo de enfermagem ao qual estava submetida. Seus sintomas de fato, haviam aparecido em lugar das aes no efetuadas. - Para explicar a origem dos sintomas histricos foram utilizadas duas linhas de abordagem que at ento, nunca mais foram abandonadas: a) vida emocional do individuo (afetividade); b) ao recproca de foras mentais (dinmica).
- O procedimento de Breuer consistia em induzir o paciente por hipnose
lembrar-se dos traumas e expelir as emoes no vividas, que ora lhe causara os sintomas. Mtodo este chamado de mtodo catrtico. - Na dcada de 1890, juntamente com Breuer, Freud publicou Estudos sobre Histeria-1895, aps ter confirmado os resultados de Breuer em considerado nmero de pacientes. II - Com a publicao de Estudos sobre Histeria Freud e Breuer se desligaram e cada um seguiu para um lado. Freud continuou com seus estudos e suas descobertas transformaram o mtodo catrtico em psicanlise. - Entretanto, Freud no estava satisfeito com o procedimento da hipnose, principalmente por no apresentar resultados permanentes. Contudo, o abandono da hipnose significou um recomeo no desenvolvimento do procedimento. - Este recomeo se deu quando Freud passou a usar o mtodo da associao livre, que consiste no paciente deitar-se de costas para o analista e falar tudo que viesse mente, permitindo ao analista interligar os pensamentos do paciente de modo a interpretar de forma sbia o que lhe foi dito. - Com a associao livre, pde-se observar a existncia de uma resistncia/barreira que exercia uma fora entre o consciente e o inconsciente, classificada pela teoria da represso. Os sintomas eram substitutos de impresses e impulsos mentais que no haviam sido esquecidos por livre espontnea vontade, e sim devido s foras mentais que exerciam com sucesso uma represso que os faziam serem barrados conscincia, deixando-os esquecidos no inconsciente. - Assim, Freud, ao estudar mais profundamente os desejos sexuais, constatou a existncia de que experincias e conflitos dos primeiros anos da infncia representam uma parte fundamental no desenvolvimento do indivduo. Vale ressaltar a necessidade de ampliar o conceito de sexualidade para o alm do senso comum. - Em resumo, Freud enumerou os fatores que contriburam para a constituio da teoria psicanaltica, j visto anteriormente: a) nfase na vida instintual; b) a dinmica mental; c) a afirmao de que todos os fenmenos mentais tem significado e uma causao; d) a teoria da represso; e)o fato de os sintomas constiturem satisfaes substitutas; f) a importncia da origem da vida sexual e dos primrdios da sexualidade infantil, assim como o complexo de dipo. III
- Houve-se o questionamento se as condies postuladas pela psicanlise
serviriam para outros fenmenos, alm dos histricos. Freud ento provou que sim, com seu livro The Psychopathology of Everyday Life-1901, a partir de dois fenmenos: a) as parapraxias (esquecer coisas, lapsos de lngua etc.); b) e sonhos. - A anlise dos sonhos foi mais aprofundada, e Freud chegou concluso de que os sonhos so construdos da mesma forma que os sintomas neurticos, uma vez que, o sonho uma realizao (disfarada) de um desejo (reprimido). E podem ser examinados atravs de uma tcnica que pouco difere da associao livre utilizada na psicanlise. - Com sua eficincia provada, a psicanlise reivindicou a ateno no s dos especialistas em nervos como tambm a de todos que eram estudiosos de uma cincia mental. - Freud e seus estudos passaram dez anos de parcial invisibilidade, contudo, a decorrer do tempo um grupo de psiquiatras suos atraiu a ateno para a psicanlise, que pouco depois passou a obter reconhecimento geral, porm, com forte oposio da sociedade civilizada, pois feria seus preconceitos em alguns pontos especialmente sensveis. - A psicanlise passou a se expandir sob duas direes: a) sobre o mapa, aflorando em novos pases principalmente com a srie de conferncias com Freud e Jung na Universidade Clark; b) no campo das cincias mentais, ao encontrar tambm aplicaes em novos ramos de conhecimento. - A partir da segunda dcada da psicanlise Freud ganhou adeptos que ora se dedicavam difuso das teorias da psicanlise, ora ampliavam, suplementavam e conduziam essas teorias a maior profundidade. Com o decorrer dos anos alguns se afastaram, outros se dedicaram oposio, contudo sua maioria permaneceu firme dando continuidade juntamente com Freud. IV - Algumas pessoas passaram a exercer os tratamentos da psicanlise apenas com o conhecimento literrio, o que trouxe consequncias tanto para a cincia quanto para os pacientes, acarretando um descrdito para a anlise. Este descaso levou fundao da primeira clinica psicanaltica (por Max Eitingon, Berlim, 1920), tornando-se ento um passo de grande importncia prtica. - Um dos primeiros conceitos hipotticos a ajudarem no tratamento analtico o da libido, que significa uma fora dos instintos sexuais (sentido amplo exigido pela psicanlise) dirigidos a um objeto. Ao lado dessa libido objetal, Freud conceituou a libido narcsica que dirigida ao prprio ego do indivduo.
- Neurose de transferncia (histeria e neurose obsessiva) constituem os
objetos propriamente ditos do tratamento psicanaltico. Enquanto a neurose narcsica (psicose) embora examinadas com o auxlio da anlise, oferecem dificuldades influncia teraputica. - Em 1906 Bleuler acompanhou as indicaes de Freud em grande nmero de psicoses, e chamou-as de mecanismos freudianos. E em seus estudos sobre esquizofrenia demonstrou a justificao de um ngulo psicanaltico de abordagem para a compreenso das psicoses. V - A importncia da psicanlise para a psiquiatria s foi vista devido sua relao com a vida mental normal, e no pela relao com a patolgica. - Alm dos estudos sobre os sonhos, a psicanlise ainda precisava de outro passo para poder ser considerada como a teoria dos processos mentais mais profundos. Esse passo era a transio da psicologia individual para a de grupo. - A civilizao est construda sobre a renncia ao instinto, e todo ser, em sua jornada da infncia maturidade, precisa, em sua prpria pessoa, recapitular esse desenvolvimento de humanidade a um estado de criteriosa resignao. - A arte, os mitos e os contos de fada so vistos tambm como representaes das emoes reprimidas no inconsciente, podendo ser interpretados como sonhos e analisados pela psicanlise. - A psicanlise compreende a importncia do entendimento do complexo de dipo- a relao emocional da criana com seus pais. - Concluindo Freud menciona sua proposta de diviso do aparelho psquico em: ego (voltado para o mundo externo e aparelhado com a conscincia); e o id (inconsciente, dominado por suas necessidades instintuais).