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AMBIENTE MACROECÔNOMICO
Após o processo recessivo experimentado a partir do final de 2008 e que se estendeu até
meados de 2009, o Brasil passou a observar a retomada de um novo ciclo de crescimento.
Essa retomada, expressa pelo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo e
terceiro trimestres de 2009 e na trajetória de distintos indicadores setoriais nos meses
subsequentes, foi sustentada, em especial, pelo desempenho da demanda interna, com
destaque a partir da segunda metade de 2009, para o consumo das famílias, favorecido,
inicialmente, pela preservação da renda real, e, mais recentemente, pela melhora nas
condições do mercado de crédito.
Em resposta à melhora verificada nas condições de crédito, as medidas de desoneração fiscal
e à manutenção da renda disponível, as vendas do comércio varejista apresentaram uma
evolução positiva após o período recessivo. De acordo com o IBGE, as vendas do comércio
ampliado cresceram 3,5% no terceiro trimestre de 2009 em relação ao período anterior.
A economia brasileira viveu momentos antagônicos ao longo de 2009, o que impactou nos
indicadores macroeconômicos e na política monetária adotada no período. Após o processo
recessivo experimentado, as estimativas para o PIB de 2009 giram em torno de um
crescimento de 0,2% sobre 2008. Como o início do ano foi marcado pela redução no nível de
atividade e consequentemente no nível de consumo, a inflação esteve sob controle durante o
ano, apresentando aceleração somente nos últimos meses de 2009 e segundo estimativas do
Relatório Focus do Banco Central do Brasil, deverá fechar o ano dentro da meta, em 4,3%, o
que deu condições ao Comitê de Política Monetária (COPOM) em promover ao longo do ano
uma política monetária expansionista, reduzindo a Meta da Taxa SELIC para 8,75% a.a.. A
trajetória do nível de emprego também refletiu os momentos vividos pela economia brasileira e
já reflete o impacto favorável da retomada consistente da atividade econômica.
MERCADO DE CARTÕES
Em 2009, o setor apresentou uma emissão de 565 milhões de cartões, incluindo crédito, débito
e os de loja e rede, representando uma evolução de 10% ante 2008, segundo estimativas da
Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviço (ABECS). O volume
financeiro movimentado pelo setor em 2009 totalizou R$ 444 bilhões com um total de 6,1
bilhões de transações com cartões, representando um crescimento de 18% e 15%,
respectivamente, sobre o ano de 2009. As estimativas para 2010, ainda segundo a ABECS,
são da emissão de 628 milhões de cartões e um volume financeiro transacionado R$ 535
bilhões.
MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO
Em meio à crise global iniciada em setembro de 2008, realizamos nossa oferta inicial de ações
finalizada em 6 de julho de 2009, em uma operação que levantou R$ 8,4 bilhões, o maior IPO
da história do Brasil.
Seguindo uma conduta de adotar as melhores práticas de governança corporativa e manter
proximidade do mercado de forma geral, realizamos e participamos de diversos eventos, entre
teleconferências de resultados, reuniões APIMEC e apresentações em conferências tanto no
Brasil como no exterior.
A Cielo capturou R$ 214,0 bilhões em volume financeiro de transações com cartões de crédito
e de débito em 2009, aproximadamente 7% do PIB brasileiro, apresentando crescimento de
21,9% sobre o volume registrado no mesmo período de 2008, confirmando a expansão de sua
rede de estabelecimentos credenciados ativos, inclusive crescendo mais rapidamente do que o
mercado, principalmente, devido à sua rede de distribuição, seu relacionamento com os
estabelecimentos comerciais e sua oferta de produtos inovadores.
O ano de 2009 foi marcado pela alteração da razão social de Companhia Brasileira de Meios
de Pagamentos S.A. para Cielo S.A., padronizando nossa identificação no mercado com nome
de pregão e código de negociação de Cielo e CIEL3, respectivamente, antes VisaNet e VNET3.
Tal modificação faz parte de um plano estratégico para preparar a Companhia para operar em
um cenário multibandeira a partir de 1º de julho de 2010. Com nova razão social e nova marca,
a Companhia adquire uma nova identidade visual para o cenário multibandeira e ainda evitará
o pagamento de royalties pelo uso da antiga razão social e marca. Outro evento ocorrido no
trimestre foi o anúncio do lançamento de um programa de ADRs (American Depositary
Receipts) nível 1. A iniciativa, que não representa aumento de capital social ou emissão de
novas ações, colocará a Companhia no seleto grupo de empresas brasileiras que possuem
DRs negociados nos Estados Unidos, sendo que atualmente apenas 67 das 420 empresas
nacionais listadas na Bovespa dão esta condição de investimento aos seus investidores. Tal
iniciativa cria mais uma alternativa para investidores e aumenta a visibilidade da Cielo fora do
Brasil.
No período no qual enfrentamos o maior movimento do ano, o Natal, nossa operação esteve
100% disponível e apresentamos um novo recorde de transações, mais de 35 milhões nos dias
23 e 24 de dezembro, 18% maior do que no mesmo período do ano anterior. Embora o impacto
no faturamento seja pouco relevante em função do alto volume característico do período, esta
disponibilidade reforça a imagem da Companhia como a maior e melhor rede de pagamentos
no Brasil, atuando com redundância na operação e mobilizando suas equipes de forma a
garantir maior confiabilidade para o lojista. A Receita Operacional Líquida atingiu R$ 3.434,2
milhões, um crescimento de 19,5% sobre o ano anterior. A receita gerada pelas transações de
crédito e débito apresentou um crescimento de 21,3% e a receita de aluguel de equipamentos
18,3%. Em relação ao nosso produto de antecipação de recebíveis, após apenas um ano em
operação completa, incluindo crédito à vista e parcelado, fechamos o ano antecipando 5,3% da
nossa carteira de crédito, atingindo os objetivos propostos. A receita financeira de antecipação
de recebíveis representou no ano R$ 182,9 milhões.
O Custo dos Serviços Prestados apresentou um aumento de apenas 9,3% em 2009 sobre o
mesmo período do ano anterior, para um crescimento de 16,1% na quantidade de transações
de cartões de crédito e de débito no ano. As Despesas Operacionais atingiram R$ 423,9
milhões em 2009.
Como resultado da firme expansão da receita e da entrega de nossas metas de redução dos
custos e despesas operacionais, o Lucro Líquido Contábil atingiu R$ 1.533,8 milhões,
apresentando crescimento de 14,3% em relação ao ano anterior.
Durante o ano de 2009, a Cielo preparou-se para o novo cenário competitivo que terá início em
Julho de 2010 da seguinte forma:
... consolidando nossa posição de liderança em DISTRIBUIÇÂO: mesmo já tendo a maior base
de estabelecimentos comerciais do Brasil, em 2009 afiliamos mais de 380 mil novos
estabelecimentos, fruto de um trabalho próximo à nossa rede de bancos parceiros;
A Companhia realiza investimentos por meio de recursos próprios e por meio de leis de
incentivo fiscal em projetos culturais, sociais e esportivos buscando projetos que tenham como
foco educação, saúde infantil e capacitação de jovens para o trabalho, privilegiando a inclusão
socioeconômica. Ao longo de 2009 a Cielo realizou investimentos por meio da Lei Rouanet, Lei
de Incentivo ao Esporte e em Fundos para a Infância e Adolescência. Entre estes
investimentos estão: Hospital Pequeno Príncipe (assistência à família) Instituto Brasil Leitor
(bibliotecas em metrôs), Fundação Gol de Letra (sociabilização por meio do esporte), Instituto
Esporte e Educação (sociabilização por meio do esporte), Instituto Criar de TV e Cinema
(capacitação de jovens para o trabalho) e Instituto Ayrton Senna (educação).
No ano de 2009 a Cielo foi reconhecida em diferentes aspectos por diversas entidades:
Valor Carreira - A Cielo ganhou o prêmio Valor Carreira pela sua excelência em gestão de
pessoas. A eleição foi realizada pela publicação Valor Carreira, do jornal Valor Econômico. A
pesquisa, realizada pela consultoria Hewitt, apurou que a empresa tem o 5º melhor clima
organizacional entre as empresas de 1001 a 2000 funcionários. Conferido por: Jornal Valor
Econômico
As 150 Melhores Empresas para Você Trabalhar - No ano de 2009, a Cielo foi eleita, pela
nona vez consecutiva uma das 150 Melhores Empresas para Você Trabalhar. Trata-se de um
prêmio que destaca as melhores empresas para trabalhar sob o ponto de vista dos
funcionários, levando em consideração clima, benefícios, remuneração, entre outros. Conferido
por: Revista Exame
Melhores e Maiores - O anuário Melhores e Maiores de 2009, publicado pela Revista Exame,
elegeu a Cielo como a melhor empresa do Setor de Serviços. Conferido por: Revista Exame
Valor 1000 - O anuário Valor 1000 – publicado pelo Jornal Valor Econômico - elegeu a Cielo,
pela quarta vez consecutiva, a "Melhor Empresa de Serviços Especializados do Brasil". O
anúncio aconteceu por meio do anuário publicado pelo jornal Valor Econômico. Conferido por:
Jornal Valor Econômico
As 200 Maiores Empresas em TI - O guia publicado pela Revista InfoExame elegeu a Cielo
como a melhor empresa entre as 200 maiores empresas de TI sendo que a amostra envolvia
participantes pertencentes a diferentes segmentos econômicos. Conferido por: InfoExame
DESEMPENHO OPERACIONAL
O Volume Financeiro de Transações realizadas com cartões de crédito processadas pela Cielo,
totalizou R$ 134,8 bilhões em 2009, o que representou um crescimento de 21,5% em relação a
2008.
O Volume Financeiro de Transações realizadas com cartões de débito processadas pela Cielo,
totalizou R$ 79,2 bilhões em 2009, o que representou um crescimento de 22,4% em relação a
2008.
Ressaltamos a performance do produto AgroCard, que no mesmo período cresceu 197%,
atingindo o patamar de R$ 4.601,6 milhões em Volume Financeiro de Transações no ano. Sem
considerarmos o produto Agrocard, nosso Volume Financeiro de Transações com cartões de
débito teria sido R$ 74,6 bilhões com um crescimento de 18,2% em relação ao mesmo período
de 2008.
Volume Financeiro de Transações (milhões)
21,9% 213.957
175.550
79.166
134.791
110.896
2008 2009
51,6% 49,9%
Cartão de Crédito
16,0% 15,8%
Cartão de Débito
Aluguel de POS
27,9% 26,4%
Antecipação de Recebíveis
4,5% Outras Receitas
3,9% 3,4%
2008 2009
A receita operacional líquida em 2009 cresceu 19,5% em relação a 2008, atingindo R$ 3.434,2
milhões.
A linha de Outras Receitas, totalizou R$ 110,5 milhões, uma redução de 3,7% quando
comparado ao mesmo periodo de 2008. As principais fontes destas receitas são
provenientes de serviços de captura de Transações de cartões de benefício (voucher)
e de Transações com cartões Private Label híbrido realizadas nos próprios
estabelecimentos emissores emissores e de trava de domicílio bancário prestado aos
emissores.
ISS - A despesa incorrida com ISS aumentou 30,1%, para R$ 38,5 milhões no ano findo em 31
de dezembro de 2009, comparado a R$ 29,6 milhões no mesmo período de 2008. A variação
ocorreu, principalmente, em função do aumento da receita bruta e da redução dos impostos e
contribuições federais pagos, que conforme legislação do município de Barueri, podem ser
abatidos da base de cálculo do ISS. Em 2008 devido ao ganho na alienação de ações da Visa
Inc., os montantes de imposto de renda e contribuição social apurados e pagos foram maiores
que os apurados em 2009, o que possibilitou em 2008 uma redução maior na base de cálculo
do ISS.
PIS e COFINS - As contribuições para o PIS e a COFINS calculadas sobre a receita bruta
aumentaram R$ 57,2 milhões, ou 19,3% para R$ 354,0 milhões, comparado a R$ 296,8
milhões no mesmo período de 2008. O aumento do valor das contribuições para o PIS e a
COFINS decorreu principalmente do incremento da receita bruta.
O custo dos serviços prestados inclui todos os gastos relacionados à operação da Companhia
e varia em função da quantidade de Transações capturadas e do número de Equipamentos de
Captura, sendo as principais:
processamento de dados;
rede de telecomunicações e com as operadoras de telefonia;
serviço de atendimento telefônico aos estabelecimentos (call center);
tarifas pagas à bandeira Visa
instalação e manutenção dos equipamentos de captura (POS);
depreciação dos equipamentos de captura;
materiais consumíveis utilizados pelos estabelecimentos (bobinas de papel);
tarifas de afiliação de estabelecimentos; e
comissões pagas aos emissores em razão da prestação de serviços de apoio ao
credenciamento de estabelecimentos.
O custo dos serviços prestados aumentou R$ 77,7 milhões, ou 9,3%, para R$ 910,7 milhões no
exercício de 2009, comparado a R$ 833,0 milhões no exercício de 2008. Esse aumento
ocorreu principalmente à: (i) aumento de R$ 54,1 milhões, ou 112,3% das tarifas pagas à
bandeira Visa, para R$ 102,2 milhões no exercício de 2009, comparado a R$ 48,1 milhões no
exercício de 2008, como consequência da renegociação do contrato com a bandeira, bem
como pelo crescimento no volume financeiro das transações com cartões de crédito; e (ii)
aumento de R$ 20,7 milhões, ou 16,6%, dos custos com depreciação de equipamentos de
captura (POS) para R$ 145,5 milhões no exercício de 2009, comparado a R$ 124,8 milhões no
exercício de 2008. Esse aumento ocorreu substancialmente pelo crescimento de 19,4 % da
base de equipamentos de captura.
Lucro Líquido
O lucro líquido recorrente totalizou R$ 1.533,8 milhões em 2009, aumento de 14,3% quando
comparado a 2008 sendo consequência principalmente do aumento da receita operacional
líquida e do rígido controle de custos e despesas operacionais.
CÂMARA DE ARBITRAGEM
GOVERNANÇA CORPORATIVA
DECLARAÇÂO DE DIRETORIA
CIRCULANTE CIRCULANTE
Caixa e equivalentes de caixa 5 510.242 1.044.594 514.280 1.072.157 Financiamentos - arrendamento mercantil 12 - 401 - 401
Contas a receber operacional 6 1.174.250 159.000 1.178.784 162.943 Contas a pagar a estabelecimentos 14 667.522 487.628 667.522 487.628
Contas a receber de controlada 22 2.559 206 - 177 Fornecedores 15 114.043 94.111 116.443 96.604
Imposto de renda e contribuição social diferidos 8 50.319 32.891 58.299 37.054 Impostos e contribuições a recolher 16 416.660 273.378 416.945 275.066
Impostos antecipados e a recuperar 411 592 2.503 1.219 Contas a pagar a controlada 22 6.324 10.398 - -
Outros valores a receber 9.225 3.668 18.448 4.941 Obrigações a pagar - securitização no exterior 19 163.911 207.943 163.911 207.943
Direitos a receber - securitização no exterior 7 163.850 207.979 163.850 207.979 Juros a pagar - securitização no exterior 19 2.914 6.341 2.914 6.341
Juros a receber - securitização no exterior 7 2.914 6.341 2.914 6.341 Dividendos a pagar 20.b) 105.365 542.985 105.365 542.985
Despesas pagas antecipadamente 5.887 4.481 5.896 4.488 Outras obrigações 17 62.106 47.963 80.041 66.526
Total do ativo circulante 1.919.657 1.459.752 1.944.974 1.497.299 Total do passivo circulante 1.538.845 1.671.148 1.553.141 1.683.494
TOTAL DO ATIVO 2.490.947 2.158.663 2.512.534 2.188.685 TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2.490.947 2.158.663 2.512.534 2.188.685
2
CIELO S.A. E CONTROLADAS
DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO
PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E DE 2008
(Em milhares de reais - R$, exceto o lucro líquido do exercício por ação)
RECEITA BRUTA
Receita de comissões 2.649.860 2.184.840 2.649.860 2.184.840
Receita de aluguel 1.066.386 901.284 1.067.136 903.061
Receita de prestação de serviços 110.479 114.694 135.456 127.652
Impostos sobre serviços (392.550) (326.426) (407.531) (340.087)
RESULTADO FINANCEIRO
Receitas financeiras 28 93.886 150.464 99.751 153.405
Despesas financeiras 28 (49.994) (52.535) (56.519) (59.875)
Receita com antecipação de recebíveis 28 218.150 17.388 218.150 17.388
Despesas de ajuste a valor presente 28 (35.266) - (35.266) -
Variação cambial, líquida 28 1.903 947 1.903 947
228.679 116.264 228.019 111.865
3
CIELO S.A.
Reservas de lucros
Nota Capital Reserva Retenção de Lucros Ações em
explicativa social de capital Legal lucros acumulados tesouraria Total
4
CIELO S.A. E CONTROLADAS
(REDUÇÃO) AUMENTO DO SALDO DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA (534.352) 75.217 (557.877) 76.933
(REDUÇÃO) AUMENTO DO SALDO DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA (534.352) 75.217 (557.877) 76.933
(*) Disponibilidades e aplicações financeiras com conversibilidade imediata e sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor.
5
CIELO S.A. E CONTROLADAS
RECEITAS
Prestação de serviços, líquida 3.434.175 2.874.392 3.444.921 2.875.466
Perda com aluguel de equipamentos (14.753) (9.721) (14.753) (9.721)
Outras receitas operacionais - 398.864 - 355.468
3.419.422 3.263.535 3.430.168 3.221.213
RETENÇÕES
Depreciações e amortizações (147.027) (131.899) (150.702) (134.903)
6
CIELO S.A. E CONTROLADAS
1. CONTEXTO OPERACIONAL
A Companhia Brasileira de Meios de Pagamento, que teve sua razão social alterada para
Cielo S.A. (“Sociedade”), conforme aprovação em Assembleia Geral Extraordinária de 14
de dezembro de 2009, foi constituída em 23 de novembro de 1995 e tem como objetivo
principal a prestação de serviços relacionados a cartões de crédito e de débito e outros meios
de pagamento, bem como a prestação de serviços correlatos, tais como o credenciamento de
estabelecimentos comerciais e de prestadores de serviços, o aluguel, a instalação e a
manutenção de terminais eletrônicos e a captura de dados e de processamento de transações
eletrônicas e manuais.
Controladas:
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Cielo S.A. e Controladas
Em novembro de 2009, a CBGS Ltda. foi incorporada pela CBGS, então sua controlada
em conjunto, com base em laudo de avaliação a valores contábeis, com data-base 31 de
outubro de 2009, preparado por avaliadores independentes. Os ativos e passivos
incorporados foram:
Ativo:
Circulante 2.573
Não circulante 42.689
Outros ativos 5.700
Total do ativo 50.962
Passivo:
Circulante 193
Não circulante 575
Patrimônio líquido 50.194
Total do passivo e patrimônio líquido 50.962
Controladas indiretas:
Em dezembro de 2009, a CBGS foi incorporada pela Orizon, então sua controlada em
conjunto, com base em laudo de avaliação a valores contábeis, com data-base 30 de
novembro de 2009, preparado por avaliadores independentes. Os ativos e passivos
incorporados foram:
Ativo:
Circulante 17.618
Não circulante 59.236
Total do ativo 76.854
8
Cielo S.A. e Controladas
Passivo:
Circulante 957
Não circulante 513
Patrimônio líquido 75.384
Total do passivo e patrimônio líquido 76.854
Ativo:
Circulante 1.828
Não circulante 288
Total do ativo 2.116
Passivo-
Circulante 1.153
Patrimônio líquido 963
Total do passivo e patrimônio líquido 2.116
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Cielo S.A. e Controladas
Em 28 de agosto de 2006, a Sociedade constituiu a CBGS Ltda., que atua no setor de saúde.
Em 28 de dezembro de 2006, foi constituída pela Bradesco Saúde (70,87%) e pela CASSI
(29,13%) a CBGS, com capital social de R$1.000, totalmente subscrito e integralizado em
dinheiro. O capital social da CBGS está dividido em 1.000.000 de ações ordinárias e
nominativas, sem valor nominal.
A integralização desse montante, que deu direito à controlada CBGS Ltda. de deter 40,95%
de participação na CBGS, ocorreu da seguinte forma:
• R$60.773 por meio da entrega imediata de 46.661.888 cotas da Orizon, cujo valor
patrimonial em 31 de dezembro de 2007 era de R$39.339, com a geração de ganho de
capital no montante de R$21.434. Nas demonstrações financeiras consolidadas, esse
ganho de capital foi eliminado na proporção da participação da CBGS Ltda. no capital
social da controlada CBGS. Em contrapartida, foi eliminado o ágio gerado nesse
aumento de capital com o investimento na Orizon.
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Cielo S.A. e Controladas
• R$10.918 por meio da entrega imediata de 1.709.999 cotas da Dativa, cujo valor
patrimonial em 31 de dezembro de 2007 era de R$11.005, com a geração de perda de
capital no montante de R$87.
• R$67.354 a ser integralizado em até dois anos, por meio da entrega de bens suscetíveis
de avaliação em dinheiro e/ou moeda corrente nacional, corrigido pela variação do
Índice de Preços ao Consumidor Ampliado - IPCA acrescido de 11,85% ao ano, “pro
rata die”.
Em novembro de 2009, a controlada direta CBGS Ltda. foi incorporada pela controlada
indireta CBGS e em 1º de dezembro de 2009 a CBGS foi incorporada pela Orizon.
Como resultado das incorporações, todas as operações das incorporadas foram transferidas
para as incorporadoras que sucederão as incorporadas em todos os seus bens, direitos e
obrigações, a título universal e para todos os fins de direito, sem qualquer solução de
continuidade, com a consequente extinção das incorporadas.
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Cielo S.A. e Controladas
As principais práticas contábeis adotadas pela Sociedade e por suas controladas são:
a) Apuração do resultado
Incluem caixa, contas bancárias e aplicações financeiras com liquidez imediata e com
baixo risco de variação no valor de mercado.
d) Investimentos
e) Imobilizado
O valor residual e a vida útil estimada dos bens são revisados e ajustados, se necessário,
nas datas de encerramento dos exercícios.
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Cielo S.A. e Controladas
f) Intangível
A partir de 1º de janeiro de 2009, os ágios não são mais amortizados, porém submetidos
ao teste anual para análise de perda do seu valor recuperável, conforme o CPC 01.
São feitas análises para identificar as circunstâncias que possam exigir a avaliação da
recuperabilidade dos ativos de vida longa e medir a taxa potencial de deterioração. Os
ativos são agrupados e avaliados segundo a possível deterioração, com base nos fluxos
futuros de caixa projetados descontados do negócio durante a vida remanescente
estimada dos ativos. Nesse caso, uma perda seria reconhecida com base no montante
pelo qual o valor contábil excede o valor provável de recuperação de um ativo de vida
longa. O valor provável de recuperação é determinado como sendo o maior valor entre:
(a) o valor justo dos ativos menos custos estimados para venda, e (b) o valor em uso,
determinado pelo valor presente esperado dos fluxos de caixa futuros do ativo ou da
unidade geradora de caixa.
Esses montantes referem-se aos valores das transações realizadas pelos titulares de
cartões de crédito, sendo os saldos de contas a receber dos bancos emissores líquidos das
taxas de intercâmbio e os saldos de contas a pagar a estabelecimentos deduzidos das
taxas de administração (taxa de desconto), cujos prazos de recebimento dos emissores e
de pagamento aos estabelecimentos são inferiores a um ano.
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Cielo S.A. e Controladas
j) Provisões
Reconhecidas quando um evento passado gerou uma obrigação legal ou implícita, existe
a probabilidade de uma saída de recursos e o valor da obrigação pode ser estimado ou
calculado com segurança.
As provisões que envolvem processos tributários estão constituídas por valor equivalente
à totalidade dos tributos em discussão judicial, atualizados monetariamente e
computados os juros moratórios como se devidos fossem, até as datas dos balanços.
O ajuste a valor presente das operações com antecipação de recebíveis, as quais estão
registradas na rubrica “Contas a receber operacional” da Sociedade e possuem encargos
prefixados, foi calculado em virtude dos prazos a decorrer, utilizando as taxas
contratadas das referidas operações. Esse ajuste está registrado em contrapartida à
rubrica “Despesas de ajuste a valor presente” (vide notas explicativas nº 6 e nº 28).
m) Moeda estrangeira
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Cielo S.A. e Controladas
n) Uso de estimativas
p) Fluxos de caixa
Conforme a Deliberação CVM nº 547/08, que trata da demonstração dos fluxos de caixa,
a Sociedade, que divulgava regularmente suas demonstrações dos fluxos de caixa de
acordo com a Norma e Procedimento de Contabilidade - NPC nº 20 do IBRACON -
Instituto dos Auditores Independentes do Brasil, optou por divulgá-las nas
demonstrações financeiras de acordo com a referida Deliberação. Para fins de
comparação com os períodos atuais, foram efetuadas reclassificações relativas ao
exercício equivalente a 2008.
Apurado com base na quantidade de ações em circulação nas datas dos balanços.
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Cielo S.A. e Controladas
Conforme a nota explicativa nº 21, a conversão para reais das demonstrações financeiras da
filial em Grand Cayman, preparadas originalmente em dólares norte-americanos, foi
efetuada com base nas taxas correntes do câmbio de fechamento nas datas dos balanços.
Controladora Consolidado
2009 2008 2009 2008
Caixa e bancos:
Moeda nacional 453 7.686 1.945 8.184
Moeda estrangeira 12.456 6.513 12.456 6.513
Aplicações financeiras:
Debêntures compromissadas (a) 58.085 596.081 58.085 616.653
Certificados de Depósito Bancário - CDBs (a) 436.933 429.899 439.479 436.381
“Money Market Deposit Account - MMDA” (b) 2.315 4.415 2.315 4.426
Total 510.242 1.044.594 514.280 1.072.157
Os saldos de caixa e bancos são constituídos por fundo fixo de caixa e valores disponíveis
em contas bancárias no Brasil e no exterior, substancialmente representados por montantes
depositados pelas instituições financeiras emissoras de cartões de crédito, sendo tais valores
utilizados para a liquidação financeira das transações com os estabelecimentos.
(b) Os recursos aplicados no exterior (Nova York - EUA) em MMDA são rentabilizados a
uma taxa prefixada de 0,1% ao ano.
As aplicações financeiras mencionadas têm liquidez imediata e seus valores de mercado não
diferem dos valores contabilizados.
16
Cielo S.A. e Controladas
Controladora Consolidado
2009 2008 2009 2008
(b) A Sociedade oferece aos bancos emissores o serviço de trava de domicílio bancário
mediante autorização prévia do estabelecimento comercial para bloquear qualquer
transferência de recebíveis desse estabelecimento para outro banco. Por esse serviço, a
Sociedade recebe comissão, a qual é liquidada no mês subsequente à solicitação da
trava de domicílio bancário pelos bancos emissores.
(d) Contas a receber da CBSS (entidade sob controle comum) decorrentes da prestação de
serviços de captura e processamento de cartões de vale-refeição e vale-transporte.
17
Cielo S.A. e Controladas
Controladora Consolidado
2009 2008 2009 2008
Referem-se aos direitos a receber do Banco Bradesco S.A. e do Banco do Brasil S.A.,
contratados em julho de 2003, no montante de US$500 milhões, dividido em US$100
milhões e US$400 milhões, respectivamente, com taxas de juros de 4,777% e 5,911% ao
ano e prazo de vencimento de oito anos com amortizações trimestrais e carência de dois
anos.
Esses saldos foram segregados entre circulante e não circulante de acordo com o
cronograma de recebimentos, sendo R$163.850 (R$207.979 em 31 de dezembro de 2008) e
R$42.445 (R$277.000 em 31 de dezembro de 2008), respectivamente.
Esses direitos foram contratados com as mesmas taxas e prazos da obrigação da Sociedade
para com a Brazilian Merchant Voucher Receivables Limited, sociedade de propósito
específico constituída em Grand Cayman (nota explicativa nº 19).
O imposto de renda e a contribuição social diferidos são registrados para refletir os efeitos
fiscais futuros atribuíveis às diferenças temporárias entre a base fiscal de ativos e passivos e
o respectivo valor contábil. Os valores apresentados são revisados mensalmente.
18
Cielo S.A. e Controladas
Controladora
Imposto Contribuição
de renda social
2009 2008 2009 2008
Diferenças temporárias:
Provisão para contingências 117.413 88.976 42.268 32.031
Provisão para despesas diversas 27.470 23.051 9.889 8.299
Ajuste a valor presente do contas a receber de
antecipação de recebíveis 8.816 - 3.174 -
Provisão para perdas com equipamentos POS 713 1.133 257 408
Total 154.412 113.160 55.588 40.738
Consolidado
Imposto Contribuição
de renda social
2009 2008 2009 2008
Diferenças temporárias:
Provisão para contingências 124.338 97.311 44.762 35.032
Provisão para despesas diversas 27.949 24.445 10.065 8.800
Ajuste a valor presente do contas a receber de
antecipação de recebíveis 8.816 - 3.174 -
Provisão para perdas com equipamentos POS 713 1.133 257 408
Provisão para perdas com gastos diferidos 1.416 1.668 510 601
Benefício fiscal de ágios incorporados 9.949 - 3.583 -
Total 173.181 124.557 62.351 44.841
Controladora Consolidado
19
Cielo S.A. e Controladas
9. INVESTIMENTOS EM CONTROLADAS
Controladora Consolidado
2009 2008 2009 2008
Controladas diretas:
Servinet 4.096 3.401 99,99 99,99 3.401 3.679 4.096 28.500
CBGS Ltda. (a) e (d) 31.749 (12.900) 99,99 99,99 (1.836) (70.017) - 18.324
Servrede (4) (72) 99,99 99,99 (72) 17 (4) 2
CBGS (b), (c) e (d) 75.384 (36.368) 40,95 - 312 - 24.989 -
Total 1.805 (66.321) 29.081 46.826
Controladas em conjunto de
forma indireta:
Orizon (c) 18.724 1.007 40,95
Prevsaúde (c) 1.854 839 40,95
Precisa (c) 2.467 34 40,95
(a) Em novembro de 2009, a controlada direta CBGS Ltda. foi incorporada pela controlada indireta CBGS.
(b) O valor de R$5.880 não está refletido no investimento, pois se refere ao ganho não realizado por aporte
de capital com ágio, inicialmente refletido na controlada direta CBGS Ltda. e devido à incorporação,
transferido para a controlada CBGS.
(c) Foram utilizadas as demonstrações financeiras de 30 de novembro de 2009 das controladas.
(d) Na apuração do resultado de equivalência patrimonial nas controladas CBGS Ltda. e CBGS, foram
eliminados dos resultados daquelas sociedades os efeitos da Provisão para Manutenção da Integridade do
Patrimônio Líquido - PMIPL, nos valores de R$11.064 e R$15.205, respectivamente, uma vez que foram
reconstituídos na controladora os valores relativos aos ágios originalmente registrados naquelas
demonstrações financeiras, conforme previsto nas Instruções CVM nº 319/99 e nº 349/01, considerando
que as incorporações efetuadas durante o exercício de 2009 não alteram a essência econômica daqueles
ágios.
A movimentação dos investimentos no exercício findo em 31 de dezembro de 2009 é como
segue:
20
Cielo S.A. e Controladas
10. IMOBILIZADO
Controladora
2009
Taxa anual de Depreciação
depreciação - % Custo acumulada Líquido
Controladora
2008
Taxa anual de Depreciação
depreciação - % Custo acumulada Líquido
Consolidado
2009
Taxa anual de Depreciação
depreciação - % Custo acumulada Líquido
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Cielo S.A. e Controladas
Consolidado
2008
Taxa anual de Depreciação
depreciação - % Custo acumulada Líquido
Controladora
2008 Adições Baixas Depreciações 2009
Consolidado
2008 Adições Baixas Depreciações 2009
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Cielo S.A. e Controladas
11. INTANGÍVEL
Controladora Consolidado
2009 2008 2009 2008
Taxa anual de Amortização
amortização - % Custo acumulada Líquido Líquido Líquido Líquido
(b) Representam gastos com desenvolvimento de novos produtos e serviços que visam incrementar o
faturamento e a receita da Sociedade e de suas controladas.
(c) Refere-se à provisão para perdas com gastos incorridos no desenvolvimento de projetos e de software
pela controlada em conjunto Orizon.
(d) Corresponde ao ágio na aquisição de controladas, reconhecido pela controladora após o registro da
provisão para manutenção da integridade do patrimônio líquido pelas suas controladas diretas e indiretas
em outubro e dezembro de 2009, conforme Instrução CVM nº 349/01.
(e) Refere-se ao ganho não realizado por aporte de capital com ágio, inicialmente refletido na controlada
direta CBGS Ltda. e devido à incorporação, transferido para a controlada CBGS.
Controladora
Adições/ Baixas/
2008 transferências reversões Amortizações 2009
23
Cielo S.A. e Controladas
Consolidado
2008 Adições Baixas Reclassificação Amortizações 2009
(*)
(*) O saldo líquido de R$13.532 corresponde ao benefício fiscal do ágio incorporado pelas
controladas, reclassificado do intangível para as rubricas no ativo circulante e não circulante, de
acordo com a expectativa de realização dos referidos créditos fiscais.
Como parte do pagamento, a CBGS Ltda. entregou a totalidade das cotas representativas
do capital social da Orizon e da Dativa pelo montante de R$71.691, transferindo o ágio
na aquisição dessas controladas nos montantes de R$47.145 e R$9.108, respectivamente,
líquidos da amortização incorrida até a data da transação.
Por ocasião das incorporações das controladas CBGS Ltda. e CBGS, foram efetuadas
provisões nos montantes de R$11.064 e R$15.205, respectivamente, conforme requerido
pelas Instruções CVM nº 319/99 e nº 349/01, que equivalem a 66% do valor dos ágios
registrados nas respectivas datas de incorporação. Em virtude da manutenção na essência
econômica desses ágios na controladora, os referidos ágios foram reconstituídos nos
registros contábeis da Sociedade, registrados em contrapartida da rubrica “Outras
(despesas) receitas operacionais, líquidas”.
O valor do benefício fiscal esperado pela amortização dos referidos ágios, no montante
de R$13.532, está registrado nas demonstrações financeiras consolidadas na rubrica
“Imposto de renda e contribuição social diferidos” de acordo com seus prazos de
realização, no circulante e não circulante.
24
Cielo S.A. e Controladas
Controladora Consolidado
25
Cielo S.A. e Controladas
Os valores devidos pelos portadores de cartões de crédito por intermédio dos bancos
emissores e os valores a serem repassados aos estabelecimentos comerciais estão registrados
em contas de compensação. Em 31 de dezembro de 2009, os saldos correspondem a
R$25.963.741 (R$20.767.459 em 31 de dezembro de 2008) e R$26.631.263 (R$21.255.087
em 31 de dezembro de 2008), respectivamente.
15. FORNECEDORES
Controladora Consolidado
2009 2008 2009 2008
Controladora Consolidado
2009 2008 2009 2008
26
Cielo S.A. e Controladas
Controladora Consolidado
2009 2008 2009 2008
Passivo circulante:
Provisão para despesas diversas 17.751 18.057 21.861 19.864
Provisão para férias e encargos 14.037 12.433 19.503 17.374
Participação dos funcionários e diretores 28.602 15.253 36.619 20.743
Outros valores a pagar 1.716 2.220 2.058 8.545
Total 62.106 47.963 80.041 66.526
Controladora
Baixas/ Atualização
2008 Adições reversões monetária Pagamentos 2009
(a) (b) (c)
Consolidado
Baixas/ Atualização
2008 Adições reversões monetária Pagamentos 2009
(a) (b) (c)
27
Cielo S.A. e Controladas
28
Cielo S.A. e Controladas
Fiscais 117.816
Cíveis 124.041
Trabalhistas 16.269
Total 258.126
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Cielo S.A. e Controladas
As ações trabalhistas, quando iniciadas, são consideradas possíveis. Somente após decisão
do Tribunal elas são reclassificadas para prováveis ou remotas, dependendo do teor da
decisão e considerando o histórico de perdas em ações trabalhistas similares. Em geral, as
ações trabalhistas são referentes a equiparação salarial, horas extras, reflexo do bônus anual,
enquadramento sindical, reconhecimento de vínculo, estabilidade decorrente de doença
profissional e dano moral, considerando o histórico de perda.
Os bancos participantes dessa operação (Banco Bradesco S.A. e Banco do Brasil S.A.)
firmaram acordo de garantia cruzada em que, no caso de inadimplência de um deles, a outra
parte garante a operação, tendo direito a exercer a opção de compra de ações sobre o total
ou uma porção da participação do banco inadimplente no capital social da Sociedade.
30
Cielo S.A. e Controladas
b) Dividendos
31
Cielo S.A. e Controladas
d) Retenção de lucros
e) Ações em tesouraria
Custo
médio -
R$ por ação
Mês Quantidade Valor (*)
(*) O maior e menor valor pago nessas recompras de ações é de R$16,46 e R$13,83,
respectivamente.
32
Cielo S.A. e Controladas
A Sociedade efetua operações (nota explicativa nº 1) por meio de sua filial em Grand
Cayman, Ilhas Britânicas Ocidentais. O saldo das contas patrimoniais e do resultado das
operações dessa filial, em 31 de dezembro de 2009, consolidado com as contas da
Sociedade (matriz), após eliminações, é o seguinte: ativos circulante e não circulante de
R$215.800 (R$499.213 em 31 de dezembro de 2008), passivos circulante e não circulante
de R$209.270 (R$491.453 em 31 de dezembro de 2008) e patrimônio líquido de R$7.760
(R$7.760 em 31 de dezembro de 2008). O resultado do exercício findo em 31 de dezembro
de 2009 foi de R$1.230 (R$2.248 em 31 de dezembro de 2008).
Os ativos circulante e não circulante são representados por saldos a receber da controladora
(eliminados na consolidação) e os passivos circulante e não circulante são representados
pela operação de securitização de recebíveis no exterior (vide notas explicativas nº 7 e
nº 19).
Ativos (passivos):
Aplicações financeiras (a) 58.885 281.694 111.238 47.812 - - 499.629 1.030.395
Contas a receber operacional:
Serviços de prevenção à fraude 144 154 137 54 - - 489 1.007
Serviços de trava de domicílio
bancário 592 90 330 458 - - 1.470 6.051
Direitos a receber - securitização
no exterior (b) 115.863 93.346 - - - - 209.209 491.320
Contas a receber de controlada - - - - 5 2.554 2.559 206
Contas a pagar a controlada - - - - (6.324) - (6.324) (10.398)
Outras obrigações - comissão de
afiliação e outras obrigações (393) (396) (136) (190) - - (1.115) (2.165)
33
Cielo S.A. e Controladas
2009 2008
Acionistas Controladas
Banco Banco do Banco
Bradesco S.A. Brasil S.A. Santander S.A. Outros Servinet Orizon Total Total
Receitas:
Receitas de aplicações financeiras (a) 15.323 14.468 18.117 2.287 - - 50.195 116.127
Receitas de prevenção à fraude 1.752 2.108 1.322 2.889 - - 8.071 6.684
Receitas de trava de domicílio bancário 5.137 902 4.548 16.503 - - 27.090 37.887
Receitas de serviços e aluguel de
equipamentos POS - - - - - 4.029 4.029 1.569
Despesas:
Outras despesas operacionais - comissão
de afiliação (5.957) (6.137) (2.035) (2.822) - - (16.951) (19.274)
Contratos de prestação de serviços com a
Servinet (c) - - - - (83.991) - (83.991) (82.349)
Acordo de investimento com a CBGS - - - - - - - (32.245)
Acordo para pagamentos de verba de
incentivo (d) (2.470) - (2.018) (5.180) - - (9.668) (18.386)
Contrato de seguro coletivo empresarial
de assistência médica hospitalar e
odontológica (9.453) - - - - - (9.453) (8.340)
Contrato de previdência privada (e) (1.209) (1.309) (953) - - - (3.471) (5.069)
Contrato de seguro de vida coletivo
empresarial - - (817) - - - (817) (659)
(a) As aplicações financeiras, quanto a prazos, encargos e taxas de remuneração, foram realizadas em condições semelhantes às
que seriam aplicáveis a partes não relacionadas.
(c) A Sociedade contratou a Servinet para prestar serviços de instalação e manutenção dos equipamentos POS nos estabelecimentos
comerciais. A remuneração prevista pelos serviços prestados é estabelecida com base nos custos incorridos pela Servinet quando da
prestação dos referidos serviços, acrescida de impostos e contribuições, bem como de margem de remuneração.
(d) Pagamento de incentivo a emissores de acordo com metas contratadas relacionadas à emissão de cartões com bandeira Visa.
A seguir está demonstrada a taxa efetiva do imposto de renda e da contribuição social para
os exercícios findos em 31 de dezembro de 2009 e de 2008:
Controladora Consolidado
2009 2008 2009 2008
34
Cielo S.A. e Controladas
O valor de mercado dos ativos financeiros e dos financiamentos de curto e longo prazos,
quando aplicável, foi determinado utilizando taxas de juros correntes disponíveis para
operações remanescentes com condições e vencimentos similares.
b) Risco de crédito
A Sociedade dispõe de instrumento para mitigação de risco de crédito dos bancos
emissores dos cartões VISA, com o intuito de proteger-se quanto a eventual risco de
“default” dessas instituições.
35
Cielo S.A. e Controladas
Aos estabelecimentos credenciados que não mantêm sistemas próprios para a captura
eletrônica de transações a Sociedade disponibiliza, mediante contrato de locação, o
equipamento POS. O valor do aluguel é descontado, no seu vencimento, do montante
das transações liquidadas aos estabelecimentos. Entretanto, há a possibilidade de não-
-recebimento do valor do aluguel na data de vencimento em razão da não-existência de
saldos a serem pagos aos estabelecimentos. Nesses casos, a Sociedade faz a gestão da
cobrança desses valores por meio de débito de vendas futuras, conta corrente ou
recuperação através de escritórios especializados na recuperação de créditos, podendo
haver perdas dos valores de aluguel.
c) Risco de fraude
A Sociedade utiliza um sofisticado sistema antifraude no monitoramento das transações
efetuadas com cartões de crédito e de débito, que aponta e identifica transações suspeitas
de fraude no momento da autorização e envia um alerta ao banco emissor do cartão para
que este contate o portador do cartão.
36
Cielo S.A. e Controladas
Controladora
e consolidado
Ativo:
Caixa e bancos 7.148
Aplicações financeiras 1.330
Direitos a receber - securitização no exterior 118.568
127.046
Passivo:
Contas a pagar a estabelecimentos comerciais (4.470)
Obrigações a pagar - securitização no exterior (118.568)
(123.038)
Posição vendida de dólares norte-americanos 4.008
De acordo com suas políticas financeiras, a Sociedade vem aplicando seus recursos em
instituições financeiras de primeira linha, não tendo efetuado operações envolvendo
instrumentos financeiros que tenham caráter especulativo.
g) Derivativos
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2009, a Sociedade não manteve
operações com instrumentos financeiros derivativos.
37
Cielo S.A. e Controladas
Empréstimos e recebíveis
Ativos Controladora Consolidado
25. COMPROMISSOS
a) Contratos de aluguel
Ano
2010 6.239
2011 6.551
Total 12.790
A maioria dos contratos possui cláusula de multa rescisória, com caução de três
aluguéis, podendo a devolução parcial ser negociada em cada caso.
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Cielo S.A. e Controladas
Ano
2010 391.472
2011 407.475
Total 798.947
c) Fianças bancárias
Modalidade
(*) Caução cedida por instituições financeiras para garantir o pagamento dos contratos
de locação de imóveis.
d) Outros compromissos
39
Cielo S.A. e Controladas
Controladora Consolidado
2009 2008 2009 2008
2009
Consolidado
Remuneração Outorga de opções
Saldo Preço de
Fixa Variável Total de opções exercício
(a) (b)
(b) Refere-se ao preço médio ponderado de exercício das opções à época das outorgas.
40
Cielo S.A. e Controladas
Controladora Consolidado
2009 2008 2009 2008
Receitas financeiras:
Rendimentos de aplicações financeiras 48.979 113.278 50.218 116.127
Juros sobre postergação de recebíveis 3.742 7.663 3.742 7.663
Juros de securitização no exterior 22.208 28.804 22.208 28.804
Reversão de multa e juros de contingências 3.282 - 4.490 -
Reversão de multa e juros no parcelamento de
débitos federais (a) 14.610 - 17.712 -
Outras receitas financeiras 1.065 719 1.381 811
93.886 150.464 99.751 153.405
Despesas financeiras:
Juros de securitização no exterior (22.208) (28.804) (22.208) (28.804)
Juros de mora e multas (10.490) (7.005) (12.206) (8.129)
Multa e juros de contingências (1.994) - (2.830) -
Multa e juros no parcelamento de débitos
federais (a) (9.572) - (11.103) -
Juros passivos (2.995) (15.273) (2.995) (21.105)
Outras despesas financeiras (2.735) (1.453) (5.177) (1.837)
(49.994) (52.535) (56.519) (59.875)
(b) Conforme descrito na nota explicativa nº 6.(a), o ajuste a valor presente registrado nas
demonstrações financeiras foi calculado sobre as operações de antecipações de
recebíveis. As seguintes premissas foram adotadas no referido cálculo:
• As taxas de juros utilizadas foram aquelas contratadas nas operações e são de até
4,2% ao mês.
41
Cielo S.A. e Controladas
Controladora Consolidado
2009 2008 2009 2008
(b) Refere-se ao ganho de capital auferido pela controlada CBGS Ltda. na alienação
integral de sua participação societária na Orizon, conforme nota explicativa nº 1.
(d) Refere-se a multa contratual estabelecida por distrato com prestador de serviços.
(e) Refere-se a aportes de capital efetuados pela Sociedade e pela sua controlada CBGS
Ltda. para a CBGS que excedem as expectativas de realização dos ágios. Como
consequência, foi registrada diretamente como despesa no resultado do exercício findo
em 31 de dezembro de 2009.
42
Cielo S.A. e Controladas
Os ganhos gerados a título de desconto nos juros e nas multas, registrados na controladora e
no consolidado, nos montantes de R$5.038 e R$6.609, respectivamente, estão registrados na
rubrica “Resultado financeiro”. Esses ganhos foram parcialmente liquidados por provisões
adicionais registradas na data do parcelamento, nos montantes de R$2.116 e R$2.088,
registrados na controladora e no consolidado, respectivamente, na rubrica “Outras
(despesas) receitas operacionais, líquidas”.
43
Cielo S.A. e Controladas
Importância
Modalidade segurada
Poderão ser outorgadas opções de compra de ações de forma que a diluição do capital social
não exceda, a qualquer tempo durante a vigência do plano, 0,3% ao ano. O prazo de
vigência para o exercício da opção é de cinco anos contados da outorga aprovada pelo
Conselho de Administração. Os beneficiários do plano serão definidos anualmente ou em
periodicidade julgada conveniente pelo Conselho de Administração.
O valor justo de cada opção foi valorizado pelo modelo de precificação Black & Scholes,
usando como premissa que todas as opções serão exercidas ao término da vigência do plano
e, conforme CPC 10 - Pagamento Baseado em Ações, esse valor justo está sendo apropriado
ao resultado do exercício e à reserva de capital de forma linear pelo prazo de até 60 meses.
No exercício findo em 31 de dezembro de 2009 foi reconhecida despesa de R$3.699,
registrada na rubrica “Outras (despesas) receitas operacionais, líquidas”.
44
Cielo S.A. e Controladas
45
Cielo S.A. e Controladas
Com o advento da Lei nº 11.638/07, que atualizou a legislação societária brasileira para
possibilitar o processo de convergência das práticas contábeis adotadas no Brasil com
aquelas constantes nas normas internacionais de contabilidade (IFRS), novas normas e
pronunciamentos técnicos contábeis vêm sendo expedidos em consonância com os padrões
internacionais de contabilidade pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC.
CPC Título
18 Investimento em Coligada
19 Participação em Empreendimento Controlado em Conjunto (“Joint Venture”)
20 Custos de Empréstimos
21 Demonstração Intermediária
22 Informações por Segmento
23 Políticas Contábeis, Mudanças de Estimativa e Retificação de Erros
24 Evento Subsequente
25 Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes
26 Apresentação das Demonstrações Contábeis
27 Ativo Imobilizado
30 Receitas
32 Tributos sobre o Lucro
33 Benefícios a Empregados
36 Demonstrações Consolidadas
37 Adoção Inicial do IFRS
38 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração
39 Instrumentos Financeiros: Apresentação
40 Instrumentos Financeiros: Evidenciação
2009-0611
47